Hey Sakura escrita por xKassandrax


Capítulo 1
Capítulo 1




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Sakura Haruno

Mais um dia de aula acabando, graças a Deus eu finalmente estou de férias, me joguei na cama, joguei minha bolsa no chão do meu quarto (que inclusive estava mais bagunçado do que o normal) e relaxei, estava morta de cansada, esses últimos dias não tem sido muito fáceis, provas e mais provas, eu simplesmente estava esgotada, e pra piorar recebi a noticia de que meu pai e sua mulher Mikoto ( mais conhecida como víbora) iriam viajar para Paris, e eu iria passar os próximos quatro meses com os filhos gêmeos dela, Sasuke e Itachi, que são três anos mais velhos que eu (tenho 16), em Ontário, no canada, eu praticamente nunca vejo eles, e quando vejo não tenho boa impressão, mas né, quem sou eu pra falar de boa impressão? sou mais conhecida como a ovelha negra da família, mas eu simplesmente não me importo.

Meus pensamentos foram interrompidos pela voz da víbora.

— SAKURA - Em menos de três segundos vi um homem de óculos e uma sacola de presente na mão e uma Mikoto com um vestido cor de rosa Choque, me segurei pra não vomitar, aquele vestido estava ridículo.

—Oi - Falei sem o minimo de interesse.

—Você já esta sabendo que iremos viajar, certo? - Kizashi, meu pai, falou.

—Sim.

—E que você ira passar um tempo com os meus filhos.- A víbora disse.

—Infelizmente sim.

—Vamos, se anime! Sasuke e Itachi não são tão ruins assim.- Meu pai disse.

—Aham sei.- Falei irônica.

—Enfim, iremos partir amanhã, e voltaremos daqui a quatro meses como você já sabe, seu voo vai ser amanhã as oito horas da manhã, vamos com você e de lá pegaremos o voo para Paris, e os garotos estarão esperando você la no aeroporto.- meu pai falou balançando a sacola em suas mãos.

—E o que é isso ai?- Falei me referindo a sacola.

— Ah, um presentinho para você.- Disse - Espero que goste, foi a Mikoto que escolheu.- Me entregou a sacola.

—Hm, uma saia...- Observei aquela coisa rosa cintilante em minhas mãos, com certeza não irei usar isso tão cedo.

— Compramos pra você usar amanhã.- Mikoto disse e eu olhei pra ela.

—Vocês realmente querem que eu use isso amanhã?Nem sonhando.

—Não só queremos, como exigimos que você use, e você VAI usar.- Meu pai disse, mandão.

Mas que inferno, essa saia é feia pra porra vou parecer uma patricinha vestindo essa merda. Mas espera ai... e se eu tacasse fogo nela e fingisse que foi um acidente? Será que eles desconfiariam? Ah, a quem eu estou querendo enganar? óbvio que a víbora não iria, mas o meu pai sim.

— Ta bom. - Me rendi.

—Faça suas malas e vá dormir, já esta tarde.- Pra quem não sabe, eu estudo de noite, e realmente esta tarde pra caralho.- E nós temos um voo amanhã se manhã,  não podemos perder.

—OK.

Depois que falei isso eles foram embora e eu comecei a arrumar a minha mala - Lê-se jogar roupa dentro dela de qualquer jeito.-  Coloquei o meu iPod nela só por precaução. Após acabar de arrumar a mala, joguei ela para o lado e deitei na cama, me peguei pensando em como seria amanha com os franguinhos, já imagino como serão os próximos quatro meses. Vou fazer da vida deles um inferno.

...

Sasuke Uchiha

 Olhei para o meu gêmeo de cabelo comprido sentado no capô do carro erguendo uma plaquinha com o nome '' Sakura Haruno''. Puxei a plaquinha das suas mãos e rasguei furiosamente.

—Mano, a minha letra saiu bonitinha!- Itachi cruzou os braços, irritado.

—Ela vai estar com a mamãe e Kizashi, não precisamos de plaquinhas.

Itachi suspirou enquanto revirava os olhos. No segundo seguinte ele apontou para dentro do aeroporto, onde três pessoas caminhavam lentamente na nossa direção. Reconheci Kizashi de cabelos rosa bagunçado e óculos, e minha mãe, Mikoto, cabelos preto com mechas cor de rosa, os dois cercavam uma criaturinha que conseguia superar Itachi no quesito mal humor com os braços torcidos e uma careta estranha quando conseguimos nos enxergar.

Ela foi se aproximando com dois olhos verdes em cima de mim. Tinha cabelos rosas, que alcançavam sua cintura. Usava uma blusa que delineava seu corpo, e uma camisa xadrez preta pro cima, um all star preto e espera ai.. uma saia rosa? Não estou entendendo mais nada.

Virei o rosto para Itachi e o encarei com raiva.

— Vamos aceitar a menininha, Sasuke! Só um pouquinho, ela deve ser uma santa, vai, deixa! Ela nem vai atrapalhar! Parece uma santinha!- Imitei a voz de Itachi e depois fiz uma expressão de desgosto. Sabia que tanto ele quanto eu estávamos achando que a meia-sombra era um mini-capeta só pelos olhos fuziladores que ela tinha.

—OK, devo ter esquecido de pergunta ao Kizashi como era a menina antes de aceitar tomar conta dela...- Itachi forçou um sorriso.

—Vou te matar, cara.

Pensávamos que ela era uma menininha que usasse óculos grandes e parecesse uma nerd bem santinha, e não uma mini-capeta.

Pude até ouvir as risadas do Itachi curtindo com a minha cara a cada passo que a mini-capeta dava. Ela parou no meio do caminho, disse alguma coisa para Kizashi, deu a volta até o banquinho e se jogou lá ao lado de um menininho com a mãe que provavelmente esperavam pelo avião.

—Itachi! Sasuke!- Kizashi nos cumprimentou. - Eu tenho muito a agradecer por vocês ficarem com a Sakura esses meses!

—Realmente...

Bati com meu cotovelo na barriga de Itachi e ele fingiu um sorriso, retirando o que disse.

—Eu quero dizer, o que podemos esperar daquela menininha?- Itachi perguntou tentando parecer confortável com o peso de cuidar daquela criança.

—Vocês nem vão notá-la em casa, ele é praticamente, digamos assim, anti-social. Tem um jeito rebelde, antipática, irritante, mal-educada, encrenqueira, mal-humorada...

A cada "qualidade" que ele falava da mini-capeta ele fazia uma careta, provavelmente não acreditando que sua filha fosse tão ruim assim.

—Mas quando você passa um bom tempo com ela, você vê que no fundo, bem no fundo mesmo, sabe, lá no fundo, ela é só uma garotinha doce e carente.- Sorriu.

Todos observamos a rosada sentada ao lado do menino e da mãe alguns bancos lá na frente. Meu queixo caiu um pouco, porque, os últimos adjetivos de Kizashi não se encaixava nada com a mini-capeta ali.

Ela jogava amendoins no garotinho que aparentava ter cinco anos, com raiva, que revidava com amendoins também. Infelizmente, os amendoins do garotinho acabaram e Sakura abriu um sorriso macabro erguendo o dedo do meio para o menino, que logo começou a chorar.

—Honey, talvez você tenha exagerado um pouquinho no doce e carente- Nossa mãe sussurrou para Kizashi, ainda fitando a criaturinha.

—Um pouquinho? Coloque exagero nisso!- Itachi disse para mim.

— E como!- Eu disse de volta.

A criaturinha olhou para nós, que logo desviamos o olhar e fingimos estar olhando para putra coisa- eu olhei para o céu e Itachi olhou para uma formiga no chão.

Uma voz anunciou alto para todo o aeroporto que o próximo voo para Paris havia pousado e os passageiros precisavam se aproximar. Kizashi de repente pareceu estar feliz, até demais, bateu palmas e disse:

— Divirtam-se!

—Claro!- Itachi murmurou irônico.

E os dois foram em direção ao avião carregando suas malas.

Ficou um silêncio total enquanto Kizashi e mamãe andavam em direção ao avião. Eu virei para o Itachi, que encarava a criaturinha, quase incrédulo.

—Quantos anos ela tem mesmo?- Eu perguntei a Itachi.

—Três anos mais nova- Ele contou por um instante nos dedos e respondeu:- Dezesseis.

—Hm, então, como você é o mais novo, vai lá e socialize com ela, avise que nós já estamos indo.

Eu fui em direção ao carro e Itachi negou estalando a boca.

—Eu posso ser péssimo em matemática, mas eu sei que você é o mais novo aqui. Sete minutos inteiros e mais um pouco.- Falou e entrou no carro.

Então, eu caminhei até a garota rosada que ria sem nenhum pingo de vergonha na cara do menino que ainda chorava, cutuquei ela e recebi um olhar mortal. Eu senti o tempo parar. Ainda mais quando a menina disse com a voz fina:

— Não me toque, seu playboyzinho de merda.

OK, isso foi um bom começo para uma linda amizade, saca só a ironia.

—Tá,pirralha. Já estamos indo, leve sua mala até o carro.

—Que grosseria, Sasuke!- Eu tomei um susto com a alma de cabelos comprido que apareceu do meu lado DO NADA- Eu levo a sua mala, Sakura.

A peste passou por nós e sentou no banco traseiro do meu carro. Observei Itachi levantando a mala gigantesca com um só braço e jogando nas suas costas, ele fez uma careta horrível e eu gargalhei.

—Mala pesada, Itachi?- Ironizei.

—Mano! Essa garota leva uma âncora aqui dentro, é a única explicação.

Dei a volta no meu carro e me sentei no banco do motorista, enquanto isso Itachi se sentava no carona. E de repente me bateu um medo de começar a falar, o silêncio se instalou até chegarmos em casa.

Itachi tentou arrastar a mala até o corredor e a garota entrou com sua pose de demônio. Ela colocou as mãos na cintura.

—Onde vou ficar?- Perguntou.

—Sinto que esses quatro meses vão ser longos- Suspirei e apontei para a porta do quarto de visitas que ninguém nunca usava.

A menina deu um tapa na mão do Itachi que logo soltou a mala com uma careta. Eu me virei junto com ele e me sentei no sofá da sala, pegando o controle do Wii e Itachi pegou o outro sem presta atenção na rosada.

De relance, vi-a tentando arrastar o chumbo da mala preta até a porta do quarto- Porém a mala não saiu do lugar. Eu deixei escapar um risinho.

—Arrastando a mala?- Perguntei a ela.

—Não, estou encerando o chão.- Respondeu grossa.

Eu revirei os olhos e coloquei o controle do Wii de lado.

—Quer ajuda?

A menina fez uma careta para mim e murmurou um não. Tentou empurrar a mala, ela não se moveu um centímetro. Uma hora ela iria ceder, só precisava insistir.

—Vai desistir, baixinha? Aposto cinco dólares que você não vai conseguir levar a mala sozinha nem até a porta do quarto.

Ela virou com um olhar de ódio pra mim. Chutou a mala com raiva e eu ri.

—Nem a pau! Aposte trinta e eu levo, idiota.

Eu assenti e depois vi ela abrindo a mala tirando metade das roupas, jogando-as no chão. Eu estava incrédulo. Por que simplesmente não pedia ajuda?

Itachi me cutucou e apontou para a porta, compartilhamos um olhar divertido. A menina abriu a porta de carvalho e avançou com rapidez para dentro do quaro, logo foi ouvido um barulho forte de uma cabeça batendo no vidro e a garota caiu de costas em cima da mala.

—Que tipo de idiotas colocam uma porta de vidro atrás de uma porta de madeira?- A capetinha perguntou indignada, eu e Itachi gargalhamos alto e demos de ombros.

Ela, irritada, chutou a porta de vidro, abrindo-a. Empurrou a mala e as roupas para dentro do quarto e fechou as duas portas de uma vez só.

 

 

 

 


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