Eu comecei a andar em círculos, eu normalmente faço isso quando estou tentando raciocinar. Der repente, pensei em algo...

Eu fui até um pequeno tapete que fica ao lado da cama da Mabel (Que agora parecia bem grande). Waddles estava lá e já ia se deitar quando me viu.

—Ei, Waddles! Sou eu, garoto. Dipper!

Waddles começou a me cheirar. Pelo jeito ele me reconheceu, porque ele me deu uma lambidona...

—Eca! Aff, deixa para lá!

Eu fiz um carinho nele e subi nas suas costas.

—Ei, eu nunca pensei que um dia iria cavalgar em um porco! Vamos lá, Waddles! Para a cozinha!!

Waddles não fez nada, só se deitou. Eu não acredito que eu pensei que só porque eu pedi ele iria para a cozinha. Eu estou vendo filmes demais.

Tentei arranjar um jeito de dirigir aquele porco. Foi então que tentei puxar (com cuidado para não machuca-lo) as orelhas para a direção que eu queria. Por mais incrível que pareça, deu certo! Eu estava controlando o porco. Não conseguia acreditar!

Eu guiei Waddles até a cozinha. (O que não foi tão difícil, porque o cheiro dos nachos estavam atraindo ele... E eu também! Fiquei com fome!)

Quando chegamos a cozinha, eu avistei Bill. Consegui fazer o porco ficar em pé e apoiar as patas dianteiras na perna dele.

—O que foi, Waddles? Está com fome?

Por mais incrível que pareça... BILL NÃO ME VIU!!!

Ele apenas botou comida na vasilha do Waddles.

Waddles saiu correndo em disparada, parecia que eu ia sair voando.. Eu tentava frear, mais ele ignorava a dor de orelha. Então ele se abaixou para comer e eu gritei:

—BILL!!!

—Hmm? Você ouviu alguma coisa, Waddles?

Eu fiquei preocupado. Será que eu ia ficar assim para sempre?

Bill então pegou os nachos que ele preparou. Pareciam deliciosos, e eu estava faminto... Decidi chamar sua atenção de qualquer jeito. Fui até a sala e percebi que Bill estava me procurando. Ai, eu tenho que avisar a ele...

Ele acabou se sentando no sofá e pegando um dos nachos. Mais ainda parecia preocupado.

Eu não resisti. Comecei a puxar a orelha do Waddles com TODA A FORÇA.

Waddles ficou totalmente inquieto. Começou a me sacudir todo e gritar. Eu também fiz barulho:

—BILL!!! EU ESTOU AQUI!!! OLHA O PORCO DIREITO!!!!!

Bill acabou vindo ver...

—O QUE ACONTECEU?! CALMA, WADDLES! CALMA!

Eu parei de apertar as orelhas dele. Até eu sentia pena, mais era o único jeito de ter a atenção de Bill. Waddles se acalmou. Bill fez um carinho nele.

...E, finalmente, senhoras e senhores... A cegueira de Bill passou....

ELE ME VIU!!!

—PINE TREE?!

—Não, é um carrapato.

—MAS QUÊ...

Bill ficou doido.

—Bill, desculpa... Eu usei sua lanterna.

—VOCÊ O QUÊ?!

—Sim...

—EU DISSE PARA NÃO MEXER NELA! UMA COISA ASSIM PODIA ACONTECER!

—Eu sei, sinto muito... Não mecho mais na sua lanterna sem sua permissão, ok?

—Certo. Você tem sorte que eu vi você.

Bill me pegou e me levou ao quarto, onde ele me fez voltar ao tamanho normal. Nem um centímetro mais alto. Mais eu não ligava mais para isso.

—Obrigada, Bill, por me fazer voltar ao normal.

—Pois é, que isso sirva de lição para você. Você já é legal do jeito que você é, PINE TREE.

—Eu também quero que continue sempre o mesmo louco de sempre!

—De gênio e de louco cada um tem um pouco!

A gente riu. Foi quando minha barriga  roncou...

—Ops! Será que o rei dos nachos poderia me fazer mais um favor?

—Claro, PINE TREE. Vem.

A gente assistiu filmes a tarde toda e comendo nachos. Até Mabel participou, mais tarde. E eu aprendi a me aceitar do jeito que sou.