Vida de estrela 1 escrita por Barbara Stefane


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

PR?“LOGO

O silêncio predominou no ambiente. Todos pararam para assistir ao tal vídeo comprometedor.
Essas imagens deixou todos ali perplexos, desacreditados e surpresos.
Boquiaberta e nervosa com tudo isso, choramingando, ela se defendeu:
??” Isso é uma grande mentira! Com certeza é uma armação para acabar comigo!
Devido à impossibilidade emocional da atriz em gravar, as filmagens daquele dia foram suspensas e também, depois dessas revelações bombásticas, o clima ficou tão pesado que não tinha mesmo como continuar os trabalhos com o casal protagonista da novela JOVENS CORAÇÕES.

XXXXXXXXXX

Por que algumas pessoas são tão prepotentes?
O que leva um amigo querido a se render a uma traição?
Por qual motivo é tão difícil confiar totalmente em alguém?
Quais são os limites existentes para a realização de um sonho?
Até onde um ser humano é capaz de chegar para alcançar seu objetivo?
Será verdade mesmo, que o mundo é dos espertos e na estrada da vida, vale tudo?
Nem todas essas perguntas podem ser respondidas de um modo realmente convincente e justificável, pois sempre haverá o “Mas...”.
Num mundo onde cada um vive por si e só se importa com o próprio bem estar, será possível confiar em alguém? Numa vida repleta de jogos por prazeres, onde não há regras para que desejos sejam realizados, vale a pena perder amizades e passar por cima das pessoas, visando mais o poder do que a conquista?
Respondendo por mim, acho que não confio 100% em mais ninguém...



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CAPÍTULO I

NEUROSES DE UM FÃ FANÁTICO

— Eu tenho que conhecê-la, tenho que conhecê-la... Preciso vê-la. Necessito!

— Calma cara! Você está parecendo uma garota, com essa sua neurose por uma atriz.

— Não é qualquer atriz. Estamos falando de Mia Stuart! – debateu o garoto de quatorze anos de idade, suspirando por sua diva com deslumbre no olhar.

— Não vou ficar aqui pagando esse mico! – o amigo reclamou.

— Juro que será rapidinho.

— Rapidinho? – arregalou os olhos apontando para a fila, que por sinal, estava imensa e dobrava o quarteirão.

A maioria dos que estavam presentes ali, eram adolescentes escandalosas com cartazes nas mãos e faixa com o nome de Mia Stuart na cabeça, e mulheres com seus filhinhos.

— Somos os únicos do sexo masculino á espera de um autógrafo. – resmungou novamente o amigo, passando as mãos no rosto, impaciente. — Céus! O que eu estou fazendo aqui? – olhou para o alto com as mãos erguidas, como se estivesse procurando uma resposta para o seu “sofrimento”.

— Para de reclamar! Garanto que não irá se arrepender de ter vindo comigo. – sorriu animado o rapazinho, esfregando uma mão na outra.

— Eu já me arrependi! – o amigo – alguns anos mais velho, – tornou a reclamar com um lamento: — Num sol escaldante deste, ao invés de estar na praia, olha onde estou!

— Está chegando minha vez! – comemorou o fã sem demonstrar cansaço, mesmo depois de quase três horas na fila.

Sua ansiedade aumentou e já não conseguia mais controlar seu nervosismo. Afinal, veria Mia Stuart.

Mia Stuart!

Era a realização de um grande sonho.

Apenas mais duas pessoas na frente...

— Quase lá! – vibrou anestesiado, mal conseguindo acreditar.

— Acabou! Acabou! – avisou uma mulher em voz alta. — Mia tem outros compromissos e não poderá mais autografar por hoje.

— Como assim? – lacrimejou o fã, sentindo nós se formarem em sua garganta. — Por favor, moça! Eu preciso ver a Mia! – implorou, indo até a senhora.

— Por hoje acabou!

— Isso é uma falta de respeito com todos nós que estamos aqui há horas! – protestou o garoto, irritado com tamanho descaso.

— Outras oportunidades virão. – disse a mulher, dando-lhes as costas sem se importar nem um pouco com as várias vozes de reclamação que se pronunciaram atrás dela.

Frustrado, ao rapazinho só restou ir embora. Saiu de casa feliz, esperançoso, emocionado, imaginando que voltaria com fotos, autógrafos, e muitas coisas boas para contar e recordar. Mas, ao contrário disso, voltou entristecido, cabisbaixo, quase sem forças... Não acreditava – ou melhor, – se recusava a acreditar que estava tão perto de sua diva e não pôde vê-la.

— Para com essa cara de marica! – repreendeu o amigo, dando-lhe um tapa nas costas. — Enquanto todos os garotos assistem futebol, você assiste novela. – criticou rindo.

— André, me deixa tá legal? – pediu com os olhos marejados. — Um dia eu verei a Mia e chegarei bem pertinho dela, você vai ver.

— Minha mãe sempre me diz que sonhar faz bem, então... Não custa nada sonhar, vacilão! – André riu num tom de deboche.

Brian sentia-se constrangido com a implicância que seus amigos tinham, só por causa de sua admiração por Mia. Ele não conseguia explicar o motivo de tanto amor, tanta paixão... Só sabia que tinha que vê-la a qualquer custo.

Devido às piadinhas que escutava, resolveu manter seu fanatismo em segredo. Não sabia onde isso havia começado e mal sabia onde iria terminar. O fato é que ele era muito decidido e quando colocava algo na cabeça, ninguém tirava.

Após essa decepção, lógico que Brian tentou vê-la outras vezes, mas não obteve sucesso.

            — BRIAAAAAN! – gritou sua mãe. — Vá já para o seu quarto e só saia de lá depois das dez! Quero ver toda a matéria de Ciências na ponta da língua.

— Mas mãe... Já decorei essa matéria de ponta á ponta! – se defendeu, apontando para as páginas do seu livro. — Passei a tarde inteira estudando, justamente para não perder a nov...

— Novela? Você quer ver novela? – bateu-lhe com o pano de prato. — Eu que sou mulher não assisto á novelas e você ao invés de se preocupar com o que é realmente útil, quer assistir á essa porcaria? – apontou para a TV, com ódio.

A senhora estava tão brava, que Brian preferiu não discutir, até porque se ele falasse alguma coisa, pelo teor de irritação que a dominava, ele certamente perderia seus dentes.

O garoto abaixou a cabeça, deixou o confortável sofá e foi para o quarto. Não tinha mesmo outro jeito.

Como Brian sofria com essa paixão desenfreada pela Mia!

Ele tinha certeza de que um dia iria encontrá-la, e esperava que ela fosse como ele imaginava, pois não queria se decepcionar. No fundo, tinha a certeza de que Mia era uma excelente pessoa.


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