Sobrevivendo Ao Verão Com Você escrita por teffy-chan


Capítulo 5
Capítulo 5 - Fetiche




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Dez dias se passaram desde que Konoka e Asuna conversaram sobre o ocorrido. Konoka tentou várias vezes conversar com Setsuna sobre o assunto, mas parecia  uma tarefa impossível. Os amigos sempre estavam por perto e aquele era um assunto muito pessoal para se falar na frente dos outros. E Setsuna continuava evitando ficar a sós com ela. Talvez estivesse mesmo chateada com Konoka. Talvez estivesse pensando em voltar a agir como na época em que a protegia de longe, sem falar com ela. Konoka não podia deixar as coisas regredirem desse jeito. Precisava fazer as pazes com Setsuna até o fim dessa viagem. Se as coisas continuassem estranhas assim quando elas voltassem para a escola, seria ainda mais difícil falar com ela. Konoka precisava resolver isso o quanto antes.

Até porque, eles tinham muito tempo livre naquela ilha, então ela tinha tempo de sobra para tentar. Eles descobriram que à noite era mais fresco, apesar de não ter ar-condicionado em nenhum dos quartos. A divisão de quartos tinha dado certo. Apenas Natsumi se queixava toda manhã sobre não conseguir dormir direito com Asakura lhe enchendo de perguntas constrangedoras até de madrugada. Kotaro também contou que acordava às vezes com Negi falando enquanto dormia, mas, fora isso, nenhum outro problema aconteceu.

Eles optaram por almoçar no hotel e procurar pelo seu próprio café da manhã. Souberam através dos moradores da ilha que existiam alguns frutos comestíveis na floresta, então passaram a se revezar todas as manhãs para ir procurar comida. Apenas os mais experientes em combate se aventuraram a adentrar a floresta, pois um dos moradores da ilha contou sobre a existência de seres chamados Dragões-de-Komonyah vivendo no interior da mata. Nenhum deles queria que as amigas que não tinham tanta experiência em batalha se ferisse por causa do café da manhã. Então Negi, Kaede, Kotaro e Setsuna passaram a se revezar para ir procurar por comida. Hoje era a vez de Kaede.

A garota havia colhido frutas e agora pegava alguns cogumelos, quando ouviu um barulho ao longe e colocou-se de pé. O barulho se tornou mais alto e ela reconheceu como um rugido. Kaede virou-se na direção do barulho, em posição defensiva. E então ela viu.

Um animal imenso e rastejante. Devia ter três metros de comprimento. Tinha cinco garras em cada pata, uma cauda longa com espinhos e uma carapaça que aparentava ser dura como aço.

A criatura a encarou com os olhos selvagens e depois olhou um pouco mais para baixo. Kaede seguiu o olhar do animal e percebeu que ele encarava a cesta que ela carregava. Talvez só quisesse a comida que ela tinha colhido. Se fosse só isso, tudo bem, ela poderia arranjar mais depois. Ela colocou a mão na cesta para pegar um cogumelo, até que viu uma placa desgastada atrás do animal, escrita com letras garrafais:

"NÃO ALIMENTE OS DRAGÕES".

Ah, então aquilo era um dragão. Bem, se uma ninja como ela, e magos, e youkais existiam, então por que não poderiam existir dragões também? Mas isso não era o mais importante no momento.

Ela recuou alguns passos, bem devagar, e depois deu meia-volta e correu. Se o animal a perseguisse teria que lutar. Felizmente, não aconteceu. Talvez os dragões ficassem quietos se você não os alimentasse. Ou estivesse com preguiça de persegui-la e preferisse ir procurar sua própria comida. Quem sabe como a cabeça dos dragões funciona?

Quando ela chegou à praia, o grupo estava sentado ao redor de uma fogueira onde assavam peixes e bebiam água de coco. Eles acenaram animadamente ao avistá-la, mas logo abaixaram os braços ao notarem a expressão tensa no rosto da amiga.

— O que aconteceu, Kaede? — Negi perguntou preocupado.

— Professor, o senhor sabia que existem dragões nessa ilha? — ela indagou, sentando-se e colocando a cesta de comida ao alcance de todos.

— Dragões?! — o garoto repetiu — Como assim, dragões?

— Dragões são criaturas com garras, carapaça dura e cauda… e eles geralmente cospem fogo — Yue descreveu — O senhor é o professor, devia saber disso.

— Eu sei o que é um dragão! — Negi exclamou — Só estou dizendo que ninguém falou nada sobre isso quando decidimos vir para esta ilha!

— Você ainda tem aquele guia turístico? — Asuna perguntou e o garoto o entregou para ela. A menina perguntou-se porque ele andava por aí com isso, mas era irrelevante no momento. Asuna folheou o guia até chegar na última página. Forçou os olhos para conseguir as últimas linhas microscópicas — Achei! Aqui fala sobre os dragões! "Em Sunshine Island também habitam seres conhecidos como Dragões-de-Komonyah. Eles são uma variação muito peculiar da espécie Dragão-de-Komodo, que você só encontrará aqui. Os Dragões-de-Komonyah vivem nas florestas da Ilha. Eles costumam ser inofensivos se você não provocá-los e quando não estão com fome, mas não é aconselhável aproximar-se deles. É importante saber que, em hipótese alguma, deve-se alimentar os dragões. Não nos responsabilizamos por quaisquer danos que possam sofrer" — ela leu — Como eles podem escrever uma coisa  importante como essa com letras tão pequenas? Deveria estar em letras garrafais!

— Provavelmente para ninguém ler… caso contrário, ninguém viria até esta ilha — Yue observou — Mas, se alguém morrer por causa desses dragões, eles sempre podem dizer "Nós avisamos. Não é nossa culpa se você não leu as letras miúdas, o importante é que está escrito aí".

— Então foi por isso que ele não me atacou. Provavelmente já estava de barriga cheia quando eu o encontrei — Kaede murmurou enquanto assava um cogumelo na fogueira.

— Você teve sorte. Sei que é forte, mas lutar sozinha contra um dragão… seria difícil até para você, Kaede — Negi falou.

— Eu sei — a garota concordou — Bom, suponho que o melhor a fazer é ficar longe daquela floresta de agora em diante.

— O que? Mas nós só conseguimos arranjar frutas e cogumelos lá! — Kotaro reclamou. Ele estava se sentindo melhor, já que de manhã era mais fresco. Mas todos já tinham se acostumado com o fato de que, quando desse meio-dia, ele recomeçaria a lamúria de "estou morrendo, vou derreter…" até o sol se pôr — Como faremos para arranjar o café da manhã?

— Nós ainda podemos pescar — Nodoka lembrou — E têm coqueiros no começo da floresta, não precisamos ir muito longe para pegar os cocos, então não corremos o risco de encontrar algum dragão.

— Sério que vocês querem comer peixe no café da manhã todo santo dia? — Kotaro perguntou.

— O que é isso, ânimo, meu rapaz! É melhor do que ser devorado por um dragão — Haruna exclamou — Pensando bem, assim é até melhor. Pense bem: Já podemos sair com nossas roupas de banho, ir pescar um pouco e nos divertir no mar… daí fazemos uma pausa, comemos, e é aí que a verdadeira diversão começa! Certo, meninas?

— É, tenho que admitir que parece uma boa ideia — Asuna respondeu.

— Parece divertido! — Konoka bateu palmas sorridente — Não é, Setchan?

— É… acho que não tem outro jeito — a garota respondeu.

Na verdade Setsuna ainda não tinha deixado Konoka se aproximar do mar. O que era uma coisa incrível, considerando que estavam na praia há dez dias. Mas ela não podia arriscar que a garota se afogasse novamente. E, se acontecesse… bem, é claro que ela iria salvá-la dessa vez. Não deixaria aquele erro se repetir. Entretanto, não confiava mais em si mesma. Se Konoka se afogasse, ela teria que tocá-la para tirá-la do mar, obviamente. E não queria fazer isso. Bem, uma parte dela queria. Uma pequena parte dela, que estava crescendo aos poucos, desejava tocar em Konoka, e ela odiava essa parte. Setsuna não confiava mais em si mesma para ficar perto da amiga. Mas supunha que aquilo ainda era melhor do que se arriscar com os dragões.

— Setchan, você esta com uma cara esquisita de novo — Konoka reparou — Está preocupada com o quê?

— Com os dragões — Setsuna respondeu a primeira coisa que lhe veio à cabeça.

— Ah, não se preocupe com eles. Você ouviu a Haruna, basta ficarmos longe da floresta e passarmos a pescar que ficará tudo bem — Konoka respondeu — Ah. Setchan, agora que eu reparei… — Konoka rodeou a garota enquanto a observava com atenção — Por que você está usando maiô escolar? Devia ter trazido seu próprio maiô ou biquíni, como nós!

— Ah… na verdade, eu não tenho um — Setsuna respondeu.

— Não tem? Como você pode não ter? — Haruna exclamou, segurando a garota pelos ombros — Você deveria ter nos contado isso antes da viagem! Teríamos feito questão de te acompanhar a todas as lojas que fossem necessárias até encontrar um biquíni que fosse perfeito para você, Setsuna! — ela falava como se aquilo fosse o fim do mundo.

— Foi exatamente por isso que não contei — Setsuna respondeu, desvencilhando-se dela.

— Sábia decisão — Yue balançou a cabeça em aprovação.

— Por que todo esse escândalo, Haruna? — Negi perguntou — O importante é que a Setsuna trouxe roupa de banho. Deixe-a em paz.

— Como posso deixá-la em paz se… ah… — a expressão de desespero dela mudou, sendo substituída por um sorriso maldoso. A maioria ali se encolheu, já imaginando o que estava por vir — Agora entendi… eu jamais esperaria isso do senhor, professor… e logo com a Setsuna…

— Hein? Do que está falando? — Negi perguntou confuso. Ele era um dos poucos que não tinham se encolhido por não ter percebido que algo de ruim estava prestes a acontecer.

— Estou falando que o senhor tem fetiche por maiô escolar! — Haruna apontou acusadoramente para o garoto. Alguns se engasgaram com a comida ao ouvir aquilo, outros começaram a rir. Asuna ficou com vontade de bater na amiga, mas Negi começou a gritar primeiro.

— Eu não tenho nada disso! De onde foi que tirou essa ideia?

— Bem, você não se importou com o fato de ela estar usando maiô escolar… e estava encarando a Setsuna…

— Eu estava encarando a Setsuna porque vocês estavam falando dela — Negi defendeu-se.

— Mas de onde você tira essas teorias malucas, hein Haruna? — Asuna exclamou — O Negi é nosso professor, é claro que ele não tem fetiche por essas coisas.

— Aí é que está, Asuna — ela ergueu um dedo no ar — Ele é nosso professor sim, mas dá aulas de inglês. Ele nunca nos viu na aula de natação. E é por isso que eu acho que ele tem fetiche por maiô escolar sim!

— Vocês querem parar com isso? — Setsuna pediu — Está ficando ridículo.

— E você também, hein Setsuna — Haruna direcionou seu olhar maldoso para a garota, que se encolheu, arrependendo-se de ter se pronunciado — Vir para a praia usando justo um maiô escolar… que audácia a sua. Então diga, se não estava tentando seduzir o professor Negi, então quem era? O Kotaro? — Haruna virou-se para o outro garoto — E você, Kotaro, tem fetiche por maiô escolar por acaso?

Kotaro encarou-a em silêncio por alguns instantes, inclinou a cabeça para o lado, e disse:

— O que é fetiche?

E todos cuspiram a água de coco que estavam bebendo ao mesmo tempo. Haruna fez cara de quem tinha ganhado na loteria, mas que tinha que esconder o prêmio para não ser roubada. Ela respirou fundo e disse com a maior delicadeza que conseguiu:

— Então, Kotaro… esse é um assunto muito importante que eu preciso te ensinar… — ela começou, e o garoto a encarou atentamente — Fetiche é quando uma pessoa…

— Pára com isso! Não estraga a inocência dele! — Natsumi interrompeu  enquanto tampava as orelhas caninas do garoto com as mãos.

— Tsc. Que droga, Natsumi. Justo na melhor parte — Haruna resmungou. Em seguida virou-se para Setsuna outra vez — Então, Setsuna, quem você estava tentando seduzir com esse maiô escolar afinal?

— Não estou tentando seduzir ninguém! — ela exclamou, começando a corar — Sinto muito se não tenho dinheiro para comprar outra roupa de banho, ok?

— Ah! Era a Konoka, não é? Eu deveria saber — Haruna ignorou a resposta dela e virou-se para Konoka — Me diga, Konoka, você achou que a Setsuna ficou bem com esse maiô? Como você descreveria? Linda? Provocante? Sexy, talvez?

Konoka não sabia o que responder. Não tinha parado para pensar nisso em nenhum momento. Deu uma breve olhada para Setsuna e teve que admitir que Hauna tinha razão, todas as respostas estavam corretas. O que era uma coisa idiota de se pensar a essa altura, considerando que elas já tiveram aula de natação juntas na escola, então não era a primeira vez que Konoka a via com aquele maiô. Mas, se ela dissesse isso agora, só deixaria Setsuna constrangida. Haruna, por si só, já tinha o poder de deixar as pessoas envergonhadas, e se Konoka falasse aquilo na frente dos outros então… não, ela não podia fazer isso. Pelo menos não enquanto tinham platéia.

— Eu acho que a Setchan fica bonita de qualquer jeito — ela respondeu por fim, sorrindo. Konoka pensava que aquela era uma boa resposta, mas na verdade tinha acabado de colocar mais lenha na fogueira.

— Ah, isso sim que é uma bela demonstração de amor! — Haruna exclamou dramaticamente — Sim, isso mesmo, a aparência não importa quando você realmente am…

— Já chega! — Setsuna empurrou a garota para longe de Konoka, esquecendo-se de controlar sua força outra vez. Percebeu, tardiamente, que Haruna tinha rolado alguns metros na areia até bater a cabeça em uma árvore — Ops…

— Setchan, você exagerou de novo — Konoka comentou, com a mão sobre os olhos para afastar o sol e poder observar melhor o estrago.

— Tudo bem. Ela só desmaiou — Kotaro gritou para elas enquanto cutucava Haruna com um graveto.

— Setchan — Konoka chamou sua atenção — Vamos fazer um castelo de areia? Temos que aproveitar enquanto ela não está queimando… literalmente — ela riu.

— Certo… vamos nos juntar aos outros então — Setsuna respondeu, notando que Negi, Yue e Nodoka estavam construindo o que deveria ser um castelo de areia, mas que parecia mais um morro em dias de tempestade perto dali.

Elas se juntaram ao grupo, e começaram a construir seu próprio castelo de areia. Konoka insistiu que ele deveria ter torres. E que havia uma princesa presa na torre mais alta, esperando por um cavaleiro para vir salvá-la de um dragão assustador. E que o cavaleiro em questão tinha asas e não precisava ser necessariamente um homem. Enquanto Setsuna começava a entender aonde ela queria chegar, percebeu que os outros não estavam mais com eles. Na verdade, não tinha notado quando tinham ficado sozinhas. Era o que ela menos queria. Ficar sozinha com Konoka. Começou a pensar desesperadamente em alguma desculpa para se afastar, mas Konoka parou de falar sobre a história da princesa e mudou de assunto bruscamente:

— Setchan, pode passar protetor solar em mim?

— O que? — a garota se afastou automaticamente — Quer que eu faça isso?

— Só tem você aqui, Setchan — Konoka riu.

— Hm… certo.

Setsuna pegou o frasco e colocou um pouco do conteúdo nas mãos enquanto Konoka afastava os longos cabelos para o lado. Setsuna a encarou em silêncio por alguns segundos. Observou aquela pele rosada desde a nuca até a cintura e teve a certeza de que aquela era uma péssima ideia. Mas respirou fundo e fez assim mesmo. Ela sentiu seu rosto esquentar no mesmo instante em que começou a espalhar o bronzeador pelas costas de Konoka, e sabia que aquilo nada tinha a ver com o calor que fazia na ilha. A pele dela era tão suave, tão delicada… pensando bem, era bom mesmo que Konoka usasse protetor solar. Setsuna odiaria que a pele linda dela fosse afetada pelo sol absurdamente forte daquela ilha. E, céus, que pele linda. A lembrança do dia em que Konoka se queimou na água do chuveiro lhe veio á cabeça de repente e ela sentiu seu coração disparar. Ainda não sabia como tinha aguentado passar por aquela situação sem ter feito nenhuma besteira. Suas mãos tremiam de nervosismo só de pensar no que poderia acontecido se ela se desse conta da situação em que estava se não tivesse colocado o bem-estar de Konoka acima de qualquer outra coisa.

— Setchan? — a voz de Konoka a despertou de seus devaneios — Você está bem?

— Sim… estou ótima.

— Mas suas mãos estão tremendo — Konoka observou. Ela precisava conversar com Setsuna. E não havia ninguém por perto agora… era sua chance — Setchan, sinto muito pelo que aconteceu no outro dia.

— Do que está falando, Milady? — Setsuna parou o que estava fazendo. Mas do que Konoka estava falando? Se alguém ali deveria pedir desculpas, esse alguém era ela.

— Estou falando do nosso primeiro dia aqui na ilha — Konoka virou-se para encará-la — Sabe, quando comecei a falar que meus seios eram maiores que os seus, e depois te derrubei no chão… eu só estava brincando. Mas parece que você ficou… chateada por causa disso, não é? Sinto muito.

— Não… não fiquei exatamente chateada — ela respondeu. Então Konoka havia percebido… bem, é claro que ela percebeu. Ela afastou-se da garota de repente, sem dar nenhuma explicação. A alguma conclusão ela tinha que chegar — Só para constar, tirando o fato de eu ser uma meia-youkai, eu não me importo com a aparência do meu corpo. É só que… Milady, as coisas que aconteceram naquele dia… e depois, no banheiro comunitário… eu tenho me sentido… não sei, um pouco estranha. Talvez muito estranha em relação a você.

— Estranha como?

— Eu não sei explicar — Setsuna passou a mão pelos cabelos negros, aflita — Mas sinto que tem algo errado comigo. E, até eu me livrar desse sentimento, acho que não deveria ficar tão próxima de você — ela fez menção de se levantar, mas Konoka segurou sua mão.

— Não tem nada de errado com você, Setchan. Você continua sendo a mesma pessoa maravilhosa que sempre foi, desde que eu conheci quando éramos crianças. E eu sei que isso nunca vai mudar — Konoka sorriu docemente para ela. Em seguida alargou um pouco mais seu sorriso e acrescentou — Aliás, o que eu disse hoje mais cedo é verdade, viu? Você fica bonita de qualquer jeito, não importa o que esteja vestido. Mas você fica uma graça usando maiô escolar também.

— Milady! Por que isso de repente? — Setsuna exclamou, corando outra vez.

— É que eu queria muito te dizer isso, mas achei que você ficaria envergonhada se eu falasse na frente dos outros — Konoka respondeu, ainda sorrindo. Ela ficava mesmo uma graça quando ficava sem jeito — Apesar de que você parece ter ficado envergonhada mesmo assim…

— Você tem razão… obrigada, Milady — Setsuna deixou escapar um sorriso. Konoka era tão doce, tão gentil… ela não podia macular aquela garota de jeito nenhum — Mas eu também tenho razão no que disse antes. Até entender o que há de errado comigo, acho que não deveria ficar perto de você como antes.

— Setchan… — Konoka segurou as mãos dela entre as suas, a tristeza refletida em seus olhos. Não conseguia pensar em mais nada que pudesse convencê-la a mudar de ideia. Apenas segurou suas mãos como se fosse a última vez que poderia tocá-las.

 


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