Guia Gejimayu: como viver em tempos de paz! escrita por LaviniaCrist


Capítulo 34
Vítima da Moda


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI! Kkks.
Desculpem o sumiço, não achei que esse semestre iria ter tantas coisas para fazer.
Agradeçam a boa vontade do meu professor do último tempo de hoje que terminou a aula cedo (sem isso, eu não estaria colocando o capítulo no dia certo XD)



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No saguão do Hospital de Konoha, um jovem rapaz com cabelos tigelinha estava ocasionando uma verdadeira calamidade: médicos e enfermeiros já tinham deixado o que estavam fazendo de lado para irem descobrir o motivo de tanta gritaria pedindo por ajuda. Depois que iam, nenhum chegava a voltar, ficavam todos aglomerados na recepção junto com os pacientes e outros funcionários.

Mal sabiam eles que Tsunade já estava indo verificar por si mesma o que estava acontecendo – E estava bem irritada, aliás.

— QUE ALGAZARRA É ESSA!? — a médica loira gritou, empurrando todos os que se metiam no caminho.

— É GRAVE!!! — Lee praticamente berrava enquanto cascatas de lagrimas escorriam por seus olhos.

Ao lado dele, com o rosto tampado por um saquinho de papel, estava uma criatura amedrontadoramente verde e cheia de folhas grudadas em si. Dela, escorria um líquido colorido que mais parecia lodo de um monstro de filme de terror.

— ... Que? — Tsunade tentava com muito custo imaginar que enfermidade poderia causar aquilo a alguém.

— POR FAVOR, TSUNADE-SAMA!! TRÁS A TENTEN DE VOLTA!! — jogando-se aos pés da médica e mantendo todo o drama, Rock Lee implorava para que as bobagens que tinha feito fossem consertadas.

— Essa daí é a Tenten!? — a Senju arregalou os olhos.

Recebendo uma afirmativa daquele monstro, ou melhor, notando o saco de papel se mexer como um “sim”, Tsunade agarrou a mão da pobre garota e saiu a conduzindo pelos corredores. Agora sabia exatamente o mal que ela sofria: amizade aguda com Rock Lee.

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Na sala de espera, tudo o que Lee conseguia pensar era em que tipos de tratamento Tenten iria ter que fazer. Ele já estava angustiado em ficar ali, sentado, preocupado, sem poder saber de nada.

Quando já estava quase desistindo e procurando um jeito de invadir a sala de Tsunade, Neji finalmente apareceu. Estava vestindo uma roupa de enfermeira e parecendo nem um pouco feliz enquanto segurava uma prancheta.

— Verde como um monstro do pântano, é? — depois da fala um tanto decepcionada, o Hyuuga continuou — Que tipo de experimentos bizarros você fez com ela?

— Nada, eu só estava ajudando! — tentar se explicar era perda de tempo — Eu só... Só...

— Tingiu as roupas e esqueceu que a Tenten iria ficar verde também?

— É...

— E que pintura horrível era aquela no rosto? Você quem fez?

— Claro que não, aquilo foi no salão! — depois de alguns segundos, Lee retomou com um tanto de irritação — Está falando que eu não saberia como maquiar ela!?

— Silencio, aqui é um hospital! — a represália foi acompanhada de uma batida no topo dos cabelos negros com a prancheta — Me pergunto quanto tempo vai levar pra tudo aquilo sair...

— Como assim? — amuado e passando as mãos sobre os cabelos, Lee não fazia ideia de quanto tempo iria ter que esperar.

— Sabe, nem uma esfoliação com palha de aço vai conseguir tirar toda aquela coisa... Talvez, em algumas semanas ela volte ao normal...

— Se-semanas?

— Sim!

— Ela não pode demorar semanas! — desesperado, Lee já estava com os olhos marejados de novo.

— Está tão preocupado assim com ela por culpa, é?

— Sem ela eu não vou ter com quem treinar!!! — rios de lagrimas já escorriam.

Novamente, Neji acertou o topo da cabeça do amigo e saiu andando um tanto emburrado. Por um pouquinho atoa ele não se sentia, em parte, culpado do que fez a antiga companheira de time. Ele preferia culpar a estupidez do Lee e sua dificuldade em entender quando precisa desistir de uma ideia idiota.

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Quase três horas se passaram.

Enquanto esperava, Rock Lee fez sua sequência de exercícios e já estava quase recomeçando a fazê-los quando notou a porta da sala de atendimentos em que a amiga estava finalmente ser aberta. Dela, saiu a Senju com um sorriso grande no rosto.

— COMO ESTÁ A TENTEN!? — o ninja de cabelos tigelinha praticamente pulou em cima da médica enquanto pedia por novidades.

— MELHOR AGORA! — repetindo os atos de Neji, ela acertou Lee com uma garrafa de saque bem no topo da cabeça — Consegui tirar toda aquela tinta verde e refazer a maquiagem.

— Mesmo? — os grandes olhos ligeiramente esbugalhados já estavam cheios de lagrimas de novo — Ela vai sobreviver!?

A médica conteve-se para não acertar novamente um golpe com a garrafa e ameaçar quebra-la. Tomou folego e respondeu:

— Vai sim...

— E já pode receber visitas?

Tsunade não sabia ao certo se Lee realmente entendeu a situação verdadeira em que a amiga estava, apenas segurou as gargalhadas e respondeu:

— Vou ir buscar alguma roupa que não seja verde para ela, podem conversar enquanto isso?

— QUE ÓTI... — o sobrancelhudo começou, animado, mas logo depois mudou as feições para dúvida — Por que não pode ser verde?

— Ela está sofrendo com uma grave aversão ao verde, praticamente uma verdefobia... — deixando um ou outro riso escapar, Tsunade respondeu enquanto já andava pelos corredores.

Tentando poupar a “saúde frágil” da amiga, Lee tentou se cobrir com algumas das revistas da recepção e abriu parte da porta, ansioso para ver se Tenten realmente estava bem.

— Tenten, como você está se sentin...

Antes de continuar a frase, ele notou como era adorável a garota que estava naquele cômodo: maquiagem leve, pele morena, balançando os pés vigorosamente enquanto esperava por alguma coisa diferente do roupão hospitalar que vestia.

— Lee?

— Desculpe, foi engano. Estou procurando a minha amiga, ela é parecia com você, mas é mais parecida com um monstro do pântano...

Atordoado, o rapaz fechou a porta e ficou alguns segundos encarando o nada até entender que AQUELA era a Tenten. Ela não iria ficar semanas com a pele verde e nem nada do tipo, ela estava ótima.

Ao abrir a porta novamente, Lee desejou voltar no tempo e fugir para a colina mais próxima ao invés de “libertar” a fera que estava lá dentro. Sentindo-se terrivelmente ofendida por não ser reconhecida, Tenten jogou a primeira coisa que viu para cima do sobrancelhudo, no caso, uma cadeira.

E não parou por aí...

Ao final do dia, quem mais precisava de atendimento médico urgente era Rock Lee. Ele estava sofrendo de uma síndrome quase tão rata quanto a verdefobia, chamada “Insuficiência de Paciência da Tenten”.

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Lição número trinta e quatro: a moda vai e volta.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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