Guia Gejimayu: como viver em tempos de paz! escrita por LaviniaCrist


Capítulo 15
Fontes Termais: Vapor




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Tsunade já havia sido levada para o provador, já havia bebido uma garrafa do saquê de alta qualidade que tinha lá e agora pegava mais duas, para levar junto a si para o banho relaxante.

Assim que se virou para a entrada da parte dos banhos, ela notou Tonton a encarando, parecendo um tanto receosa sobre algo. Estranhando o comportamento, a loira pegou a porquinha no colo e olhou para o lago, notando que todas as mulheres estavam fitando a divisória, aparentemente irritadas. Quando a loira ainda estava na porta do vestiário, Tenten passou por elas apressada, sem dar tempo para nenhuma pergunta.

— SHANNARO! — o grito tão familiar de Sakura fez com que a antiga Hokage desse mais alguns passos para frente.

A rosada acabara de acertar a divisória entre o banho masculino e feminino com um de seus socos, Tonton ficou ainda mais inquieta, vendo que o muro estava começando a desmoronar. Por fim, quando Tenten passou pelas duas correndo com uma barra de ferro nas mãos, a porquinha pulou do colo, assustada.

— LEE!!! — a morena gritou irritada, acertando o companheiro de time com toda a velocidade que ganhou correndo até os restos da divisória, onde ele estava.

— O que está acontecendo aqui!? — a loira parecia ainda mais irritada, caminhando até a antiga aprendiza (sim, é aprendiza... nunca imaginei isso, mas é).

Os olhos verdes da Haruno estavam arregalados, olhando para a antiga mestra. Não era somente Sakura que a olhava assim, todos naquele lugar estavam com o olhar fixo em Tsunade, alguns surpresos, outros com vontade de rir e outros apreciando a bela visão que tinham, já que, quando Tonton pulou do colo da dona, a toalha começou a desprender. Os poucos passos que a Sannin deu foram suficientes para acabar de soltar a toalha.

O motivo para ela não ter notado poderia ser culpa da bebida, poderia ser culpa de toda a afobação da situação, poderia até mesmo ser devido ao tecido das toalhas serem extremamente leves. O fato era que Tsunade, mesmo com todos a encarando, ainda não havia notado.

— T-Tsuna-a... — Sakura tentou avisar, mas tudo o que conseguiu foi apontar para a toalha no chão.

— Hun? — a mais velha olha um tanto desinteressada, mas quando nota que estava desnuda franze o senho, olhando agora para si mesmo, para ter certeza.

— Eu não esperava que fosse tudo isso... — Anko suspira, olhando-a descaradamente.

— Tsunade-sama! — Shizune se colocou entre ela e a vista dos outros, tentando protege-la.

— Tããão... g-grandes... — Ebizu murmurou o mais baixo possível, com um sorriso idiota.

— Vocês sabem que ela na verdade é só uma velhinha e... — antes de terminar de falar, Naruto foi atingido por uma das garrafas de saquê que Tsunade ainda segurava, poderia não ter notado estar nua, mas a audição continuava ótima.

Só não se iniciou uma batalha avassaladora neste momento porque Konohamaru, Udon e Moegi, quando foram avisar que o jantar iria ser servido, adentraram o lugar a tempo de suplicar para que mais nada fosse destruído.

Os ninjas foram se retirando lentamente, até que já estivessem no vestiário para se trocarem enquanto o trio de Konohamaru reparava a divisória. Agora, todos se encaminhavam para o restaurante luxuoso, digo, cantina.

Todos, excerto um ninja de cabelos tigelinha.

Lee ainda estava desacordado, jogado em um canto qualquer fora do lago. As garotas estavam irritadas demais para dar qualquer ajuda médica a ele, por ser um pervertido. Os rapazes estavam irritados por ele ter estragado o banho quente e o máximo que fizeram foi joga-lo para fora da água, mesmo assim, porque Naruto insistiu em ajudar o sobrancelhudo.

— Lee... — uma voz tranquila tentou desperta-lo. — Ei, Lee!

Quando finalmente acordou, ainda sentindo a cabeça latejar aonde tinha sido acertado, Rock Lee estranhou estar sozinho. Ele se lembrava de estar perto da divisória falando com Ebizu, depois de machucar o olho, de ouvir o grito de Sakura e, por último, de Tenten ir na direção dele bastante irritada.

— Lee, me passa o sabonete? — aquela voz tão reconhecível o tirou dos pensamentos.

— NEJI!? — ele se sentou o mais rápido que pode, procurando o amigo — Eu morri!? —

— Hun? — o Hyuuga para de lavar o cabelo e encara-o — Não que eu saiba...

— Mas... Mas... — o sobrancelhudo olha em volta — Por que você está aqui?

— Relaxando? — Neji fala em tom irônico, revirando os olhos e voltando a lavar o cabelo.

— Como assim relaxando!? Você é um fan-tas-ma!!! — Lee se levanta, tentando se convencer que o amigo realmente não estava ali.

— Eu sei que eu sou um fantasma, o que tem demais!? — ele se levanta, tirando o excesso de água do cabelo.

Rock Lee chega a puxar o ar para começar mais uma de suas gritarias, mas desiste e fica olhando o amigo com os olhos marejados, seguindo-o com o olhar. Depois de um tempo ele volta a puxar o ar, como se quisesse pedir alguma coisa e estivesse sem coragem.

— Sabe que essa sua cara não é fofa e muito menos vai me fazer dizer algo, não sabe? — o Hyuuga arqueia uma das sobrancelhas.

— Sei... — ele suspira — Qual o conselho que vai me dar? De não espiar em buracos em paredes? — o sobrancelhudo estava realmente desanimado — Eu não sou um pervertido... — ele resmunga.

— Eu sei que não é um pervertido, mas sobre o conse... — antes de continuar, Neji é cortado.

— SABE MESMO!? — o ânimo de Lee volta no mesmo instante.

— SOBRE O CONSELHO... — Neji respira fundo, antes de continuar — Confie no... — novamente, ele é cortado.

— Você viu tudo, certo? Então pode falar com eles que eu não sou um pervertido e também que...

Rock Lee continuou a imensa lista de tudo o que o amigo deveria falar, desde coisas antigas como ter ajudado no presente de casamento para Hinata e Naruto, já que não era justo Lee levar o "crédito" sozinho, até chegar no principal: que ele não havia tido culpa alguma e que não era o pervertido das Fontes Termais de Konoha.

Assim que os dois se aproximaram da cantina, puderam ouvir os gritos acusatórios de Naruto contra Ebizu, acompanhado de expressões de surpresa por parte de todos que ouviam, assim como algumas risadas, em especial as de Kiba e Anko.

— Eu vi você perto da parede, e depois falando com o Lee! — Naruto apontava para o homem de óculos escuros, irritado.

— Eu não estava fazendo nada demais! Ele duvidou, quis olhar o que eu estava vendo e se machucou! — Ebuzu tentava se defender.

— Ah! Acabou de admitir que estava olhando!!! — agora o loiro se levantava, estava sentado em uma mesa próxima a dele.

— Eu já disse que não estava! — o homem também se levanta, encarando o loiro com faíscas saindo pelos óculos — Quem estava vendo era a Anko!

Todos ficam em silencio, encarando a mulher que estava comendo os seus tão adorados dangos, sentada em um canto, perto do balcão. O esperado era que ela se defendesse prontamente, porém ela terminou de comer todo seu espetinho, sem a menor preocupação, e respondeu:

— Estava mesmo! — depois de comprovar, ela ainda sorriu de canto.

Todos continuaram em silencio, olhando-a incrédulos ao ponto de não notarem que Lee já estava praticamente ao lado de Tenten.

— E ia ser a vez do pervertido aí, mas parece que o ninja hiperativo que colocou o olho... — a Mitarashi dá de ombros, pegando mais um espeto e começando a comer.

— E-Eu... — Ebizu engole o seco, endireitando os óculos de maneira nervosa.

— ELE É UM PERVERTIDO DO ARMÁRIO, NÃO O LEE! — o Uzumaki aponta para o homem tentando se manter sério, mas acaba caindo na gargalhada em ver a expressão de pânico que o sensei de Konohamaru fazia.

As risadas de Kiba ficaram ainda mais altas, acompanhadas de pequenas risadinhas e coxinhos, assim como os latidos de Akamaru. Quando finalmente tudo se acalmou, foi a vez de Lee se pronunciar.

— Pessoal... — duas cascatas de lagrimas escorriam pelos olhos esbugalhados, inclusive o que estava machucado e ligeiramente inchado — Obrigado por acreditarem em mim! — ele levanta o polegar, sorrindo, em uma pose “nice Gai” — Viu Neji, eu nem precisei que você... — ele olha em volta, procurando pelo amigo e só então notando que ele havia desaparecido.

Todos também focaram o olhar no mesmo lugar o qual Rock Lee olhava, esperando para verem alguma coisa, principalmente após ouvirem o nome “Neji”. Não havia nada, no máximo, uma brisa fresca que fez a toalha que o sobrancelhudo usava balançar o suficiente para dar uma visão não muito agradável aos convidados, principalmente para Tenten, que estava sentada ao lado dele.

— Isso foi desnecessário... — foi o único comentário que a morena conseguiu fazer, engolindo a vontade de acertar o companheiro de time com mais um golpe... o primeiro iria valer por este, já que havia sido um engano.

Enquanto todos tentavam esquecer a visão desgostosa de Lee e aproveitarem o jantar, Konohamaru e seus subordinados olhavam afastados e um tanto emburrados. Além de distribuírem os convites, recepcionarem as pessoas, terem que arrumar a cantina, consertar a parede de divisória e servirem os pratos do jantar, os três ainda tinham que limpar tudo no final do dia. Isso, se quisessem levar o “bônus” de mais dois convites para cada... Fizeram tudo isso para receberem todo o pagamento em convites.

— Pelo menos vamos poder aproveitar a água quentinha, kore... — Konohamaru tentou se animar, mas nem mesmo ele via isso como algo bom.

— Eu prefiro as missões que o Ebizu-sensei indica... — Udon suspirou.

— Eu prefiro ficar longe de pervertidos, seja qualquer um... — Moegi disse um tanto irritada, afinal de contas, por culpa de um trabalhou praticamente de graça e por culpa do outro, teriam que passar a noite acabando de consertar a divisória.

 

Lição número quinze: não ande só de toalha em público.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!

Sugestões, dicas, críticas e observações são muito bem-vindas.

Talvez saia mais um capítulo esta semana.

Enquanto esperam o próximo capítulo, que tal ler outra Fanfic minha? Tem Gaara Chibi e Crime das Flores e Sonhos de Grãos de Areia.



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