Uma Sereia na Escola escrita por Miriã Melo Lima


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Hei gente! A Pequena Sereia foi o primeiro filme da Disney que viciei.
Sempre amei demais o Eric e a Ariel, mais nunca tinha escrito nada sobre eles, então decidi finalmente escrever.

A idéia foi retirada da página WPTumblr, super recomendo a página! ♥



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Quando me vi pela primeira vez caminhando por entre os corredores azuis, abarrotados de adolescentes de diferentes tipos de jovens, soube que estava prestes a embarcar numa das maiores experiências da minha vida.


Sempre estive certa que a vida no mundo dos humanos valia apena, com o passar dos dias fui confirmando minhas suposições. Obviamente a saudade e a dor que a distância das minhas irmãs e do meu mundo causava volta e meia me deixava um tanto triste.
No entanto, a rotina louca e os horários puxados da escola, ocupavam quase cem por cento da minha mente, por isso raramente havia tempo hábil o suficiente para qualquer coisa além de trabalhos escolares e deveres de casa intermináveis.


Por isso, quando meu despertador falhou naquela manhã de segunda feira, soube que aquele dia seria um daqueles dias ruins, que ocasionalmente surgiam. Não tive tempo para perceber nada além da minha pressa até chegar ao jardim vazio e silencioso da escola. A maioria dos alunos já estavam em suas salas de aulas quando cheguei e parei abruptamente ao sentir a calda tatuada em meu pulso esquerdo queimar.


Se eu tivesse prestado um pouco mais de atenção nos próprios sinais do meu corpo, teria notado que já fazia muito tempo em que estava afastada do mar e por isso meu corpo estava no limite do cansaço e estresse.
Depois de algumas brigas intermináveis com meu pai, sobre o meu desejo de conhecer o mundo dos humanos, ele finalmente cedeu a pressão e encantou meu corpo para que pudesse mudar de forma quando estivesse em terra firme, no entanto, como o majestoso rei Tritão não dava um ponto sem nó, ele havia colocado limitações interessantes no encantamento.


Ao menos uma vez ao dia, eu precisava ir ao fundo do mar para reavivar as forças do encantamento e consequentemente estar em contanto com o meu verdadeiro mundo.


Por isso, ficar quase uma semana sem ir até o mar estava me deixando mais indisposta e propensa ao cansaço, no entanto, não havia imaginado que estaria fraca ao ponto dos poderes do encantamento perderem momentaneamente seus efeitos.


Agora eu definitivamente estava com um problema. Caída sobre a grama verde, com a cauda de milhões de tons de verdes a vista, e sem ter como me locomover para longe das vistas sem ajuda. Não que houvesse alguém pra quem pedir aquele tipo de ajuda, eu havia feito alguns amigos, mais nenhum sabia minha origem marinha.


Suspirei, sentido as lágrimas se acumularem nos meus olhos, enquanto sentia o medo de ser descoberta me dominar. O desespero já estava inundando todos os meus sentidos, quando sentir uma presença na minhas costas.


“Eu sabia que tinha uma razão para você ser tão boa em biologia marinha! Você sempre fica acima de mim nas notas, isso nunca aconteceu antes de você aparecer.” Ouvi a voz surpresa de Eric retumbar em meus ouvidos, me deixando ainda mais apavorada.


“Você é uma sereia! Isso é quase surreal! É um tipo de trapaça também é claro, Ariel você é uma trapaceira.” Ele bradou inconformado, aparecendo finalmente no meu campo de visão, com uma expressão dividida entre a incredulidade e a revolta.


“Eric, por favor, você não pode contar isso pra ninguém, se você falar pra alguém... Eu... eu vou ter que ir embora, nunca mais vou ter a chance de viver no seu mundo.”
Implorei, enquanto conseguia ouvir meu pai retumbar em minha mente dizendo para não confiar em humanos.


Eric definitivamente nunca havia gostado muito da minha presença, já que havia tomado seu lugar na turma de Biologia Marinha. Todos sempre souberam que aquele garoto tinha uma coisa com o mar e as criaturas que viviam nele... Agora ele tinha a chance de se livrar da sua única concorrente.
Não havia nada a ser feito. As lágrimas já desciam livremente pelo meu rosto, quando senti seus braços envolverem minha cintura em um impulso rápido, me fazendo soltar um grito de susto.


“Se você ficar gritando assim, as pessoas vão ouvir.” Ele soltou um breve sorriso, enquanto eu encarava-o embasbacada. “Então onde devo te levar?”


“Para o mar.” Respondi perplexa, enquanto um sorriso desenhou-se em nossos lábios simultaneamente.


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Notas finais do capítulo

E ai gente? Que acharam?



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