Eternamente escrita por LizCullen


Capítulo 28
Discussão


Notas iniciais do capítulo

Mais um :)
divirtam-se ;)



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  A semana foi longa e cansativa, agora estávamos na semana de prova, o que significava que faltavam apenas alguns dias para entrarmos de férias. Meus tios, Alec e Jane voltaram na segunda e por isso, passei a maior parte dos meus dias com Alec. Quando não estávamos estudando juntos, ficávamos conversando. Eu havia voltado a falar com Jacob, mas ele preferia estudar sozinho; então ficávamos juntos no almoço e nas aulas. Meus pais chegaram de viajem na quinta. Papai continuou me dando gelo e eu fiz o mesmo com ele. Já mamãe, voltou a falar comigo, mas ela continuava triste e preocupada. Os outros apenas escutavam minhas discussões com papai e meus choros, mas preferiam não se meter, exceto vovô e vovó. Eles estavam sempre tentando manter a ordem. Tio Jasper ajudou muito. Ele passa a maior parte do tempo, tanto na escola como em casa, tentando me deixar calma.  E o agradeço por isso. Durante todo esse tempo resolvi deixar meu escudo baixo para que papai soubesse tudo o que eu estava sentido. Isso me machucava, mas ele precisava saber que não era necessário fazer todo esse drama só porque beijei Rhuan. Eu já aprendi a lição.

  Como sempre, estávamos todos sentados na mesa e eu repassava tranquilamente o assunto da prova e fazia desenhos. Mais uma vez sem fome.

 -Renesmee? –mamãe chamou

 -Sim, mãe. –respondi sem encará-la

 -Será que pode parar de rever o assunto da prova? Já estudou o bastante. –eu, assim como todos, sabíamos que este era um pedido de papai. Suspirei alto e recoloquei meu escudo. Por que parar de fazer algo, quando eu posso apenas ‘’escondê-lo’’?

 -Estarei esperando lá fora. –falei levantando rapidamente

 -Renesmee. –ela disse mais uma vez –Tome seu café. Por favor. –adivinha quem mandou ela dizer isso também? [N.a: o Edward, dã!]

 -Desculpe. –falei sentando na mesa novamente. Vovô me observava calado e parecia conversar silenciosamente com papai. Agora, ele estava passando uma boa parte de seu tempo em casa para me amparar.

 -O seu preferido. –vovó disse colocando um prato de panquecas na minha frente –Tente comer tudo dessa vez.

 -Não estou com fome. –empurrei o prato para longe de mim e pus minha cabeça sobre a mesa.

 -Que tal irmos caçar mais tarde? –mamãe perguntou na esperança de que eu aceitasse, já que eu adorava caçar com ela.

 -Não. Vá com seu marido.- eu me recusava a chamá-lo de pai em sua presença.-Ambos estão com sede. - Pela minha visão periférica, percebi mamãe lançar um olhar para Jacob.

 -E comigo? –Jake abriu um sorriso. –Será divertido. –ele insistiu antes que eu respondesse.

 -Já disse que não. –falei entre dentes.

 -Renesmee, você não pode ficar sem comer. Fazem dias que você não caça e se recusa a comer qualquer tipo de alimento humano. Já está ficando pálida! –vovó me repreendeu

 -Nessie, eu e Rose estávamos pensando em  sair para fazer compras. Que tal ir conosco?- tia Alice chamou

 -Estou fazendo provas. –ela também se calou. Rose abriu a boca para falar, mas eu a interrompi.

 -Olha aqui. –inalei profundamente o ar -Se realmente querem que eu coloque essa comida dentro do meu organismo, façam como Edward. Finjam que eu não existo! –papai grunhiu

 -Edward pare! –vovô disse

 -Por que devo parar Carlisle!? Eu sou o pai dela e olhe como ela está agindo! Tenho que impor minha autoridade.

 -Ah é? Pois aja como se eu fosse sua filha! –falei com lágrimas nos olhos –Eu já estou cansada disso. Cansada da forma com que está me tratando!

 -Renesmee Carlie Cullen! Me respeite! –ele aumentou o tom de voz

 -Se quer meu respeito conquiste-o. E eu também mereço ser respeitada. Às vezes penso se é realmente meu pai, porque nenhum pai faria sofrer como você está fazendo comigo. Será que não percebe? Não percebe o que isso está me causando? Eu sei que o que eu fiz foi errado, mas eu já aprendi a lição. Quando eu quis me explicar, o que você fez? Me virou as costas e simplesmente fingiu que eu não existo. Até quando isso vai continuar? –as lágrimas corriam descontroladas por meu rosto, enquanto eu tentava salvar minha relação com meu pai. Jacob e Alec estavam agora ao meu lado e tio Jasper e vovô ao lado de papai –Eu não sou mais criança. Por favor...-eu supliquei mas ele continuou calado. Jane saiu da cozinha, sem querer se meter na discussão.

 -Jacob e Alec, levem Renesmee para varanda e esperem até que seja a hora de irem para escola. –Jacob me envolveu pela cintura e Alec segurou suavemente minha mão. Sentamos no sofazinho que tinha lá fora. Repousei minha cabeça no colo de Jake e minhas pernas no de Alec.

 -Viu o que você fez Edward!? Você é um idiota! –tia Rose cuspiu

 -Rosalie, cale a boca! –vovó mandou. Eu podia ouvir minha mãe chorar aos soluços sem lágrimas.

 -Bella...-papai começou

 -Não Edward! Ela está certa. Não ver o que está fazendo? Eu pensei que tudo fosse se resolver logo, mas só piorou! Não agüento mais. Ela te ama e você a está fazendo sofrer. Só por causa daquele acontecimento idiota. Ela não é mais bebê, sabe tomar suas próprias escolhas! –mamãe falou -Edward, eu imploro. Fale com ela! Nós sabemos que você está sofrendo. Ela é sua filha e você a ama.- mamãe pediu

 -Meu filho, você não consegue viver sem Nessie. Lembra quando ela viajou? Você sentiu mais falta dela do que todos nós. Quando ela sofreu o acidente, ficou desesperado. Disse que não podia e não ia, perdê-la. E agora? Está a perdendo. Apenas pense. –vovô falou

 -Tudo bem. –ele falou derrotado

 -Aquilo o que? –Jacob perguntou afagando minha mão, tirando minha concentração. Alec me lançou um olhar de ‘’Ele não sabe?’’

 Não.—respondi silenciosamente

 -Conversaremos depois, ok?

 -Claro.

 -Será que podemos ir para escola? –tia Alice sorriu gentilmente

 -Se não se importa, vou com Jacob.-ele havia ganho um carro do vovô - Avise à mamãe.

 -Tudo bem. Nos encontramos lá então.

 -Vamos? –Jacob chamou e eu concordei levantando

 -Tchau, Alec. –dei um beijinho em sua bochecha e ele me entregou minha mochila

 -Fique bem.-ele disse

 -Na medida do possível.

  Durante todo o caminho mantive os olhos fechados e Jacob segurou minha mão fazendo círculos para me acalmar.

 -Esta dormindo? –ele afagou meu rosto

 -Não. –suspirei –Eles já chegaram? –abri meus olhos para encará-lo

 -Ainda não. Quer esperar aqui? –concordei –Alguém quer te ver. –ele falou abrindo a porta e saindo. Olhei através do vidro, era Rhuan.

 -Oi Jacob.-Rhuan o cumprimentou

 -Oi Rhuan.

 -A Nessie veio com você?

 -Sim. –desci o vidro respondendo por Jacob. –Bom dia. -forçei um sorriso

 -Péssimo dia. –ele sussurrou

 -O que disse?

 -Nada. O que minha Bff’ mais perfeita tem hoje? Não parece tão feliz.

 -Meu pa-irmão. –sussurrei, sabendo que ele poderia me ouvir  —Nós brigamos.

 -Por causa daquilo?- ele perguntou parecendo surpreso

 -Até você sabe e eu não? –Jake perguntou

 -Ele presenciou. –repondi –Sim, por causa daquilo. –disse para Rhuan. Os carros da minha família chegou

 -Será que devo ir? –ele me perguntou

 -Provavelmente .

 -Nos vemos mais tarde?

 -Difícil, mas quem sabe. –ele saiu e acenou de longe

 -Vamos? –Jacob abriu a porta para mim e eu lhe abri um sorriso, que ele retribuiu.

 -Tchau pessoal. –saímos em direção ao campus e Jacob fez cosquinhas em mim, me fazendo sorrir ainda mais.

 -Fazia uns dias que eu não via esse sorriso. Já estava sentindo falta. –ele nos parou, segurando minhas mãos nas suas. Nesse momento, percebi o quão importante ele é para mim, que não importa se ele me considera apenas uma irmã, uma amiga, porque eu sei que ele vai estar sempre comigo quando eu precisar e sei que posso contar com ele. Ainda estávamos no campo de visão da minha família e eu sabia que eles podiam ouvir facilmente nossa conversa.

 -Eu te amo. –o abracei o mais forte que pude e ele beijou o topo da minha cabeça

 -Eu também.-ele sorriu mais uma vez

  Ao terminar a prova, esperei Jacob num baquinho que ficava próximo a porta da sala.

 -Hey, Nessie! –Rhuan chegou sentando-se ao meu lado

 -Oi. –sorri –Gostou das provas?

 -Acho que dá para tirar uma boa nota. –ficamos em um completo silêncio –Já vou indo...-ele falou depois de um tempo –Eu e Ever combinamos de nos encontrar  no Coffe House’ daqui à uns 20 minutos para estudar. Não quero me atrasar.

 -Claro, claro. Bons estudos. –sorri com o encontro deles. Podia ser só para estudar, mas tenho certeza que Ever deve estar tremendo de tão nervosa.

 -Tchau. –ele deu um beijinho na minha bochecha e saiu. Pus meus fones de ouvido para ver se o tempo passava mais rápido

 -Pronto! –Jacob apareceu em minha frente, me fazendo dar um pulinho de susto. –Anda muito dispersa. –ele disse

 -Você é que pensa. Como acha que devo agir? Eu estou na boa escutando música e você aparece de repente na minha frente. Não queria que eu me assustasse? –bati minha mão para que ele sentasse ao meu lado. Ele o fez.

 -Você é muito dramática. –ele riu

 -Obrigada. –olhei para o lado e vi meus pais se aproximarem –Está conversando com ele? –perguntei para Jacob que encarava para meu pai. Apenas concordou.

 -Oi querida. –mamãe sorriu –Como foi a prova?

 -Oi mãe. Tranqüila.

 -Queríamos saber se vai conosco. –ela perguntou, mas no mesmo momento papai sussurrou algo para ela –Oh, sim. Nos vemos mais tarde então. –ela saiu acenando

 -O que? –perguntei à Jake sem entender nada

 -Vou te levar a um lugar.

 -Aonde?

 -Espere para ver. –ele sorriu malicioso –Não vai precisar estudar para provas de amanhã, vai? –ele perguntou já me guiando para o carro

 -Não.

 -Ótimo. –ele fechou a porta do meu lado e foi sentar-se rapidamente em seu banco

 -Por que?

 -Porque nós temos a tarde toda para fazermos o que quisermos. Agora coloque essa venda. –ele me passou uma venda preta

 -Como assim? E você? Não tem que estudar? E meus pais sabem? Papai não ia deixar uma coisa dessas...

 -Nessie, pare de ser preocupada. Já falei com eles. Vamos, coloque. Não vou sair daqui até fazer isso. –suspirei e coloquei a venda –Quantos dedos ver?

 -3? –perguntei sem enxergar nada

 -Errado.  –ele deu a partida. Isso pareceu agradá-lo e me agradou também. Sorri com a idéia de passar a tarde fora de casa, sem preocupações, com o Jake fazendo sabe-se lá o que...

                                                                       ***

 -Chegamos. –ele sussurrou em meu ouvido e retirou a venda –Seu restaurante favorito. –realmente era, Le Itália. Mesmo não gostando muito de comida humana, eu apreciava,entre outras, a culinária italiana.

 -Não acredito que me trouxe aqui só para ver se eu comia. Acha mesmo que vai conseguir fazer isso? –ele concordou sorrindo para mim enquanto eu lhe encarava incrédula –Só você mesmo. –sorri, saindo do carro

 -Só eu mesmo. – ele concordou se achando um máximo.

  Pedimos uma mesa reservada próxima ao jardim. Eu o adorava. Tão lindo, cheio de flores das mais variadas espécies e cores. Borboletas ficavam lá direto e havia um aquário na área coberta, perto da mesa em que  estávamos. Jake me conhece mesmo; às vezes acho, que até mais do que eu mesma. Sabe todos os meus gostos e desejos. Sabe também meus defeitos; me compreende tão bem e de uma forma tão fácil. Só pelo olhar, ele sabe o que quero.

 -No que está pensando? –ele perguntou me observando

 -No quanto você me conhece. –sorri voltando minha atenção a ele

 -E você, me conhece? –ele arqueou a sombrancelha

 -Acredite ou não, eu o conheço.

 -Realmente. Está certa.

 -Isso é bom. –me reencostei na cadeira. Conversamos sobre assuntos variados e percebi que fazia um tempo em que não tínhamos um tempo só nosso, para trocarmos idéias e batermos um papo leve e descontraído. –Desculpe. –pedi sem jeito

 -Pelo que?

 -Por eu não estar te dando a atenção que merece. Você é meu melhor amigo e tenho estado tão ocupada que acabei me afastando.

 -Isso acontece, mas nós sabemos que sempre seremos unidos.

 -Sempre. –concordei. O prato principal chegou e eu comi o suficiente para me sentir satisfeita. Não tinha percebi o quanto estava com fome. –Quanto tempo fiquei sem comer? –perguntei me sentindo curiosa

 -Bom, 3 dias desde sua última caçada, mas você beliscava alguma coisa quando Esme faltava lhe obrigar. Eu estava vendo a hora de te ver desmaiar por não estar se nutrindo corretamente.

 -Virou o vovô, foi?

 -Não, mas me senti preocupado. Você realmente estava pálida. Os seus amigos não perceberam porque você já é pálida por natureza, mas nós percebemos.

 -Não vou fazer mais isso. –conclui

 -Espero.

 -Mais algum lugar que o senhor queira ir? –perguntei quando entramos no carro mais uma vez

 -Com certeza. Não é sempre que seu pai nos permite fazer isso.

 -Não mesmo. –concordei

  O resto da tarde passamos num parque. A última vez que eu havia ido em um tinha apenas  7 anos. Foi magnífico. Fomos em todos os brinquedos e por sorte, estava com minha máquina, então tiramos várias fotos.  Para um dia no qual eu pensava que seria monótono e triste, foi bastante divertido.

  Resolvemos ficar numa praia próxima ao parque para vermos o pôr-do-sol. Estávamos sentados na areia, Jacob com os braços ao redor da minha cintura e eu com a cabeça repousando em seu ombro, observando o horizonte e o céu com sua cor rosa-alaranjado e esperando o sol dá lugar à lua.

 -Se divertiu hoje? –ele sussurrou em meu ouvido, fazendo um calafrio percorrer meu corpo e de repente senti as borboletas voltarem à ativa. Era tão bom estar perto dele, tão reconfortante, tão seguro...

 -Muito. –respondi quase num sussurro –Estou muito feliz. –virei meu rosto para olhá-lo, o que ele já estava fazendo. Nosso rosto estava a centímetros. Mais uma vez a oportunidade de beijá-lo; agora não havia ninguém para nos interromper. Forçei meu rosto a se aproximar mais. Ele entendeu o meu movimento e ao invés de se afastar, se aproximou. Mas como sempre parecia ter algo contra o fato de Jacob e eu nos beijarmos, meu celular tocou.  Da próxima vez eu desligo essa coisa! Pensei e xinguei de todos os nomes possíveis o ser que teve a idéia de me ligar.

 -Não foi minha intenção. –ele  afastou seu rosto, envergonhado

 -Desculpe. –foi o que disse e o celular continuou a tocar. Arghh!! Nunca mais compro um celular. Vou fazer picadinho desse. –Alô. –falei entre dente.

 -Pensei que não fosse atender. –tia Alice falou do outro lado da linha. Como uma baixinha dessa pode ser tão admirável e às vezes tão estraga prazeres?

 -Esse era meu objetivo, mas você é tão insistente! –resmunguei

 -Desculpe, mas eu vi. Seu pai também e ele me obrigou a ligar, dizendo que isso não estava no combinado de passear. –ela sussurrou –Bom, a ...Bella está querendo saber que horas vocês vêm.

 -Agora mesmo. –bufei e desliguei o celular. Jacob abriu a boca para falar, mas o interrompi –Foi um movimento impensável, não temos culpa de não controlarmos nossos corpos, então, tecnicamente, não tivemos participação mental nesse ato. Não tivemos como pensar e não temos culpa de nada. Não vamos ficar envergonhados e mais uma vez vamos fingir que isso não aconteceu e voltaremos a agir naturalmente, como amigos. Certo?  —eu odeio esse mais uma vez. Ele poucos instantes atrás, poderia ter se transformado em um diferente do que aconteceu no passado, nós nos beijamos. E eu estaria extremamente feliz e realizada, mas não, alguém tem que estragar o momento.

 -Certo. –ele concordou se levantando e me ajudando a fazer o mesmo.

  O caminho para casa foi... silencioso e constrangedor ; e eu pedia constantemente aos céus que meus pais não brigassem comigo, que ninguém comentasse nada e que nós voltássemos logo,logo a ser como antes.

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Bom, sei que devem estar querendo me matar agora por eles não terem se beijado, mas se isso estivesse acontecido, não teria a mínima chance de acontecer o que vai acontecer no próximo cap.
Talvez nele, vcs tbm queiram me matar, mas peço que sejam compreensivas. A Nessie ainda vai sofrer mais um pouco, mas não se preocupem.Tudo vai se resolver logo,logo. Igual à uma frase que eu li: ''Só quem passa pelo gelo da dor, chega à inocência do amor'' e se ela está sofrendo é por que esse amor realmente vale apena. Concordam?
Comentários e estrelinhas.
beijinhos
#LizCullen



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