O Segredo escrita por Ariane Munhoz


Capítulo 1
As merecidas férias!


Notas iniciais do capítulo

Local: Ilha Sunshine
Desvendadora: Kaline Bogard
Descrição: Prepare-se para férias quentes. A ilha é grande e exuberante. Conhecida por chover pouco, o sol reina nessas praias maravilhosas. A população mora em uma vila humilde, mas limpinha. Entretanto, nem tudo é perfeito: a única pensão tem apenas 1 estrela no Airbnb, o banheiro é comunitário, o chuveiro esquenta demais (temos pomada para queimaduras na recepção) e os funcionários são mal-humorados, então eu sugiro que não os incomode muito. E, ah! Já ia me esquecendo: cuidado com os Dragões-de-Komonyah. São uma variação muito peculiar da espécie Dragão-de-komodo, que você só encontrará aqui.
Aviso Importante: Não alimente os dragões.
“O que acontece quando se alimenta um desses?” Eu tenho certeza de que você não vai querer saber.
Hotel: Sim, uma pensão com quartos individuais e compartilhados. Sem ar-condicionado e com apenas duas refeições por dia.
Como chegar na ilha: De barco ou avião fretado, partindo de Misaki.
Casal escolhido: ChakaPell ??“ One Piece
Aparições: Pedobear, Kaline Bogard, Kori Hime (participação especial)
Requisição: os personagens vão para a ilha passar 31 dias. Não é preciso descrever com acurácia esses dias.



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Finalmente, o grande dia havia chegado! Pell não conseguia descrever o tamanho da alegria que sentia, mas naquele momento, enquanto descia do avião KoAnKa, que havia feito um pouso suave na ilha Misaki, o homem de pele marmórea já se sentia completamente renovado.

Uma vida inteira! Era isso que havia dedicado para a realeza em Alabasta, e provavelmente dedicaria muito mais se sua vida lhe permitisse. Pell não tinha problemas em admitir que servir a realeza era sua vida, tanto quanto era fazê-lo ao lado da pessoa que havia lhe acompanhado.

− Parece que vai fazer bastante calor aqui. Lembrou-se de trazer o protetor solar? – Chaka questionou, os olhos escuros esquadrinhando a pele de alabastro do amigo.

 Pell apenas soltou um risinho baixo da preocupação do guarda chacal.

− Moramos em um deserto, Chaka. Vivemos cercados por temperaturas que beiram os cinquenta graus nos piores dias. Acha mesmo que não vou conseguir me adaptar ao calor? – Abriu um sorriso de canto. Chaka franziu as sobrancelhas grossas até que uma ruga aparecesse no topo de sua testa. Pell revirou os olhos. – Sim, eu trouxe o protetor solar.

O guarda chacal respirou aliviado.

− Ótimo. Vamos, antes que fiquemos para trás. Os Mugiwaras já estão fazendo a maior confusão indo para suas ilhas.

Haviam se encontrado no avião; Pell e Chaka tinham ganhado passagens de Vivi com direito a férias de 31 dias para aquelas Ilhas Paradisíacas. Depois de anos em serviço, nada mais justo do que eles permitirem, em tempos de paz, que seus dois servos mais leais tivessem o merecido descanso. E que surpresa agradável havia sido encontrar Luffy e sua tripulação junto deles!

Pell e Chaka sempre acompanhavam as notícias sobre o bando—que havia crescido exponencialmente—nos jornais. E suas recompensas também. Mas aparentemente ser um pirata mundialmente famoso e procurado pelo Governo não fazia diferença naquelas ilhas. Era com um paraíso fiscal para todos os tipos de pessoas, o que fazia Pell pensar se havia sido realmente uma boa ideia.

− Estamos aqui para relaxar, Pell. Pare de fazer essa careta analítica de quem coloca problemas em tudo. – Chaka deu tapinhas leves no ombro do outro guarda, passando um dos braços por seus ombros enquanto se dirigiam para os portos onde cada um iria para sua própria ilha.

− É, tudo bem. – ele murmurou em resposta, sentindo um comichão em seu pescoço.

− Alvo avistado. – Os olhos brilharam por trás dos binóculos enquanto a mulher apoiava seu caderno sobre o colo.

− Já sabe o nome deles, mamãe? – A criatura de pelugem branca abriu um sorriso que poderia parecer maligno se não fosse tão assustador. Sorriso esse que lhe rendera um apelido macabro em momentos de gargalhada que assustavam até mesmo Kori Hime com seu jeito bizarro.

− Jovem criança, esses olhos tudo sabem e tudo detectam. É claro que já sei o nome deles.

Um risinho escapou dos lábios da criatura felpuda que esfregava as mãos.

− Temos uma confirmação de shipps?

O sorriso de Kaline Bogard apenas aumentou ao ouvir aquilo, os olhos vermelhos brilhando por trás dos binóculos, enquanto seus dedos deslizavam pelas páginas do caderno que era a sua relíquia. Mas ainda não. Deixaria que eles se divertissem um pouco na ilha antes que sua própria diversão começasse.

X

− Qual é a nossa ilha, Pell? – Chaka questionou, após a breve explicação de uma das descobridoras, Kori Hime, a respeito das ilhas. Ao que parecia, todas elas tinham as suas vantagens paradisíacas, mas quando tinham ganhado a viagem de Vivi e de seu pai, o destino já havia sido escolhido, o que não parecia ser um problema para nenhum dos dois, embora a ilha Korassaum, em especial, parecesse atrativa para Chaka.

Pell olhou as passagens que tinham recebido no avião, confirmando o destino para Sunshine Island e comunicou a Chaka.

− Hn. – Chaka concordou com o guardião. – Vamos ficar no hotel ou na pensão?

− Pelo que Vivi-sama informou, ganhamos o direito ao hotel, quartos individuais. Não precisa se preocupar, Chaka. Vai ter todo o conforto que precisa.

O guarda chacal soltou uma gargalhada que mais parecia um rosnado.

− Depois de anos dormindo no chão nas vigílias onde você escolhia se empoleirar nas aves, acha mesmo que dormir no chão me incomodaria, cara de pássaro?

− Era muito melhor do que correr o risco de pegar as suas pulgas naquela forma monstruosa.

Trocaram risinhos e Pell o cutucou de leve nas costelas enquanto pegavam a embarcação que se dirigia à Sunshine Island, cumprimentando um homem de casaco de gola alta, óculos escuros e aparência muito suspeita perseguido por um garoto que reclamava do fato de não aceitarem animais de fora ali.

− 31 dias! Como vou saber se ele está bem?! – Parecia quase doloroso ouvir o ganido do rapazinho, como se ele fosse um filhote desgarrado da mãe.

− Yare, yare, ele vai ficar bem. Não é a primeira vez que saímos em missão separados, eh? Estará bem cuidado, sabe disso. – Os ombros dos dois se esbarraram enquanto entravam na embarcação.

− Eu vou ficar enjoado!

Pell parou de prestar atenção ao casal quando um urso de terno e gravata lhe pediu seus bilhetes. Suas sobrancelhas se arquearam. Ele tinha a pelagem branca, os olhos escuros e uma aparência estranhamente humanoide, que o fazia lembrar-se de sua forma como ave de rapina.

− Você é um usuário Zoan como nós? – Não era do seu feitio ser dado a curiosidades do tipo, fato que chamou a atenção de Chaka que ainda tinha os olhos pregados no casal que agora discutia sobre ficar na pensão ou no hotel. O garoto com o rosto pintado afirmava que o local onde pudessem comer mais deveria ser o escolhido, enquanto o de óculos dizia que não faria a mínima diferença, pois estavam ali em missão.

− Zoan? – O homem urso inclinou o rosto para o lado. – Isso é algum tipo de comida?

− Pode-se dizer que sim. – Chaka deu um risinho ao notar a confusão nos olhos do companheiro urso. – Embora não seja do tipo mais agradável. Conhecemos um usuário da Hito Hito no mi, então você não pode ser um urso que virou um humano. Comeu a Kuma Kuma no mi?

− Eu comi muitas coisas, isso posso afirmar. – O sorriso que se desenhou na bocarra do homem urso trouxe uma sensação ruim para Chaka, como uma espécie de alerta. Pell nem pareceu notar, curioso com o fato de um urso vestindo roupas estar recebendo seus bilhetes.

− OEEE! VOCÊS ESTÃO EMPATANDO A FILA E EU QUERO CARNE! – A voz de Luffy se fez ouvir ao longe.

− Vamos, Pell. – Chaka fez menção de entrar no navio, entregando os bilhetes ao urso.

− Tenham uma boa estadia em nossa ilha e cuidado ao alimentar os dragões, hihihi.

Espasmos involuntários percorreram o corpo do homem urso, que se segurou para não soltar uma de suas estrondosas gargalhadas que poderiam terminar com a festa de sua mãe cedo demais.

− Eles estão a bordo, mamãe. – comunicou pelo pequeno ponto preso à manga de seu terno.

− Hohoho, ótimo, ótimo. As coisas estão correndo de acordo com os planos. Deixe que venham até mim, meu pequeno filhote. Mamãe vai se divertir muito nesses 31 dias...

Ele tinha certeza que sim.

X

O guia, que não era o homem urso para a tristeza de Pell, lhes entregou um mapa da ilha e os guiou até o hotel, enquanto um outro guia levava as pessoas que optaram pela pensão para o outro caminho. Passaram por uma pequena vila humilde, onde no fim de tarde, receberam os cumprimentos de moradores sorridentes que varriam as frentes de suas casas com uma morosidade que fazia parecer que não tinham nada melhor para fazer de suas vidas.

Naquele fim de tarde em especial, o clima não parecia quente demais, apenas ameno. Mas haviam sido alertados que durante o dia, as temperaturas podiam exceder facilmente os quarenta graus, o que não seria problema para nenhum dos dois.

Finalmente no hotel, uma confusão fez com que os dois terminassem em um quarto individual, porque todos os outros pareciam lotados.

− Tínhamos uma reserva, veja bem. – Pell tentou, com seu tom de voz calmo. – E dizia, explicitamente, que teríamos quartos individuais. Não pode pelo menos conseguir um com camas assim?

A funcionária da recepção, que parecia mais velha do que as barbas do avô de Chaka, os encarou com uma expressão de pouquíssimos amigos que fez o guarda chacal querer dormir em qualquer lugar, menos ali.

− Se vocês, garotinhas, estão tão incomodadas em dividirem o quarto, sintam-se à vontade para dormir com os dragões! – bradou. – Mas que inferno! Mal chegaram aqui e já querem se achar os reis da ilha?!

Chaka engoliu em seco, notando que Pell estava prestes a começar um de seus longos discursos de diplomata que provavelmente faria aquela velhinha infeliz os colocar para correr, então se colocou entre os dois.

− O quarto individual está ótimo! Pode nos entregar a chave, por favor? – Forçou um sorriso e uma expressão para Pell que dizia para que ficasse calado. O guardião falcão pareceu consternado com isso, mas acabou cedendo. Passariam, afinal, 31 dias naquela ilha. E se começasse estragando tudo, aquelas férias poderiam acabar se tornando longas demais.

− Aqui. – A velha entregou o molho de chaves nas mãos de Chaka. – Quarto 69. O café da manhã é servido às 7:30 AM, sem atrasos ou perderão a refeição. O banheiro é compartilhado entre todos aqui no térreo. Sugiro que chegue cedo se quiser manter essa pele de bumbum de neném. – A velha deu um riso debochado ao olhar para Pell.

E voltou a fazer suas palavras cruzadas, enquanto Peça Única, um programa onde piratas idiotas iam atrás de um tesouro no fim dos sete mares, passava na TV.

− Você se parece muito com um personagem que morre aqui, sabe? – Ela apontou para a TV. – O nome dele é Shell. Espero que não faça nada perigoso aqui também.

O sorriso desdentado da velha arrancou arrepios de Pell e Chaka, que não quiseram esperar para saber o que mais ela tinha a revelar, indo logo para o quarto.

− Uau, que dia. – Pell largou as malas ao lado da cama. Ali em cima, parecia mais quente do que lá embaixo, mas a instalação não contava com ar-condicionado, fato que o fez suspirar baixinho, desejando retornar para Alabasta. – Acha que fizemos bem em vir pra cá?

Chaka já havia se jogado na cama, o corpo largado encarando o amigo que estava sentado à janela.

− Foram ordens de nossos soberanos, você sabe. – Chaka encolheu os ombros. – Talvez a viagem não seja perfeita, mas quem sabe o que podemos descobrir aqui? Talvez até mesmo levar um presente para a princesa.

Aquilo animou um pouco Pell. Talvez tivesse pegado um pouco pesado com todas as coisas que haviam presenciado, mas um urso de roupas era realmente um bom começo, não era?

− Tem razão. – concordou. – Quem ficará com a cama hoje?

Chaka deu um risinho, como quem não quer ceder a cama.

Enquanto os dois continuavam naquela discussão, do topo de sua torre, Kaline observava com detalhes aquele casal.

− Quarto 69? – perguntou através do rádio.

Sim, mamãe. Conforme ordenado pela senhora. Tive algum trabalho, mas deixei-os em um quarto conjunto. O com melhor visão para o seu observatório.

− Muito bem. Consigo ver eles daqui.

Os nomes piscavam sobre suas cabeças, o sinal que dizia que eram compatíveis também. Kaline apoiou o caderno sobre o colo, escolhendo entre suas canetas coloridas enquanto começava a pincelar.

− Sim, sim, sim, vou criar outro shipp sim! ~ − cantarolava, os olhos presos à folha de papel enquanto assinava os respectivos nomes no caderno. – Que os jogos comecem!

E começariam. Mal sabiam Pell e Chaka o que os aguardava naquela misteriosa ilha.


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Notas finais do capítulo

Finalmente, essa fic pôde ser postada! Eu estava louca pra colocar essa ideia maluca em prática! Espero que vocês gostem!

Esse casal foi escolhido pela Kaline Bogard para a ilha dela com total permissão minha!

Algumas participações especiais de personagens de Naruto podem acontecer, hehe.

Até o próximo capítulo que será postado já!



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