HOLD THE LINE - Livro #01 escrita por Lyra


Capítulo 17
CAPÍTULO 17 - I Don't Like Mondays




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Existiam duas coisas que não transformavam aquele no pior dia da vida de Louise, apesar de todas as confusões que havia se metido. A primeira era a chama da esperança acesa sobre encontrar o portal e recuperar Will com vida, a segunda era saber que mesmo que Jonathan nunca mais olhasse na sua cara ela ainda tinha amigos com quem poderia contar. Caso saísse daquela aventura com vida, definitivamente assistiria aos shows de Eddie na primeira fileira e participaria das suas campanhas de RPG ingressando no Hellfire clube, algo que deveria ter feito há muito tempo.

Ela teria colocado o pedido de desculpas do Steve dentro da lista de coisas boas que tinham acontecido no dia, entretanto, como havia dito para o próprio, Lola não conseguia acreditar em suas palavras. O comportamento do rapaz longe dos amigos idiotas era completamente diferente de quando estava ao lado deles, não adiantava em nada o pedido de desculpas se no dia seguinte assistiria Carol, Tommy e companhia infernizar sua vida sem fazer nada a respeito. No fundo Lola desejava perdoar Steve, recuperar pelo menos uma de suas amizades estragadas e recomeçar, mas nada adiantava as palavras sem atitudes que demonstrassem mudança.

— Por onde começamos? — Perguntou Lucas olhando para Louise em busca de orientação e atraindo sua atenção de volta para realidade — Precisamos de um marco zero.

— Hum... Me deixa pensar... — Louise parou a bicicleta no meio fio por alguns segundos, sendo acompanhada pelos meninos que aguardavam ansiosos por suas ordens — Vamos começar pelo ferro velho, deixamos nossas bicicletas escondidas e partimos a pé pela linha férrea abandonada, de qualquer maneira não sabemos o quanto vamos conseguir pedalar até chegarmos ao portal e o tempo que levaremos.

— E quando chegarmos ao portal, o que faremos? — Perguntou Lucas estando tão curioso quanto os outros com o plano.

— Observamos antes de agir, primeiro teremos que saber o que nos espera no lugar e depois vamos montar um plano de fuga descente. Não é porque temos uma arma biológica conosco que podemos agir sem pensar — Disse Louise voltando a pedalar. — Não esqueçam que vocês são minha responsabilidade, se alguma merda acontecer é minha cabeça que vai ser arrancada na guilhotina.

O grupo prosseguiu com o plano gerado pela mais velha, deixando a mesma tomar a dianteira durante a pedalada até o ferro velho. Por mais que a estratégia não fosse das mais elaboradas, Lola passava segurança sobre o que estavam fazendo e agia como ótima líder. Chegando ao local eles não demoraram para esconderem as bicicletas embaixo do ônibus sem rodas, seguindo o resto do percurso a pé.

Como estava sem uma bússola e nenhum dos meninos havia se lembrado de pegar uma para ela, Louise caminhava ao lado do irmão mais novo seguindo o falso Norte marcado no objeto. Utilizando uma das mãos, ela agarrava com força o cabo do bastão de basebol, estando pronta para utilizá-lo contra qualquer inimigo que aparecesse.

— Com quem você estava conversando lá na garagem, Lolinha? — Perguntou Lucas quebrando o silêncio durante a caminhada.

— Steve Harrington — Louise desdenhou com os ombros.

— Aquele idiota disse alguma coisa para você? — Perguntou Dustin olhando levemente irritado para a irmã, estando cansado com todo o Bullying sofrido pela mais velha através das mãos do grupo do Steve. — Por isso você estava chorando?

— Na verdade ele foi me pedir desculpas — Respondeu Lola franzindo o cenho. — Achei estranho.

— E você desculpou? — Perguntou Lucas curioso com a fofoca.

— Óbvio que não. Não sou idiota de cair no papinho do Steve — Louise revirou os olhos e moveu o taco de mãos — Disse que não adiantava nada ele me pedir desculpas e ser um otário na escola.

— Ele pode ter sido sincero, você não... — Dustin começou falar, mas foi interrompido pela mais velha.

— Não sei? Eu conheço Steve faz anos, Dusty. Me diga quantas vezes ele pediu desculpas por qualquer merda que passei com a gangue de ogros que ele anda — Louise fez uma pausa esperando pela resposta do irmão, mas ele foi incapaz de pensar qualquer número — Pois é, foi o que eu pensei.

— Quanto tempo será que falta para chegarmos ao local? — Perguntou Lucas mudando de assunto ao notar o desconforto de Louise e sua irritação.

— Não sei. Só indica a direção, não à distância — Respondeu Dustin. — Você precisa aprender mais sobre bússolas.

— Só estou perguntando — Falou Lucas com a voz cansada, no fundo todos estavam cansados de caminharem sobre os trilhos por quase duas horas. — Como sabemos que chegamos ao portal?

— É um portal para outra dimensão, Lucas — Respondeu Louise girando o bastão de basebol nas mãos — Acho que vai ser bem óbvio quando encontrarmos um.

Lucas bufou estando frustrado com a resposta grossa recebida pelos irmãos Henderson's, por alguns segundos ele olhou para trás na direção de Mike e Eleven, os quais caminhavam sozinhos e em silêncio no fundo do grupo.

— Acham que ela está agindo estranho? — Perguntou Lucas sobre Eleven.

Discretamente os irmãos viraram as cabeças para encarar Eleven, porém não conseguiram encontrar nada de diferente no comportamento da menina. Apesar de Louise jamais dizer em voz alta, ela achava El estranha de qualquer maneira por ter sido criada em cativeiro.

— Quer saber se a esquisitona está agindo estranho? — Perguntou Dustin, que ao contrário da irmã não conseguia segurar a língua sobre as coisas que pensava, sendo extremamente sincero.

— Dustin! — Repreendeu Lola lhe dando um beliscão leve no braço.

— O que? É a verdade — Disse Dustin acariciando o local apertado pela mais velha, não havia sido dolorido, porém também não foi confortável.

— Eu quis dizer mais estranho do que o normal — Falou Lucas tentando explicar seu ponto de vista.

— Não sei. Quem se importa? — Dustin deu com os ombros.

— Lola? — Insistiu Lucas dando olhadas desconfiadas para trás.

— Nessa estou com o Dustin, talvez ela esteja com medo de estar em ambiente aberto com "caras maus" atrás dela — Louise fez careta.

Caso a adolescente estivesse no lugar de Eleven, também agiria estranho. A menina era apenas uma criança que estava sendo caçada pelo governo por ser uma arma biológica. Não a culpava por estar preocupada em andar sobre lugares abertos com pouca segurança, apesar de possuir um taco de basebol como arma, aquilo não seria suficiente se começassem a atirar.

O restante do percurso foi cansativo, as crianças estavam exaustas por toda caminhada e não conseguiram encontrar sinal algum de portal interdimensional pelo trajeto. Haviam saído dos trilhos como a bússola ordenava a algumas horas e regressavam lentamente para a civilização.

Louise não demorou em se localizar quando alcançaram o ferro velho, por não estar com os olhos focados na bússola, mas no ambiente ao redor, ela foi a primeira a notar que haviam andado em círculos durante a tarde inteira.

— Merda! — Reclamou Louise abaixando o taco de basebol e chamando atenção dos meninos sobre o que tinha acabado de acontecer — Gente...

— Oh, não! — Reclamou Dustin erguendo os olhos e percebendo o mesmo que a irmã mais velha.

— Oh, não? Como não? — Perguntou Lucas demorando um tempo para compreender que estavam próximos ao local que esconderam as bicicletas no ferro-velho.

— Estamos voltando para a casa — Disse Louise apontando para onde as bicicletas estavam — Escondemos as bicicletas mais para frente. Esse foi o nosso ponto zero.

— O que? — Perguntou Mike surpreso.

— Tem certeza? — Perguntou Lucas ainda descrente de que estavam voltando.

— Tenho — Louise correu até onde estava escondida sua bicicleta, ela retirou a telha Eternit que usava como proteção e tocou a campainha da bicicleta cor de rosa com cestinha — Viram!

— E só percebeu isso agora? — Perguntou Lucas irritado por Louise não ter notado antes.

— Por que a culpa é minha? — Perguntou a menina colocando o taco de basebol dentro da cestinha e empurrando a bicicleta para próximo do grupo. — Eu estava seguindo o Dustin.

— A culpa também não é minha, eu estava seguindo a bússola — Falou Dustin olhando para cada um dos amigos — O que a de vocês diz?

— Norte — Responderam Mike e Lucas em uníssono.

— Não faz sentido — Reclamou Dustin olhando confuso para a direção que vieram.

— Talvez o portal tenha se movido — Disse Mike tentando encontrar uma solução cabível para o problema.

— Não, não acho que foi o portal — Falou Dustin girando o corpo para ver se o ponteiro da bússola mudava de direção — Acho que outra coisa está mexendo com as bússolas.

— Talvez seja algo aqui — Teorizou Mike olhando para Louise, a qual deu com os ombros estando tão confusa quanto os demais.

— Não, tem que ser um superímã — Explicou Dustin.

— Não é um ímã. Ela está agindo mais estranho do que o normal. — Lucas apontou irritado para Eleven que olhava assustada para os quatro. — Se pode fechar portas com a mente, ela pode alterar a bússola.

— Aí, Lucas. Não seja idiota, Eleven não faria isso — Louise balançou a cabeça negativamente, não conseguia levar a sério a acusação que o rapaz fazia contra a outra.

— É, porque ela faria isso? — Concordou Mike unindo-se com Lola para defender a menina.

— Está tentando sabotar a nossa missão — Insistiu Lucas sem tirar os olhos da Eleven, estando irritado por terem sido atrapalhados em suas buscas por Will. — É uma traidora.

— Chega, Lucas. Isso não tem nada a ver — Louise largou a bicicleta e caminhou até Eleven, parando ao seu lado para defendê-la das acusações enquanto Lucas caminhava furioso em sua direção — Ela está ajudando a gente.

— Você fez isso, não fez? Não quer que cheguemos ao portal, não quer que achemos o Will — Falou Lucas olhando diretamente para Eleven, por estar assustada a menina tinha cara de choro.

— Lucas, sério! Deixa ela em paz — Ordenou Louise colocando o braço na frente de Eleven, impedindo o menino de prosseguir para mais próximo dela.

— Admita! — Ordenou Lucas.

— Não — Respondeu Eleven num sussurro.

— ADMITA! — Gritou Lucas batendo o pé sobre o chão. Ignorando a barreira protetora da Louise, ele ergueu o braço de Eleven a segurando pelas vestes no cotovelo, mostrando para todos a marca de sangue fresco na manga — Veja, Lola! Sangue fresco, eu sabia!

— Lucas, qual é. — Nessa hora foi a vez do Mike interferir.

— Eu a vi limpando o nariz! Estava usando os seus poderes — Respondeu Lucas virando furioso para Mike.

— Mentira! É sangue velho. Certo, El? — Perguntou Mike olhando para a mais nova, a qual havia abraçado Louise e chorava em sinal de culpa. — Certo, El?

— É melhor você dar uma explicação — Disse Louise passando a mão na cabeça da menina com ternura. — Deve ter uma explicação.

— Não é... Não é seguro. — Respondeu Eleven com os olhos marejados para Louise.

— Não falei? Ela estava brincando conosco desde o começo — Urrou Lucas raivoso.

— Não é verdade. Ela nos ajudou a encontrar o Will — Falou Mike defendendo Eleven das acusações.

— Encontrar o Will? Encontrar o Will? Onde ele está, então? Não o vejo — Ironizou Lucas andando alguns metros como se buscasse o amigo perdido.

— Sabe o que eu quis dizer — Disse Mike começando a se irritar.

— Na verdade, não sei. — Falou Lucas aproximando de Mike novamente — Pense, Mike. Ela podia ter contado onde fica o mundo invertido de cara, mas não contou.

— Gente, chega! — Ordenou Louise soltando Eleven e aproximando dos meninos para tentar apaziguá-los. Querendo ou não, ela teria de agir como a adulta responsável naquela situação e a última coisa que ansiava era ver suas de suas crianças brigando.

— Ela nos fez correr por aí como galinhas sem cabeça. — Prosseguiu Lucas ignorando os apelos de Louise.

— Eu mandei vocês se acalmarem! — Ordenou Louise engrossando a voz e se enfiando no meio dos rapazes antes que partissem para a violência física, porém Lucas empurrou seu braço assim que ela encostou em seu peito.

— Não! Ela usou a todos nós — Vociferou Lucas apontando irritado para Eleven. — Ela ajudou o bastante para conseguir o que ela quer. Comida e uma cama. Ela é como um cão de rua.

— Vá se catar, Lucas! — Ordenou Mike irritado com as acusações do amigo.

— Não! Vá você, Mike — Rebateu Lucas — Está cego porque gosta de uma garota que não tenha nojo de você. Mas acorde, cara! Acorde de uma vez! Ela sabe onde o Will está, agora está deixando que ele morra no mundo invertido.

— Cala a boca! — Gritou Mike irritado.

— Até onde sabemos, a culpa é dela. — Prosseguiu Lucas.

— Cale a boca! — Ordenou Mike pela segunda vez.

— Estamos procurando um monstro idiota, mas já parou para pensar que talvez ela seja o monstro? — Perguntou Lucas empurrando o amigo pelos ombros com uma das mãos.

— Mandei calar a boca! — Gritou Mike pulando na direção de Lucas e dando inicio a uma briga física.

— Puta merda! — Gritou Louise entrando no meio da confusão para tentar separar os meninos que rolavam no chão aos socos — Parem com isso, agora!

— Chega, seus idiotas! — Gritou Dustin sem saber ao certo como reagir, apenas assistindo a irmã sofrendo para separar os meninos que rolavam no chão.

— Pare! — Gritava Eleven tentando apartar a briga de longe.

— Mike, pare! — Ordenava Dustin também de longe, seu medo era receber um soco dos amigos sem querer.

— Merda! — Reclamou Louise ao receber uma cotovelada no nariz que fez o mesmo sangrar, ela não sabia dizer quem foi o responsável pelo gesto, mas torcia para que não tivesse quebrado. — Puta merda!

No instante que Louise afastou dos meninos para limpar o sangue que escorria no nariz, Lucas e Mike aproveitaram para aumentar o grau de violência da briga e rolar pelo chão aos socos e empurrões. Aquilo era tudo o que a adolescente menos desejava para transformar o dia num completo desastre, havia levado um fora do Jonathan durante o funeral do Will, estava com enxaqueca, cansada da caminhada e agora tinha que inventar uma desculpa para o sangramento nasal enquanto torcia para que nenhum dos meninos fosse gravemente ferido.

— Chega! — Ordenou Eleven soltando um grito estridente em seguida.

Para o desespero de Louise, aquele grito colocava a cereja no topo do bolo de péssimos eventos para um único dia. Em uma tentativa de proteger Mike durante a briga física, Eleven utilizou dos seus poderes para retirar Lucas de cima do amigo, fazendo com que o rapaz voasse alguns metros e caísse desmaiado depois de bater todo o corpo contra a superfície de metal.

— Lucas! — Gritou Louise correndo até o mais novo.

— Jesus! — Gritou Dustin correndo junto com Mike para próximo do menino.

— Ele está vivo, está respirando — Alertou Louise certificando as vias respiratórias do pré-adolescente. — Lucas, vamos! Acorde!

— Lucas! Lucas! — Gritavam os meninos tentando acordar o amigo desmaiado.

— Gente, saí de cima — Ordenou Lola preocupada com a situação de saúde do rapaz, torcia para que o mesmo acordasse sem a necessidade de acionar os paramédicos.

— Por que você fez isso? — Perguntou Mike olhando irritado para Eleven. — Qual o seu problema?

— Ela só estava tentando te proteger — Disse Louise sem tirar os olhos do Lucas, o qual lentamente redobrava a consciência, deixando todos sorrindo aliviados — Graças a Deus. Lucas, você está bem? — Lentamente ela o ajudou a se sentar — Devagar, está bem.

— Lucas, quantos dedos estão levantados? — Perguntou Dustin erguendo três dedos para que o amigo pudesse contar enquanto se sentava no chão.

— Deixe-me ver sua cabeça — Pediu Mike tentando ajudar de alguma forma.

— Me larguem! — Ordenou Lucas empurrando Mike e Dustin.

— Venha, vou te levar para casa... — Disse Lola auxiliando Lucas a levantar do chão. Ela olhou brevemente para Dustin, o qual compreendeu através do olhar da irmã que era para deixá-la lidar com a situação.

— Lucas... — Mike tentou alcançar Lucas e Louise, porém foi parado por Dustin no caminho.

— Deixe ele ir, a Lola vai leva-lo para casa! — Falou Dustin segurando Mike pelos ombros.

Mesmo que não desejasse deixar o irmão sozinho com Mike e Eleven, Louise temia que Lucas tivesse tido uma contusão ao ser arremessado e desmaiasse novamente na rua. Querendo ou não, parte daquilo tinha sido sua responsabilidade por não ter conseguido apartar direito a briga.

— O seu nariz — Disse Lucas olhando preocupado para Louise enquanto ela o guiava até a sua bicicleta.

— Não se preocupa com isso, não foi nada — Louise limpou o nariz no ombro da roupa e sorriu. — Vamos andando até sua casa, está bem?

— O que vai dizer para a minha mãe? — Perguntou o menino empurrando a própria bicicleta enquanto Louise empurrada a dela.

— Que você caiu de bicicleta e que é bom ela te levar no hospital, pois bateu a cabeça no meio fio. Não vamos falar da briga, nem que foi arremessado por uma criança com poderes — Disse Louise gentilmente sorrindo sem humor.

— E o seu nariz? — Insistiu Lucas querendo saber o quanto machucada Louise estava. — Fui eu que...

— Já disse para não se preocupar com ele, isso aqui não foi nada, nem tá quebrado. Esqueceu que sou a rainha em levar surra em bando? — Lola piscou com um dos olhos e riu do humor ácido — Vamos cuidar de você, depois resolvemos narizes sangrando e criança perdida.

Carinhosamente ela apoiou uma das mãos sobre os ombros do Lucas enquanto o levava para casa. Amanhã ela teria que dar um jeito de fazer Mike e Lucas voltarem a se falar, mas hoje seu principal interesse era levar o rapaz para casa em segurança.


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