Coincidências escrita por Miss A


Capítulo 5
Conotação Sexual


Notas iniciais do capítulo

Olá princesas e princesos.
Agradeço pelos comentários, vocês me motivam a continuar escrevendo. Meu problema atual é a falta de tempo e acabei negligenciando a fic por conta disso. Peço desculpas pela demora, eu mesma não tinha percebido que já havia passado tanto tempo assim.

Espero que essa capítulo possa aquecer seus corações, porque hoje temos Jayrose.



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— Seu aniversário está chegando, planeja fazer alguma coisa? – Perguntou James.

Fred, que era adepto de arrumar qualquer desculpa para dar uma festa, logo tirou os olhos da televisão.

— Que tal uma festa?

— Se for só nós da família tudo bem.

Fred olhou-me visualmente decepcionado, antes que ele começasse a argumentar, resolvi ceder.

— Tudo bem. Pode convidar quem você quiser e não me enche o saco.

— Mas eu não disse nada!

— Fred, você é tão enigmático como uma porta.

— O que isso quer dizer? – Fred perguntou para James.

— Não faço ideia.

Revirei os olhos.

— As portas não são misteriosas, não guardam segredos, são só portas, todos sabem disso.

— Então eu... não sou misterioso e tenho uma maçaneta?

— Que apelido interessante para o órgão genital – Comentou James.

— Eu quis dizer que você não sabe guardar segredos, seus pensamentos ficam estampados no seu rosto.

— Essa é possivelmente a pior metáfora que eu já ouvi.

— É para combinar já que você é possivelmente a pior pessoa que eu conheço.

James imitou o som de um soco.

— Alguém não vai ganhar presente este ano.

— Por que ela se comportou mal? O que você é? O papai-noel? – James debochou.

— Se com isto você quer dizer que eu tenho um saco grande, você está certo.

— Fred!

— Quantos anos você tem mesmo? – James zombou.

— Como Dominique te aguenta? – Perguntei.

Ele suspirou.

— Foi mal. Bebi algumas cervejas depois do trabalho.

— Algumas? – Debochei.

Fred deu de ombros.

— Eu estava cansado. Recebi vários pedidos e o estúdio está uma desordem. Preciso de um assistente.

— Levando em conta que você é o proprietário não é de se admirar que tudo lá esteja um caos – James alfinetou.

Fred fingiu uma risada.

— Como está o seu estágio, James? Cansado de carregar tantos cafés?

— Não se preocupe, Fred. Pelo menos ainda tenho tempo para transar, já você...

Confesso que senti uma pontada de ciúmes. O fluxo de garotas no apartamento havia recomeçado e eu não deveria, mas estava incomodada.

— Quem disse que eu não transo?

— E os tópicos das conversas ficam cada vez melhores – Comentei.

— É uma sexta à noite e você está em casa.

— Não que seja da sua conta, mas vou encontrar Dominique às 21hr.

— Você ia.

— Que?

— Já são 21:10.

Fred tateou a calça, procurando o celular, mas não o encontrou. Ele saiu correndo para o quarto e o ouvimos xingando.

— Dominique vai ficar furiosa.

— Não posso dizer que vou sentir pena dele.

Eu não disse nada. James e Fred eram melhores amigos, mas havia certa rivalidade entre eles. Amigável, mas ainda uma competição.

— Você não vai sair hoje?

— Está me expulsando?

— Claro que não.

— Não. Vou ficar em casa com o meu jornalista favorito.

— Pare de ser bajuladora, garota. Não é assim que você vai conseguir ganhar um presente melhor.

— Como é que eu vou?

Ele deu um sorriso malicioso.

— Eu até diria, mas você é uma garota comprometida agora.

Dei um sorriso sarcástico e torci para que ele não percebesse o efeito que me causava.

— Menos, James. Muito menos.

Ele fechou o notebook e se inclinou sobre mim.

Comecei a entrar em desespero. Ele não ia...

Senti seus dedos relarem meu braço quando ele fechou a mão em volta do controle remoto.

Respirei fundo, porém discretamente, quando ele voltou ao seu lugar.

— O que você quer assistir?

Tirei as pernas da mesa de centro e levantei-me.

— Nada. Vou para o meu quarto.

Ele assentiu e eu fugi dali.

Era um saco o ser humano ser tão refém dos desejos carnais.

 

Mais tarde enquanto eu lia, James bateu na minha porta.

— Chocolate quente?

É claro que depois daquela proposta irrecusável, acabei voltando para a sala e passando o resto da noite assistindo filmes com ele.

— Como o Malfoy e você estão?

— Estamos bem.

Ele não disse nada.

— Por que estamos assistindo isso?

— Porque tem a Karen Gillan.

— Preferia assistir ao Jack Frost.

— Só você para sentir tesão por um desenho.

— Não é tesão, é amor platônico.

Ele revirou os olhos.

— Como está no jornal?

Recentemente James havia conseguido um estágio em um dos jornais da cidade.

Ele coçou sua barba rala e deu um pequeno sorriso.

— Melhor do que eu achei que seria.

— Estão te dando maconha lá?

— Que pergunta é essa?

— Você não vai tirar isso? – Apontei para o seu rosto.

— Estou pensando em deixar crescer.

— Eu prefiro sem.

— Isso não muda nada.

— Grosso.

Ele riu.

— Você já sabe o que eu penso sobre isso.

— Parvo.

James se limitou a sorrir.

— Não vai me contar detalhes do trabalho?

— O que você quer saber?

— Tudo. O que você faz? As pessoas são legais? A barba é uma imposição para os jornalistas? As pessoas são inteligentes? Sua chefe é chata?

— Ela é bem bacana. Tem um puta currículo. As pessoas são agradáveis, sem noção às vezes, mas bem legais. Quase todo mundo é inteligente. A barba é porque eu quero. E eu...

Torci o nariz.

— O que foi?

— Você disse que quase todo mundo é inteligente, ou seja, há alguns que não.

— Sempre há, porém eles fingem bem.

— Você está gostando?

— Sim. Só quero sair da coluna de eventos logo.

— Você pelo menos ganha ingresso para eventos legais?

— Claro, qualquer dia te levo para assistir o coral de idosos da cidade – Ele debochou.

— Não zombe! Eles devem ser fofos.

— Eles são bons, mas não é o melhor programa para um fim de semana.

— Você é talentoso, logo sai.

Ele assentiu.

— Você acha que o relacionamento do Fred e da Dominique vai durar?

— Eu não sei.

— Vamos fazer uma aposta?

— Eu não vou apostar o relacionamento dos meus amigos, James!

— Fica só entre nós.

— Não.

— Vou ver se Albus aceita.

Revirei os olhos.

— Se ele aceitar vai se ver comigo.

— E eu?

— Eu já estou te vendo – Fiz graça.

— Gostava mais quando a gente se via de outras formas.

— Olha, ele vai matar o cara! – Apontei para a TV.

Ele riu com a minha dissimulação.

Eu lhe dei o que considerei ser um sorriso cândido.

 - Você e o Malfoy...

— Isso de novo?

— Como vocês realmente estão?

— Bem. É sério, James.

— Você gosta dele?

— Sim.

— Está apaixonada?

— Você faz perguntas demais.

— Pensei que compartilhássemos tudo.

— Você quer transar com o Scorpius? É disso que isso se trata?

— Com certeza. Aqueles olhos cinzas me acendem. Não disse do que – Dei um tapa em seu braço.

— Nem onde – Eu ri.

— Você tem uma imaginação fértil demais.

— Você nem imagina.

— Sabe, eu estive pensando – Ele escorregou mais no sofá e colocou as pernas sobre a mesa de centro – Acabei deixando minha ideia de criar uma religião hedonista de lado.

— De novo isso.

— É uma ideia boa demais para ser deixada de lado.

— Não sei se religião é a palavra certa para o que você quer criar.

— Você tem razão, acho que clube é melhor.

— E qual seria o nome?

— Club Private.

— Que original.

— Clube do Prazer.

— Óbvio demais.

— Vamos deixar o CP anterior mesmo.

— CP. Que pode ser facilmente entendido como clube do pênis.

— Você pegou o espírito da coisa.

Revirei os olhos.

— Eu só preciso pensar em como encontrar pessoas cultas e pervertidas o suficiente.

— Faz um anúncio no jornal.

— “Jovem procura rapazes e moças para iniciar clube erudito e contemporâneo”.

— Quanto eufemismo!

— Achei que fosse você que gostasse de eufemismos.

— Você presume muitas coisas sobre mim.

— Eu não estou presumindo nada, você me disse isso. Naquele dia. Não se lembra?

— Minha memória não é uma das melhores – Menti.

— Suponho que eu tenho que te lembrar de algumas coisas então – Ele se ajeitou no sofá, deixando seu torço pender para o meu lado. Seu ombro quase encostando o meu.

Ergui uma sobrancelha.

— Não acho que exista algo que eu precise me lembrar.

— Isso é por que você se lembra de tudo?

Eu ri, esperando soar sarcástica e não nervosa.

Voltei os olhos para a televisão tentando parecer interessada, mas eu nem me lembrava mais qual filme era.

— Não vai me responder?

— Era uma pergunta? Achei que era você tentando ser engraçado.

Ele bufou.

— Não sei por que você está insistindo nisso.

James me encarou, seus olhos desceram até minha boca. Ficando ali por tempo demais.

Corei.

Quis morrer.

Ele sorriu.

— Porque gosto de te deixar abalada.

— Eu não estou abalada!

— Então, por que você corou?

— Porque eu me lembrei de uma piada pornográfica.

— E os braços cruzados e essa postura defensiva?

— Engoliu um livro de linguagem corporal?

— Peguei da sua estante.

— Sem pedir?

— Você estava no banho, não quis atrapalhar – Antes que eu tivesse a chance de falar, ele continuou – Na verdade, eu quis muito te atrapalhar.

Ele se aproximou mais um pouco.

— James...

— Sim?

Cerrei os lábios.

Seria tão mais fácil se ele não tivesse um rosto bonito.

— Tem mais espaço do outro lado do sofá.

Ele riu

— Eu sei.

— Desencoste.

Como sempre, ele me ignorou. Se ajeitou no sofá, encostando seu rosto no meu braço.

— Eu gosto daqui.

— Você é um folgado.

 - Eu sei – Seu rosto se voltou para a TV e ele se sentiu confortável o suficiente para passar o resto do filme encostado em mim.

Deixei-o ficar até que a o meu braço ficou dormente e a minha fome despertou.

— James – Eu o cutuquei. Seu rosto estava sonolento.

— Hum?

— Preciso levantar.

Ele se afastou e eu me levantei.

— Quer alguma coisa?

James deitou no sofá, parecia que ia cair no sono a qualquer momento.

— Você na minha cama.

— Alguma coisa da cozinha!

— Não, obrigado.

 

Quando voltei para a sala, James estava dormindo.

Coloquei meu lanche na mesa e agachei-me pronta para acordá-lo.

— James – Cutuquei seu ombro – Vá dormir na cama.

— Não quero.

— Pare de frescura.

— Não consigo me levantar.

— Eu te ajudo – Cutuquei seu braço – Vamos.

Ele sentou, esfregou os olhos.

— Ainda é cedo para sentir sono.

— Eu não tenho dormido muito bem nos últimos dias.

— Deve ser as garotas.

— Ciúmes?

Abri a boca pronta para negar, porém recebi um tapa na cara do meu próprio cérebro.

Figurativamente falando, é claro.

Ciúmes.

Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo.

— Para de ser idiota – Eu falei tanto para James quanto para mim.

Ele riu e se levantou.

É claro que ele não deu mais de dois passos sem trombar em alguma coisa.

— Parece que você bebeu.

— Sono deturba nosso equilíbrio.

— Eu estou vendo – Segurei seu braço e o arrastei para o seu quarto.

— Senta.

Ele sentou.

— Pronto. Agora você faz o resto.

Ele resmungou alguma coisa que não entendi.

— O que?

— A última vez eu cuidei melhor de você.

— E você sabe como terminou.

— Eu não me importaria se acabasse da mesma forma.

— Com você dormindo antes de me dar um orgasmo? Acho melhor não.

Ele deitou na cama e começou a rir descontrolavelmente.

— Nem foi tão engraçado assim.

Ele não parou.

Bufei.

— Boa noite, James.

— Espera.

— O que?

— Me dê um beijo de boa noite.

— Você não é mais criança.

— Você me chamou de criança essa semana mesmo.

— Agora você já cresceu. Se tornou adolescente com o seu primeiro porre.

— É só sono.

— Parece a mesma coisa.

— Mas eu ganho um beijo?

— Não.

— Você é má, Rose Weasley.

— Boa noite, James.

— Boa noite.

 


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Notas finais do capítulo

Imagina se a Rose tivesse libra no mapa astral? A coisa ia estar ainda pior.
Eu sei que James e Scorpius são incríveis, mas vocês já repararam no Fred? Ele é tão idiota que me dá vontade de abraçá-lo. E isso não faz sentido.

Espero ver vocês em breve!



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