Abaffiato escrita por Fabiih Pink, Fabiih


Capítulo 4
Lily Potter


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo! Falei que não ia demorar dessa vez? Pois então kkkk cá estou com o novo capítulo, que pode ser ou não tão tenso quanto o segredo da Roxy... Só vocês dirão.



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NARRAÇÃO DE LILY POTTER

              Era o meio de março, quando eu estava deitada em meu dormitório com toda a preguiça do universo que me impedia de levantar de minha cama deliciosa, mesmo sabendo que eu precisava levantar para tomar o tão esperado café da manhã, não conseguia.

              Quase meia hora depois eu finalmente consegui me levantar, fui até o banheiro, escovei meus dentes rapidamente e, após colocar o meu roupão, corri para o Salão Principal, na esperança de ter sobrado algumas coisinhas para eu comer. E, para a minha sorte, havia muitas coisas ainda, graças aos elfos que trabalhavam na cozinha e sempre repunham as refeições o quanto precisasse.

              Porém, mesmo tendo bastante coisas para comer, eu era praticamente a única que havia na mesa da Grifinória, o que não me deixou menos animada com o café da minha. Assim que eu consegui comer a enorme quantidade de sabores de bolo, panquecas, torradas, tomar suco, leite, vitamina e tudo o que eu tinha direito, me levantei satisfeita.

              Estava caminhando lentamente à caminho da Torre da Grifinória para trocar de roupa, e não demorou muito para que eu me encontrasse novamente no meu dormitório com minhas roupas em mão indo para o banheiro e trancando para que pudesse me vestir tranquilamente. Como de costume, cheirei minha roupa para ver se ainda havia aquele cheirinho tão conhecido de roupa limpa, um perfume suave que minhas roupas sempre traziam consigo e que eu sempre amara. Porém, quando cheirei eu senti um cheiro terrivelmente ruim, o que fez meu estômago embrulhar instantaneamente e colocar todo aquele meu maravilhoso café da manhã para fora.

              Após eu conseguir me recuperar, escovei bem os meus dentes, fiz gargarejo com um enxaguante bucal de hortelã. Desisti de colocar aquela roupa ou qualquer roupa que eu tivesse em meu malão, decidi que ficaria com meu pijama o dia inteiro já que não havia aula por ser sábado.

              De repente eu comecei a sentir cheiros estranhos por toda parte e resolvi que o melhor a se fazer era ir para a enfermaria, consultar a madame Safiry que era a enfermeira desde que a Madame Pomfrey se aposentara. Expliquei detalhadamente tudo o que acontecera desde o momento em que abri meus olhos, fiz uma lista do que eu havia comido no dia anterior... O que deve ter levado uns bons trinta minutos. Quando terminei ela disse para mim que eu precisaria fazer um exame.

              Deu-me uma bacia e colocou um potinho que continha um líquido incolor embaixo do meu nariz, o que fez o mesmo efeito que a minha roupa, fazendo-me colocar mais coisas que haviam em meu estômago para dentro da bacia que havia me dado.

              — Por que fez isso, madame Safiry? — perguntei indignada, já com a garganta doendo de tanto vomitar.

              — Precisava fazer esse teste. — disse olhando-me impassivelmente. — Sinto lhe informar, senhorita Potter, mas a senhorita está grávida.

              — Eu o que? — perguntei atônita. — Como posso estar grávida? Minha menstruação veio... — parei tentando lembrar a última vez que eu havia menstruado, e assustei-me ao notar que faziam dois meses. — Não! Não pode ser! Minha mãe vai me matar! Meu pai vai matar ele! Vamos todos morrer!

              — Acalme-se senhorita Potter, não pode passar por estresses nessa condição. Sua mãe não matará você, e seu pai também não matará ele, seja quem for. Embora eu tenha uma vaga ideia, seu pai não fará isso com o “ele” a quem a senhorita está se referindo. — tentava me tranquilizar totalmente em vão.

              — A senhora não pode contar isso para ninguém, por favor, se não isso vai se espalhar e as pessoas irão ficar sabendo por outra pessoa que não será eu... Eu preciso de um tempo para digerir toda a informação antes de contar para as pessoas. — disse fechando os olhos e massageando as têmporas.

              — Isso será assunto sigiloso, senhorita Potter. — disse. — Tome esse calmante, fará bem. — deu-me um liquido azul com gosto ruim, mas que teve efeito instantâneo.

              Sai da enfermaria sentindo-me calma, porém a minha mente estava ligada no duzentos e vinte.

              Dois meses se passaram desde que eu havia descoberto que eu estava gravida, mas eu ainda mantinha a gravidez em silêncio absoluta e ninguém fazia ideia, comecei usar roupas mais largas, pois já dava para ver minha barriga um pouco maior.

              Era de tarde quando eu andava pelas ruas do vilarejo de Hogsmeade sozinha, pois Lorcan estava um pouco gripado e preferiu ficar de cama, o que era realmente uma pena porque eu pretendia contar a ele sobre minha gravidez naquela tarde, afinal ele como pai deveria ser o primeiro a saber, mesmo que ele houvesse se afastado dela sem mais nem menos, ele tinha o direito de saber. A noite inteira eu ensaiava para aquele momento, que agora fora adiado.

              — Ei Potter! — ouvi uma voz me chamar.

              Virei-me para ver quem era e deparei-me com Sophia Parkinson, a menina que mais me odiava na escola, ou melhor, odiava toda a família Potter e Weasley. Porém, eu tinha a sensação de que eu era a mais odiada por ela.

              — O que quer Parkinson? — perguntei cansada demais para começar uma discussão.

              — Sua morte seria um bom começo. — sorriu cínica.

              — Sinto muito, isso você nunca terá o prazer de presenciar. — disse já virando-me de costas pronta para ir embora.

              — Locomortor mortis!­ — ouvi ela dizer e minhas pernas colaram uma na outra fazendo-me cair de cara no chão. — O que foi Potter? Não sabe andar?

              Cuspi a terra que havia engolido e sentei de lado, pegando minha varinha e acabando com aquele feitiço.

              — Expelliarmus! — disse desarmando-a, e pegando a varinha dela no ar.

              Levantei-me e comecei a andar novamente, ignorando os protestos dela, até que mais uma vez fui parar no chão. Mas dessa vez ela própria havia me derrubado, lançando-se contra mim. Uma dor cortante me atingiu pela lateral da barriga, onde havia sido acertada em cheio por uma pedra pontiaguda que havia no chão, exatamente onde eu caí.

              Quando ela se levantou, pegou a varinha que estava no chão e saiu andando, mas não se antes dizer:

              — Da próxima vez, será o seu rosto a ser atingido por uma pedra, Potter. — cuspiu meu nome.

              Fiquei no chão com aquela dor enorme. Eu sempre caíra em cima de pedras, quebrei ossos e nunca havia sentido uma dor como aquela, coloquei a mão no lugar que doía e senti algo pegajoso.

              Era sangue.

              A primeira coisa em que pensei foi no bebê que eu esperava. E apavorei-me naquele exato momento, meu medo era de que a dor que eu sentisse fosse a morte de meu bebê que acontecia em meu útero.

              — Lily! O que aconteceu? — era James, que apareceu do nada. — Está sangrando!           

              — Parkinson! — consegui dizer ofegante — Me derrubou em cima dessa pedra. — ele me ajudou a levantar — James, me leva pra enfermaria. Agora!

              Sem fazer mais perguntas, sentindo a urgência na minha voz ele me levou o mais rápido que pode até a Ala Hospitalar do castelo, assim que entramos madame Safiry me lançou um olhar assustado e veio correndo me examinar.

              — O que houve? — perguntou.

              — Encontrei-a caída em Hogsmeade. Ela disse que a Parkinson a derrubou em cima de uma pedra. — James disse completamente aflito, enquanto eu só chorava.

              — Tudo bem, senhor Potter, preciso que se retire imediatamente. Sem protestos, por favor. — disse sabendo que ele iria fazê-lo.

              Completamente assustado ele nos deixou e ficou esperando do lado de fora da Ala Hospitalar.

              — Me diz que o que eu estou pensando não aconteceu. — eu implorava.

              — Não posso dizer no momento, precisarei sedá-la para que eu possa fazer meu serviço. — com um aceno de sua varinha eu apaguei.

              Quando acordei ela estava colocando um pouco de remédio em um copo para mim, me ajudou a levantar para tomar e quando abri minha boca para perguntar o que ela descobrira ela colocou todo o líquido dentro dela, fazendo-me engasgar um pouco.

              — O que aconteceu, madame Safiry? — perguntei aflita.

              — O que temíamos infelizmente aconteceu. — disse de uma vez.

              — Como? Não, não pode ser! — dizia entre lágrimas.

              — A pedra perfurou sua pele superficialmente, mas a pancada causou um aborto espontâneo. — contou — Se quiser posso ajudar a contar para seu irmão, imagino como é difícil ouvir isso, quem dirá contar a alguém.

              — Não será necessário. — disse secando minhas lágrimas — Ninguém sabia e ninguém nunca saberá.

NARRADOR 3ª PESSOA

              Se alguém estava chocada, eram aquelas três que olhavam sem saber o que dizer, completamente imóveis. Com lágrimas no olhar por imaginar a dor que a pequena e indefesa Lilian Luna Potter passara naquele ano. Ninguém nunca imaginaria que ela fosse tão forte por enfrentar tudo aquilo sozinha por tanto tempo, claro que houve uma época em que sentiram ela muito deprimida, mas ninguém sabia dizer o motivo e ela só dizia que isso iria passar. Agora entendiam o motivo.

              — Quando acha que ficou grávida? — Rose perguntou.

              — Acho que na véspera do dia dos namorados. — disse simplesmente.

              — Eu... Eu... Merlin! Me perdoa! — ela se referia a traição, ao dia em que havia beijado-o.

              — Rose, já te perdoei. — a tranquilizou pegando suas mãos — E mesmo que nada houvesse acontecido, não mudaria o que aconteceu.

              Agora é que Rose nunca se perdoaria pelo o que havia feito, mesmo sabendo que Lily tinha razão e que beijando ou não o Lorcan naquele dia, os fatos ainda seriam os mesmos.

              — Lily, nunca pensei que pudesse ser tão forte. — Roxanne disse.

              — Nem eu. — riu fraco. — Mas me sinto muito melhor contando isso a vocês.

              Dominique, que havia provocado toda aquela contação de segredo para que pudesse contar o seu, estava satisfeita que todas elas abriram o coração e contaram seus segredos obscuros. Mas agora era a sua vez, e não sabia se estava pronta.

              — Dominique, só resta você. — Lily falou olhando para a loira.


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Notas finais do capítulo

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