Abaffiato escrita por Fabiih Pink, Fabiih


Capítulo 3
Roxanne Weasley


Notas iniciais do capítulo

MIL DESCULPAS PELA DEMORA!
Essa fanfic é meio tensa, cada segredo requer muita dedicação para que fique do jeito que eu imaginei, então dá um pouquinho de trabalho... Tô acostumada a escrever outros gêneros, então eu fico meio bloqueada quando começo a escrever esses capítulos kkkk mas prometo tentar ser mais rápida, ok? Ok.
Então ao capítulo!



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NARRAÇÃO DE ROXANNE WEASLEY

              — Aconteceu no ano passado, quando houve aquela invasão dos Comensais da Morte no vilarejo de Hogsmeade e, graças ao Merlin vocês já haviam ido embora, porque não foi nada bonita aquela cena. Tenho pesadelos até hoje. — disse estremecendo.

              Há um ano...

              Era inverno, e logo chegaria as festas de fim de ano onde poderíamos ir para casa e fazer A festa dos Weasley que todos amavam. O tempo estava delicioso, nem muito frio e nem mediano, era a passagem de um para o outro e eu amava esse meio termo.

              Eu e Colin Jordan estávamos andando tranquilamente, enrolando mais um tempinho antes de ir para o castelo, queríamos aproveitar mais um pouco do nosso aniversário de namoro antes de voltar. De mãos dadas a gente andava conversando, rindo, e trocando olhares apaixonados.

              Todo mundo sabia o quanto éramos apaixonados, e como éramos feitos um para o outro, não poderia existir pessoa melhor um para o outro... Resumindo, éramos o casal que todos respeitavam.

              Eu havia parado no meio do caminho para amarrar o cadarço daquela minha bota que papai me dera em meu aniversário, ela era maravilhosa, mas sempre desamarrava. Foi quando uma explosão aconteceu e Colin se jogou em cima de mim protegendo-me dos estilhaços que se espalharam para todo lado.

              A partir daquele momento, tudo começou a ficar em câmera lenta para mim. Havia Comensais da Morte por todo lado, todo mundo corria para escapar da desgraça iminente, e eu fui arrastada para uma parede de uma loja que nunca saberei qual foi. Colin estava apavorado, seus olhos me encaravam com um pânico que nunca saberei expressar em palavras, nunca o vi daquele jeito, mas por algum motivo eu sabia que ele não temia por si mesmo.

              Com a varinha em punho, ele olhava tudo o que acontecia, e eu só o encarava completamente paralisada, sem entender nada do que acontecia. Afinal, por que os Comensais da Morte estavam ali? Por que eles ainda existiam? Voldemort fora derrotado por nossos tios, e eles não tinham mais um líder, não havia o porquê ainda continuarem com aquilo... Não fazia nenhum sentido.

              Enquanto Colin olhava para um lado, eu vi alguém se aproximar. Era um dos Comensais da Morte, e infelizmente — ou felizmente — eu nunca saberei quem era. Ele se aproximou lentamente para nós, e sem pensar eu empunhei minha varinha e coloquei-me a frente de Colin, não fazia nada conscientemente, tudo acontecia como se eu estivesse fora do meu corpo assistindo tudo o que se passava ao meu redor.

              Era o Comensal. Eu. Colin. Varinhas empunhadas. Respiração ofegante.

              Embora fosse dois contra um, era de um Comensal que estamos falando, nunca seriamos páreos para ele. Eles não tinham escrúpulos, conhecia magia negra, coisa que nem de longe pensávamos em aprender, e esse era o nosso fim.

              — Acham mesmo que irão sobreviver? — uma voz magicamente alterada saiu pela máscara — São dois adolescentes tolos brincando com magia contra um grande bruxo.

              — Não importa o que você acha que é! Não vai nos matar! — Colin disse corajosamente.

              — Então observe o que po...

              — Estupefaça! — Colin disse assustando-me.

              Com um simples aceno da varinha, o Comensal o desarmou.

              — Não deveria ter feito isso. — riu. — Imperius!

              Sem dar tempo de eu reagir ele me enfeitiçou, e uma sensação incrivelmente boa me atingiu, e mesmo eu sabendo que eu deveria resistir àquilo, eu não conseguia. Com toda a força que existia em meu ser, eu não conseguia resistir.

              — Resista Roxy! Resista! — Colin gritava para mim.

              Não conseguia resistir, não importava o quanto eu tentasse.

              — Seria ruim eu te matar? — o Comensal perguntou ao Colin — Sim, seria. Mas sabe o que seria pior? Ela te matar.

              — Não! — gritou olhando dele para mim — Não faça isso com ela! Me mate você, não faça isso com ela, eu lhe imploro!

              — Não, não... Porém! — disse levantando o dedo — Eu darei a minha varinha para que ela o mate, assim pelo menos ela não será descoberta pelo Ministério da Magia e não irá pra Azkaban, como prova do meu bom coração. — disse com uma voz que não enganava ninguém.

              Sem perceber como eu fui até ele e peguei a sua varinha, virei de costas para ele, Colin olhava-me com lágrimas no olhar. O Comensal da Morte, afastou meu cabelo para falar em meu ouvido, e disse as palavras cruciais. Palavras que nunca deixariam de soar em meus ouvidos.

              — Mate-o! — sem precisar ver para saber, eu sentia que ele sorria enquanto me assistia fazer o que me consumiria para o resto da minha vida.

              Levantei a varinha mirando para o que era o amor da minha vida, e antes do ato que acabaria com toda a minha vida, ele disse:

              — Eu te perdoo. — sorriu tristemente com a lágrima que escorria em sua face. — Eu te amo, sempre vou te amar.

              — Avada Kedavra! — as palavras saíram da minha boca sem que eu sentisse e um raio verde o atingiu em cheio derrubando-o no chão.

              O Comensal soltou uma gargalhada estridente em meu ouvido que arrepiou até a minha alma, tomou a varinha da minha mão, apontou para mim e disse:

              — Finite incantatem! — sumindo em seguida.

              Não sei se todos desapareceram com ele, ou se eu apenas bloqueei todos os sons que havia ao meu redor. Meu sangue latejava em meus ouvidos impedindo que eu ouvisse qualquer coisa além dele ao meu redor. Virei e deparei-me com o corpo do Colin no chão, completamente imóvel e sem vida.

              Corri até ele e tentei acordá-lo na esperança inútil de que eu havia errado e ele apenas havia desmaiado ou estava fingindo-se de morto para enganar o monstro que me fizera cometer aquela atrocidade com o amor da minha vida... Mas, como eu já sabia, e apenas queria negar a mim mesma, ele realmente estava morto.

              Coloquei a cabeça dele no meu colo, abraçando-o, e dei um grito de dor para o alto querendo apenas acordar de todo aquele pesadelo. Eu chorava sem parar com toda a tristeza do mundo, culpando-me por aquilo até o último fio de cabelo.

              Permaneci naquela posição, chorando e balançando-me freneticamente para frente e para trás, até que o professor Longbotton me encontrou.

NARRADOR 3ª PESSOA

              Todas choravam. Todas imaginavam a dor que Roxanne passara naquele dia, e ainda passava, porque embora elas soubessem que a culpa não era dela, sabiam que ela se sentia completamente culpada. E além de tudo, sempre souberam que o amor da vida de Roxanne era Colin, presenciaram o luto que ela viveu de quase um ano por ele, ainda a pegavam tristonha pelos cantos do castelo, e as reuniões que faziam havia sido feita para tentar animá-la um pouco mais.

              Não havia o que falar para ela, Roxanne sabia que ninguém iria culpa-la, ninguém a não ser ela. Talvez algum dia ela pudesse se perdoar, talvez não... Só o tempo iria dizer.

              Após um longo silêncio, Roxanne enxugou as lágrimas e disse:

              — Certo, quem é a próxima?

              — Sou eu. — Lily disse.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Triste, não?
Espero que tenham gostado!
Até a próxima!



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