Namorado escrita por Nati Miles


Capítulo 15
Namorado


Notas iniciais do capítulo

MIL DESCULPAS PELA DEMORA! Eu estava com a ideia já pronta e começada, mas fui pega desprevenida por um novo vício chamado Amor Doce ‘-‘ (jogo viciante da porra).
Mas cá estamos nós... A fic chegou ao seu fim. Obrigada a todos quem têm acompanhado, favoritado, comentado ou apenas lido. Fico feliz que vocês tenham gostado e me apoiado durante todo o tempo.
E eis aqui uma grande surpresa/revelação... Tô me sentindo no programa do João Kléber agora, mas a revelação vai ser bem melhor, HASEASUHSAHAS.
Ok, foco... A grande revelação: eu tenho uma continuação para Namorado. Não é uma long, na verdade na minha mente é apenas uma one shot. Não vou revelar mais detalhes, pra não me comprometer depois, porque por enquanto é apenas uma ideia que ainda não foi escrita. Mas podem anotar que em breve vocês verão uma pequena continuação desse relacionamento lindo e maravilhoso do nosso otp supremo ♥
Bom, agradecimentos e revelações à parte, fiquem com o capítulo final ♥
Espero que gostem! ♥



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O casal ainda se encarava, ambos um pouco corados, mas completamente felizes. Pareciam duas crianças que haviam acabado de ganhar o melhor brinquedo de presente. Bakugou ainda lhe sorria e Uraraka segurava a vontade de chorar – de alegria, claro. Finalmente havia conseguido perceber que gostava de Bakugou, conseguiu admitir isso para o loiro e o melhor: havia sido correspondida dessa vez.

Ouviram gritos e assobios vindo de dentro do prédio e, ao se virarem, viram todas as meninas e Kirishima ali torcendo por eles. Uraraka corou mais ainda, enquanto Bakugou desfez o sorriso e fez a usual carranca para os colegas, mandando eles saírem dali e irem cuidar da própria vida. Vendo que ninguém parecia muito interessado em sair dali, o loiro pegou a morena pela mão e começaram a caminhar rumo ao parque, onde os colegas não ficariam os encarando. Além disso, ainda era cedo e eles poderiam curtir um pouco da noite sozinhos – dessa vez como um verdadeiro casal.

Porém, por mais que estivesse se sentindo feliz e completo, algo ainda incomodava Bakugou. Havia visto Uraraka com Deku no dia anterior. Continuaram andando em um silêncio confortável, até chegarem no parque e o loiro conseguir perguntar o que vinha martelando em sua mente.

— Agora que estamos realmente à sós... – começou se virando de frente para ela – Poderia me dizer, então, como eu pude entender errado o beijo que você e o nerd deram?

Por mais que estivesse tentando disfarçar o ciúme, seu tom de voz estava lhe denunciando. Uraraka achou muito fofo, mas se conteve e não comentou nada sobre isso para evitar uma possível discussão.

— Bom... Deku realmente se declarou e meu beijou.

Bakugou não pode se conter e sua expressão se fechou ainda mais, provocando um leve riso na garota.

— Não faça essa cara, eu nem terminei de contar ainda! Como eu dizia... Ele me beijou, mas eu não consegui retribuir e nem aceitar seus sentimentos. Você deve imaginar porquê – ela sorriu para ele.

— Mas você o abraçou depois – o garoto rebateu.

— Sim, isso é verdade, mas foi como amigo. Eu disse que não me sentia dessa maneira, o abracei e fui para o meu quarto. Fiquei a noite toda pensando se eu estava realmente apaixonada por você. E cá estamos nós.

Bakugou não era de ficar sentindo culpa por seus atos, mas dessa vez estava se sentindo mal de ter ignorado a garota o dia todo. Ela tentou lhe chamar tantas vezes durante todo o dia e ele havia começado a ir embora quando se encontraram agora. Para a sorte dele, ela era bem insistente. O loiro a puxou para um abraço novamente, como se estivesse tentando se desculpar assim – afinal ainda era muito orgulhoso para dizer qualquer coisa.

Uraraka se aproveitou da proximidade dos dois para esticar-se levemente e colar seus lábios ao do garoto novamente. Finalmente havia criado coragem de se declarar e dessa vez sentia que tudo estava em seu lugar, que os dois juntos era a coisa certa a acontecer.

xxx

Fazia quase dois meses que Bakugou e Uraraka haviam se acertado. Desde então, era muito mais frequente os ver fazendo lições e treinando juntos, além de passarem todo o seu tempo livre na companhia um do outro. O loiro poderia afirmar para si mesmo com todas as palavras que a amava, mas ainda não havia conseguido lhe dizer.

Naquela sexta eles haviam passado mais um final de tarde juntos, mas Bakugou estava desconfiado de que algo não estava certo com Uraraka. Ela parecia mais distraída e não soava tão animada quando ele lhe comprou uma porção de mochis. Assim, ao voltarem para o dormitório, se viu obrigado a mais uma vez pedir ajuda para Kirishima – e esperava ser a última vez. Como ele namorava Ashido, achou que ela poderia saber de algo e ter comentado com ele.

— E então é isso – ele terminou seu relato e sentou-se na cadeira do quarto do ruivo.

— Ok, primeiro: você deve gostar mesmo da Uraraka, por que veio até meu quarto pedir um conselho – Kirishima comentou e ganhou uma carranca como resposta. – Tudo bem, sem gracinhas. Para sua incrível sorte, Mina já tinha me comentado sobre isso semana passada, porque ela disse que eu tinha que falar logo com você. Pelo que entendi, Uraraka está muito feliz de ter conseguido se resolver com você, mas ela esperava um pedido oficial ou algo do tipo.

— Mas que porra... Não achei necessário, afinal a gente já estava namorando, a única diferença é que antes era fachada.

— Cara, ela é uma garota. É óbvio que para ela é importante esses detalhes, principalmente porque agora não é mais parte de um plano.

Bakugou ficou pensativo por um tempo e voltou para seu quarto em seguida. Passou grande parte da noite pensando em como poderia resolver esse assunto e deixar Uraraka ainda mais feliz. Se deu conta de que havia chegado o grande dia de dizer à morena aquelas palavras que vinha guardando e acabou perdendo o sono pensando em maneiras de conseguir se expressar.

No dia seguinte, o loiro se aproveitou que era um sábado e chamou a garota para almoçarem juntos no shopping, o que foi prontamente aceito por ela. Ao chegarem, Bakugou não conseguia disfarçar seu nervosismo, mas Uraraka também parecia estar querendo falar alguma coisa.

— Bakugou... – ela chamou incerta quando acharam uma mesa para se acomodar. – Posso perguntar uma coisa?

— Acredito que já tenha – ele respondeu sorrindo levemente sarcástico.

A garota revirou os olhos sorrindo. Por mais que sempre tivesse detestado esse sorriso irônico, não podia deixar de admitir que agora ele parecia mais bonito que o normal. Talvez porque ela sabia que ele não estava sendo maldoso realmente, mas apenas brincando com ela.

— É sério... Eu tenho pensado nisso há algum tempo... Eu não queria parecer chata ou te aborrecer com esse tipo de coisa, mas é difícil me controlar. O que somos agora? Nós... Nós estamos namorando... Certo? – ela perguntou ainda mais incerta do que antes. Bakugou a olhava de um jeito que ela não conseguia interpretar, o que a deixava ainda mais nervosa.

— Teoricamente nenhum de nós terminou oficialmente essa relação quando ela ainda era aquela merda de fachada.

— Teoricamente um de nós terminou, quando me mandou deixar em paz e ameaçou me explodir – ela respondeu com uma sobrancelha arqueada. – É sério, Bakugou-kun! Me responde direito agora...

— Você é insistente pra cacete! Bom... Eu não pretendo te deixar livre por aí, principalmente quando há nerds fodidos e inúteis à espreita.

Bakugou ficou sério apenas de pensar na possibilidade de Deku se aproximar da sua garota com segundas intenções. Ele com certeza não responderia por si se o visse tão próximo dela novamente. Uraraka não conseguiu segurar e riu da cara do loiro.

— Você é uma graça com ciúmes, Bakugou-kun!

— Não é ciúmes – ele rebateu fazendo uma carranca. – É apenas cuidado com o que é meu— ele deu ênsafe à última palavra, chamando levemente a atenção da garota.

O loiro se virou para ficar de frente para a garota. Não era muito bom em expressar sentimentos como Uraraka, mas teria que se esforçar para ao menos conseguir fazer um pedido.

— E bem, você... Cacete... Eu... O que eu estou tentando dizer... Porra! – ele xingou e esfregou as mãos no cabelo, em um claro sinal de que estava ficando nervoso.

— Bakugou, se acal...

— Euamovocê!

O loiro disse tão rápido que a garota se calou imediatamente para tentar saber se havia ouvido corretamente. Seus olhos piscavam freneticamente enquanto seu cérebro trabalhava a mil para processar corretamente o que estava acontecendo.

— Pára com essa cara fodida!

— Eu... Não sei se ouvi direito, acho que estou ouvindo coisas...

— Pára de ser estúpida também – ele disse rindo sarcástico. – Você me ouviu. Eu amo você e quero que você seja apenas minha.

— Isso é um pedido de namoro?

— Não me olhe com essa cara fodida, está melhor que o pedido que você me fez quando quis seguir os conselhos daquela alienígena doida.

— Não estou reclamando, apenas confirmando. E aquilo foi totalmente diferente!

— Gostaria de apontar que ainda não me respondeu nenhuma das duas coisas e isso está me deixando impaciente pra caralho.

Uraraka se inclinou e o beijou levemente, sorrindo ao se separar. Aquele sorriso que agora parecia ainda mais bonito ao garoto.

— Claro que sou apenas sua. E... Eu... Eu também amo você – ela respondeu a segunda parte um pouco mais baixo, sentindo o rosto queimar.

Bakugou não pode evitar de sorrir e se inclinar para beijá-la novamente. Sabia que desde que havia se acertado com Uraraka sua vida estava sendo muito diferente, mas tinha certeza que tudo mudaria ainda mais e sua expressão seria muito mais sorridente e suave quando estivesse na companhia da garota que mais amava em todo o mundo.

Daquela que a partir de agora era oficialmente sua namorada.

E ele era oficialmente seu namorado.


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