Black escrita por morisawa


Capítulo 3
Sirius Black


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora para postar, estou um pouco sem tempo para escrever – o que é irônico, já que estou de férias. Além disso, minha criatividade não está fluindo, mas vou tentar postar o mais rápido possível. Talvez mais uma antes dessa semana acabar, quem sabe?

Boa leitura.



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Sirius sempre tentou, incessantemente, não igualar-se aos outros Black. Era corajoso, impulsivo, ousado e cheio de vigor – assim, consequentemente, sendo selecionado á Grifinória, deixando seus familiares transbordando de desgosto e decepção. E isso, mesmo que incomodasse terceiros, era um dos seus maiores orgulhos – felizmente, ele não era um Sonserino! Ainda que isso deixou-lhe em problemas, e dos grandes. Tampouco se importava, pois o orgulho que guardava dentro de si, junto de todas aquelas características que se encaixavam perfeitamente nele, combinados, davam-lhe uma sensação maravilhosa, nunca provada antes e agora que nunca deixaria escapar.

Gostava de gabarse mentalmente por cada distinção com a família. Era extrovertido, empático e um “cachorrão”, como James chamava-o. Não tinha medo de nada – claro, em exceção aos sermões de Remus –, e não tinha todo aquele ódio pelos nascido-trouxas, mestiços e abortos; aliás, ele saía com várias! Algumas chegava a namorar – mas nunca prendia-se a uma única garota –, outras apenas relacionamentos de uma só noite, pouco importava. No final, fazia de tudo para não ser um Black, o sobrenome imundo que pesava cada vez mais para ele.

Com todo aquele ódio e repúdio pelos Black, Sonserina e o preconceito que “quase” herdou, Sirius pareceu esquecer como, mesmo que tentasse ao máximo não ser como um deles, no fundo ainda tinha o mesmo sangue – puro e vermelho vivo corrente em suas veias. Sirius achava que, mesmo por sair com não puro-sangues ou não intimidá-los, ele não seria tachado de preconceituoso; porém, essa mesma repugnância ainda existia sem sequer perceber. Odiava Sonserinos, odiava a Sonserina, odiava tudo e qualquer coisa envolvente os esverdeados, “as cobrinhas”. Todo aquele ódio por trouxas, passado de geração em geração, havia se tornado um assunto totalmente diferente sem compreender disso, assim, aquele preconceito dos Black nunca havia desaparecido. Sirius nunca percebeu, também. Mas não importava, porque para ele, isso mostrava o quão diferente dos Black que ele era – mas era realmente?

Os Black sempre foram intimidantes, apenas de ouvir aquele sobrenome, era de arrepiar todos os pelos do corpo. Eram tão temidos quanto os Malfoy e outras famílias puro-sangue, como de costume. Mas Sirius como sempre soube disso e diferente dos familiares, que orgulhavam-se tanto, mudou drasticamente sua personalidade. Grifinória não é o contrário da Sonserina? Ele sempre ajudava todo mundo – quando possível, claro –, resultando em vários conhecidos e sem nenhuma fama de malvado. Mas ele sempre soube, e se vangloriava, de ser “assustador” com as cobrinhas de Hogwarts. Ele ainda era temido por motivos diferentes que, ao mesmo tempo, igualavam-se. Intimidava, transformava a vida deles em um inferno só que agora na própria Terra – e ninguém nunca reclamou, havia medo demais apenas em cogitar dizer algo sobre, reclamar para um superior ou fazer algo para pará-lo. Era um Black, eles nunca aprendem mesmo.

Sirius era como um lobo fantasiado de cordeiro, sem sequer perceber estar nessa posição.


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