Konoha Hiden – Tsuki Uchiha escrita por King


Capítulo 12
12. Capítulo




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Já se passava três dias desde a morte de Yuri.
Haru desde então não procurou mais pela Ninja Médica. Ele estava preferindo mesmo era a solidão que havia naquele apartamento. Seu peito doía sempre que uma boa memória da unida família regredia. De seu quarto, deitado em sua cama, olhou para a janela e notou o sol já se pondo mostrando mais um fim de dia, seu estômago reclamava de vez em quando por comida, mas não era ele quem iria dizer quando que iriam comer. Ele se sentou em sua cama e devagar saiu da mesma se pondo de pé e caminhando pelo resto do apartamento, parando em frente ao quarto que viu sua mãe uma última vez. Novamente seu peito doeu ao se lembrar de que nem mesmo pode se despedir da mulher que o criou por tantos anos. Entrou no quarto e aproximou-se da cama e ficou de joelhos e apoiou sua cabeça no colchão, o cheiro de sua mãe estava se perdendo. Levantou-se e saiu do quarto e logo em seguida do apartamento e caminhou pela aldeia com as mãos guardadas nos bolsos de sua bermuda. Ao contrário de todas as outras vezes que se preocupava com o que vestir, desta vez usava uma camisa branca com bermuda cinza e sandálias. Seus olhos verdes e cansados miram casais que passavam por ele, alguns destes com crianças que exibiam belos sorrisos. Continuou andando e passando por restaurantes que continham outdoors de diferentes famílias, todas pareciam contentes com um sorriso maior que o outro e um prato do restaurante. Será que por ter sangue Uchiha as desgraças eram mais comuns ou a vida só estava dando a ele alguns sinais? Continuou sua caminhada pela aldeia e parou em frente a um parque com algumas crianças que terminavam de brincar e eram buscados por suas mães ou pais.

—Vamos comer algodão doce. – Sugeriu uma das crianças.

O mesmo menino que havia comentado aquilo olhou com curiosidade para o garoto mais velho parado em frente ao parque sozinho, e ele se assustou com a aura completamente negativa que o mesmo exibia, não somente pela sua aura, mas também por aqueles verdes com uma profunda escuridão. Haru não se incomodou com o menino e depois que todos saíram do parque ele entrou e se acomodou em um dos balanços. Sentado ele se lembrou de seu pai que construiu um balanço com pneu e uma corda em uma dar árvores da antiga moradia, e de sua mãe que aconselhava a não ir por causa do galho parecer frágil demais. Novamente a dor em seu peito retornou e ele se pôs de pé e saiu do parque e caminhou por mais um tempo pela aldeia, odiando sempre que passava por um casal contente. Sua simples caminhada se tornou uma corrida que o levaria a apenas um lugar para que ele limpasse sua mente, a aquele monumento gigantesco com o rosto dos antigos líderes da aldeia, era o único lugar silencioso e solitário o bastante. Por quinze minutos ele correu e por mais cinco escalou o monumento e se acomodou no sétimo rosto de pedra, sentado no que poderia ser o cabelo do atual Hokage.

—Primeiro meu pai. – Comentou para si próprio. —Depois minha mãe. – Novamente a dor no peito retornou. —O que fiz de errado? – Ele se levantou. —Que droga eu fiz de errado? – Gritava com vontade. —O que fiz de errado. – Murmurou ficando de joelhos e colocando a cabeça no chão.

—Nada. –

Haru se ergueu um pouco e olhou para trás. Apesar da falta de luminosidade ele reconheceu a pessoa de olhos azuis com uma capa branca, camisa de manga longa laranja e calça escura. O homem, conhecido como um dos heróis da última guerra, não estava com aquele habitual sorriso afinal o momento era desnecessário. Ele diminuiu a distância que o separava do menino e se ajoelhou e colocou sua mão enfaixada no ombro do rosado.

—Você não fez nada errado, Haru. – O Uzumaki respondeu. —E também não era capaz de fazer mais nada. –

—Nii-san, dói. – Haru disse com uma das mãos no peito.

—E vai doer mesmo. – Ele comentou. —É isso que diz que você os amava. Que carrega consigo a Vontade do Fogo. – E continuou. —Essa dor é a prova de que eles continuam vivos. – Ele levou sua mão enfaixada ao peito de Haru e novamente continuou. —Que eles continuam vivos em seu coração. –

O garoto de cabelo rosado sentiu o toque, mas ficou em silêncio. Como aquele homem conhecia aquela dor se o mesmo nunca conheceu os pais, por essa razão não saberia a sensação que era perdê-los. Era isso que gostaria de dizer, mas sabia que não estava raciocinando da melhor maneira. “Ele é apenas uma criança” Naruto pensou se ajeitando ao lado do garoto e assim vislumbrar o melhor cenário do País do Fogo, a Vila da Folha se enchendo de luz enquanto a noite avançava. O Uzumaki percebeu uma coisa, há anos não subia naquele monumento, e quem o levou a fazer aquilo foi um menino que não conhecia a tanto tempo.

—Nii-san. – Haru o chamou. —É solitário não ter ninguém para me dar uma resposta quando eu retornar ao apartamento. – Falou tocando novamente no peito.

Naruto ficou em silêncio apenas observando o menino. Mesmo com toda aquela dor ele não estava derramando nenhuma lágrima. Poderia se dizer que o mesmo era forte. Voltou seus olhos azuis para a vila e depois para o menino.

—Tem mais pessoas que podem respondê-lo. – Ele sugeriu. —O que acha? –

Haru entendeu o comentário do Uzumaki. Já estava mais do que na hora dele fazer aquilo. O rosado mexeu sua cabeça, concordando com o que o mesmo havia lhe dito. Os dois se levantam e depois de se olharem, voltam seus olhares para a aldeia, o cenário era realmente agradável. Haru colocou a mão esquerda em seu peito, ele não iria esquecer as pessoas que o criaram com tanto amor, nem mesmo a dor iria esquecer, mas quem sabe a diminuir. O Hokage tocou o ombro do garoto e em um simples piscar de olhos desaparecerem do monumento e ressurgem frente a uma casa iluminada, a mesma que o menino fora há alguns dias atrás. Eles andam até a porta e diferente das outras vezes quem bate é rosado que tinha um rubor em seu rosto. Era certo o que estava fazendo? Aquilo não era a mesma coisa que adquirir um cachorro depois que o anterior morreu, não, aquilo era diferente. Aquela duvida se encerrou quando sentiu a mão do Hokage novamente em seus ombros. A porta era aberta pela garota de cabelos escuros que como sempre deu passagem aos dois, e os mesmos andaram para dentro e foram para uma sala onde a Ninja Médica surgia depois de sair do que parecia ser a cozinha. Haru ficou em silêncio, não tendo ideia do que fazer. Naruto suspirou e com jeito deu um empurrão no menino que deu alguns passos para frente. Além desse toque Haru sentiu mais outro, um mais gentil. Ele não parou seus passos e continuou se aproximando da Kunoichi até a abraçar e seu rosto colado ao peito dela. Sakura olhou para o Hokage a poucos metros, o mesmo exibindo finalmente seu clássico sorrindo e se virando para ir embora, não sem antes a ver mexer os lábios de forma que dizia “Obrigada”. A Ninja Médica retribuía a aquele abraço e deixou uma simples lágrima de alegria escorrer por um dos olhos.

—Eu cheguei. – Haru sussurrou.

—Bem Vindo de Volta. – A Haruno o respondeu.


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