Para Sempre - A Escolha escrita por AlanRod1830


Capítulo 19
A escolha "perfeita"


Notas iniciais do capítulo

Nessa nova etapa de sua vida, Larissa deseja dar uma repaginada na sua vida sentimental. Cansada de sofrer por Adrian, ela agora pretende investir em outra pessoa. Para você que ainda não 'sacou' por que o livro se chama A Escolha, leiam e entenderão.



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Setembro de 2013

 

Larissa

 

Aconteceram tantas coisas na minha vida nos últimos tempos que estou até confusa. Cheguei ao internato sem saber o que esperar e minha rotina mudou bastante. Antes, eu achava que minha vida era exaustiva e terminava o dia com a sensação de que nunca tinha tempo para ficar à toa. Adorava minha liberdade de ir e vir, mas principalmente de não ter que me preocupar com nada, a não ser comigo mesma. Hoje as coisas são um pouco diferentes. Pensar em como eu era antes de conhecer Viviane me faz ligar o sinal de alerta sobre tudo que eu não lembro de ter sido. Por pura falta de atenção. Por esquecer que é no presente que vivemos e não no futuro, muito menos no passado.

E,devo confessar, me sinto mais feliz assim.    

***

— Oi, Vivi. Como você está?

— Estou ótima. E você, como tem passado?

— Bem, obrigada. Me fala, quais são as novidades?

— Amiga, como você já deve ter notado, estou muito ansiosa. Vai haver um festão num clube aqui perto. Os 'Garotos Malvados' estão prometendo sacudir a cidade. Vai ser neste sábado, a partir das 10 horas. Está a fim de ir?

— Não sei, não – respondo, fazendo uma careta. – Não que eu não goste de hip-hop, mas o fato é que eu não me sinto bem em lugares lotados.

Viviane faz um muxoxo.

— Ah, amiga. Qual é? Por favor, vamos. Vai ser legal. Eu prometo que você vai se divertir muito. Vamos. Aproveita e convida aquele seu amigo do colégio. Como é mesmo o nome dele? Adrian.

Involuntariamente, esse nome faz os pelos da minha nuca levantarem como os espinhos de um ouriço. Lembrar dele faz meu dia ficar cinza, e tristeza é o que eu menos quero no momento.

— O Adrian não é meu amigo. Me faz um favor, evite falar o nome dele perto de mim, tá bom?

Viviane faz outro muxoxo.

— Tá bom, tá bom. Foi só uma ideia. Não precisa se irritar.

— Eu não estou irritada. É só que... Quer saber? Esquece. Deixa pra lá.

— Amiga, seja sincera comigo. Você jura que não sente mais nada por esse garoto?

— Claro que não. Já me dei conta disso há muito tempo. E só para você saber, estou ligada em outra pessoa.

— Ah, é? Em quem? Posso saber?

— Num garoto do internato. O nome dele é Victor Taylor. – Suspiro. – Ai, Vivi. Ele é tão... lindo.

— Garota, se eu não te conhecesse, diria que você está apaixonada.

— E estou. Só que o problema é que eu não sei se ele gosta de mim. Tem vezes que eu pego ele olhando para mim, mas... sei lá... tenho medo de estar imaginando coisas. E se eu tomar uma atitude errada?

— Olha, amiga, se você está a fim de um cara, mas não sabe se ele te corresponde, antes de mais nada, estude ele. Veja como ele age quando está perto de você. Veja se os olhos dele brilham quando conversar com ele. Tente ver se ele se abre para você... Enfim, existem mil e uma maneiras de saber se um cara está a fim de você ou não.

— Acho que estou precisando muito de uns conselhos. Eu poderia passar na sua casa?

— É claro, amiga. Eu adoro quando você vem aqui me ver. Às nove está bom para você?

— Está ótimo. Às nove eu passo aí para conversarmos. Tchau.

— Tchau.

***

Chego à casa de Viviane às 9 em ponto. Ela mora em uma casa geminada no distrito de Moema, a poucos quarteirões da minha. O imóvel, composto por uma arquitetura refinada e amplamente confortada, é decorado com amarelos suaves, as janelas georgianas elegantemente vestidas com lindas cortinas e os móveis estofados com tecidos que ela mesma escolheu com a habilidade que tem para coordenar cores, materiais, formas e tecidos. Há antiguidades por toda parte, sedas e cetins nas paredes e no piso. Até mesmo as cadeiras são tapeçadas com tecidos finos.

Subimos para o quarto, o único lugar onde podemos conversar com privacidade. Cada cômodo da casa está ocupado por uma ou mais pessoas. Empregados por toda parte, Elisa e suas amigas estranhas ocupando os quartos de cima, os pais de Viviane tomando chá e conversando com uma senhora alta, de olhos azuis, elegantemente vestida com um vestido plissado, enquanto um garoto meio abobalhado corre pela casa segurando um avião de brinquedo e fazendo brum, brum tão alto que chega a doer os ouvidos.

— É o Kleber, meu primo chatinho mais novo. Eu sei, ele é barulhento. Mas só está aqui de passagem. Meus tios vieram fazer uma visita aos meus pais. Eles raramente vêm aqui.

— Ainda bem, não é?

Viviane se senta em sua cadeira giratória e indica a cama para mim. 

— Quer beber alguma coisa?

— Não, obrigada.

— Então, vamos ao que interessa.

— Você disse que poderia me dar alguns conselhos. Então, o que sugere que eu faça?

— Primeiro, diga-me como ele é.

— Bem... – Coço o queixo, pensativa. Na verdade, não sei muita coisa sobre Victor Taylor. Só o que eu sei é que ele é um cara muito atraente e que quero muito conhecê-lo melhor. Mas como dar o primeiro passo, essa é a questão. – Bem... Victor é um garoto... hã... tranquilo, inteligente, responsável... bonito, extrovertido, acho... quero dizer...

— Você já conversou com ele? Sabe do que ele gosta, do que não gosta? Conhece suas qualidades e seus defeitos? Sabe que tipo de garota ele prefere? Sabe se ele já ficou com alguém, ou se tem namorada? Resumindo, sabe de alguma coisa que não seja apenas superficial?

— Você me deixou de queixo caído.

— Em outras palavras, você não sabe nada sobre ele.

— Bom... sim... Quero dizer... Sei que ele é solteiro e que há muito tempo não fica com uma garota. Fora isso... Ah, isso não importa. Mesmo não sabendo muita coisa sobre ele, algo nele me atrai e por isso quero conhece-lo melhor. Alguma coisa me diz que formamos um belo par.

— Tudo bem. Você pode estar apaixonada por esse garoto, mas para que todo relacionamento funcione, é preciso conhecer muito bem a pessoa com quem pretende ficar. Só o amor não basta.

— Certo, você tem razão. Mas como faço para chamar a atenção dele?

— Bom... Sei que parece simples, mas dizem que um sorriso abre portas. Comece sorrindo para ele. Um simples sorriso pode fazer maravilhas para chamar a atenção de um garoto. É infalível para quebrar o gelo.

— Ok, mas como posso expressar meus sentimentos para ele?

— Não tem segredo, amiga. É só dizer o que você sente, o quão essa pessoa é importante pra você.

— Eis uma coisa em que sou péssima.

— Larissa, pare de se subestimar. Você sabe que pode mais do que imagina.

— Ok, desculpa. Mas é verdade. Sou péssima em expressar meus sentimentos. Sempre que tento dizer alguma coisa, minha língua trava bem na hora H.

— Antes de mais nada, libere sua mente desses pensamentos negativos. Quando digo que você pode mais do que pensa, é porque acredito em você. Foque no seu objetivo, e nunca deixe que ninguém, nem você mesmo, diga que ele é impossível.

Gosto do modo como Viviane fala. Parece que ela tem a resposta certa para cada indagação que eu faço.

— Lembre-se: quem não luta pelo que quer, não merece o que deseja.

— Lutar?

— Isso. Lutar. Lutar pelo que vale a pena. Declare seu amor. Insista quantas vezes forem necessárias. Faça exatamente o que seu coração mandar, sem medo de falhar. É melhor se arrepender de algo que fez, do que de algo que não fez.

— Obrigada, amiga. Suas palavras significam muito pra mim.

— Não precisa agradecer. Sabe que eu adoro você.

— Sei.

***

Graças a um amigo de Victor, consigo o número dele. Ligo para ele assim que chego em casa:

— Alô?

— Victor? Oi...

— Larissa! – Exclama ele, surpreso. – Oi. Que bom falar com você. Tudo bem?

— Tudo. Obrigada. – Me controlo para não gaguejar. – Você está ocupado?

— Ocupado? Não. Acabei de chegar da academia. Estou indo tomar banho. Mas por que a pergunta?

— Eu adoraria falar com você. Será que podemos nos ver?

— Nos ver? Agora?

— Não. Agora não. O que acha de... – examino brevemente o relógio de pulso. – ... quatro horas? Tá bom para você?

— Está ótimo. Às quatro estarei aí.

— Demais! Quero dizer... – Pigarreio. – Que bom. Vou estar te esperando. Não se atrasa, tá bom?

— Não se preocupa, linda. Sou pontual. Então... nos vemos às quatro. Tchau.

— Tchau.

As palavras dele me fazem mergulhar num turbilhão de emoções. Mal posso esperar para vê-lo. Quero muito dizer a ele tudo o que sinto. No entanto, uma dúvida me corrói. E se ele não gostar de mim? É verdade que notei alguns olhares de Víctor dirigidos a mim, mas posso estar enganada.

Decido ficar calma antes de começar a me desesperar. Víctor vai chegar às quatro da tarde e, mesmo correndo o risco de não ser correspondida, vou contar tudo à ele.

***

Exatamente às quatro horas, ouço a campainha tocar. Me olho no espelho para ver se está tudo OK com a aparência. Batom, blush, colar, tiara... Ops! Noto alguns fios de cabelo fora do lugar, tudo isso por causa do meu gênio detalhista.

Certa de que é Victor, vou correndo atender à porta. Abro e voilá. Aqui está ele, com seus belos cabelos cacheados, uma camisa azul celeste e calças jeans prestas.

— Uau!

— Gostou? – pergunta ele, apontando para o look.

— Muito.

Taylor está realmente muito elegante. Seus olhos azuis me encaram fixamente, enquanto seus lábios carnudos se abrem em um sorriso alucinante. Uma pitada de timidez quer se apoderar de mim, e digo a mim mesma para respirar fundo, já que a mera presença dele me impede de realizar até mesmo as funções naturais mais básicas. Posso ouvir a voz de Viviane me alertando para não me deixar abater, para ir com tudo.

— Você também está maravilhosa, Larissa.

Sorrio para ele, agradecida. Não estou tão glamorosa como queria, mas a iniciativa por si só já está valendo a pena.

— Entre – digo de modo inocente, com um sorriso vitorioso que ele não consegue testemunhar.

— Obrigado.

Victor se adianta, seus olhos varando a sala de estar. Fecho calmamente a porta atrás de mim, admirando seu jeito meigo de observar minunciosamente cada detalhe da casa.

— Isso é o que chamo de uma senhora casa. Deve viver muito bem aqui.

— Pois é. Você está olhando para o segundo maior orgulho dos meus pais. Eles sempre sonharam em ter uma casa grande, como essa.

— Quem não, né?

— É.

Encaro-o fixamente, desejando que ele veja nos meus olhos o motivo para estar aqui.

— Você disse que queria falar comigo.

— Disse.

— E do que se trata?

— Se trata de algo muito importante que você precisa saber.

— Sou todo ouvidos.

Meus pais não estão em casa, o que me permite falar com Victor mais à vontade. Mas a sala de estar não é bem o lugar que eu tenho em mente para fazer uma declaração de amor.

— A gente pode ir para o meu quarto? Lá vamos poder conversar à vontade.

— Seus pais estão em casa?

— Não, mas... É que... Bem, eu...

— Tudo bem, não tem problema. Vamos, então.

Sem pressa, subimos para o meu quarto. Me sento na cama e, logo em seguida, o convido para sentar ao meu lado. Victor se aproxima timidamente, me olhando com aquele jeito que me excita e ao mesmo tempo me deixa intrigada.

— Então? O que tem de importante para me contar?

Respiro fundo, tentando manter a calma.

— Victor... O que eu tenho para dizer pode ser que te surpreenda. Sei que estou me arriscando a perder sua amizade, mas preciso dizer o que estou sentindo. Eu gosto muito de você, Victor. Ou melhor dizendo... eu amo você.

Ele engole em seco. Ignoro, fingindo não fazer a menor ideia do porquê de ele estar tão agitado. Ao mesmo tempo é uma sensação deliciosa vê-lo reagindo a mim dessa maneira.

— Não nos conhecemos direito, mas, de algum modo, eu me apaixonei.

— Larissa...

— Espere. Deixe-me terminar, sim? Estou completamente apaixonada por você, Victor. E adoraria que me desse uma oportunidade de te conhecer melhor. Mas, se por acaso, esse sentimento não for recíproco, por favor, me desculpe, mas não consegui guardá-lo só para mim.

— Posso falar agora?

— Pode.

— Você tem razão numa coisa. Quando cheguei aqui, não fazia ideia do que você queria me dizer. Mas meu coração me dizia que eu teria uma grande surpresa. E ele não se enganou. – Ele abre um sorriso enorme em seu rosto perfeitamente esculpido. – Nunca pensei que ouviria isso de você. Achava que era impossível uma garota como você gostar de mim. Mas agora, depois de ouvir tudo isso, todos os meus medos foram embora.

— Então isso quer dizer que...

— Sim, Larissa. Esse sentimento que mora em você é reciproco, porque eu também amo você. – Victor se aproxima de mim e toca meu rosto. – Amo você como nunca amei ninguém. E agora que sei que você também me ama, não há por que resistir a essa paixão que tanto me alucina. Não posso mais ficar sem sentir as suas mãos entre as minhas, sentir o calor da sua pele, sentir a sua boca junto a minha...

Me inclino na direção dele. Algo em Victor permite que eu me revele ousada e desafiadora.

— Não há porque esperar mais. Vamos viver juntos esse amor, sem medo nem culpa.

— Eu amo você, Larissa. E juro que não haverá mais nem um segundo em sua vida em que eu não faça você saber disso.

— Eu também amo você, Victor.

No momento seguinte, estamos nos beijando apaixonadamente. O corpo de Victor se acomoda sobre o meu, impedindo que haja qualquer espaço entre nós. Sinto algo se remexer dentro de mim quando as mãos dele começam a deslizar pelas minhas laterais, agarrando minha cintura, o desejo transbordando dos seus olhos. É como se eu fosse a maçã proibida e ele estivesse simplesmente faminto.

Mas então, algo estranho acontece. No único momento em que meus olhos se abrem, vejo o rosto perfeito de Adrian sorrindo para mim. Recuo, assustada. É muito claro, muito mais definido do que qualquer lembrança. O tom exato da sua pele clara, a linha do queixo, o cintilar azul dos seus olhos cativantes... "Eu te amo". Estas são as palavras que saem da boca dele.

— Larissa, o que foi? O que você tem?

A voz de Victor me faz voltar à realidade. Quando coço os olhos com as costas da mão e balanço a cabeça, percebo que minha ilusão de Adrian já não está mais aqui. Victor me encara com os olhos arregalados. "Que vergonha!", esse é o meu primeiro pensamento. "O que deu em mimPor que tive que me lembrar dele justo agora?"

— Larissa, está tudo bem com você?

— Está, sim. Está tudo bem. Não foi nada.

— É que você olhou para mim de um jeito tão estranho. Parecia até que estava vendo um fantasma.

— Esquece. Neste momento, eu sou a garota mais feliz do mundo.

Um sorriso surge no canto da boca dele.

— E eu sou o cara mais feliz do mundo por ter você comigo. Te amo.

— Também amo você – respondo, sem hesitar.

***

Cerca de dez minutos depois, Victor e eu descemos para a sala de estar. Convido ele para sentar comigo no sofá, para continuarmos conversando. Já disse tudo o que sinto por ele, mas ainda falta uma parte importante, senão mesmo, a mais importante. Como toda pessoa comum, eu tenho planos para o futuro. Mas nada que envolva faculdade, carreira profissional ou algo do tipo. Trata-se de algo mais íntimo. Uma coisa que eu anseio desde a infância, e que eu planejo realizar muito em breve. E, a partir de agora, Victor Taylor faz parte desses planos.

— Amor, tem outra coisa que eu quero te falar. E também é muito importante.

— Pode falar, meu amor. Como eu disse, sou todo ouvidos.

— Bem... Para começo de conversa, tem uma data especial chegando. É o meu aniversário. É no mês que vem, dia 12.

— Acho que devo confessar que já sabia disso. Não quero que me interprete mal, mas tem coisas a seu respeito que eu conheço muito bem. A data do seu aniversário é uma delas. Como eu disse, sou ligado em você desde muito tempo e, por causa disso, me atrevi a fazer uma espécie de investigação. Andei conversando com umas amigas suas e, como as conheço já faz algum tempo, elas me falaram um pouco sobre o seu passado. Eu sei da sua história. Sei pelo que você passou, e quero que saiba que lamento muito que você tenha sofrido tanto. Juro que se eu tivesse conhecido você anos atrás, nunca teria permitido que alguém desrespeitasse você.

"Bem, mas... Creio que você não queira mais tocar nesse assunto. Então, vamos falar sobre o seu aniversário. É claro que eu serei seu convidado de honra, não é?

— Mais do que isso, meu amor.

— Eu sei, eu sei. Não sou apenas um convidado. Sou o namorado da aniversariante. O acompanhante da garota mais bela de toda a cidade. Ou melhor, de todo o mundo.

— Para com isso. Isso não é verdade. Não sou tão bonita assim.

— Não seja modesta, querida. Assim como as frutas que amadurecem de dentro para fora, a sua beleza também é assim. Você é a garota mais linda que eu conheci e sempre vai ser.

— Obrigada, meu amor. Mas, falando da festa, você não precisa se preocupar com nada, pois meus pais vão organizar tudo. Estamos economizando desde o início do ano. Eles querem que a festa seja um acontecimento inesquecível. É claro que eu também quero isso. Mas falta uma coisa apenas para tornar esse evento um acontecimento inesquecível.

— E o que seria?

Respiro fundo. É hora de revelar a Victor meu maior sonho desde pequena. Estou prestes a completar 18 anos, e para mim esse é o momento perfeito para realizá-lo. Tudo que eu preciso é do consentimento dos meus pais e, não menos importante, do sim do meu namorado.

— Victor, eu quero fazer um noivado.

Minhas palavras quase o fazem engasgar o suco que ele está tomando.

— Victor...

— Você quer fazer o quê? 

O modo como ele fala me faz pensar que foi uma má ideia deixá-lo a par dos meus planos, que deveria ter deixado isso para uma outra ocasião.

— Eu ouvi bem? Me explica isso direito.

— Eu disse que quero fazer um noivado no dia do meu aniversário. Escuta, eu sei que parece uma decisão precipitada, mas...

— Sim, falando francamente.

— O que você acha?

— Sinceramente, nem sei o que dizer. Você me pegou de surpresa. Não esperava algo assim.

— Pode parecer loucura, mas faz algum tempo que venho pensando nisso. É um sonho que tenho desde muito tempo. Só estava esperando aparecer a pessoa certa para pôr essa ideia em prática.

Víctor continua me encarando incrédulo.

— Tudo bem. Posso entender que esteja surpreso, mas esse é meu grande sonho. É tudo o que eu mais desejo e não poderia abrir mão disso por nada.

— Só me diga uma coisa: você está totalmente segura? Tem certeza de que é isso que você quer?

— Mais do que pode parecer. Já vou completar dezoito anos, Victor. Finalmente vou ser dona do meu próprio nariz, livre para tomar qualquer decisão sem medo de me arrepender. Mas não quero seguir em frente sozinha. Preciso de alguém do meu lado. Preciso de você.

— Eu sempre vou estar do seu lado, Larissa. Não importa o que aconteça. Eu te amo, e acho que já deixei isso bastante claro. É por isso que aceito sua proposta.

Suas palavras me enchem de uma alegria indescritível. Com a coragem renovada, pergunto:

— Você aceita ser meu noivo?

— Claro que aceito, minha vida. Quero ser seu companheiro para sempre. Nada no mundo me faria mais feliz.

Fico muda, sem saber o que responder. Esperei dezoito longos anos por este momento. Me sinto, de certa forma, realizada.

— Para ficar com você, sou capaz de qualquer coisa. Você é tudo para mim, Larissa. Meu amor por você é maior do que qualquer infinito que possa existir. Não abro mão de você por nada no mundo. Porque se existe alguém que me faz feliz só por respirar, esse alguém é e sempre será você.

Abro um sorriso largo, o tipo de sorriso que faz qualquer coração bater a mil.

— Te amo, Larissa Oliveira. Quero ficar do seu lado para sempre.


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Notas finais do capítulo

Larissa tomou sua decisão, e agora pretende construir sua vida ao lado de Víctor. Será que isso vai dar certo? Fiquem ligados!



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