08. Remembering Sunday escrita por Kath Salvatore


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeeei!!!! Depois de muito tempo sem postar nada nesse sitezinho maravilhoso, eu estou de volta e sim é mais uma songfic! Eu espero de coração que vocês gostem e que comentem. Muito obrigada!



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Domingo, 10 de Dezembro, 2 da manhã.

Olhou no relógio, duas horas da manhã. Em ponto. Colocou os sapatos e voltou para casa. Estava jogado no bar mais uma vez, os donos já tinham desistido de fazer Ian ir para casa, então simplesmente o deixavam ali em qualquer sofá. Eles sabiam que todo domingo o rapaz estaria ali e que as duas iria embora.

 

He woke up from dreaming and put on his shoes
Started making his way past
Two in the morning
He hasn't been sober for days

 

Ao sentir a brisa atingir-lhe em cheio, deixou seus joelhos desmoronarem e as lembranças atingirem a mente.

 

Flashback on

Acordou com um cheiro de ovos com bacon vindo da cozinha, fez sua higiene e desceu as escadas. Lá estava ela, com o cabelo todo bagunçado um avental escrito “Poderosa Chefona”, virava os ovos e pulava longe da frigideira para não ser atingida pelo óleo. O rapaz se escorou na batente da porta e ficou admirando-a, ainda não acreditava que havia conquistado essa mulher. Katherine se virou para trás e deu um grande sorriso quando o viu

— Bom dia, meu bem, estava fazendo nosso café...ou tentando. – Ela falou olhando para a bagunça. Ele se aproximou dela e a pegou pela cintura beijando-a.

— Quer ajuda? – Perguntou.

— Não, pode se sentar e admirar essa fabulosa chef trabalhar. – Ela deu risada e voltou sua atenção para os ovos.

Depois de alguns minutos sentaram em volta da bancada e tomaram o café juntos, felizes e apaixonados. Como todas as manhãs.

Flashback of

 

Leaning now into the breeze
Remembering Sunday, he falls to his knees
They had breakfast together
But two eggs don't last
Like the feeling of what he needs

 

Chegou em casa e olhou as escadas, não queria subir, não queria entrar no quarto no qual tinham passado tantas noites, não queria sofrer mais uma vez. Queria apenas que a dor fosse embora ou, então, que Katherine voltasse para ele. Então simplesmente se jogou no sofá.

Flashback on

Katherine o puxava pelas mãos, sorria maliciosamente para o rapaz e Ian, claro, retribuía da mesma forma. Ela o guiou escada acima e entraram no quarto já aos beijos, Katherine o jogou na cama e rapidamente tirou sua blusa deixando apenas seu sutiã rendado a mostra, Ian mudou as posições rapidamente e começou a beijar a barriga da menina, subindo os beijos ao seu pescoço e seu rosto.

— Eu amo você. – Sussurrou e teve um sorriso como resposta.

Flashback of

 

Now this place seems familiar to him
She pulled on his hand with a devilish grin
She led him upstairs
She led him upstairs
Left him dying to get in

 

Ian sempre soube como Katherine era, desde a primeira vez que conversaram, numa mesa do bar em que Ian ia todos os domingos, ela já havia deixado claro que não é do tipo de pessoa que acredita no amor e uma hora ou outra iria partir. Era do seu instinto. Não conseguia ficar presa a uma rotina, uma pessoa. Quando começaram a namorar, nos primeiros meses, Ian morria de medo de acordar e não ver Katherine mais ali, mas com o passar do tempo seu medo foi passando e até mesmo se esqueceu de que, um dia, a menina iria embora. Tinha tanta certeza que havia conquistado a garota e não iria deixa-la fugir dele.

Flashback on

Uma bela madrugada, ao acordar, Ian esticou os braços e não sentiu o corpo de Katherine ali, pensou que a garota havia levantado e ido assaltar a geladeira, como sempre fazia, mas também não sentiu o cheiro da comida. Deu um pulo assustado na cama. Isso não poderia estar acontecendo. Não com ele. Olhou em volta rapidamente procurando qualquer vestígio dela pelo quarto.

— Katherine? – Chamou, mas não ouve uma resposta. Levantou-se rapidamente e saiu em busca dela pela casa, mas não encontrou nada.

Na manhã seguinte ele saiu em busca dela nas redondezas perguntando as pessoas:

— Com licença, desculpe incomodar, mas o senhor viu essa garota?

Ele procurava ela por semanas, não entendia como ela simplesmente foi embora depois de seis meses e não lhe deixou nenhum recado, não era como se ele fosse pedi-la em casamento a qualquer momento. Entrou em contato com as amigas dela, mas também não tinham notícias, ou se tinham não iriam falar para ele. Sabia que os pais dela moravam na cidade, mas ela nunca quis contar aonde e nunca o levou lá. Katherine passava grande parte do seu tempo na casa de Ian.

Flashback of

 

Forgive me, I'm trying to find my calling
I'm calling at night
I don't mean to be a bother
But have you seen this girl?
She's been running through my dreams
And it's driving me crazy, it seems
I'm gonna ask her to marry me

 

Flashback of

— Por que, Katherine? Por que não pode amar? Por que não acredita no que eu sinto por ti? Hein? Quem te machucou? Por que é tão difícil, caralho?! – Eles estavam discutindo mais uma vez. Era sempre assim. Toda vez que Ian fazia algo romântico, Katherine fugia. Ela sempre disse que não acreditava no amor, mas ele nunca se deu por vencido, sempre estava determinado a faze-la mudar de ideia. Como ela negava o que seus olhos entregavam? Como ela ousava dizer que o que ela sentia por ele não era nada mais que atração? Isso machucava Ian, Katherine sabia, mas não havia o que ser feito, preferia machuca-lo do quer menti

— Chega, Ian! Você sabe que eu não acredito nessas baboseiras! Eu sempre deixei claro, você que quis entrar nesse barco. Sinto lhe informar, amor, mas isso aqui está prestes a afundar. – E então saiu batendo a porta.

Flashback of

 

 

Even though she doesn't believe in love
He's determined to call her bluff
Who could deny these butterflies?
They're filling his gut

 

Segunda, 11 de Dezembro, 7 da manhã.

Ian acordou assustado, havia sonhado com flashbacks dele e Kath a noite toda e acordou gritando, suas costas doíam por ter dormido no sofá, mas antes mesmo de poder se acalmar do susto completamente escutou alguém bater na porta e foi obrigado a se levantar.

— Desculpa, querido, mas ouvi você gritar da minha casa, está tudo bem? Precisa de alguma coisa? – A vizinha ao lado perguntava preocupada.

— Eu estou bem, desculpa incomodar a senhora, apenas tive um pesadelo. – A velhinha assentiu e saiu. Ela sabia com o que Ian havia sonhado. A vizinhança toda sabia. Ele estava morrendo por dentro.

 

Waking the neighbors, unfamiliar faces
He pleads though he tries
But he's only denied
Now he's dying to get inside

 

­A chuva caia lá fora e as batidas na porta de Ian eram constantes, desistiu de ignorar e foi ver o que a vizinha queria, mais uma vez, afinal, Katherine ele sabia que não era, seus pais não moravam ali e os amigos nunca chegavam de surpresa.

— Olá, eu vim lhe informar sobre a garota que você andou procurando. – Uma menina de, aparentemente, 15 anos disparou sem nem esperar ele perguntar qualquer coisa. O coração de Ian acelerou automaticamente, fazia 2 semanas que Katherine havia partido, mesmo achando que já havia superado a garota e tentando fazer seu cérebro e seu coração odiá-la, o seu subconsciente sabia que era mentira.  – Minha tia é sua vizinha, ela me contou sobre um garoto que procurava desesperadamente a namorada que partiu, por incrível que pareça, essa cidade não é tão grande e ela morava no mesmo bairro que eu. Sinto muito, mas a notícia não é boa. – Ela falou rapidamente assim que viu um pequeno sorriso se formar no canto da boca do rapaz. – Eu vi o dia que ela partiu, tinha apenas uma mala. Os pais dela falaram que ela foi para longe e que eles já estavam acostumados com o jeito dela ser, não estavam preocupados e a filha não quis contar para onde ia. – E então a menina virou as costas e saiu sem mais nem menos, deixando apenas um Ian confuso para trás.

Ian fechou a porta e deixou que as lágrimas tomassem conta do seu rosto. Era isso. Era, realmente o fim. Katherine foi embora. Ian nunca tinha parado para pensar nessa possibilidade, na cabeça dele ela apenas voltou para a casa, essa era a forma dela fugir, nunca havia se sentindo tão otário e inocente, poxa, era a Katherine Foster, obviamente ela não teria uma fuga tão simples e fajuta como se esconder na casa dos pais.

 

The neighbors said she moved away
Funny how it rained all day
I didn't think much of it then
But it's starting to all make sense
Oh, I can see now that all of these clouds
Are following me in my desperate endeavor
To find my whoever, wherever she maybe

 

Não entrava na cabeça de Ian como aquela garota simplesmente apareceu na sua casa, depois de duas semanas, falando de Katherine, então, como se lesse os pensamentos de Ian uma semana depois ela voltou.

Domingo, 17 de dezembro, 11 horas da manhã.

Ian abriu a porta e tomou um susto ao ver aquela garota, novamente, parada ali

— Desculpe incomodar, novamente, mas a mãe dela veio até mim. Eu sei que você deve estar cheio de dúvidas, então vou lhe falar o que precisa saber. Sim, Kath é realmente minha vizinha, os pais dela e os meus pais são amigos, soube de tudo pela minha tia e pela mãe dela um dia que foi lá em casa colocar as “fofocas em dia” – fez aspas com os dedos. – Katherine sempre foi louca, sumir de casa por um tempo e tudo mais, os pais dela nem se preocupam mais. – Riu. – Enfim, ontem a mãe dela foi lá em casa, disse que Katherine mandou uma carta para ela tem 10 dias, mas ela esqueceu de mandar para o remetente, no caso você, então assim que ela soube que eu te conhecia disse para mim te entregar isso. Bom, é isso ai. Tchau! – E saiu andando como sempre.

Estava morrendo de curiosidade para ler o que Katherine havia escrito, mas estava com tanta raiva dela que, mesmo que a intenção da garota fosse que ele recebesse a carta no dia que enviara, não queria nada que vinha dela.

Ele superava Katherine a semana toda, mas no domingo a armadura caia. Como poderia ser feliz no dia que a conhecera? Ele tinha certeza que ela era a mulher de sua vida. 

Já era quase nove horas quando Logan bateu na porta, ele sabia que Ian ia se enfiar no mesmo lugar de sempre e estava disposto a não deixar isso acontecer.

— Eu não vou deixar você desse jeito. Já estou cansado. Já faz três semanas, cara!. – Falou entrando na casa sem nem cumprimentar o amigo. Já estava ficando acostumado com as pessoas fazendo isso. -  Está na hora de deixa-la ir da sua mente e do seu coração, hoje vamos num lugar diferente, conhecer pessoas novas, não vou deixar o senhor ir para aquele mesmo bar de sempre. Chega. Se arruma que vamos sair cedo para voltar cedo. – Ian arqueou a sobrancelha. – Sete horas da manhã, mano! Estamos de férias daquele emprego idiota. – Falou dando risada e se jogando no sofá.

Ian tomou um banho, sabia que Logan não desistira tão fácil, ou melhor, sabia que Logan NÃO desistiria, olhou a carta que tinha posto em cima da bancada e colocou-a dentro do bolso do casaco. Então partiram.

Eles foram em um pub novo da cidade, e apesar de tentar muito, Ian não conseguia se animar, seu pensamento só ia para ela e para a carta que parecia queimar em seu bolso. Quando o rapaz já estava mais para lá do que para cá decidiu jogar tudo para o alto e ler a carta.

Querido Ian,

Sim, comecei a carta de maneira mais clichê possível. Espero que a minha mãe se lembre de te enviar essa carta, estou escrevendo no mesmo dia que fui embora. Você sempre soube que uma hora eu partiria, sempre deixei isso claro, desde o primeiro dia. Eu sinto muito por sair de madrugada, sem me despedir. Meredith me contou que você andou ligando e procurando por mim, sinto muito, mais uma vez, por não permitir que ela lhe contasse para onde eu vou.

Ian, você me fez acreditar no impossível, me fez te amar. Eu fiquei tão confusa com esse sentimento e estou tão confusa agora lhe escrevendo isso, mas você precisa saber que estou indo embora isso é algo terrível, só faria ambos nos machucarmos, e eu tenho medo de lhe falar, mas sei que você espera atitudes horríveis da mulher que te abandonou de madrugada, então não pense que eu fui embora por não te amar, ou por simplesmente querer partir o seu coração. Eu fui embora, porque acabei com as chances de isso dar certo. Eu fui embora porque tudo está destinado a acabar, por mais que você tenha feito eu te amar, eu ainda não acredito que o amor é para sempre. Estou no avião, esse é o meu adeus. E eu sinto muito por isso, também.

                                                                                                                       Com amor, Katherine ♥”

 

I'm not coming back

I've done something so terrible

I'm terrified to speak

But you'd expect that from me

I'm mixed up, I'll be blunt

Now the rain is just washing you out of my hair

And out of my mind

Keeping an eye on the world

So many thousands of feet off the ground

I'm over you now

I'm at home in the clouds

Towering over your head

 

 “Então era isso? Essa foi a mensagem que ela deixou? Como tudo está destinado a acabar? Ela não acredita no meu amor?”

— Cara, eu acho que irei pra casa. – Falou para Logan e saiu dali o mais rápido possível, não esperou o amigo falar alguma coisa, ele estava sem ar, precisava respirar, precisava pensar e tentar por as coisas no lugar. Estava eufórico por saber que ela o amava. Sempre teve certeza disso, assim como 2+2 são 4, mas não conseguia deixar de pensar que ela havia partido por algo tão insignificante.

— Porra, Katherine! Olha o que você fez com nós, olha o que você fez comigo! – Falou enquanto olhava para o céu indo em direção a sua casa, tentando montar o quebra-cabeça que tinha se formado em sua mente.

 

I guess I'll go home now
I guess I'll go home now
I guess I'll go home now
I guess I'll go home

 

3 semanas atrás;

Pov Katherine Foster

Ian conseguiu o impossível, me fez sentir o amor, me fez sentir-me amada, me fez acreditar em tudo que eu achava besteira, mas eu sei que eu não poderia ficar. É terrível amar alguém, uma hora vai machucar. Uma hora vai acabar.

Peguei o primeiro avião que encontrei, o destino era Paris, e então fui embora. Escrevi uma carta para ele, mandarei para minha mãe entrega-la e parti. Sem beijo de despedida. Sem lágrimas. Com dois corações quebrados. Eu queria ficar, mas o medo é maior que a minha vontade, que o meu amor, “Quem sabe algum dia, Katherine” pensei. Eu sei que se um dia eu quiser voltar, ele estará lá me esperando. Eu sempre serei uma parte dele, assim como ele será minha.

 

 

Fim.

 


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Notas finais do capítulo

Amores, cada estrofe é meio que a "tradução" da letra, se vocês procurarem vão entender melhor iauhd, mas é isso espero que tenham gostado e em breve eu volto. Comentem, hein? To de olho! Pode comentar até se não gostou, juro que não fico braba ioushad. Beeeijos!



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