Engane-me se puder escrita por Miss Smoak


Capítulo 6
Um passo para frente e dois para trás.


Notas iniciais do capítulo

Olar galero!
Voltei, e antes que perguntem, não, não consegui consertar meu computador, infelizmente. Tô postando na adrenalina, porque estou no trabalho agora aushuashuash
Enfim, sei que o cap está pequeno, peço desculpas mas não queria deixar mais tempo sem atualizar.
Boa leitura.



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Olhei atenta as pessoas a minha frente. Barry mordia a boca para se manter calado. Curtis sorria para todos. E Roy Harper mantinha seu rosto imparcial.

Entre todos, ele mentia melhor.

— Até quando vocês vão ficar nessa? - Thea questionou. Havíamos ligado para ela assim que realmente combinamos de fazer um jantar na minha casa, que agora era pequena para aquele tanto de gente. Eu percebi a surpresa que ela demonstrou ao ver que Harper era meu mais novo contratado, e podia jurar que veria minha ex cunhada mais vezes em minha empresa.

— Até quando Felicity perder. - foi o esquentadinho competitivo Harper que respondeu. Revirei meus olhos jogando meu corpo por toda a cadeira e apoiei o rosto em minhas mãos. Eu não iria entregar de mão beijada assim, mas sabia que se dependesse de minhas cartas eu perderia no mesmo instante.

— A comida está pronta. - Oliver deu o ar da graça, franzi a sobrancelha me perguntando onde ele havia arrumado aquele avental florido. Noah estava ao seu enlaço junto com seu ursinho favorito.

— Você está ótimo Oliver. - Thea provocou. Não me atrevi a ver como meu ex tinha reagido, provavelmente havia dado língua para a irmã. Como adulto que era.

— Você não vai conseguir Roy, Felicity mente melhor que todos nós. - Curtis sussurrou desistindo. Assim como Barry que estava calado até demais. Estreitei meu olhar para ele, assim que percebeu ele arregalou os olhos.

— O que tá escondendo Allen?

— Eu me casei secretamente. - abri a boca completamente surpresa, assim como todo mundo ali. De repente o jogo já não era tão interessante quanto a vida de Barry.

— E como conseguiu guardar isso por tanto tempo? - Curtis questionou sorridente. Não havia um dia para ele não estar sorrindo.

— É porque não era segredo. - retrucou antes de atender o celular. Por julgar sua expressão de felicidade, estava falando com a nova senhora Allen. Depois da surpresa de Barry ter se casado sem nos comunicar, e jogar algumas coisas na sua cara voltamos a nossa programação normal.

Ficamos naquela até um pouco mais depois da meia noite. Até que todos precisaram ir. Menos Oliver.

Thea havia conseguido carona com Roy. Certeza que nesse momento eles já estavam se pegando pelos quatros cantos, pude perceber os olhares sexuais que minha ex cunhada havia lançado para meu mais novo subordinado. Suspirei pegando as almofadas do chão e agradeci mentalmente pelo apoio que Curtis havia me dado para tirar o dia de folga, eu precisava ficar com Noah depois do caso que tivemos.

— Ei, tá tudo bem Felicity. - ergui meus olhos ao ver Oliver me encarar, ele nunca precisou se especializar para saber me ler, dei de ombros me dando a chance de me mostrar vulnerável. Apesar de todos nossos erros, Oliver ainda era minha fonte de segurança. – Noah está bem Felicity, dormindo como um anjo. - completou perto o suficiente de mim, seus braços rodaram minha cintura e involuntariamente tremi.

— Eu tenho medo Oliver, tenho medo que estejamos muitos ocupados e algo aconteça com Noah, nós sabemos o quanto o homem é mau. - sussurrei e imediatamente ele me apertou, talvez lembrando do ocorrido onde um psicopata aterrorizou nossa vida, por um erro que não deveria ter acontecido. – Eu tenho medo, tanto medo de perder meu filho.  Eu sei que fiz algumas coisas impensáveis antes e quase perdi nosso bebê...

— Não fala disso agora Felicity. Noah está bem protegido, eu sei que você sabe que eu mantenho alguns amigos meus fazendo a segurança de vocês.

— Eu sei. - suspirei baixo me enterrando mais em seu corpo. Lentamente ergui meus olhos para os dele, me ergui na ponta do pé roçando nossos lábios. – Porque eu não consigo me manter longe de você?

— Eu sei, somos ruim um para o outro. - completou baixo, seu tom mudou completamente. Havia luxuria. Fechei meus olhos rapidamente apreciando o momento.

De fato éramos ruins. Mas também éramos tão bons juntos. Com ele cometi minhas melhores recordações, como da vez que finalmente perdi o medo de altura quando saltamos de um avião.

— Então porque não conseguimos nos manter afastados? - sussurrei senti ele me erguer, de imediato envolvi minhas pernas em sua cintura, Oliver caminhou pela casa até para em meu quarto, onde se sentou comigo em seu colo, não ousei deixar seus olhos por um segundo. Eu estava envolvida demais com o calor que ele emanava.

— Porque nos amamos. - meu coração perdeu o compasso naquele momento. Lentamente ele aproximou seu rosto do meu, seus olhos implorando para continuarmos. Afirmei com a cabeça e então colei nossos lábios em um beijo lento.

Quase cai com a avalanche de sentimentos que havia me quebrado naquele momento. Nunca em nenhuma de nossas transas sem compromisso eu havia me sentindo daquele jeito. Oliver me encarava com uma luxúria que parecia não ter fim, suas mãos apertando minha cintura me grudando a seu corpo, desesperado.

Meu cérebro estava a mil. Meu coração também. Eu era uma cientista, devia seguir minha lógica, minha razão. Mas tudo que conseguia pensar era em como aquele beijo era gostoso.

— Ah, foda se. - sussurrei baixo para minha razão. Eu precisava daquele momento com Oliver. Escutei a risadinha sem fôlego dele antes de me puxar novamente para seu corpo. Acariciei seu peitoral firme, sentindo seu coração ritmado. Me sentia uma adolescente novamente, prestes a ter sua primeira vez. Oliver traçou uma trilha de beijos por todo meu pescoço enquanto suas mãos agarravam a barra da minha camiseta me deixando apenas de sutiã. Seu olhar de pura devoção me deixou de pernas bambas, sempre foi tão claro que ele me amava.

Senti suas mãos envolvendo meu rosto, e então novamente seus labios tomaram de conta dos meus, impiedosamente. O caminho até a cama foi apressado, Olver jogou meu corpo na cama e logo se pôs em cima de mim, voltando a me beijar.

As peças de roupas foram descartadas com tamanha rapidez, tudo que eu podia pensar em fazer era respirar. Meu corpo estava pegando fogo, os toque dele em meu corpo me arrepiavam sem parar. Oliver me encarou por uns segundos que pareceram eternidade, seus labios abandonaram os meus e então desceu para meu busto, colo, barriga. Senti um pequeno calafrio enquanto ele descia mais e mais, sua língua brincando como queria comigo.

Eu não podia negar. Oliver sabia como fazer um oral.

Me contorci na cama acariciando levemente sua nuca, pedindo silenciosamente que ele não parasse seus movimentos. Mas então sua língua fora substituida, me arrancando um grito suave.

Escutei seu gemido alto me fazendo ficar com mais vontade.

— Vem por cima. - pediu ofegante.

— Já cansado? - brinquei invertendo as posições. Oliver sorriu de forma extremamente maliciosa, apertou minha cintura com força me forçando a me movimentar. E então eu comecei o meu trabalho, subir e descer ritimadamente. Me deliciei com seu gemido quando minhas unhas rasparam seu peitoral, deixando um rastro vermelho por todo seu dorso.

Me pegando de surpresa, sua mão tampou minha boca e em seguida deferiu um tapa em minha bunda, o grito foi abafado. Graças a Deus ele pensa, porque se não, nesse momento Noah já teria acordado.

Senti todo meu corpo tremer com o segundo tapa. Grudei minha boca em seu pescoço puxando um pouco de pele a cada movimento que fazia. Oliver agarrou minha cintura com força nos girando na cama. Abafei meus gemidos enquanto ele me penetrava.

— Não ouse parar. - grunhi fincando minhas unhas em suas costas, quase deixei meu orgasmo escapar com o sorriso safado que ele deu. Mas não pude segurar por muito tempo, logo todas meu corpo vibrava, e então liberei meu orgasmo. Não tão depressa Oliver também gozou.

Ele deitou ao meu lado, ofegante. Me aproximei de seu corpo, pedindo carinho.

— Ainda bem que você se cuida. Não consegui me conter. - ele sussurrou se referindo ao fato de ter gozado dentro de mim.

— Está tudo bem. - e estava tudo bem. Eu não o culpava, e me cuidava tanto que um bebê inesperado estava fora de alcançe. Noah já tinha sido suficiente.

— Felicity, eu não sei se posso ficar nisso sempre. - começou. Sempre aquele discurso. —  Eu sei, o sexo é ótimo, incrível como sempre foi, mas eu sinto sua falta, como minha esposa. Sinto falta de estar com Noah e você, de ser uma familia.

— Eu também sinto falta. Mas você sabe como somos Oliver, nós tentamos tanto e tudo que fizemos foi sofrer.

— Estamos mais maduros do que antes Felicity, sei que podemos fazer isso dar certo.

Respirei fundo me erguendo da cama. Eu não sei se podia com aquilo, se conseguiria tentar novamente com Oliver, eu ainda estava tão presa ao passado que não conseguia dar uma chance para nós. Tantos erros nós tínhamos cometido.

Era o medo que estava enraizado em mim. Ainda ele.

— Eu não posso ainda Oliver. - foi tudo que disse antes de deixá-lo sozinho no quarto. Tomei um banho mais demorado da minha vida, esperando que quando voltasse para o quarto ele já não estivesse lá.

Eu não podia lidar com a frustração novamente. Eu tinha que me manter inteira por Noah.

Quando voltei Oliver já havia desaparecido. Vesti qualquer camiseta e fui dar uma espiadinha em Noah. O que eu encontrei partiu meu coração. Os dois juntos, dormindo abraçados na pequena cama do meu filho.

Engoli o seco me aproximando deles, os cobrindo com o pequeno lençol. Depositei um beijo na testa de ambos para então sair do quarto.

Não tinha percebido quando havia começadoi a chorar, só sei que me encolhi na cama e só consegui parar quando adormeci.

Quando amanheceu eu estava destruida. Esfreguei os olhos me erguendo da cama. Pude escutar as risadas do meu pequeno e as imitações que o pai dele fazia. Discretamente me enconstei em uma parede para observa-los. O riso de ambos, a felicidade em estar juntos.

— Bom dia. - anunciei minha presença. Ver a reação de Oliver foi como uma facada. Seu semblante havia mudado completamente, respirei fundo pegando Noah em meus braços.

— Sua mãe já acordou campeão, agora o papai tem que ir. - foi o que ele disse.

— Oliver...

— Está tudo bem Felicity, bom dia, eu amo vocês. - sussurrou beijando nossas testas.

— Precisamos conversar sobre ontem.. - tentei. — Noah, meu amor, porque você não vai ver desenhos? Mamãe precisa conversar com o papai agora, conversa de adulto. - observei meu pequeno obdecer sem resmungar.

— Não Felicity, eu já sei que você não quer tentar. Eu entendi e não vou mais insistir, nosso relacionamento só nos faz mal. Você sempre vai ser o meu grande amor, mas eu estou abrindo mão disso, porque eu mereço ser feliz também. Você sempre vai estar presente em minha vida, sempre vai ser minha companheira e amiga, principamente mãe do meu filho e sempre teremos esse vínculo, mas a partir de agora é apenas isso. - discursou, seus olhos sérios, suas mãos nervosas. Ele não queria falar aquilo, mas eu sabia que era necessário. Aquele podia ser nosso ponto final definitivo.

Sem que eu pudesse falar nada, ele saiu. Me deixando um vazio no peito sem fim. Meu Deus, aquela sensação era tão conhecida mas nunca conseguiria me acostumar com ela. Nunca me acostumaria em ver Oliver partindo.

 


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