Por Amor escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 10
Perdida


Notas iniciais do capítulo

Voltei gente. Desculpe a demora, mas estava na correria de final de período na universidade. Mas agora estou de férias e a fic seguira como antes, tendo seus capítulos postados de segunda a sexta.
Beijos e boa leitura.



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Bristol, 1863

 

 

—Vai ficar tudo bem. Nós vamos encontrá-la. Afinal, conhecemos essa propriedade como a palma da nossa mão. Agora, tome um pouco desse chá e tente se acalmar.- Abigail me ofereceu e neguei.

—Precisamos ir atrás dela logo, lá fora está um gelo.- disse desesperado.

—Vou pegar algumas tochas e chamar meus homens.-Connor disse antes de ir para a cozinha.

—Vai dar tudo certo Jamie. Vamos achá-la.- Emilia disse gentil assim que tocou meu ombro.

—Tenha fé.- Abigail disse antes de Connor nos chamar para fora.

Passamos horas caminhando pela floresta com as tochas nas mãos gritando por Teodora, e a cada momento esfriava mais chegando até a nevar, o que me deixou desesperado, afinal o casaco de minha esposa ainda estava na casa do meu amigo.

—Espera, o que é isso?- Emilia disse parando e pegando algo do chão.

Assim que ela aproximou o objeto de uma das tochas, podemos identificá-lo como um brinco.

—É o brinco da minha esposa. Ela o estava usando hoje.- disse e Emilia me entregou o brinco antes de começarmos a caminhar novamente.

Não demorou muito até encontrarmos Teodora apoiada em uma árvore, totalmente desmaiada e coberta por neve.

Assim que a vi corri até ela e a tomei em meus braços, me assustando com sua palidez e a temperatura fria de seu corpo.

—Estou aqui querida. Eu achei você, abra os olhos.- sussurrei chorando enquanto acariciava seu rosto frio.

—Precisamos aquecê-la rápido.-  Connor disse preocupado.

—Não. -Joseph disse serio antes de se aproximar de mim que segurava minha esposa no colo.

Ele checou o pulso de Teodora e depois colocou dois dedos embaixo do nariz de minha esposa.

—Ela ainda está viva, mas está com hipotermia. Não podemos aquecê-la rapidamente, ou ela poderá morrer. Teodora precisa ser aquecida gradativamente, ou seja, você precisa aquecê-la com o calor do seu corpo.- Joseph disse e concordei antes de começar a tirar meu casaco e paletó, ficando apenas de camisa.

Assim que peguei Teodora no colo meu corpo se encolheu diante do frio que ela emanava, antes de começarmos a caminhar Emilia colocou uma manta em meus ombros para que eu não congelasse.

E ali com minha esposa totalmente desmaiada, pedi a Deus que a devolve-se para mim, pois apesar de estarmos casados há poucos dias, não sabia mais viver sem ela.

Assim que entramos na casa de Connor, Emilia me conduziu até o quarto de hospedes onde me sentei com Teodora na cama, enquanto as empregadas terminavam de aquecer a água.

Joseph verificou se a temperatura de Teodora já estava um pouco mais alta, antes de indicar que eu deveria entrar na banheira com ela para que ambos nos aquecêssemos.

Emilia trouxe algumas roupas de Connor para mim e uma camisola sua para minha esposa, para que nos trocássemos assim que tivéssemos aquecidos.

Abigail fez questão de ajudar Emilia a trocar minha esposa, pois a mesma tinha que estar livre das roupas molhadas rapidamente.

—E agora?- questionei a Joseph que segurava o pulso de Teodora que ainda estava desacordada.

—Só precisamos esperar.- ele disse e sorri sem humor.

—Esperar? Não quero que me diga a sua resposta padrão de médico, Joseph. Você é o meu amigo, e me deve a verdade.- disse serio e ele suspirou.

—Você tem razão.- ele sussurrou compreensivo antes de voltar a falar.- Ela ficou muito tempo exposta ao frio, e não sei se haverá alguma sequela. Agora, tudo só depende dela.

—Obrigado pela sinceridade.- sussurrei voltando a me sentar ao lado da minha esposa e segurar a sua mão.

—Jamie, sinto muito. Se não tivéssemos...- ele começou a se desculpar e o interrompi.

—Joseph, me deixe sozinho. Se algo acontecer o chamarei.- disse sem vê-lo e ele concordou antes de sair da sala.

—Preciso que você lute querida. Lute para ficar comigo.- sussurrei preocupado enquanto acariciava seu rosto de leve. - Ainda temos tanto o que viver.

—Apenas, volte para mim.- sussurrei entre lagrimas antes de beijar a sua testa.

Passei a noite toda em claro velado o sono de Teodora, ao poucos pode perceber que sua face estava recobrando a cor, o que me deixava um pouco mais traquilo. Meus amigos também passaram a noite em claro, eles sempre viam ver se minha esposa havia acordado.

—Jamie, posso entrar?- Emilia sussurrou assim que abriu a porta.

—Claro.- sussurrei e ela entrou com uma xícara fumegante nas mãos.

—Trouxe um café bem forte para você. Para que continue acordado.- ela disse suave antes de me oferecer a xícara e agradeci. –Ia trazer um café reforçado, mas Connor disse que talvez você não quisesse comer nada.

—Não estou com fome Emy, mas obrigado pelo café.- disse cansado antes de tomar um gole.

—Não se preocupe, sei que ela vai acordar logo.- ela disse enquanto deixava a xícara de lado.

—É o que espero.- sussurrei antes de Emy deixar o quarto.

Sem ao menos perceber acabei sendo vencido pelo cansaço, mas não foi por muito tempo, pois quando abri os olhos Teodora estava me olhando.

—Você parece exausto James.- Teodora questionou preocupada e com a voz rouca e sorri em meio as lagrimas.

—Que bom que você acordou. Fiquei tão preocupado.- sussurrei feliz e beijei a sua mão.

—Me desculpe, não devia ter saído daquele jeito. Mas fiquei sem saber o que dizer perante os questionamentos dos seus amigos.- ela sussurrou rouca e tossiu um pouco.

—Está tudo bem. Não se preocupe com isso.- assegurei suave.- Tudo que tem que fazer agora é se recuperar, e vou cuidar de você para que se cure mais rápido.

—Obrigada pelos seus cuidados.

—Não precisa agradecer, sei que faria o mesmo por mim.- disse suave e passei a mão no cabelo tentando em vão arrumar a confusão dos meus cachos, herdados de minha mãe.

—Não precisa arrumar seu cabelo. Gosto dos seus cachos assim, totalmente indomáveis.- ela disse e sorri amoroso antes de me inclinar para beijá-la.

Como havia sentido falta dos lábios dela, tive que me controlar para não agarrá-la, afinal Teodora estava doente.

—Vou chamar Joseph para vê-la.- sussurrei assim que nos separamos e ela concordou antes de me dar um ultimo beijo.

Me separei de Teodora a contra gosto e fui chamar meu amigo para vê-la.

Segundo Joseph, minha esposa estava bem, diante de tudo o que passou. Ela só teria que ficar de cama para curar o leve resfriado que estava apresentando, resultando da noite anterior.


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