Por Amor escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 11
Um passeio especial




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Bristol, 1863

 

Assim que Teodora estava devidamente recuperada de seu resfriado fomos autorizados por Joseph a voltar para a casa dos meus avôs, e mesmo estando bem eu ainda ficava vigilante com a saúde da minha esposa.

—Bom dia querido.- Teodora disse assim que desci para tomar café e a encontrei na cozinha literalmente com a mão na massa, enquanto Augusta mexia uma panela.

—Bom dia.- sussurrei e fui lhe dá um beijo.

— Desde quando você sabe cozinhar?- questionei confuso assim que me separei dela, que sorriu.

—É um dos meus passatempos. - ela disse dando de ombros. -Que tal se fossemos dar uma volta no lago?

—Não sei, faz poucas semanas que você se recuperou do resfriado.- disse preocupado enquanto Augusta me servia um pouco de café.

—Eu estou bem James, e você precisa parar de me ver como um bibelô. – ela disse seria enquanto voltava a dedicar sua atenção à massa.

—Ela tem razão.- Augusta sussurrou para mim. – Conheço poucas pessoas que se recuperariam tão rapidamente de uma hipotermia, e nem uma delas tem origem nobre. Apenas dê um voto de confiança a sua esposa.

—Tudo bem.- disse e Teodora me olhou confusa enquanto Augusta sorria orgulhosa.

—Vamos dar uma volta no lago, mas assim que começar a esfriar voltaremos para casa imediatamente. Me promete?

—Sim.- ela disse sorrindo e sorri.

Fazer as vontades de Teodora estava se tornando minha especialidade, afinal vê-la sorrindo era a melhor coisa do mundo.

Por volta das três da tarde ajudei Teodora a montar em meu cavalo, já que a mesma alegou que não poderia montar em um sozinha, pois morria de medo dele. Minha esposa preparou uma cesta de piquenique para levarmos em nosso passeio.

O lago de Bristol sempre me trazia lembranças maravilhosas da infância, no qual brincava muito com meus amigos sob o olhar atento dos meus avôs, e foi nesse local que meu pai pediu minha mãe em casamento.

Assim que chegamos a arvore que demarcava meu local preferido do lago, desci do cavalo e ajudei a minha esposa a descer, Teodora ficou fascinada com a beleza do lago.

Passamos algum tempo admirando o local, depois de nosso momento de contemplação fui amarrar meu cavalo em uma árvore enquanto Teodora arrumava nosso piquenique.

—Posso lhe fazer uma pergunta Teodora?- questionei após minha esposa me entregar um copo de suco de laranja.

—Claro.- ela disse suave enquanto cortava um pedaço do pão que tinha feito, especialmente para nosso piquenique.

—Porque saiu daquele jeito do jantar na casa dos meus amigos?- questionei e ela suspirou enquanto colocava o pedaço do pão em um prato.

—Eu fiquei sem saber o que fazer.- ela sussurrou suave.

—Por quê?

—Porque não gosto de falar sobre meus pais. Ou falar sobre a forma que eles me venderam ao seu pai. Apenas, não gosto de lembrar disso.- ela sussurrou suave.

—Eu entendo. E prometo evitar que passe por essa situação novamente.- prometi e ela sorriu antes de me entregar o prato com o pão.

Assim que provei o pedaço de pão gemi de satisfação, afinal o mesmo estava uma delicia.

—Que Caetana ou Augusta não me ouça, mas esse é o melhor pão que já comi na vida.- segredei e ela sorriu agradecida.

Ao provar cada manjar feito pela minha esposa, ficava cada vez mais surpreso por ela saber cozinhar tão bem, e percebi naquele momento que Teodora seria igual a minha mãe.

As duas podiam saber se comportar como uma dama da alta sociedade, mas as mesmas se sentiam muito mais felizes sendo donas de casa, apenas cozinhando para os seus maridos e cuidando de seus filhos, e esse tipo de olhar pude identificar na minha esposa.

A cada dia Teodora me surpreendia, me fazendo ficar cada dia mais fascinado por ela.

—Sabe, às vezes tenho medo de perder você. - ela sussurrou com a cabeça deitada em meu peito.

Depois que lanchamos nos deitamos na manta que cobria o chão, para admirarmos as nuvens que possuíam formas curiosas.

—Não precisa temer, você não vai me perder.- prometi e beijei seus cabelos. -Vamos ficar velhinhos juntos.

—Apenas, prometa que não irá me deixar. Que ficará do meu lado sempre.- Teodora pediu suave.

—Prometo, jamais vou deixar você.- sussurrei suave e a abracei um pouco mais forte, tentando lhe passar segurança no que eu falava.

Jamais seria capaz de deixar minha esposa, apesar de estarmos casados a tão pouco tempo não conseguia me ver sem ela.

Teodora acabou se tornando em pouco tempo o centro do meu mundo.

 Ela era praticamente o ar que eu respirava, e me ver sem a mesma era como ser decretado a morte.


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Notas finais do capítulo

Imagem do capitulo:

Lago:

http://www.embarquenaviagem.com/wp-content/uploads/Autumnal-Walks-at-Englands-Treasure-Houses.jpg



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