Personal Jesus escrita por Dom Rovia


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Nossa, desculpem, eu enrolei demais pra atualizar essa fic! O clima natalino já passou faz tempo, então aqui vai ser natal e ano novo. Eu disse que teria uns 3 capítulos, mas ACHO que pode ser mais. Não sei ainda, vou pensar.



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Algumas semanas antes do natal, Tara havia encontrado grandes caixas de som quando partira em busca de mantimentos. E agora estas caixas eram utilizadas em Hilltop, em alto som, moderado para não atrair walkers. Grande parte da comunidade aproveitavam a festa, a minoria já se encontrava em seus barracos e trailers, dormindo em sono pesado. 

Jesus e Daryl conversaram por horas, coisa que ambos estranharam já que o arqueiro não era de papear. Mas grande parte dessa conversa se devia ao álcool. Era a primeira vez que um via o outro naquelas circunstâncias, se deixando levar e contado intimidades. Paul falara sobre o período que passara num orfanato, as amizades que fizera, os amores e como perdera tudo isso, antes e depois da transformação do mundo. A única coisa que não queria revelar ainda, era a maneira que adquiriu suas habilidades ninja. Daryl no entanto, falou mais do que pretendia. Falou das experiências fora dos muros que enfrentara junto de seu grupo, que considerava família. Falou também de suas maiores perdas e como se sentia perante à elas: Merle, Glenn e Beth. Aquela conversa deixou-o melancólico e Paul tratou de mudá-la para não estragar a noite.  

— Podemos trocar experiências, Daryl. Eu o ensino artes marciais e você me ensina a manusear a besta. — disse um tanto animado, encarando o arco a sua frente. 

Daryl exibiu um de seus raros sorrisos de canto dos lábios, acenando com a cabeça em resposta, gostando da ideia - apesar de ter um certo ciúmes pela sua arma. 

Jesus abrira uma fresta na porta do trailer, observando a felicidade estampada no rosto de todos os sobreviventes. Daryl não era familiarizado à festas, mas se sentia feliz e grato pelo resto estar aproveitando, torcendo porém, para que aquela barulheira encerrasse.  

— Mas acho que posso me acostumar a isso. — pensou em voz alta, atraindo o olhar curioso de Paul, que no mesmo instante entendeu a quê se referia.

Receberam inesperadamente a visita da pequena Judith, que com um ursinho em mãos, abriu a porta e seguiu para o lado de Daryl, estendendo os braços para que o mais alto a pegasse. Paul achou aquilo extremamente adorável, não contendo o sorriso bobo que surgiu em sua face. Era indiscutível o fato de que Daryl levava jeito com crianças.

— Feliz natal, tio Daryl! — a pequena disse timidamente, agarrada ao ursinho.

— Feliz natal, bravinha.

 Era estranho para Daryl vocalizar seus sentimentos daquela maneira, mas com Judith se tornara mais fácil.

Com o uso de seu antigo apelido pelo qual Judith lembrava vagamente em Daryl tê-lo usado, sorriu de orelha à orelha, deixando Paul extasiado com tamanha fofura, o que se mesclava com os efeitos da bebida. 

Maggie parou na porta do trailer, acariciando a barriga já visível, enquanto olhava a cena, com ternura. 

— Vão mesmo ficar aqui enfurnados? É noite de natal! Saiam já! — praticamente ordenou, recebendo um olhar descrente de Daryl, mas que se levantou da cama para sair, com a pequena ainda nos braços, sem pestanejar. 

— Não podemos contrariar uma grávida. — disse Paul, rindo, enquanto saía. 

***

Com o término da festa, todos já se encontravam dormindo; exceto Carol, Ezekiel, Jesus e Daryl, que deitados na grama, contemplavam a noite estrelada. 

— Pensei que nunca mais vivenciaria um dia como este. — disse Carol, encarando os olhos do Rei que a correspondia com paixão.

 Assim que adormecera, Ezekiel a pegou nos braços, levando-a para dentro de um dos trailers. Daryl e Jesus observaram a cena, sentindo os ares mudar com a saída dos amigos.

Com o silêncio da noite, meio desconcertado, Daryl buscava o que dizer. Mas naquele momento nada foi dito. As palavras pareciam terem evaporado da mente do Dixon, que escondia as mãos que transpiravam em nervosismo.

— Feliz natal, Daryl. — Paul quebrou o silêncio, sem direciona-lo o olhar. 

Daryl sentiu-se arrepiar com o tom de voz do mais baixo, deixando escapar um ''Feliz natal para você também, Paul'', se arrependendo logo em seguida, envergonhado. 

Foi a primeira vez que Paul o ouviu dizendo seu nome de nascença, sentindo-se satisfeito e expressando isso descaradamente.

Aquele foi o primeiro de muitos natais que passariam juntos.

 

..Continua..

 

 


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Notas finais do capítulo

O próximo cáp vai ser de ano novo e provavelmente será o maior.

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