Os olhos azuis repreensivos estavam fixados nos seus. Eles sabiam, afinal, que era um péssimo habito. Dazai não se atrevia a desviar o olhar, mas ele sempre perdia.

Chuuya não estava surpreso, Dazai sim. Seus pés o levaram até o apartamento, sua mente desligou sua percepção e ele estava frente a frente com o seu antigo parceiro. As costumeiras piadas estavam em falta na ponta sua língua.

Saíra daquele apartamento há 3 dias dizendo que seria a última vez, assim como fizera duas semanas antes, e todas as outras vezes no ano inteiro, mas era Natal, e Dazai não queria passar o feriado sozinho. Queria passar com Chuuya, debaixo dos lençóis quentes, com o corpo dele colado ao seu.

Osamu era hipócrita, egoísta e mau. Esnobava o mafioso nas vezes que se viam em público, e à sós, só faltava cair de amores por ele. Quantas vezes não fizera pouco dos sentimentos que Chuuya possuía por ele? Por karma, o mesmo amor inundava seu peito à ponto de sufocá-lo.

Os segundos pareceram infinitos em meio ao silêncio. Chuuya agiu primeiro, puxando Dazai para dentro.

O beijo repleto de volúpia se iniciou imediatamente após a porta fechar.

Não perderam tempo retirando as roupas desnecessárias, Dazai desabotoou os botões da calça de Chuuya, a sua própria e estava resolvido. Fizeram o caminho aos tropeços para o fechar, e logo estavam na cama.

Naquela noite de natal, no lugar de cantigas natalinos, os vizinhos de Nakahara tiveram gemidos de trilha sonora durante a ceia. Porém ao alvorecer, os gritos era de desgosto e cheios de xingamentos.

Osamu saiu do apartamento aos chutes e pontapés, enquanto Chuuya dizia para não procurá-lo mais, que não repetiriam mais a noite. O que havia falado poucos dias antes e diria novamente em breve, após outro momento de carência dos dois.