La bataille finale escrita por shadowhunter


Capítulo 7
O início do fim


Notas iniciais do capítulo

Consegui!! Esse capítulo acabou com o meu emocional, mas eu consegui!!!
Aproveitem!



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POV Lotte

Tenho um pressentimento de que hoje será diferente, acordei agitada e ouvindo sussurros, vários nomes sussurrados em meu ouvido e muito deles conhecidos. Sei que as coisas estão prestes a mudar drasticamente, mas tenho que continuar com o meu dia. Tomar conta de Teddy, passar um tempo com os gêmeos e as meninas, vê-los rir e tentar rir junto, ninguém pode saber o que realmente está acontecendo.

— Você está bem? – pergunta Fred sentando-se ao meu lado.

Era o inicio da noite, eu estava sentada na sala sozinha, encarando a lareira e esperando por um sinal, um sinal de que estava na hora de agir.

— Não – respondo honestamente – Mas vou ficar, sempre fico – falo soltando um suspiro cansado.

— Algo vai acontecer, não é? – ele pergunta – Você está agitada desde que acordou, percebi isso.

— De amanhã não passa – afirmo – Amanhã, ou ganhamos ou morremos.

— Posso te pedir um favor? – ele pergunta após uns segundos de silencio.

— Claro – falo segurando a sua mão.

— Se eu morrer – ele diz respirando fundo – Prometa que cuidará de Jorge e Rony, eu sei que eles vão sofrer e chorar, sei que será difícil para todos eles, mas Jorge e Rony são mais próximos a você e precisarão de colo. Prometa que cuidará dele e que irá lembra-los o quanto eu os amo e que ficarei de olho neles.

— Por que quer que eu prometa isso? Por que agora? – pergunto com lagrimas nos olhos;

— Porque é como você disse, de amanhã não passa – fala – E eu sei que posso muito bem morrer amanhã, sei que não vai me dizer se vou morrer ou não, então eu preciso de alguém que me prometa isso, assim, se eu morrer, morrerei em paz.

As lagrimas desciam descontroladamente, abraço o ruivo ao meu lado com todas as forças, sabendo que de certa forma deixei claro que ele não sobreviveria. Fred corresponde o abraço e começa a chorar, finalmente percebendo que estava certo.

— Eu prometo – respondo quando consigo controlar o choro – Vou cuidar deles e os lembrar o quanto você os ama.

— Obrigado – fala voltando a me abraçar.

***  

Quando todos estavam indo dormir, me deixando na sala sozinha, iluminada apenas pela luz da lareira, um patrono em forma de corça aparece na minha frente. Estava na hora, Harry já estava no castelo, eu poderia aparatar e encontrar o meu padrinho. Rapidamente escrevo uma nota dizendo que tinha uma missão e aparatei.

A sala da direção continuava a mesma, a única diferença era o quadro de Dumbledore na parede. Meu pardinho encontrava-se em frente à mesa conversando com o quadro.

— Severo – falo correndo ao seu encontro.

O abraço com todas as minhas forças e ele, inesperadamente, me abraça de volta com a mesma intensidade.

— Potter já está no castelo e o Lorde das Trevas já foi avisado – ele me diz se afastando – Precisarei entrar em ação logo para não criar suspeitas, fique aqui e apenas saia quando tiver certeza de que fomos expulsos, entendeu?

— Sim – falo assentindo.

— Antes que eu vá, eu só preciso saber, saber se... seu eu irei... – vejo medo em seus olhos.

— Você irá – falo tentando não chorar – Mas antes, você precisa saber que foi perdoado por seus erros, que Lily te perdoa, ele realmente te perdoa – falo.

— Obrigado – ele fala sorrindo e dando beijo em minha testa, saindo logo em seguida.

Solto um suspiro, agora só me resta esperar.

POV Harry

Todos estavam ali, prontos para lutas com suas vidas. Entretanto não vejo Lotte em nenhum lugar, olho e minha volta esperando encontra-la, mas ela não está em lugar nenhum.

— Lotte está em uma missão – fala Belle percebendo o meu olhar perdido.

— Ao menos foi o que ela escreveu no bilhete que deixou para trás – fala Stiles.

— Ela está bem – garante Malia.

— Que vai ser primeiro, Harry? – perguntou Jorge mudando de assunto – Que está acontecendo?

— Estão evacuando os alunos menores, e todos vão se encontrar no Salão Principal para nos organizarmos – falo – Vamos lutar.

 Ergueu-se um forte brado e uma onda de pessoas avançou para a escada; fui empurrado contra a parede quando elas passaram apressadas, uma mistura de membros da Ordem da Fênix, da Armada de Dumbledore e da antiga equipe de quadribol, todas empunhando varinhas, em direção ao interior do castelo.

— Vamos, Luna – chamou Dino ao passar, estendendo-lhe a mão livre; ela segurou-a e acompanhou o amigo escada acima.

A multidão foi rareando: apenas um grupinho de pessoas permaneceu na Sala Precisa, e me reuni a elas. A sra. Weasley debatia-se com Gina. Em torno das duas, Lupin, Fred e Jorge, Gui e Fleur.

— Você é menor de idade! – gritava a sra. Weasley para a filha quando me aproximei. – Não vou permitir! Os rapazes, sim, mas você tem que voltar para casa.

— Não vou voltar. – os cabelos de Gina esvoaçavam enquanto ela tentava soltar o braço do aperto da mãe. – Estou na Armada de Dumbledore...

— ... um bando de adolescentes!

 – Um bando de adolescentes que está disposto a enfrentar ele, o que mais ninguém se atreveu a fazer! – replicou Fred.

 – Ela tem dezesseis anos! – gritou a sra. Weasley. – Não tem idade suficiente! Que é que vocês dois tinham na cabeça quando a trouxeram junto...

Fred e Jorge pareceram um pouco envergonhados.

— Mamãe tem razão, Gina – disse Gui, delicadamente. – Você não pode lutar. Todos os menores de idade terão de se retirar, é o certo.

— Não posso ir para casa! – gritou Gina, lágrimas de raiva brilhando em seus olhos. – Toda a minha família está aqui, eu não suportaria ficar lá sozinha, esperando sem saber e...

Seus olhos encontraram os meus pela primeira vez. Ela me olhou suplicante, mas apenas sacudi a cabeça e a garota deu as costas amargurada.

— Ótimo – disse, com os olhos na entrada do túnel para o Cabeça de Javali. – Vou dizer adeus então e...

Então Percy Weasley apareceu. Mas ao mesmo tempo em que Percy aparecia, Lotte surgiu pelas portas da sala, ofegante como se tivesse corrido até ali. Não me importei com nada ao meu redor, apenas para ruiva que sorria radiantemente, como se não acreditasse no que estava vendo. Sorrio e corro ao seu encontro, a abraço com todas as minhas forças para logo em seguida beija-la.

Não importa se estamos no meio de uma guerra, na batalha final, não importa se poderíamos morrer nas próximas horas. Porque quando estou com Charlotte Argent Black, nada parece importar, a não ser ter ela em meus braços, e se isso não é amor, não o que é.

— Senti tanto a sua falta – sussurro quando nos afastamos, nunca realmente a largando.

— Também senti a sua – ela sussurra de volta.

Então finalmente percebo que algo está faltando, olho em volta, confuso e pergunto:

— Onde está Rony? – pergunto – Onde está Hermione?

— Já devem ter subido para o Salão Principal – falou o sr. Weasley por cima do ombro.

 – Não os vi passar – respondi.

— Eles disseram alguma coisa sobre um banheiro – disse Gina – pouco depois de você sair.

— Um banheiro?

Atravessei a sala a passos largos em direção a uma porta que abria para fora da Sala Precisa e verifiquei o banheiro além. Estava vazio.

— Você tem certeza de que eles disseram banh...?

 Nesse momento, minha cicatriz queimou e a Sala Precisa desapareceu: estava olhando pelas grades dos portões ladeados por pilares com javalis alados, olhando para os terrenos escuros na direção do castelo inteiramente iluminado. Nagini estava deitada sobre meus ombros. Apossou-se aquele senso de propósito frio e cruel que antecedia o homicídio.

***  

POV Lotte

A guerra havia começado, os alunos mais novos haviam sido tirados do castelo e os mais velhos que desejassem lutar estavam se preparando. Harry tinha ido a procura do Diadema enquanto eu passava as instruções para alguns alunos. Eu não faço ideia do que irá acontecer, apenas sei que tenho em meu bolso uma lista cheia de nomes e um coração apertado, se irei enlouquecer ou gritar, no momento não importa, sei que terei que lutar.

— Stiles – falo chamando atenção do moreno – Quero você, Malia, Belle, Sebastian e Maya nas torres, encontrarão alguns membros da ordem lá – então os cinco saem correndo para suas posições – Katherine e Allison, juntem-se a Remo no jardim, ele precisa de toda a ajuda possível – elas assentem e saem – Julie e Henry, ajudem os feridos, sei que são ótimos com feitiços e poções, vamos precisar de toda a ajuda possível – eles trocam olhares e saem.

Respiro fundo e vou em direção a Sala Precisa, onde sei que encontrarei Harry. No caminho esbarro em uma Tonks apressada, que apenas me abraça e diz que tudo ficará bem, mal ela sabe que caminha em direção ao seu fim...

Encontro Harry, Hermione e Rony em frente a Sala Precisa, caminho ao seu encontro e paro ao lado de Harry, sem falar nada, apenas segurando sua mão. A porta por fim se materializou. O furor da batalha morreu no instante em que cruzamos o portal e fechamos a porta às nossas costas: tudo era silêncio. Estávamos em um lugar do tamanho de uma catedral, com o aspecto de uma cidade, suas altas paredes formadas por objetos escondidos por milhares de estudantes que há muito haviam partido.

— E ele nunca imaginou que qualquer um poderia entrar? – perguntou Rony, sua voz ecoando no silêncio.

 – Ele pensou que fosse o único – disse Harry. – Azar o dele que precisei esconder uma coisa no meu tempo de Hogwarts... por aqui – acrescentou –, acho que é ali embaixo.

Passamos pelo trasgo estufado e o Armário Sumidouro que Draco Malfoy consertara no ano anterior com desastrosas consequências. Então percebi que estávamos perdidos, sem saber qual caminho tomar.

— Accio diadema! – exclamou Hermione em desespero, mas nada voou pelo ar ao seu encontro.

 – Vamos nos separar – sugeriu Harry. – Procurem o busto de pedra de um velho usando uma peruca e uma tiara! Está em um armário e, sem a menor dúvida, aqui por perto...

Saímos depressa pelas alas adjacentes, eu continuava ao lado de Harry; ouvi os passos dos meus amigos ecoarem nas enormes pilhas de quinquilharias, garrafas, chapéus, caixotes, cadeiras, livros, armas, vassouras, morcegos...

— Em algum lugar por aqui – murmurou Harry. – Em algum lugar... algum lugar...

Fomos nos embrenhando no labirinto, procurando objetos. Enfim avistei algo parecido com uma antiga tiara descolorida. Harry já estendera a mão, embora a três metros de distância, quando ouviu uma voz às nossas costas:

— Pare, Potter.

 Ele parou derrapando e se virou. Crabbe e Goyle estavam postados ali, ombro a ombro, as varinhas apontadas para gente. Pelo estreito vão entre seus rostos zombeteiros, vi Draco Malfoy.

— É a minha varinha que você está segurando, Potter – disse Malfoy, apontando a que segurava pelo espaço entre Crabbe e Goyle.

— Não é mais – ofegou Harry, apertando com força a varinha de pilriteiro. – Ganhou, guardou, Malfoy. Quem lhe emprestou essa?

— Minha mãe – respondeu Draco. Harry riu, embora não houvesse a menor graça na situação. Não estava mais ouvindo Rony e Hermione. Pareciam ter saído do seu campo de audição, procurando o diadema.

— Então por que não estão com Voldemort? – perguntou Harry.

Parei de ouvir a conversa. O um coração apertou ainda mais, estava na hora, o momento que mais quis evitar. Poia sentir o fio da vida ser preparado para ser cortado, levando cedo, um homem que teria um futuro brilhante pela frente. Fiquei divagando e quando vi estávamos fora da Sala, uma Horcrux havia sido destruída, faltavam duas. Porém não conseguia prestar atenção em nada, logo Percy e Fred apareceram na minha frente e tudo em que eu conseguia focar era no gêmeo.

— Olá, Ministro! – berrou Percy, lançando um feitiço certeiro contra Thicknesse, que deixou cair a varinha e agarrou a frente das vestes, aparentando extremo embaraço. – Cheguei a mencionar que estou me demitindo?

— Você está brincando, Perce! – gritou Fred, quando o Comensal da Morte a quem ele dava combate desmontou sob o efeito de três Feitiços Estuporantes distintos.

Thicknesse tinha caído no chão com espículos brotando por todo o corpo; pelo visto, estava se transformando em alguma forma de ouriço-do-mar. Fred olhou para Percy com prazer.

— Você está mesmo brincando, Perce... acho que nunca ouvi você brincar desde que era...

 O ar explodiu. Estavamos agrupados, eu, Harry, Rony, Hermione, Fred e Percy, os dois Comensais da Morte a nossos pés, um estuporado, o outro transfigurado: e, naquela fração de instante, quando o perigo parecia temporariamente contido, o mundo se cindiu. Senti que voava pelo ar e tudo que consegui fazer foi agarrar com todas as forças aquele fino pedaço de madeira que era a minha única arma, e proteger a cabeça com os braços: ouvi berros e gritos de meus companheiros, sem esperança de saber o que acontecera com eles. Então, eu gritei, gritei com todas as minhas foças, gritei pelo amigo e irmão que acabará de perder, suas últimas palavras ecoando e minha mente: “Prometa que cuidará de Jorge e Rony”.

Havia três homens ruivos no chão, que estavam juntos quando a parede explodiu.

— Não... não... não! – alguém estava gritando. – Não! Fred! Não!

 Percy sacudia o irmão, Rony estava ajoelhado ao lado deles, e os olhos de Fred estavam muito abertos e cegos, o fantasma de sua última risada ainda gravado em seu rosto.

"Não se preocupe Jorge, eu estou indo para o céu. Sabe como eu sei? Porque somos o espírito santo. Entendeu? Porque você é o sagrado (surdo) e eu estou... morto. Por favor, não chore"


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Não deixem de comentar!!
Bjs♥



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