La bataille finale escrita por shadowhunter


Capítulo 8
O último grito


Notas iniciais do capítulo

Preparem-se para chorar, kkk



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Pov Autora

Morto. Fred estava morto.

Parecia que o mundo havia silenciado ao som da última risada de Fred Weasley, entretanto, a guerra continuava e mais mortes estavam ocorrendo. Charlotte conseguia ouvir as vozes gritando em sua cabeça cada vez que um corpo atingia o chão, as vezes elas gritavam nomes, outras vezes apenas gritavam. A garota não podia permitir-se perder a cabeça naquele instante, ela sabe que é preciso ser forte e continuar lutando.

E, então, um cadáver entrou pelo rombo na fachada lateral da escola e feitiços voaram contra eles vindos da escuridão, atingindo a parede atrás de suas cabeças.

 – Abaixe-se! – gritou Harry, ao ver que outros tantos feitiços cortavam a noite: ele e Rony agarraram Hermione ao mesmo tempo e a puxaram para o chão, mas Percy se deitara sobre o corpo de Fred, protegendo-o de dano maior, e quando Harry gritou “Percy, anda, temos que sair daqui!”, ele balançou a cabeça.

— Percy – chamou Lotte, desesperada – Você... você precisa solta-lo, precisa deixa-lo ir – a ruiva não conseguia mais segurar, as lagrimas começaram a descer incontrolavelmente.

Rony parecia ter entendido o que a amiga estava tentando fazer e foi ajuda-la.

— Percy! – ele segurou os ombros do irmão mais velho e puxou-o, mas Percy não se moveu. – Percy, você não pode fazer nada por ele! Vamos...

Então Lotte ouviu uma voz, como se fosse alguém gritando ao longe, um grito de dor.

— Tonks, Remo – sussurrou a menina.

Sem pensar duas vezes, ela levantou e saiu correndo, atirando feitiços em quem cruzasse o seu caminho. Ela estava perdendo a cabeça, aos poucos caminhado para a insanidade, ela precisa... ela precisa... o que ela precisa? Nem ela ao certo sabia, só sabia que tinha que se isolar, havia sido forte por muito tempo e já não aguentava mais as vozes em sua cabeça.

Quando percebeu estava na sala do diretor, um lugar que frequentou bastante, a sala que pertencerá a Alvo Dumbledore e agora pertencia a Severo Snape, “por pouco tempo”, pensou a garota. Não sabia por quanto tem havia ficado calada, encolhida num canto da sala, com as mãos tapando as orelhas, mas de repente ela só sabia gritar.

— REMO! – gritou com todas as forças – TONKS! – gritou mais uma vez – SEVERO! – gritou por uma última vez, deixando a escuridão tomar conta de si.

***

A ruiva acordou com uma voz em sua cabeça, mas não era as vozes que ela estava acostumada a ouvir.

“Vocês lutaram”, disse a voz, “valorosamente. Lorde Voldemort sabe valorizar a bravura. Vocês sofreram pesadas baixas. Se continuarem a resistir a mim, todos morrerão, um a um. Não quero que isto aconteça. Cada gota de sangue mágico derramado é uma perda e um desperdício. Lorde Voldemort é misericordioso. Ordeno que as minhas forças se retirem imediatamente. Vocês têm uma hora. Deem um destino digno aos seus mortos. Cuidem dos seus feridos. Eu me dirijo agora diretamente a você, Harry Potter. Você permitiu que os seus amigos morressem por você em lugar de me enfrentar pessoalmente. Esperarei uma hora na Floresta Proibida. Se ao fim desse prazo, você não tiver vindo ao meu encontro, não tiver se entregado, então a batalha recomeçará. Desta vez eu participarei da luta, Harry Potter, e o encontrarei, e castigarei até o último homem, mulher e criança que tentou escondê-lo de mim. Uma hora.”

Já estava claro de que Harry se entregaria, ele não deixaria mais ninguém morrer em seu nome, iria tentar impedir um maior desastre. A ruiva já conseguia ouvir as vozes sussurrando o nome do seu amado, mas ela sempre soube que este dia chegaria, mesmo assim entregou-se de corpo e alma.

Descendo em direção ao Salão Principal, podia-se notar o quão silencioso estava o castelo. Não havia clarões agora, nem estampidos, nem gritaria. As lages do deserto saguão de entrada estavam manchadas de sangue. As esmeraldas continuavam espalhadas pelo piso ao lado de pedaços de mármore e lascas de madeira. Parte do balaústre fora destruído. As mesas das Casas tinham sido retiradas, e o salão estava lotado. Os sobreviventes formavam grupos, abraçando uns aos outros. Na plataforma, os feridos recebiam atendimento de Madame Pomfrey e seus auxiliares. Firenze estava entre os feridos; seu flanco sangrava e ele se agitava deitado, incapaz de se levantar.

Os mortos estavam enfileirados no meio do salão. Não se via o corpo de Fred, porque a família o rodeava. Jorge estava ajoelhado à cabeça do irmão gêmeo; a sra. Weasley se deitara sobre o seu peito, o corpo sacudindo, o sr. Weasley acariciava os cabelos dela e as lágrimas desciam em cascata pelo seu rosto. Mas pôde se ver com clareza os corpos ao lado de Fred: Remo e Tonks, pálidos e imóveis, a fisionomia plácida, aparentemente dormindo sob o escuro teto encantado.

A menina não esperou, correu em direção aos corpos, lagrimas caiam incontrolavelmente, e ela jogou-se sobre o corpo da irmã, incapaz de pronunciar uma palavra se quer. Ao entrar no Salão Principal, a primeira coisa que Harry notou foi a namorada, joga sobre o corpo da irmã, chorando. Naquele instante o coração do moreno partiu-se em mil pedaços, ele sentia-se mais culpado do que tudo. Se ele ao menos tivesse se sacrificando antes...

Ele deu as costas e subiu, rápido, a escadaria de mármore. Lupin, Tonks... ele ansiava por não sentir... desejava poder arrancar seu coração, suas entranhas, tudo que estava gritando dentro dele... O castelo estava completamente vazio; até os fantasmas pareciam ter se reunido ao funeral coletivo no Salão Principal. Harry correu sem parar, apertando o frasco de cristal contendo as últimas lembranças de Snape, e não desacelerou até alcançar a gárgula de pedra que guardava o gabinete do diretor.

Estava na hora da verdade.

Pov Lotte

Rony e Hermione estavam aqui, mas não conseguia olhar para eles, sei que Harry deve estar em algum lugar, mas tudo o que conseguia fazer era abraçar Stiles, que havia aparecido, e chorar. Fred, Remo, Tonks, Allison, Severo, Maya...

Amigos e familiares, eu havia perdido pessoas que amo em um piscar de olhos. Mesmo sabendo que eles iriam morrer, a dor não era menor. Eu só conseguia lembrar dos bons momentos, de quando nos conhecemos...

— Vai ficar tudo bem – fala Malia segurando a minha mão, chorando – A gente vai ficar bem, vai sim.

Belle e Julie apoiavam-se uma na outra, enquanto Kat e Henry abraçavam um Sebastian desesperado. Todos havíamos perdido alguém, todos estavam de luto. Não sei quanto tempo ficamos assim, mas sei que ouvi um grito de dor “Harry” e então tudo silenciou, não havia mais vozes, Harry estava morto. Meu corpo já não tinha mais forças para reagir, então apenas chorei ainda mais.

Amigos, família e amor...

Harry Potter estava morto, e uma parte de mim havia morrido com ele.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Não deixem de comentar!
Bjs ♥



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