BloodLust escrita por darling violetta


Capítulo 3
Pulsos


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo não faz muito sentido, porque quando escrevi não tinha ideia do que fazer. Mas eu precisava de um capítulo de ligação, antes do próximo, porque é onde as coisas começar a ficar interessantes.



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J’onn tinha a katana sobre sua mesa na biblioteca. Àquela hora da noite, estavam apenas ele, Diana e Bruce. Clark e John se ofereceram para ajudar, mas ele não achou necessário. A bolsa também estava em sua mesa.

─Um caçador? Qual a diferença entre mim e um caçador?

─As caça vampiros foram escolhidas pelo destino, a grande maioria dos caçadores trabalham por dinheiro e motivações pessoais. ─Explicou J’onn.

─No caso, caçadora. ─Disse Bruce, erguendo a mochila. Era roxa, com flores estampadas. ─Isto me parece familiar, no entanto.

Diana pensou por alguns instantes, e a mochila também lhe era familiar.

─Uma caçadora? E estuda aqui? Me parece arriscado para uma menina.

Diana lançou um olhar inquisidor a seu observador.

─Serio?

─Você, Diana, tem a força para lutar contra as trevas, sem seus dons, seria como qualquer menina normal, e isto sim seria perigoso.

Ela assentiu.

─Bem, vamos ficar de olho. Talvez encontremos essa... caçadora...

*****

Do outro lado da cidade, Shayera patrulhava um cemitério. Ela estava sozinha, carregando a enorme e pesada besta em suas mãos. Maldita hora em que perdeu sua espada. Sentada na beira de um túmulo, esperava impaciente o momento do vampiro se levantar. Minutos depois, a terra debaixo dela se remexia e o vampiro atordoado saiu.

─Hey! ─Ela gritou.

O vampiro foi para atacá-la e ela simplesmente atirou, e o vampiro era poeira. A ruiva bocejou. Ouviu quando os sinos da igreja anunciaram duas da manhã. Era hora de ir para casa.

Do lado de fora, ouviu gritos e uma mulher correu para ela.

─Um monstro! ─A mulher gritou.

Ambas olharam para trás e Shayera apontou sua besta, porém um cãozinho pequeno e peludo dobrou a esquina. Shayera abaixou sua arma e encarou a mulher.

─Você está com medo de um cão?

Sem responder, a mulher simplesmente continuou correndo.

─Maluca...

Pendurando a besta em suas costas, ela se dirigiu para sua casa.

*****

No dia seguinte, encontraram uma mulher morta. A mesma mulher vista por Shayera. Os boatos se espalharam rapidamente e chegaram até ela.

─Você não teve culpa, Shay. ─Disse Wally. Os dois amigos estavam sentados na grama, sob o calor acolhedor do sol matinal. ─Como você poderia saber?

─Ela corria de algo, mas eu vi apenas um cãozinho e a deixei ir. E se a coisa que a perseguia a pegou logo depois?

─Como disse, não tinha como saber.

Ela suspirou.

─Tem razão, Wally. ─Em seguida, tirou os óculos. ─Algum sinal de infecção?

─As manchas amarelas estão aumentando. ─Disse, preocupado. ─O senhor Destino sabe sobre isso?

─Não é necessário preocupar meu tio agora. Ele está ocupado, em uma missão para os Poderes. Eu preciso apenas não me estressar e me alimentar direito.

O sinal tocou e eles tiveram que sair.

─Qualquer coisa, me avise, Shay.

Seguiram caminhos diferentes, indo para suas respectivas salas. John esperava Shayera e correu para alcançá-la.

─Ainda se lembra da sala de biologia?

─Não. Poderia me levar?

─Estou indo para lá. ─Enquanto caminhava, John não tirava os olhos da menina. ─Então, o que vai fazer hoje a noite? Tem um filme ótimo e...

Ela parou e o encarou.

─Está me chamando para sair?

John deu de ombros quando ela sorriu.

─Por que não? Penso que seria legal, a não ser que tenha outros planos.

Shayera pensou alguns instantes em Wally. Seu amigo era um amor, e eles tinham uma coisa juntos, mas ela não chamaria de relacionamento. John a fitou, e ela percebeu que ficou calada tempo demais.

─E então?

─Acho que é uma boa idéia.

Ele sorriu abertamente.

─Grande. Apenas não leve Wally, afinal, seria algo apenas entre nós.

A ruiva concordou e caminharam para a sala.

*****

Talvez pelo convite, talvez por sentir que traía Wally, a verdade era que Shayera sentia seu coração bater mais e mais forte à medida que o tempo passava. O som enchia seus ouvidos e chegava a ser ensurdecedor. Quando o sinal tocou, ela correu para fora. Seu coração acelerou ainda mais. Aquilo era estranho.

*****

Clark e Bruce perderam a manhã verificando, e descobriram que a jovem morta, de nome Helena, sofrera uma parada cardíaca, apesar da pouca idade e da aparente saúde. Também descobriram que ela estudava em Sunnydale High, e não era a pessoa mais agradável de se conviver.

Diana e J’onn se reuniram com Bruce e Clark mais tarde. John não estava presente, pois tinha um encontro.

─Como eu nunca a vi antes? ─Indagou Diana. ─Helena era suposta para estar na minha sala.

─Vi as notas dela e Helena tinha uma série de faltas e outras transgressões. Me admira que ainda esteja na escola e não numa penitenciária.

─E o coração simplesmente explodiu?

─Eu não diria simplesmente. Foi desagradável, doloroso e lento.

─Algo mais?

Bruce deu de ombros.

─Conversei com os amigos dela e disseram que ela estava estressada e assustada cerca de um dia antes da morte.

─Talvez devêssemos procurar outras pessoas com sintomas semelhantes.

─E, se encontrarmos, como ajudaremos?

J’onn pensou um instante.

─Procurarei algo nos livros. Com sorte, ninguém mais será afetado. A não ser que entraram em contato com Helena. E tenham o mesmo perfil.

*****

O filme era excelente. Apesar disso, John não tirava os olhos de Shayera, mas não pelos motivos que ele gostaria. A menina estava inquieta, olhando para os lados e resmungando. Colocou a mão no peito, parecia que explodiria a qualquer momento. De repente, o barulho de tiros na tela fez com ela saltasse.

Shayera não agüentava mais e correu para fora, seguida por John. Ela saiu e a encontrou na calçada. Seu encontro parecia ter falta de ar.

─Tudo bem?

─Eu só... não gosto muito de filmes de ação. ─Fez uma pausa. ─O que acha de darmos uma volta? Talvez caminhando eu me sinto melhor...

*****

Eles andaram pelo parque, e Shayera saltava com qualquer barulho mais alto que um sussurro.

─Não quer que eu te leve para casa? Você parece, eu não sei...

A menina concordou, e John a levou para casa. Ela morava em um simples Studio, sem televisão, poucos móveis, mas muitas fotos, especialmente ela e Wally. Aquilo chamou sua atenção. o que os ruivos tinham a esconder?

─Ligue para Wally? Eu preciso dele.

John obedeceu, afinal, Shayera parecia ainda mais nervosa, se possível. Pouco tempo depois, o ruivo estava lá. Shayera se jogou em seus braços, mas nem mesmo a presença de Wally a acalmava.

─O que houve?

John deu de ombros.

─Nós saímos para ver um filme, e ela está assim...

─Vocês saíram? Juntos? Como um encontro?

─Wally, eu posso explicar.

Wally ficou de pé. shayera ainda tentou alcançá-lo, porém, ele não deixou ser tocado.

─Não, não pode. E você não deveria fazer isso com a gente.

Ela o chamou, mas o ruivo saiu. Apenas para piorar sua situação.

*****

Como as horas passavam, e a ruiva apenas piorava, John decidiu ligar para sua amiga Diana. A caçadora talvez encontrasse uma solução melhor. Uma solução sobrenatural.

Diana e Clark correram para o apartamento de Shayera. John abriu a porta para eles. O trio encontrou uma Shayera encolhida, balbuciando palavras incompreensíveis.

─O que deu nela?

─Não tenho idéia, mas está assim o dia todo.

Diana e Clark que se entreolharam.

─Vou ligar para J’onn. ─E para John. ─Torça para ele ter encontrado uma solução.

*****

Bruce veio e trouxe consigo um vidro contendo um liquido verde e malcheiroso. Fizeram Shayera beber o conteúdo do frasco, e seu coração aos poucos voltava ao normal. Ela abriu os olhos que não sabia ter fechado e notou o grupo em sua casa.

─Ela está bem. ─Disse Diana. ─Acho que é hora de irmos...

E assim eles o fizeram.

*****

Como de costume, Shayera estava sentada no sol. Desta vez, estava sozinha. John aproximou-se dela, segurando uma rosa entre os dedos. Ela abriu os olhos quando percebeu alguém a seu lado.

─Como se sente? ─Indagou.

Entregou-lhe a rosa. Shayera aceitou o agrado, e aspirou o doce perfume antes de encarar John.

─Estranho, mas não me lembro de nada. Talvez seja melhor. ─Então sorriu. ─Obrigada por ter cuidado de mim.

─Sem problemas. ─Ele disse. ─E onde está seu fiel escudeiro?

─Wally? ─Seu sorriso então desapareceu. ─Irritado comigo.

─Sinto muito.

Ela balançou a cabeça.

─Não é sua culpa, John. Fui eu quem estragou tudo. Mas você e eu ainda somos amigos, certo?

─Certo. ─Fez uma pausa. ─Vai ficar bem?

Deu de ombros.

─Não é o fim do mundo, sabe?

Tentou sorrir, e viu John recuar alguns passos longe dela.

─O que foi?

─Seus olhos. ─Apontou. ─Estão amarelos...


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Notas finais do capítulo

Gratidão!!!



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