O Escolhido escrita por blackwidow


Capítulo 27
Acerto errado.


Notas iniciais do capítulo

Meninas,sinto informar.Mas esse é o penúltimo capitulo.



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Pov Anthony

No exato momento que batia porta atrás de mim comecei a correr, minha velocidade não era humana.E  o sorriso assíduo não estava mais em meus lábios,meus lábios estavam formando uma linha fina demonstrando a raiva nas minhas feições.

 Aproveitei o que pude da sensação que a corrida trazia para mim, uma das coisas que me deixou agradecido por ter essa vida era isso,esse domínio de forças e aptidões sub-humanas,meus pés pareciam mal tocar o chão,pela ausência quase total de som que minha corrida produzia.

 Talvez apenas o barulho do vento se chocando contra meu corpo deixava que algum som se esvaísse. Tentava me distrair o máximo possível dos pensamentos que invadiam minha mente sem nenhum tipo de aviso.

 Por toda minha vida vivi sozinho, isso é nunca tive alguém que realmente cuidasse de mim.Cresci em um orfanato não muito longe daqui,as lembranças daquela época da minha vida se tornaram nubladas,mas o que eu fiz lá se refletiu em minha personalidade.

 Volátil,essa única palavra se encaixava com perfeição em mim,ditando o que eu era.Sempre fui aquele tipo de garoto que estava em todas as festas,ficava com as garotas mais bonitas,mas ninguém sabia quem era nem o via no dia seguinte.Segui assim por muito tempo.

 Ah 3 meses atrás,quando vim para cá resolvi tentar acampar,restaurar os sentidos ambientalista que nunca estiveram aqui.Havia arrumado tudo,a barraca a comida estava pronto para passar um dia longe de tudo.Foi quando a voz de 6 estranhos apareceram na floresta.

 Eles falavam baixo,tudo o que eu consegui ouvir era ruídos,mas eles pareciam se entender entre si.Não estavam muito longe e por curiosidade quis saber da onde vinham,foi ai que aprendi a primeira regra de acampamento,nunca deixe comida aberta.Atrai animais e dos grandes.

 Resultado um leão tentou me atacar eu fugi e foi quando pensei que havia caído no paraíso,pois estava rodeado de Anjos.Eles era perfeitos,exceto pelas feições que estavam um tanto distorcidas,pelo cheiro do meu sangue.

 Bem,depois disso minha nova vida começou.Foi muito complicado de eu aceitar tudo isso,primeiro que vampiros existiam e depois que eu era um.No começo tentei achar algum modo de fugir,meu avô. Jonh percebeu isso,ele conversou comigo.Aquela conversa eu nunca vou esquecer.

Meu corpo pulsava,sentia dentro de mim a necessidade de correr,a vontade de extravasar a força que estava dentro de mim,o homem chamado Jonh se sentou na cama a minha frente,bufei.Era aparente que ele era mais forte que eu e iria ser mais difícil para fugir,algo incomum queimava em minha garganta,ele começou a falar:

 -Está queimando não é? – assenti assustado,engolindo a seco. – É normal,melhorará logo que você se alimentar,duvido que tenha pensado nisso,certo?Sim,será de sangue que terá de se alimentar,sangue quente e doce. – Senti um formigamento estranho descer pela minha barriga,como se o pensamento de sangue houvesse estimulado ela – Não vamos o impedir de fugir,afinal minha filha,Isabella.Fez o que fez porque viu algo como Edward viu em você que os pouparam de matá-lo,drenar todo seu sangue em minutos,como todos nós estávamos sedentos. – Engoli a seco novamente,me sentindo egoísta – Não estou dizendo isso para se sentir culpado,só estou te poupando do que vira depois.Se ficar conosco,ira se alimentar de sangue é óbvio,mas animal.Agora me diga,se for viver longe daqui sabe  o que irá acontecer? – Jonh estava me deixando cada vez mais temeroso. – Quando estiver em um local amarrotado de pessoas e essa queimação na sua garganta parecer fogo,lambendo toda a parte do ser ser,transformando você em um monstro feroz e habilidoso.Você será o leão e todo o resto não passará de meros carneirinhos,esticando o pescoço tenro e cheio de veias repletas de sangue para você.Será tão rápido que só perceberá que matou pelo menos 50 pessoas quando todas já estiveram jazido pelo chão.

 Um aperto tomou conta do meu coração,pensando que o que ele havia dito era a mais pura verdade.Ponderando que todas aquelas pessoas tinham família,cachorros,papagaios e qualquer coisa que sentiria a falta delas,algo que eu nunca tive.Algo que eu pensei nunca sentir,algo que agora estava na minha frente.”

 Um cheiro que eu reconhecia me retirou das lembranças com rapidez,me dei conta que já estava no grande penhasco que circundava aquela cidade,fixei meus olhos para baixo.

 Estava com medo de me virar,sabia a expressão que iria encontrar no rosto dela,a sua voz amorosa chamando meu nome me deixou pior ainda:

 -Thommy,querido?

 Isabella,havia me dado esse apelido.Era a única que podia me chamar assim,ela havia cuidado de mim,decidido salvar minha vida,me fazendo nascer novamente pelas suas mãos.Era como se eu fosse realmente seu filho,o estranho era olhar para minha mãe extremamente bonita e com a mesma idade que a minha.

 Após tudo isso é de se imaginar que eu não queira essa vida,não é? Pura mentira,a melhor coisa que aconteceu em minha existência fora minha transformação.Apreciava ter uma família,alguém para discutir qual foi a pontuação do ultimo jogo,alguém para tirar minhas duvidas mais obscuras,alguém para me comprar com roupas caras (Essa é culpa de Alice e Rose),alguém para chamar de amigo,alguém para me fazer sentir amado.Como eu nunca pensei que poderia sentir,esse amor fraternal.

 O que acontecia era que toda essa vida tão sonhada para Jake e Nessie não se encaixava em mim,estudar em um local rodeado de vampiros,das mais distintas e puras famílias.Eu seria apenas um estranho no meio daquilo e apesar de todo aquele esplendor das escolas vampirescas,eu ainda sentia a necessidade de me sentir livre,de viver nos meios de humanos.

 Era estranho eu querer isto,mas era nesse mundo que eu havia sido criado e algo me dizia que era nele que devia continuar,o braço de minha mãe tocou o meu,a expressão preocupada em seu rosto estava evidente :

 -Meu filho,me desculpe.Mas se não quiser,não precisar ir.

 Me senti culpado e ferido por dentro,não queria ferir nenhum deles,depois de tudo que haviam feito por mim.Abracei minha mãe com toda a força que pude,sentindo o aperto em meu peito ficar cada vez mais crescente enquanto ela passava a mão em minhas costas:

 -Entenda,eu agradeço o que fizeram por mim.Eu amo minha família,mas acho que...

 Não consegui completar,as palavras pareciam ficar engasgada em minha boca,não tinham a capacidade se sair,ou simplesmente não achavam uma forma digna de sair sem machucar ninguém,sem machucar a mim mesmo.

 Isabella se soltou do meu abraço,um sorriso enorme brincava em seus lábios,o tipo de sorriso que estava estampado em meu rosto a todo minuto.O porque desse sorriso em meus lábios?

Pense em alguém que por toda a vida o único amor que sentia era quando alguma menina gemia,quando estava dentro dela e o amor nem era por ela,era pelo o que eu estava provocando nela.O amor que emanava de todos aqui era tão grande,que era até certo ponto era palpável,experimentável.Era doce,diferente de toda a amargura que eu carregava comigo :

 -Oh,meu filho eu o entendo.Não precisa se exaltar.Você não nasceu como eu nasci,não viveu no mundo em que eu vivi.Seria óbvio que quer continuar no mundo que nasceu.Não acho que é egoísmo da sua parte,pelo contrario.Fico feliz que decida o que quer.Vamos achar algo para fazer você viver,nesse mundo.Da melhor forma humana.

Humana,uma palavra antes sem sentindo aparente.Agora era tão próxima e tão quente que me deixava com uma vontade imensa de abraça - lá para mim,de transforma - lá em algo para mim,mas não sabia como.

 


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Notas finais do capítulo

Vou postar o próximo só quando tiver 8 comentários.
O porque? Porque sei que as pessoas acompanham e como é o ultimo capitulo vou deixar um suspense no ar.



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