Keep Holding On escrita por Naokii


Capítulo 4
Accidentally In Love




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Acidentalmente apaixonado

NÃO ACHA QUE é óbvio? — o moreno dizia sentado na cadeira da sala dos F4, enquanto pressionava uma bolsa de gelo contra o rosto. 

— Gray, na verdade...

— ELA TÁ APAIXONADA POR MIM! HAHAHA! 

— Eu acho que você quem está apaixonado e... — Jellal tentava dizer mas Gray saiu da sala, ignorando completamente a fala do azulado.

Entrou no carro luxuoso onde seu motorista o esperava e partiu em direção de casa.

Tudo bem que chegar em casa era a coisa mais deprimente na vida do jovem, mas era o único lugar onde ele tinha tempo pra pensar. 

A mansão era escura, a cortina preta e grossa na enorme janela de seu quarto era deprimente. 

Respirou fundo tentando sorrir em lembrar que poderia acabar com a vida da sua rival, a lavadeira, porém seus pensamentos foram interrompidos por batidas na porta.

— Gray-kun! O jantar está pronto, o jovem mestre virá?

— Quem mais está aí? 

— Sua mãe está em uma viagem de negócios, e sua irmã junto com seu pai ainda estão naquela viagem, Gray-kun.

O moreno abriu a porta. 

— Não quero comer sozinho, tia. — dizia com um olhar desesperado — Pode comer comigo?

— Tudo bem. — a velha chamada Ultear, disse, percebendo que o garoto iria continuar insistindo. Ele parecia estar ansioso e queria se vangloriar de algo.

Após alguns minutos de conversa, o jovem rico ria alto, contando como ele tinha feito a lavadeira se apaixonar por ele sem esforço algum.

— Você não acha que você quem gosta de...

— Ai, ai! — o garoto se levantou falando sozinho — Se bem que ela não é feia.... — caminhou-se pro seu quarto e jogou-se na cama. — Quem sabe se ela ajoelhar aos meus pés eu a aceite como namorada? — sorriu. — Talvez se ela implorar, eu possa abraçar ela forte e mostrar como eu sou demais. Mas só talvez. — falava abraçado ao travesseiro. Olhou pro lado encarando o quarto. Ligou a tv e olhou mais uma vez pro porta-retrato, onde estava seu pai e sua irmã posando pra uma foto de família junto ao moreno e sua mãe. Seu coração apertou. 

Pegou o celular e discou o número de Lyon.

— Se sentindo só de novo?

— Sim...

Lyon assentiu e desligou, indo direto pra casa do amigo.

(* ̄(エ) ̄*)

— E a vencedora é Juvia Lockser!!! — disse o apresentador, levantando o braço da azulada sorridente e encharcada. — Impressionante! Ela venceu até de pessoas com 10 anos de experiência mesmo tendo só 15 anos! O prêmio de 1.500 $ e o prêmio especial é todo seu, Juvia-chan! — Toda a platéia ia ao delírio. — Você saberá qual é o prêmio em 5, 4, 3, 2, 1! — a cortina do palco improvisado se abriu, revelando um azulado com uma expressão surpresa. — O prêmio é um autografo de Jellal Fernandes! 

— O QUÊ??????

Vocês devem estar confusos sobre o que está acontecendo agora, por isso vou dar uma resumida:

Se passaram alguns dias desde que Juvia está livre do Cartão vermelho do F4, ela estava entregando algumas encomendas quando passou pela praia e viu que estava tendo uma competição de natação valendo dinheiro, então correu pra participar e ver se conseguia ganhar algo. Como vocês viram, ela venceu e ganhou o prêmio, mas de alguma forma, o prêmio especial envolve um F4! 

— Juvia???

— Me dá meu dinheiro logo, quero autografo não. — a azulada disse pro apresentador. 

Depois de alguns minutos pegando o prêmio e se livrando de alguns jornalista que brotaram ali de alguma forma, a azulada praticamente corria pela praia pra sair logo dali.

— Ei! ESPERA!

A azulada olhou pra trás ainda correndo.

— O que você quer, F4??

— Primeiro para de correr — riu.

A azulada parou.

— Por que tenho que obedecer você? O que você quer comigo?

— Eu te acho bem legal — Jellal sorriu.

Juvia riu, segurando a mochila e encaminhando-se a sua bicicleta. 

— Eu sei que sou. 

— Sabe, não é todo dia que alguém desafia Gray Fullbuster, o bã-bã-bã daquela escola e tals. Você é incrível. Vamos sair? 

Juvia se engasgou com o pirulito que tinha acabado de colocar na boca.

— Huh? Você tá achando que eu sou quem pra sair com você assim do nada?

Jellal riu, afastando a franja do rosto.

— EU FALEI ERRADO, CALMA! — riu. — Eu quis dizer literalmente sair, dar uma volta, andar em círculos. Eu quero fazer amizade real oficial!

— Isso é algum tipo de pegadinha? 

— Claro que não! — Jellal se segurava pra não rir do exagero da menina.

— Ok, então. Mas não posso porque tenho trabalho pra fazer. Eu tenho que entregar algumas roupas em meia hora e ainda voltar em casa pra jantar e entregar esse dinheiro pra minha mãe.

— Eu vou com você, ué. Com uma pessoa à mais não é mais divertido? 

— Não sei o que você tá querendo de verdade, mas ok. 

Jellal sorriu fechando os olhos.

Juvia corou e amarrou os cabelos. 

Fernandes pegou uma bicicleta e os dois saíram pedalando. Pareciam gêmeos conversando e rindo. Algumas pessoas na rua o reconheciam e se perguntavam o que diabos um F4 estaria fazendo com uma simples lavadeira. 

Ao terminar o trabalho, ambos passaram numa bomboniere que Juvia disse que tinha os melhores pirulitos da vida.

— Então, o passeio comigo e esses pirulitos têm um preço. — disse ela.

— O que é?

— Tem uma amiga minha que disse que está virando fã de vocês, F4 idiota. Quero um autógrafo pra ela. 

— Tem certeza que é uma amiga e não você? — o azulado disse no ouvido da garota. Juvia o empurrou rindo.

— Sabe que eu soquei seu amigo, não sabe?

Jellal riu, escrevendo dedicatórias para a amiga da garota.

— Bom garoto. Toma. — estendeu o doce pro garoto, que logo o colocou na boca.

— WOW! ISSO É COMO...

— UMA GUERRA DE CEREJAS E MORANGOS NA SUA BOCA????

— SIM! EU NUNCA MAIS VOU ESCOVAR OS DENTES NOVAMENTE! 

— QUE NOJO! — a azulada gargalhou.

— Vou mandar o cara do mercado mandar fazer uma pasta de dentes disso, sério!

— Você tem um cara do mercado? 

— Claro! Quando você é rico e inútil, sempre há vários empregados pra você mandar fazer as coisas. Chamo eles de "caras". Como o cara da padaria, o cara dos ternos, cara dos sapatos, e, ah, o cara que eu contratei pra encontrar caras que contratem caras.

— Que inútil, bicho. Queria.

A tarde foi divertida. Jellal e Juvia apostaram quem comia mais rápido os salgados de um 1$ — deu empate — , tomaram sorvete, riram e conversaram bastante.

— Você parece um delinquente com essa tatuagem no rosto!

— Como se a madame pudesse falar algo com esse cabelo azul, por aí!

— MAS SEU CABELO TAMBÉM É PINTADO DE AZUL!

— Eu sei, mas te deixar irritada é revigorante. 

— Idiota. — riu.

Jornalistas tiravam fotos de longe, enquanto escreviam matérias sobre como a Pow Blue Girl estava se dando bem com um membro do Fairy Four. Passaram mais meia hora falando sobre uma novela mexicana, Coração Indomável. Eles descobriram que eram quase gêmeos por tanta coisa em comum que tinham. Jellal ficou tão feliz por agora ter uma irmã que começou a fazer carinho no cabelo da menina. 

Juvia sentiu suas bochechas corando e se deu um tapa em seguida, se arrependendo logo depois porque doeu pra caramba. 

Malditos hormônios! 

Por que ela tinha que estar corando? 

 Agora ela tinha uma queda por Jellal Fernandes, mas provavelmente eram só hormônios.

É melhor que sejam só hormônios!

— Sabe, Juvia... eu realmente gostei de você. Te procurei porque achei que tinha uma coisa em você que me lembrava alguém, e há mesmo. — sorriu, seus olhos pareciam distantes em lembrar desse tal alguém. 

— Parece ter sido alguém muito especial pra vo...

— Ainda é, eu acho. — a interrompeu. — Ela é... tipo... — suspirou. — Ela é incrível. Talvez você tenha um mal julgamento sobre todos nós, mas eu quero te mostrar o lado do Gray. Nada justifica ele descontar suas frustrações pondo medo e vendo as desgraças dos outros na escola, mas a verdade é que ele é alguém solitário. Sua mãe vive viajando, e há dois anos sua irmã e seu pai saíram do país. Ele fica sozinho em casa. Nós somos tudo o que ele tem. Aconteceu outra coisa também mas eu não vou ficar entrando nesse assunto, mas o que eu quero dizer é que o Gray é na verdade alguém sozinho buscando atenção. Ele precisa de uma luz.

— Ainda o acho um embuste. — a azulada disse, sincera. — Entendo que ele se sente só, mas descontar nos outros é super errado. — revirou os olhos. Jellal se limitou a dar um sorriso de canto. — E sobre a pessoa que você estava falando... você sente muita falta?

— Todos os dias eu durmo e acordo pensando nela. — o azulado se levantou, dando um abraço na azulada, que sentiu o coração saltar um pouco. — Estou indo embora.

— Hã, t-tudo bem. — sorriu. — Mas, hey, Jellal! Qual era o nome dela? Dessa sua pessoa especial? 

Jellal virou-se, sorrindo.

— Erza. Erza Scarlet.

(* ̄(エ) ̄*)

Gray estava pensativo em seu quarto assustadoramente escuro e gigante. 

Precisava de um jeito pra fazer a azulada assumir que gostava de si. 

Lyon tinha ido embora há meia hora, então ele resolveu pesquisar algumas coisas sobre a garota na internet e achou um vídeo da azulada salvando um garoto de uma ponte.

— Essa lavadeira... tsc. Por que ela tem que ser tão linda? — sorriu, bagunçando os cabelos. — Vamos, admita o que sente por mim. 

— Quem vai admitir o quê, maninho? 

O moreno deu um pulo se deparando com uma figura ruiva do seu lado. 

— Erza-nee? — arregalou os olhos e abriu um sorriso. —  Erza-nee, eu senti sua falta e... — a ruiva socou o seu irmão caçula, o deixando no chão.

— Seu idiota! Eu descobri tudo o que esteve acontecendo na escola durante esse tempo! — estalou os dedos da mão e sorriu assustadoramente fechando os punhos. — Quero explicações!
 


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