Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 3
Capítulo 3 - Showtime


Notas iniciais do capítulo

Oooooi,
perdão pela demora, eu andei muito ocupada esses dias com as coisas do ano novo. Aqui está o terceiro capítulo, espero que gostem ♥
Ps.: Muito Obrigada aos leitores que comentaram, a opinião de vocês é essencial para mim ♥



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Capítulo 3 – Showtime.

Hermione se encontrava em um lugar desconhecido. Parecia ser o porão de alguma casa, o lugar era pequeno, úmido e muito sujo. Um barulho a assustou e ela se escondeu atrás de um armário velho e observou uma figura entrar. Era Peter Pettigrew com um embrulho medonho em seus braços.

— Você pensou melhor na minha proposta? – Uma voz fraca e assustadora saiu do embrulho. “Voldemort” Hermione pensou com terror. Ela lançou um olhar na direção onde Pettigrew olhava e seu coração pulou uma batida quando encontrou um par de olhos dourados olhando em sua direção. Medo, angústia, tristeza, cansaço. Todos esses sentimentos a invadiram com força e ela cambaleou batendo seu braço no armário.

— Que-quem está aí? – Pettigrew gritou e se virou com a varinha na mão.

— Deve ter sido um rato como você. – “Voldemort” falou arrastado. – Concentre-se.

— S-sim senhor. – ele falou trêmulo e apontou sua varinha para a figura dos olhos dourados e iluminou o lugar. Hermione arfou ao ver um anjo acorrentado. Suas asas brancas pareciam estar quebradas, seu rosto estava ferido e poças com um líquido dourado o cercavam. “Sangue de anjo” Hermione concluiu.

— Podem me torturar, me manter aqui por centenas de anos, porém não irei ceder. – ele mantinha seus olhos fixos em Hermione como se pudesse vê-la. Sua voz era a mais bela voz que ela havia escutado e seu tom acalmava seu coração.

— Anjo tolo. – o embrulho falou e Pettigrew lançou um “Crucio” no anjo. – Continuaremos nesse ciclo até você me dizer como posso obter o poder dos anjos. Logo vou ter meu corpo de volta e irei conseguir a resposta que quero.

—De fato, você vai conseguir. – o anjo admitiu. – Entretanto, uma figura tão impura nunca poderá tocar em uma figura pura. Agora vá. – ele manteve os olhos fixos na morena e ela entendeu pra quem era a última frase. Ela fechou os olhos e deixou algumas lágrimas caírem ao ouvir o anjo ser torturado novamente e então, ela foi levada dali.

 

*****

— Hermione! – ela acordou assustada e percebeu que chorava. Ela limpou algumas lágrimas e encontrou Harry a olhando preocupado. Ela se jogou nos braços dele e tentou diminuir o ritmo de sua respiração. Aquele turbulento sonho a assustara e sabia que foi real. Ela suspirou. “Pensarei nisso depois, primeiro Harry.” — O que aconteceu com você? Fred e George me contou que encontrou você caída no pé da escada.

— E-Eu não me lembro muito bem. – odiava mentir para seu melhor amigo, mas agradeceu mentalmente os gêmeos pela mentira. – Mas não se preocupe, okay? Eu devo ter tropeçado, estava meio difícil de ver o que estava na minha frente devido as lágrimas, sabe. – deu um sorriso triste.

— Hum. – Harry não parecia totalmente conformado mas confiava em sua amiga. – Ronald foi um idiota com você ontem e ele está arrependido, sabe. – suspirou – Claro que o fato de Krum ficar na nossa cola em busca de informações suas não o ajudou muito, mas ele reconhece que agiu igual a uma criança.

— Tudo bem, Harry. Eu já o perdoei. – Hermione sorriu – É culpa minha também por ter criado expectativas demais sobre alguém que mal me enxergava como menina.

— Vem cá. – o moreno a abraçou de forma desengonçada e acariciou seus cabelos. – Não desista, Mi. Ele é lento, mas gosta de você.

— Obrigada, Harry. – ela apertou o moreno.

— Atrapalho? – Gina perguntou e observou o casal separar. Ela estava um pouco vermelha, os primeiros pensamentos que vieram quando viu a cena não eram agradáveis, mas no fundo sabia que Mione e Harry eram irmãos. – Vim saber como você está, Mi.

— Eu estou me sentindo dolorida, mas estou bem. – respondeu sorrindo. – Vá Harry, precisamos ter uma conversa de garotas, sabe. – ela falou em um tom engraçado.

— Ô dureza. Facilmente trocado por fofocas. – Harry fez drama e as meninas riram. – Vejo você mais tarde. – ele falou e beijou o topo da cabeça da castanha. Acenou para a ruiva e se dirigiu a saída, deixando elas fofocando sobre o baile para trás.

*****

Hermione recebeu sua alta no final da tarde. Durante o tempo que ficou de repouso, várias pessoas vieram visita-la como Krum, Rony (este com as orelhas bastante vermelhas e um pedido de desculpas sinceras) e claro, os gêmeos Weasley. Algumas garotas de sua casa também vieram e por mais que não admitisse, era bom agir como uma adolescente normal de vez em quando.

— Eu já falei que posso andar perfeitamente sozinha. – Hermione falou pela milésima vez.

— Você precisa descansar e sabe disso. – os gêmeos falaram juntos enquanto ajudavam a morena a caminhar fazendo a mesma bufar.

— Ao menos, tirem essas placas pelas barbas de Merlin. – falou e apontou para as placas penduradas no pescoço dos gêmeos que diziam: Realeza Granger passando! Abram o caminho e sonserinos curvem-se diante de sua superior.

— Quanta consideração, Mione. – Fred falou e fingiu limpar algumas lágrimas.

— Fizemos com tanto amor pensando em você. – George completou e acompanhou o gesto do irmão.

— Céus. – foi a única coisa que disse antes de rir de sua situação. Logo avistaram a entrada da sala de Dumbledore e os gêmeos tiraram as placas e falaram a senha juntos : “Sapos de chocolate”. Quando entraram na sala, se depararam com o diretor, prof. McGonagall e prof. Snape.

— Fico feliz que tenha se recuperado, srta. Granger. – o senhor falou por trás de seus óculos. – Passamos o dia pensando em sua situação e chegamos a algumas possíveis soluções. Tomei a liberdade de informar Severo de sua situação. – Hermione disfarçou uma careta, não confiava nele. – Durante a semana da lua cheia, ele te dará uma poção revigorante para que os efeitos de sua transformação não fiquem evidente.

— Isso me ajudará bastante. – a castanha soltou baixinho.

— A partir de hoje, srta. Granger, você terá um quarto somente para você – a professora se pronunciou. – Será anunciado no jantar de hoje que os alunos que desejam fazer mais algumas aulas extras terão um quarto para si próprio para que possam se concentrar e dedicar totalmente aos estudos durante os horários que a biblioteca estiver fechada.

— Com isso resolve as suspeitas que minhas colegas sentiriam durante a semana da lua cheia. –a castanha murmurou novamente. – Obrigada.

— Quanto a vocês, senhores Weasley... – a prof. McGonagall começou, mas foi interrompida.

— Pensamos em algumas soluções também. – Fred iniciou

— Não é surpresa para ninguém que sempre temos detenção pra cumprir. Aí está a solução para as fugas de noite. – George completou.

— Mas irão sempre usar a mesma desculpa? – Snape se pronunciou pela primeira vez com um tom de deboche.

— Não, não somos sonserinos. – os gêmeos falaram juntos sob o olhar duro de Minerva e outro de raiva de Snape.

— Somos bastante criativos com desculpas além de que também...

—... somos mestres na arte de confundir as pessoas. – George sorriu. – Não se preocupem conosco.

— Certo, certo. – McGonagall falou incerta e Hermione soltou um riso baixo.

*****

O novo quarto de Hermione era pequeno, mas aconchegante. Poucos alunos aceitaram a nova proposta, sendo ela a única da Grifinória. As paredes eram brancas com exceção de uma parede vermelha com faixas douradas e o brasão de sua casa enorme estampada. Nessa mesma parede estava sua cama de solteiro, havia uma escrivaninha do lado e algumas prateleiras onde a castanha tinha arrumado suas roupas e livros. Uma porta dupla transparente dava para uma pequena sacada com a vista para o lado negro. A entrada de seu quarto era protegida por um quadro de uma moça com o semblante triste. A senha que escolhera foi "asas douradas" devido sua situação. Hermione deu uma última conferida no seu relógio e saiu de seu quarto com a capa de invisibilidade e o mapa maroto que pegou emprestado de Harry. “Eu só não o avisei.” Ela pensou e andou em direção ao corredor do sétimo andar. Fred e George já estavam ali encostados na parede.

— Vocês deveriam ser mais cuidadosos ou Flitch pode flagrar vocês. – ela falou dando um susto nos dois e saiu de debaixo da capa com um sorriso sacana.

— Quer nos matar do coração? – Fred falou com a mão no peito e soltou um riso baixo. – Como chegou aqui sem que a gente perceba?

— Segredo. – ela falou e colocou o dedo indicador sob os lábios. Olhou bem para os dois a sua frente e suspirou. Não gostava da ideia de que podia machucar um deles. “Ou pior, os dois.” Ela pensou e logo balançou a cabeça afastando esse pensamento. – Vocês têm certeza absoluta disso? Nem mesmo Dumbledore sabe exatamente o que está acontecendo comigo e tenho medo de machucar alguém. – ela falou e baixou sua cabeça.

— Sabemos dos riscos, Mione. – George respondeu. – Mas não somos grifinórios à toa e acima de tudo, somos leais a nossos amigos.

— E convenhamos, não importa o que aconteça com a gente. – Fred se aproximou dela e sussurrou em seu ouvido. – eu sempre serei o gêmeo mais bonito e popular. – Hermione sentiu um arrepio que logo tratou de ignorar e riu.

— Eu ouvi hein e não concordo com isso, assim como 99% das pessoas desse castelo. – George falou e passou o braço nos ombros da castanha. – Certo, Mione? – ele deu uma piscada exagerada e a castanha deu mais risada. Era uma garota de sorte por ter a amizade dos dois. Finalmente viu um lado positivo em ser um anjo caído: a lealdade e o apoio dos gêmeos. Hermione se recuperou, arrumou sua postura e passou em frente a parede três vezes com um único pedido: preciso de uma sala para liberar minhas asas. Uma porta de madeira branca, assim como no dia anterior, apareceu.

— Preparados? – Hermione sussurrou e ao receber olhares determinados, ela abriu a porta. A sala era a mesma de ontem: a cascata de água no fim da sala, a lua cheia próxima de seu ápice no céu, e os espelhos na parede. A castanha suspirou e entrou na sala com os dois que observavam atentos a tudo. – Me prometam que não importa o que aconteça, vocês não vão se aproximar de mim. – ela olhou no fundo dos olhos dos gêmeos. – Prometam também que se caso as coisas saírem do controle, vocês vão se defender e me parar custe o que custar.

— Hermione... – Fred começou.

Prometam! – ela falou quase no desespero, já sentia uma leve dor de cabeça.

— Certo, certo, prometemos. – ambos falaram com as mãos levantadas e sinal de rendição.

— Fiquem no canto, o mais longe possível de mim. – Hermione apontou para a parede afastada e os dois se afastaram. Ela se aproximou da água e entrou lentamente no pequeno lago que formava ali. – Hora do show. – ela pronunciou e fechou seus olhos sentindo a luz que vinha da lua cheia que atingiu seu ápice.


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