Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 12
Capítulo 12 - Gritos Silenciosos


Notas iniciais do capítulo

SURPRISEEEE!
Aqui está mais um capítulo da história! Decidi postar dois capítulos de uma vez como forma de pedir desculpas pelo tempo que passei sem atualizar hehe'
Boa leitura!
Ps.: Preparados para uma turbulência?



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Capítulo 12 – Gritos silenciosos

Hermione, Hope e os gêmeos Weasley já estavam confortavelmente acomodados no pequeno quarto de Hermione (ou seria quarto de Hermione e dos gêmeos? Já que eles praticamente moram ali).

— Meu nome é Hope Lea Lovegood, sou originalmente uma Jones. – ela começou explicando. – Minha família havia salvado um anjo ferido uma vez e como forma de agradecimento, o anjo prometeu proteção a mim, que na época, era somente um bebê. Alguns meses depois, eu e minha família sofremos um grave acidente de carro e teríamos todos morrido. Cumprindo a promessa, eu recebi minha marca ainda bebê. – Hope mostrou sua marca próximo de sua clavícula esquerda.

— Sinto muito. – os três presente falaram juntos e Hope sorriu triste.

— Fui adotada pela família Lovegood e cresci normalmente até meus cinco ou seis anos. Foi quando minha marca se manifestou. – Hermione prendeu a respiração. Se para ela, com seus quatorze / quinze anos já era complicado, imagina uma criança. – Minha sorte foi que meus pais de coração tinham um certo conhecimento sobre as marcas e me ajudaram nas minhas transformações. Leo apareceu para mim pela primeira vez quando eu desmaiei durante minha primeira lua cheia. – ela falou olhando para Hermione dessa vez. – Ele é o anjo que me marcou.

— Leo? – Hermione estava surpresa.

— Sim. – ela sorriu antes de continuar a história. – Conforme o tempo, o seu corpo vai se acostumar com o poder e as transformações, chegando um dia em que você não vai mais sentir dor.

— Ainda bem. – Fred soltou. Os gêmeos ouviam calados a explicação.

— Minhas transformações, por exemplo, são rápidas e não doem tanto. Além de que como minha marca se manifestou a um bom tempo, eu tenho um controle maior sob meus poderes. – Hope transformou seus olhos azuis em dourado. – Acredito que você já esteja manifestando seus poderes involuntariamente, certo?

— Sim, no expresso mesmo. – Hermione falou. – Apesar de achar que foi por conta da presença de um outro anjo caído, no caso você.

— Sorry. – ela sorriu culpada. – Nossas asas refletem nosso interior. Conforme você vai se fortalecendo, suas asas crescem também. As minhas ainda são pequenitas. – ela retirou sua camiseta ficando com uma blusa de alcinha e tirou suas asas para fora. Era um par pequeno de asas douradas. Ao contrário de Hermione, Hope possuía pérolas brancas na ponta de cada pena. – Com prática, você consegue controlar suas asas. – ela explicou e bateu suas asas, flutuando alguns centímetros acima do chão.

— Porra. – os gêmeos soltaram e Hermione os fuzilou com o olhar.

— Olha a boca. – soltou

— Como se você fosse pura, Mia. – George sorriu e desviou de um travesseiro vindo na sua direção.

— Tudo bem, Mione. Não é como se eu já não tivesse ouvido também – ela comentou rindo ainda no ar e observando Fred e George desviarem dos objetos que a castanha tacava. Ela pousou e guardou suas asas antes de se sentar novamente. – Há um poder temos que é muito especial e raro.

— Poder da cura? – Hermione chutou.

— Sim. – ela confirmou e o queixo da mais velha caiu levemente. – É um poder difícil de se utilizar. Eu tentei de todas as formas, mas não consegui. – ela falou tristemente ao se lembrar da morte de sua mãe adotiva.

— Como posso obter esse poder?

— Através da sua voz. Pelo menos é isso que Leo me explicou. – ela falou. – O canto dos anjos é algo sagrado e tem poderes incríveis. Nosso canto não tem tantos efeitos quanto a dos anjos, mas ainda sim é poderoso.

— Não me olhem assim, eu sou uma péssima cantora! – Hermione exclamou ao ver o olhar dos gêmeos.

— Não é exatamente a qualidade e sim a forma que cantamos. Não sei dizer muito, pois até então, nenhum anjo caído conseguiu. – ela explicou.

— Você conhece mais alguém como nós?

— Infelizmente não. Sei que existem pelo menos mais três como nós, mas não tenho nenhuma informação.

— Você tem certeza que só tem onze anos? – George questionou. – Você parece bem mais madura do que todos nós aqui.

— Sou uma criança, mas uma criança que foi forçada a pensar como um adulto devido as circunstâncias. – Hope sorriu triste e Hermione e Fred trocaram olhares.

— Obrigada, Lea. – Hermione abraçou a criança que pareceu surpresa com o ato.

— Lea?

— Todos te chamam de Hope, queria algo diferente. – a castanha sorriu e a menina retribuiu. Apenas sua mãe a chamava desta forma.

— E nós, Mia? – os gêmeos fizeram uma cara de pidão.

— Freddie e bobão. – ela falou e riu da cara de George. Fred sorriu com o apelido.

— Por que ele é Freddie e eu bobão? Todos nós sabemos que eu sou o gêmeo mais legal! – o ruivo cruzou os braços numa cena cômica.

— Quem mandou insinuar que não sou pura, Georgie? – ela indagou e George abriu um sorriso enorme com o apelido.

*****

—“Olá, Mione. Vejo que encontrou Hope.” – Leo brincava em um balanço do parque onde estavam. Hermione empurra o menino com delicadeza.

— “Ela é um amor de pessoa. Apenas lamento por ela ter passado por tanta coisa sendo ainda uma criança.” – falou. – “Lea perdeu o aspecto de criança.”

— “Não deixo de sentir culpado por isso.”

— “Não se culpe, você salvou a vida dela assim como Nick salvou a minha.” – Hermione observou Leo descer do balanço.

— “Você tem uma pergunta para mim, certo?”

— “Certo, como sempre.” – a castanha sorriu. – “Se você é o anjo que marcou Lea, por que aparece em meus sonhos?” – Leo já imagina essa pergunta e respirou fundo antes de responder.

 “Nicholas é meu irmão.” — ele falou. – “Ele me pediu para te guiar.”

— “Oh, não sabia que anjos também tinham família.”

— “Tecnicamente não temos.” – ele sentou perto de um canteiro de flores e Hermione o acompanhou. – “Mas nos consideramos irmãos porque ele me ajudou muito quando eu ainda não tinha força o suficiente.” – ele segurou as mãos dela e a olhou profundamente com seus olhos castanhos que rapidamente de tornaram dourados. – “Por favor, salve-o. Não tenho poderes o suficiente para fazer isso.” – falou cabisbaixo. A castanha o abraçou fortemente e sussurrou:

— “Eu irei, eu prometo, okay?”

*****

Era noite de lua cheia, a primeira do mês para ser mais exata e Hope prometeu acompanha-la. A menina optou por manter em segredo que era um anjo caído e os três respeitaram essa decisão.

Era de noitinha quando Hermione voltava da biblioteca após passar quase o dia inteiro lá. Os professores estavam pegando pesado com as tarefas e Hermione não queria deixar nada acumular. Os corredores estavam vazios já que muitos alunos estavam jantando. Cantarolava baixinho uma música qualquer quando sentiu sua marca arder. Com o susto, a castanha deixou seus livros caírem e se apoiou na parede. Sua respiração estava falha e fechou seus olhos com força quando sentiu uma pontada no coração.

“Hermione”

Ouvia seu nome ser chamado.

“Hermione”

Era Nicholas, tinha certeza disso. Concentrou-se na voz do anjo e logo pode visualizar o porão onde ele estava preso. Quase gritou ao se deparar com Nick sendo torturado. Dessa vez, não era apenas Pettigrew que estava presente. Mais duas pessoas estavam presente, mas a castanha não conseguia reconhecer o rosto deles. Os três lançavam crucios além de o mutilarem com uma faca, arrancando pena por pena de suas asas já quebradas. Tentou se aproximar dele, mas não conseguia sair do lugar. Lutou com todas suas forças para poder se mover, sem sucesso.

“Hermione, me escute. Eu não sei se vou conseguir sobreviver.”

“Não desista. Esse não é o fim.”

“NICHOLAS.” – tentava gritar, mas sua voz não saia.

“Você é especial, Hermione Granger.”

E então, estava de volta a Hogwarts. Lágrimas escorriam sem parar pelo rosto da castanha. Estava de joelhos, partilhava da dor de Nick. Queria gritar, mas não conseguia. Começou a puxar seus próprios cabelos e bater em seu corpo com uma forma de fazer seu corpo mover. Sua voz não saia de forma alguma. Chamou silenciosamente por Nick, por Ron, por Fred.

Estava tendo uma crise.

— Granger? – Draco Malfoy apareceu no fim do corredor.


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