Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 11
Capítulo 11 - Hope Lea Lovegood




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Capítulo 11 – Hope Lea Lovegood.

Estava se apaixonando por Hermione Granger, isso ficava cada vez mais claro para Fred Weasley. Não sabia como ou quando, mas era inevitável. Por céus, era a namorada de seu irmão! Sentia-se frustrado por não poder demonstrar seus recentes sentimentos, mas ao mesmo tempo, estava feliz por ela já que esta sempre gostou de Ron Weasley e o namoro deles parecia cada vez melhor. Ou era isso que aparentava.

Hermione Granger sentiu coisas que não deveria no episódio da cozinha. Era um sentimento intenso como se tomasse controle do corpo e da mente da castanha, algo como uma tempestade. Já o sentimento por Ron era calmo e suave como o vento que bagunçava seus cabelos no fim de uma tarde. Convenceu-se de que era a seriedade do assunto que conversavam que a fez sentir dessa forma e nos dias que se passaram, ela não tocou no assunto, agindo como se nada tivesse acontecido. Fred parecia fazer a mesma coisa e a castanha agradeceu mentalmente por isso.

Era primeiro de setembro e Hermione já se encontrava em sua cabine com seus amigos. Alguns sonserinos importunaram Harry pela sua quase expulsão, mas Ginny logo tratou do assunto (a ruiva é uma ótima azaradora), o que o moreno agradeceu silenciosamente. Nesses últimos dias, Harry e Ginny se aproximaram bastante já que ficavam sempre sozinhos quando Hermione e Ron estavam namorando. Apesar de ainda ter uma paixonite pelo moreno, a ruiva sabia que ele apenas a via como uma amiga e por isso resolveu seguir em frente.

Ron dormia no colo de Hermione que lia um livro com uma mão enquanto fazia carinho nos cabelos ruivos de seu namorado com a outra. Do outro lado da cabine, Harry e Ginny conversavam sobre a temporada de Quadribol. Estavam todos bem e tranquilos, coisa difícil por serem quem são.

Faltava apenas algumas páginas para o fim do livro quando Hermione sentiu sua marca arder. Sentiu seu corpo ficar rígido e Rony acordar.

— Você está bem, Mi? Seu corpo ficou rígido de repente. – ele perguntou sonolento e os outros dois se calaram para prestar atenção na castanha.

— E-Estou bem. – ela sorriu amarelo e fechou seus olhos com rapidez ao senti-los tornarem dourados, para seu desespero. “Por Merlin, como posso perder o controle justo agora?” ela pensou e se levantou do banco. – Eu vou ao banheiro, já volto.

— Você quer que eu vá junto? – Ginny perguntou preocupada.

— Não precisa, Gi. – Hermione falou gentilmente ainda de olhos fechados antes de sair da cabine apressada.

Milhares de palavrões e xingamentos passavam pela sua mente enquanto andava rapidamente sem rumo pelo corredor e de fato soltou um palavrão ao trombar com alguém.

— Não vê por onde anda, rata? – o tom arrogante de Draco Malfoy fez com que a castanha revirasse seus olhos.

— Faça me um favor e vá procurar sua mãe no pasto. – falou de forma grossa e ajeitou suas roupas.

— Como ousa insinuar que minha mãe é uma va... – ele começou e parou no meio da frase. – Tentando chamar a atenção com a cor dourada, Granger? – Hermione paralisou. Havia esquecido por um segundo do seu pequeno problema. – Você vai precisar de muito mais se quiser mudar. Qual feitiço você usou?

— Um Malfoy querendo saber algo sobre mim? – ela arqueou a sobrancelha, mas Draco não perdeu sua postura.

— Deve estar desesperada mesmo para conseguir o Weasley. – ele se encostou na parede e cruzou os braços, bloqueando o caminho da castanha.

— Saiba que ele já é meu. – ela sorriu vitoriosa. – Agora saia da minha frente, doninha.

— Com pressa, Granger? – foi a vez dele de erguer a sobrancelha.

— Eu disse, saia! – ela frisou a última palavra e sentiu seus olhos dourados queimar. Draco Malfoy automaticamente sentiu seu corpo grudar na parede forçando-o a ceder o caminho para ela.

Hermione saiu correndo e entrou em uma cabine vazia deixando um Malfoy confuso e curioso para trás. Assim que fechou a porta, ela encostou suas costas na porta e deslizou até sentar no chão. Sua marca ainda ardia e seu coração estava acelerado. Não conseguia entender porque raios perdeu o controle de seus poderes justo agora e ainda por cima, a doninha albina do Malfoy havia visto seus olhos dourados.

Tudo que ela precisava para começar o ano bem, não? E onde raios estavam os gêmeos nessas horas?

*****

Hermione não foi vista pelos amigos até Hogwarts. Foi bombardeada de perguntas quando a avistaram no salão principal, mas esta apenas respondeu que não estava se sentindo muito bem e acabou por permanecer no banheiro pelo resto da viagem. Não acreditaram muito nessa história, mas deixaram de lado. Os gêmeos, que estavam sentados do outro lado da mesa, a questionaram silenciosamente e ela sibilou um “depois”. Sem ouvir o discurso do diretor, ela observou as portas se abrirem e uma fila de alunos primeiristas assustados entrar no salão. Todos se levantam para receber calorosamente os novatos e Hermione sentiu sua marca arder novamente.

— Mas o que raios está acontecendo hoje? – ela sussurrou para si mesma. Fechou seus olhos por poucos segundos e respirou profundamente. Quando abriu novamente, tudo ao seu redor pareceu paralisar.

Uma menina com seus cabelos loiros na altura do queixo entrou por último no salão. Ela olhou admirada ao redor antes de fixar seus olhos gentis em Hermione. Sorriu timidamente antes de mudar a cor de seus olhos azuis para o dourado e mudar para o azul novamente. Hermione sentiu o ar ir embora e finalmente entendeu o porquê de estar perdendo o controle tão facilmente: havia encontrado um anjo caído. Permaneceu calada durante a seleção, esperando ansiosamente a vez da garota.

 Hope Lea Lovegood. – prof. McGonagall leu o nome e finalmente, a menina loira caminhou até o banquinho. Hermione observou Hope fechar os olhos e fazer um pedido ao chapéu.

— Lufa-Lufa! – o chapéu anunciou e a garota foi caminhando até a mesa amarela com um enorme sorriso no rosto. Antes de se sentar, ela se virou para Hermione e a cumprimentou com um aceno de cabeça. Hope Lovegood era a garota que tinha as repostas para suas perguntas.

*****

— Ficamos sabendo do seu sumiço no expresso. Aconteceu algo? – George perguntou enquanto se jogava na cama de Hermione. Ela havia pedido para os gêmeos irem até o quarto dela à noite pois tinham que conversar sobre algo importante.

— Eu perdi o controle dos meus poderes, George. – ela falou. Sentou-se na cama empurrando George para o canto e fez sinal para que Fred se acomodasse ali também. – Eu senti minha marca arder e de repente, senti meus olhos ficarem dourados.

— Alguém percebeu? – Fred fez a pergunta.

— Da cabine não. – ela fez uma pausa pequena antes de continuar. – Mas eu esbarrei em Malfoy e ele percebeu.

— Rapaz, que sorte hein? – George comentou com o rosto enfiado no travesseiro.

— Realmente, você deve ser horrível com apostas. – Fred falou e levou um tapa de leve de Hermione.

— Ele não pareceu alertado sobre isso. – ela deitou nas pernas de George que estava deitado de bruços. Fred fez o mesmo e deitou-se nas pernas de Hermione. – Mas eu meio que usei meus poderes nele. – ela disse sem graça.

 Por Merlin, Hermione Granger! – os dois gêmeos usaram um tom de falsa reprovação e a castanha se encolheu.

— Me diga que você o fez dançar balé com um tutu rosa. – Fred falou e logo os três gargalharam.

— Tem outra coisa que eu preciso contar. – Hermione começou a fazer carinho nos cabelos ruivos de Fred que fechou os olhos.

— Essa é a parte que você mata alguém? – George pergunta ainda com a cara enfiada no travesseiro. – Porque, pelas calças de Merlin, você sempre aparece com uma informação mais cabulosa do que a outra.

— Ha ha ha, essa é a parte que eu deveria rir? – ela pergunta irônica, mas acaba por rir no final. – Eu descobri o motivo de ter sentido minha marca arder.

— Que seria...? – Fred perguntou ainda de olhos fechados.

 Hope Lea Lovegood. – ela ficou séria. – Ela é um anjo caído.

*****

Faltava dois dias para a semana da Lua Cheia e nem Hermione e nem os gêmeos conseguiram se aproximar de Hope que raramente era vista pelo castelo. Obviamente, estavam bem frustrados com isso.

— Oi gente, quero apresentar uma amiga a vocês. – Ginny se aproximou da mesa da grifinória. – Esta é Luna Lovegood da Corvinal.

— Olá Luna. – Harry a cumprimentou educadamente e indicou o assento a sua frente para que ela e Ginny pudessem sentar. Rony mal cumprimentou devido a quantidade de comida que estava mastigando e Hermione se mostrou interessada na loira devido ao seu sobrenome. Luna sorriu gentilmente e comentou algo como zonzóbulos.

— A professora nova de Defesa contra artes da treva é uma vaca. – Ginny soltou frustrada. Harry prontamente concordou e Hermione olhou com tom de reprovação.

— Ginny! É assim que você fala de uma professora? – ralhou. – Mais respeito com a sapa, opa, vaca, opa, professora. – ela sorriu inocentemente e arrancou risada dos amigos.

— Luna? – uma voz chamou a atenção do grupo e Hermione observou Hope se aproximar do grupo.

— Ah, olá Hope. – a loira mais velha sorriu e chamou a menor para mais perto. – Esta é Hope, minha irmã.

— Irmã de coração, na verdade. – ela sorriu e lançou um olhar a Hermione. – Fico feliz que tenha conseguido amigos, mana.

— Eu quem deveria estar preocupada com você, sabia? – Luna comentou. – Já fez amigos?

— Minhas colegas são legais. São todas muito gentis. – ela falou. – Eu na verdade estou com muita dificuldade em Transfiguração...

 Eu posso te ajudar. – a castanha prontamente falou.

— Hermione é a mais inteligente do nosso ano. – Harry falou.

— E minha linda namorada. – Rony falou (depois de engolir toda comida) e deu um beijo no rosto de uma corada Mione.

— Obrigada, Hermione! – a menina agradeceu.

— Vamos lá, eu tenho um tempinho agora. – Hermione se levantou, ignorando os pequenos protestos de Ron. – Não, Ron, eu não vou emprestar meu pergaminho de Feitiços. Você e senhor Potter têm que estudar! – ela falou e saiu do salão acompanhada de Hope.

— Viu? Sobrou até para mim. – Harry falou e jogou um pedaço de pão em Rony.

*****

— Sinto muito por não ter te procurado antes, Hermione. – Hope se pronunciou assim que se viram sozinhas no quarto da castanha. – Eu não sou uma pessoa muito social, sabe?

— Tudo bem, Hope. – a mais velha sorriu e ofereceu uma cadeira para que a mais nova se sentasse.

— Acredito que você tenha muitas perguntas, certo? Leo me avisou sobre você. – ela sorriu.

— Você conhece Leo?

— Longa história. – ela sorriu sem graça. – Que tal nos encontrarmos à noite para que eu possa responder tudo que você quer perguntar? Assim, os gêmeos podem participar também.

— Como sabe dos gêmeos? – ela indagou curiosa, mas logo chegou a uma conclusão. – Leo.

— Isso. – ela ficou mais uma vez sem graça. – Onde podemos nos encontrar?

— Pode ser aqui mesmo. – a castanha respondeu. – Não se preocupe, temos nosso métodos para que você evite de encontrar Flitch no caminho.

— Combinado então. – ela deu um pulinho na cadeira e Hermione sorriu. Era engraçado pensar que uma criança de onze anos tinha respostas que a ajudaria tanto.


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