Socorro, já é natal! escrita por Cactus Stories


Capítulo 1
Capítulo 1




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— Punz, eu juro, todas as lojas que eu entrei até agora tinham um Papai Noel dançarino na entrada. – exclamei, parando para olhar a vitrine de uma loja de curiosidades, focando em um pingente, com uma rosa dourada no centro. – Eles vão dominar o mundo, anote minhas palavras!

“Tá, tanto faz, Meri, só não se esquece dos ingredientes que eu pedi, ok? E não demora muito, a ceia de Natal é hoje, e você deixou pra comprar os presentes de última hora!”

— Eu sei, eu sei! – entrei na loja, abaixando meu tom de voz.  –Vou comprar tudo o que você me pediu, só me manda uma mensagem com a lista pra eu não esquecer e... Hm, Punz, tenho que desligar, falo com você depois.

O vendedor se virou para mim, paciente, me olhando de cima a baixo. Eu não estava no melhor dos meus momentos, cheia e sacolas de compras, um suéter velho qualquer, com uma imagem do Bambi na frente, e calças de moletom. Sem contar que meu cabelo devia estar pior que o normal.

— Em que posso ajudar a senhorita? – perguntou, sorrindo.

— O pingente na vitrine, com a rosa, quanto está? – apontei para o objeto, curiosa.

— Ele está à venda por $90.00, mas posso te fazer um desconto de natal, por $70.00. – respondeu, pegando o acessório para que eu pudesse olhar mais de perto.

— Certo, eu vou levar ele. – sorri, esse era o único presente que faltava, agora eu podia comprar o que a loira queria e voltar para o conforto do meu sofá, assistir o Expresso Polar, com uma boa caneca de chocolate quente.

Paguei pelo presente, embrulhado numa caixa cor de rosa, saindo da loja para enfrentar o frio novamente. Peguei meu celular, olhando as mensagens que Punz havia me enviado.

—*-*-*-

Legalmente Loira: Aqui está a lista das coisas que você precisa comprar:

— Cerejas ((no mínimo dois pacotes))

— Cacau em Pó

— Duas caixas de leite condensado

— Geleia de uva ((a nossa acabou, Meri, socorro))

Tocha Humana: Pode deixar, já estou indo comprar tudo ♥

—*-*-*-

Andei na direção o mercado mais próximo, me encolhendo dentro do meu suéter, desejando ter pegado ao mínimo um par de luvas antes de sair correndo para comprar essas coisas. Meu cabelo caía no meu rosto a cada cinco segundos, piorando ainda mais meu humor.

Entrei no mercado, pegando tudo que minha amiga havia pedido o mais rápido possível e seguindo para uma das filas. Perto de mim, ouvi uma conversa entre duas vozes estranhamente familiares.

— Eu juro, cara, eu tinha a lista inteira pronta bem aqui! –um deles exclamou, confuso. – Todos os presentes estavam lá, mas eu acabei esquecendo o mais importante, e agora eu tenho que voltar para comprar!

— Jackson Oliver Frost, eu te juro, você tem dez minutos para correr naquela loja e comprar o que quer que você queira, ou eu volto para casa e pra o conforto do meu lar sem você. – me virei para ver quem era, dando de cara com Jack e Hiccup, numa discussão acalorada.

— Eu estou atrapalhando alguma DR? – perguntei, cutucando o ombro de Hiccup, que estava de costas para mim. – Juro que não estava espiando, mas vocês estão praticamente gritando no meio do supermercado.

— Meri! – ele exclamou, se virando para mim, confuso. – O que você está fazendo aqui?

— Espero não receber nenhum sermão, mas assim como o nosso querido Boneco de Neve, eu deixei para comprar todos os presentes hoje. – respondi, levantando as sacolas que segurava com uma das mãos. – E então a Punz me deu essa lista de coisas pra comprar para a ceia de Natal, e eu estou presa aqui ao invés de estar deitada no conforto do meu lar, com uma caneca de chocolate quente e um filme natalino.

— Tipo o quê? O Grinch? – Jack riu, andando conforme a velocidade da fila.

— Não, tipo O Estranho Mundo de Jack. – resmunguei, irônica. – Claro que eu planejo assistir o Grinch.

— Tecnicamente, O Estranho Mundo de Jack também é um filme natalino. – Hiccup comentou, arrumando os óculos no rosto.

 - Perneta, você é a pessoa mais nerd que eu conheço, como eu sobrevivo morando com você? – perguntou, risonho.

— O Wilbur é pior que eu, você tem que admitir. – soltou um riso abafado, se virando para o caixa eletrônico. – Meri, já está na sua vez!

— Ah, obrigada! – me virei para a mulher no caixa eletrônico, que já passava minhas compras pelo scanner, guardando tudo em uma sacola.

— São $32.50. – ela disse, brincando com as tranças ruivas.

— Aqui. – entreguei o dinheiro para ela, recebendo algumas moedas de troco. – Jack, Hic, vejo vocês hoje à noite?

— Claro! – o moreno sorriu, arrumando a franja. –Nós levamos a sobremesa!

— O Perneta entrou numa fase culinária em que ele só faz doces, acredite, está sendo impossível manter uma dieta perto dele. – Jack exclamou, me fazendo rir, enquanto me afastava.

— Feliz Natal! – a mulher do caixa sorriu, acenando para mim.

— Feliz Natal! – respondi, correndo para a rua, tomando cuidado para não escorregar na neve que já começava a cair.

Andei o mais rápido que a neve me permitia, chegando no apartamento que dividia com a Punz. Girei a chave, ouvindo barulhos vindos de dentro do apartamento, provavelmente Pascal andando atrás da minha amiga de um lado pro outro. Quem diria que lagartos gostam tanto de ficar com os donos?

— Heey, Loiraaa, cheguei! – gritei, seguindo para a cozinha. – Aqui estão as coisas que você pediu. Vou deixar os presentes debaixo da árvore e preparar um chocolate quente, quer um?

— Merida Dunbroch, você salvou minha vida de uma maneira espetacular! – me abraçou com força, apontando para a caixa de cacau em pó. – Como eu faria o bolo sem isso?! A propósito, eu quero chocolate quente sim!

Ri, começando a preparar as bebidas, desviando do lagarto deitado ao ado do fogão, enquanto Punz terminava o bolo que estava fazendo. A cozinha já estava com um cheiro delicioso, mas eu sabia que teria que esperar mais algumas horas antes de sequer pensar em encostar em qualquer coisa.

Olhei para o relógio do microondas, 05:48 p.m. . O resto do pessoal só chegaria às oito, então ,tinha tempo para assistir um filme antes de começar a me arrumar. Me joguei no sofá, ligando a TV, onde já passava Expresso Polar, tomando um gole do chocolate quente, exatamente como estava planejando desde o início da semana.

❀  ❀

Observei Jack tentar desesperadamente embrulhar o livro que havia comprado para Rapunzel num embrulho verde-água. Suspirei, brincando com a barra do meu suéter, enquanto ouvia o platinado xingar todos os palavrões existentes.

— Ei, precisa de ajuda, cara? – Wilbur perguntou, com pena da pobre criatura.

— Sim, toma, eu não aguento mais embrulhos! – jogou o embrulho nas mãos do moreno, como se o objeto estivesse em chamas. – Eu vou ver se o Perneta não pôs fogo em nada.

— Ei, não mexe nas coisas na cozinha, o manjar ainda não está pronto! – exclamei, me levantando do sofá e indo atrás dele. – Jaaack, você está atrapalhando!

— Eu? Por quê?! – reclamou, pegando meu gato no colo e virando o rosto dele pra mim. – Olha, o Banguela não acha que eu estou atrapalhando!

— Você está me dizendo pra levar em consideração a opinião do meu gato? – perguntei, revirando os olhos. – Agora vai lá pra sala e fica quietinho sentado no sofá, brincando com o gato, enquanto o Wil termina os embrulhos e eu faço a comida pra gente levar.

— Por que você fala comigo como se eu fosse uma criança?

— A real pergunta é por que você age como uma criança? – rebati, empurrando-o para fora da cozinha.

— Touché, Perneta. – riu, soltando meu gato. – Eu vou começar a me arrumar.

Me virei novamente para o fogão, respirando fundo. Já eram 07:02 p.m., tudo que eu precisava fazer era colocar o manjar que havia feito na geladeira, tirar os biscoitos do forno, tomar um banho e me arrumar para a ceia de Natal.

Coloquei o prato com o manjar no congelador, abrindo o fogão e pegando a travessa de biscoitos com um pano. Coloquei a travessa em cima da mesa, queimando um dedo no processo, e corri para o meu quarto. Peguei alguns casacos, tentando decidir entre o verde escuro e o marrom, acabando com a minha combinação de sempre, uma blusa de manga comprida verde, com um casaco marrom.

Separei um cachecol, luvas e um gorro, pegando minha toalha e seguindo para o banheiro, esperando que Wilbur saísse. Aparentemente, eu era o último a me arrumar, algo que Jack considerou “um sinal do fim dos tempos”.

Wil saiu do banheiro, enrolado em sua toalha, seguindo para o próprio quarto, apressado, enquanto eu entrava no banheiro. Os vidros estavam todos embaçados pelo vapor, impedindo que eu visse a minha atual situação. Entrei debaixo do chuveiro, apressado, imaginando como faríamos para chegar na casa das garotas com a neve que caía incansavelmente do lado de fora.

Terminei meu banho, me enrolando desajeitadamente na toalha e andando de volta para meu quarto, me vestindo com pressa, olhando o despertador ao lado da minha cama. “7:45 p.m.”, arrumei meu cabelo, colocando a touca verde e meus óculos, passando o mesmo perfume de sempre e pegando os embrulhos ao lado da minha cama, passando na cozinha para pegar os doce, e correndo para a sala, onde Jack e Wil já me esperavam, impacientes.

— Vamos logo, Perneta, senão a neve não vai deixar a gente chegar lá, e você não vai poder passar o natal com o amor da sua vida. – o moreno brincou, abrindo a porta.

— É, ele resolveu conquistar a fera pelo estômago, olha o tanto de doces que ele fez. – Jack entrou na brincadeira, e senti meu rosto esquentar.

— Calados, Topetudo, todo mundo sabe que você só vai para lá por causa da Violeta. E você, Boneco de Neve, você realmente sairia daqui nessa neve se a Punz tivesse ido viajar para a casa dos pais dela? – perguntei, com um sorriso cínico no rosto. – Ótimo, agora que resolvemos esse assunto, vamos logo, senão “não poderemos passar o natal com o amor das nossas vidas”. – imitei a voz do Wil, saindo de casa.

— Mas Perneta... – Wil começou, me encarando, confuso. – Eu realmente só estou indo por causa da Violeta. Ela é minha namorada.

❀  ❀

Ouvi um barulho na porta de casa novamente, olhando para o relógio da cozinha, “08:03 p.m.”. Estava me aproximando da porta da cozinha, quando uma Merida super animada passou correndo por mim, num suéter verde claro com renas coloridas.

— Eu atendo! – correu para a porta, abrindo-a e cumprimentando a Violeta, que trazia uma sacola com alguns presentes. – Oi, Vi! Quanto tempo a gente não se vê, socorro.

— Sim, desde que as férias da faculdade começaram. – riu, arrumando o laço cor de rosa que pendia no cabelo. – Mas com esse frio, ninguém quer sair pra lugar nenhum. Onde está a Rapunzel?

— Aqui na cozinhaaa! – cantarolei, tirando o bolo do forno, colocando o peru recheado no lugar onde ele estava e seguindo para a sala. – Vi! Como que você está? E o Flecha, como está indo no ensino médio?

— Ah, sabe como ele é, alguns problemas, quebrou o braço andando de skate, mas de resto tudo bem. – ela me entregou um embrulho, entregando outro para Merida. – O presente, sei que era pra abrirsó meia noite, mas já estou entregando para não esquecer.

Ri, pegando o embrulho e colocando debaixo da árvore que havíamos colocado num canto da sala, ao lado do aquecedor e da televisão. Meri sentou no sofá novamente, puxando Vi para o lado dela, enquanto começava a passar O Grinch, eu sabia que aquele era o filme preferido da Meri, então, me sentei para assistir com ela, enquanto esperávamos pelos garotos.

— Eu não sei como existem pessoas que não apreciam esse filme maravilhoso. – reclamou, prendendo o cabelo num rabo de cavalo bagunçado. – É uma obra de arte!

— Sim, sim, mas O Estranho Mundo de Jack ainda é melhor. – Violeta riu, recostando no sofá e fechando os olhos. – Flecha estava me dando dor de cabeça já. Ainda bem que vocês me chamaram para passar o natal com vocês.

— Sei bem como é, fiquei tão aliviada quando me mudei para cá com a Senhorita Filha Única aqui. – apontou para mim, revirando os olhos. – Os trigêmeos estavam impossíveis.

— Ei! Eu tenho primos, ok? E nem pense que cuidar da Cindy é fácil! – soquei o braço dela, brincando. – Além disso, eu estou te deixando morar comigo em troca apenas de metade das finanças. Eu cozinho aqui, então tome cuidado com o que fala.

— Se você parar de cozinhar pra mim eu troco de casa com o Jack, afinal, você não negaria comida para ele. – ela mostrou a língua para mim. – Além disso, o Hic sabe cozinhar, todo mundo sairia ganhando.

— Por falar nisso, devem ser eles batendo na porta! – corri para atender, animada. – Olá, meninos, vocês estão cobertos de neve! O que houve? A Vi chegou sem problemas. Tirem os casacos antes de entrar, ok?

— Por Odin, o que houve aqui? – Meri perguntou, se aproximando, com Violeta logo atrás dela. – Eu vou pegar uns cobertores, Vi, aumenta a potência do aquecedor, por favor.

— Ook. – sorriu, enquanto todos nos acomodávamos nas poltronas e no sofá.

Merida voltou, jogando edredons para todos, sentado entre Hiccup e eu, os garotos todos encolhidos, tremendo levemente. Olhei para Jack, com os lábios azuis de frio, estava começando a sentir pena deles.

— Explicações, por favor? – pedi, me levantando para levar o manjar que Hiccup havia feito para a cozinha.

— Bem, nós estávamos planejando chegar aqui o mais rápido possível, o tráfico está um lixo, então, como somos praticamente vizinhos, resolvemos, por que não, vir a pé. – Jack respondeu, tremendo.

— E olha pra onde essa ideia incrível acabou levando vocês. – resmunguei, me sentando na poltrona ao lado dele. – Provavelmente vão ficar doentes, e eu vou ter que fazer sopa pra todo mundo, porque o Hiccup vai estar de cama.

— Por falar em comida, eu fiz alguns cookies pra todo mundo. – ele sorriu timidamente, mostrando a travessa ao lado dele.

— Ah meus deuses de Asgard! Obrigada, Hic, você salvou minha vida! – Meri abraçou o moreno, beijando a bochecha dele várias vezes. – A Punz só fez biscoitos de gengibre, e eu detesto gengibre!

— D-De nada... – ele murmurou, enquanto a garota comia um dos biscoitos.

— Perneta, você tá bem? – Jack riu, encostando na poltrona. – Ah, deixa pra lá, deve ser... febre.

— Jack você deveria descansar um pouco. – murmurei, cobrindo ele melhor. – Sua boca ainda está azul, e você parece que vai desmaiar a qualquer momento.

— Nah, eu estou bem, posso te ajudar em alguma coisa na cozinha? – perguntou, se levantando e olhando para mim.

— Eu estava terminando de cortar o bolo em pedaços, se quiser você pode ajudar. – ri. – Vamos logo, aposto que já está todo mundo com fome.

— Eu consigo sobreviver com esses biscoitos maravilhosos! – Merida exclamou, comendo mais outro biscoito, fazendo Vi e Wil rirem.

Eu e Jack seguimos para a cozinha, e eu peguei a travessa de bolo da geladeira, entregando a faca para ele. Ele começou a cortar o bolo em pedaços iguais, colocando todos em pequenas pilhas, com cuidado.

— Como eu fui?

— Parabéns, já pode casar. – brinquei, apertando a bochecha dele.

— Só se for com você. – sorriu, bagunçando meu cabelo e voltando para a sala.

Encostei na parede, confusa, Jack Frost acabou de falar que quer se casar comigo? Mas... deve ser só uma brincadeira, não é? Calma, Rapunzel, respira fundo, não surte nesse momento, foi só uma brincadeira, vocês são amigos o suficiente pra fazer essas piadas... certo?

Voltei para a sala, sentando ao lado da Violeta, que conversava com Wil sobre Inteligência Artificial ou algo do tipo, abraçados. Me virei para Meri, que continuava assistindo ao seu filme tranquilamente, dividindo o cobertor com Hiccup, que estava quase pegando no sono.

Me senti uma vela. Ótima maneira de começar uma comemoração de Natal. Olhei para o outro lado da sala, onde Jack parecia na mesma situação que eu, mexendo no celular desconfortavelmente. De repente, sinto meu aparelho vibrar, no bolso da calça, desbloqueando o mesmo e vendo as mensagens.

—*-*-*-

Boneco de Neve: Parece que vamos ficar de vela

Boneco de Neve: Certeza que não tem mais nada pra fazer na cozinha??

Legalmente Loira: Você está quase morrendo congelado e quer me ajudar na cozinha??

Legalmente Loira: Se enrola melhor nesse edredom e descansa, que eu vou fazer mais chocolate quente pra vocês.

Boneco de Neve: O que seria de nós sem você? ♥

—*-*-*-

Me levantei novamente, suspirando. Nesse ponto, Wil já parecia melhor, e Hiccup já estava dormindo, encolhido no edredom que dividia com a ruiva, que se virou para mim, confusa.

— Onde tá indo, Loira? –perguntou, tentando manter o tom de voz o mais baixo possível.

— Fazer mais chocolate quente, vocês querem? – perguntei, me virando para Vi e Wil, sorrindo.

— Sim! – a morena exclamou, animada. – Quer ajuda?

— Não precisa, vai ser rápido, fiquem aí conversando.

Segui para a cozinha, preparando cinco canecas de chocolate quente, ou eu deveria fazer seis? Dei de ombros, fazendo apenas cinco, tentando trazer três canecas de uma vez só para a sala.

— Eu te ajudo. – Meri fez menção de se levantar. – Ahn.... Punz...

— O quê? – perguntei, vendo Hiccup, com a cabeça apoiada no ombro dela, se mexendo um pouco e murmurando algo inaudível.

— Aquela regra que diz que você não pode se mover se tiver algum animal dormindo encostado em você... vale pra humanos? – ela me perguntou, olhando para o garoto.

— Depende do humano. – pisquei para ela, que murmurou um “droga”, se recostando novamente no sofá. – Tudo bem, Meri, faltam só duas canecas mesmo. – entreguei uma caneca para ela, outra para Vi e outra para Wil.

Voltei mais uma vez da cozinha, entregando uma caneca para Jack e me sentando ao lado dele, tomando um gole do meu chocolate quente. Ele se aproximou, se curvando para falar algo no meu ouvido.

❀  ❀

— Acha que consigo tirar uma foto deles sem a Merida perceber? – sussurrei no ouvido da loira, mostrando meu celular.

— Acho que sim, ela tá distraída com o filme. – sussurrou de volta, sorrindo. – Aliás, eu quero essa foto, ok?

— Ok. – tentei conseguir um ângulo melhor para a foto, me aproximando mais da loira e batendo a foto, virando para a mesma, que me encarava, corada. – O Hiccup vai entrar em desespero quando acordar, certeza.

— Jack, tem como você... sair de cima de mim? – pediu, rindo.

— Naah, aqui está confortável. – sorri de volta, deitando a cabeça no colo dela. – Rapunzel, se eu ficar doente e morrer, tem uma coisa muito importante que eu tenho que dizer.

— Você não vai morrer, seu bobo, para com isso. – passou a mão no meu cabelo, suspirando. – O que foi?

— Punz, me responde com sinceridade. – pedi, olhando nos olhos dela. – Se eu te pedisse em namoro, você aceitaria?

— Se você o quê?! – ela exclamou, confusa. – Jack, que tipo de pergunta é essa?

— O tipo de pergunta que, se eu não fizer, vai me corroer por dentro pra sempre. – respondi, sério. – Punz, eu gosto de você, de verdade, eu só quero uma resposta. Por favooor.

— O-Olha, se você me deixar pensar eu respondo... – murmurou, olhando para frente, pensativa. – Jack... você é meu melhor amigo, então eu acho que-

— Ah... tudo bem, eu entendo, juro... – olhei para baixo, despontado. – Podemos continuar sendo melhores amigos. – sorri fraco.

— Eu acho que não teria problema nenhum tentar um namoro. – ela terminou, olhando para mim, sorrindo.

Me levantei rapidamente, encarando-a, surpreso. Eu não estava esperando por isso, com certeza, ela apenas sorriu um pouco mais, se levantando e bagunçando o meu cabelo.

— Eu vou ver se o resto da comida já está pronto, pra gente poder jantar. – disse, virando para Merida. – Alguém pode me ajudar a arrumar a mesa?

— Eu posso ajudar. – eu e Violeta falamos, ao mesmo tempo.

Seguimos para a cozinha, enquanto Punz separava algumas travessas, eu e Violeta pegávamos os pratos e os talheres, arrumando tudo na mesa de madeira que havia na sala de jantar, tomando cuidado para desviar no lagarto que dormia ao lado do fogão. Enquanto trabalhávamos, comecei a pensar no que havia acabado de acontecer, eu estou... namorando a Punz?

Eu realmente perguntei aquilo?! E ela realmente disse sim?! Eu gosto da Punz há algum tempo, já, mas nunca pensei que ela também gostaria de mim! Aproveitei que a Violeta estava distraída, arrumando cada talher no lugar, e terminei meu trabalho, correndo para a cozinha.

— Punz, a gente está namorando? – perguntei, sério.

— Ahn... s-sim, por quê? – perguntou, confusa.

— Isso significa que eu posso te beijar?

— S-Se você quiser. – murmurou, colocando a travessa com macarronada na mesa da cozinha. - Por que essas perguntas agora?

Ignorei a pergunta, segurando o rosto dela com as duas mãos e dando um beijo rápido em seus lábios, sorrindo. Ela sorriu de volta, beijando minha bochecha e me abraçando.

— Faz tanto tempo que eu queria fazer isso. – murmurei, passando a mão no cabelo dela. – Mas ei, temos uma ceia para arrumar, vamos logo, Loira, eu quero acordar o Perneta logo, pra mostrar aquela foto pra ele.

— Você já me mandou? – perguntou, sorrindo. – Eu vou guardar ela de todas as maneiras possíveis! Espera só até a Meri descobrir!

— Ela vai matar nós dois. – ri, levando a travessa para o centro da mesa. – Vamos aproveitar nossos últimos momentos. – murmurei, abraçando ela novamente.

— A gente vai é chamar o resto do pessoal pra comer, já são onze e cinquenta, e eu estou com fome. – resmungou, apoiando em mim. – Jack, você que vai lidar com a fúria da Merida quando ela descobrir.

Fingi uma expressão ofendida, seguindo para a sala logo atrás dela. O filme que a Tocha Humana estava assistindo já havia acabado, Wil e Vio estavam embaixo do outro edredom, mexendo nos seus respectivos celulares e mostrando memes um pro outro, rindo baixinho.

Merida estava assistindo qualquer coisa que passava na TV, mexendo no cabelo do Hic, que cochilava, com a cabeça agora no colo dela. Eles pareciam alheios à nossa presença, o que me deu uma ideia maravilhosa.

— Ei, Punz, que tal mais algumas fotos? – perguntei, sorrindo, apontando para os casais na sala.

— Ótima ideia, vou pegar meu celular. – correu de volta para a cozinha, pegando o celular na mesa e voltando para o meu lado. – Primeiro o casal oficial.

Andou lentamente até Wil e Vio, tirando algumas fotos dos dois, virando e tirando algumas fotos da Merida e do Hic, guardando o celular se aproximando deles.

— Meri, nós já vamos servir a comida, se você puder acordar seu namorado a gente agradeceria. – riu, fazendo a ruiva mostrar a língua.

— Opa, comida, quero. – Wil levantou o olhar, sorridente.

— Todo mundo pra mesa, a ceia vai começar! –exclamou, seguindo para a sala de jantar, seguida de mim e do Wil.

❀  ❀

Depois que os três foram para a cozinha, fiquei sozinha com a Merida e o Hiccup. Ele estava dormindo, com a cabeça apoiada no colo dela, que parecia estar com pena de acordá-lo. Dei uma risada abafada, observando a ruiva tentar acordar o garoto.

— Hic... acorda, já está na hora da ceia. – passou a mão no cabelo dele. – Você dormiu até agora, vamos logo, acorda. – cutucou a bochecha dele, que resmungou alguma coisa em resposta. – Eu vou borrar a lente dos seus óculos se você não acordar.

— Meus óculos nãão... – ele murmurou, abrindo os olhos lentamente. – O que houve?

Ele percebeu onde se encontrava, sentando, corado. Merida riu, olhando para ele, com as bochechas levemente rosadas também, enquanto o moreno brincava com a barra do casaco, ansioso.

Me levantei, seguindo para a sala de jantar, ouvindo a conversa dos dois enquanto saía.

— Ei, está tudo bem, você estava quase morrendo quando chegou aqui. – Meri riu, se levantando também. – Vamos comer, já está tarde.

— C-Certo. – murmurou, se levantando. – Ok, essa foi a ideia mais estúpida de todas.

— Foi mesmo. – respondeu, brincando. – Mas, o que houve?

— Minha perna está doendo... deve ser o frio. – resmungou, se levantando. – Mas tudo bem.

— Quer ajuda? – Meri parecia preocupada. Parei de escutar a conversa e segui para a sala de jantar.

Sentei ao lado do Wil, que já se servia com um pedaço de peru e algumas batatas. Sorri, pegando uma colher de macarronada e um pouco de arroz. Enchemos nossos copos com refrigerante e suco, começando a comer, animadamente.

Minutos depois, Merida entrou na sala, ajudando Hiccup a andar até a cadeira ao seu lado. Eles se serviram e nós começamos a conversar, era bom ter amigos de verdade. As piadas ridículas do Wil melhoravam ainda mais o clima de natal, fazendo com que algumas pessoas se revoltassem com as coisas estúpidas que ele dizia.

Depois de algum tempo, começamos a levar os pratos para a cozinha, Jack e Punz guardaram a comida salgada, e foram pegar os doces na geladeira. Punz havia feito biscoitos de gengibre, um bolo de chocolate com calda de morango, um pavê e uma torta de limão. Hic havia feito um manjar e cookies (que estavam quase acabados, depois que Merida comeu a maioria).

Wil se aproximou de nós com um sorriso travesso, depois de pegar o primeiro pedaço de bolo. Ele se virou para Rapunzel, e eu sabia que não sairia nada que preste daquela boca dele.

— Mas é pavê ou-

— Termina essa frase e eu abro sua garganta com essa faca mesmo. – Merida apontou a faca, que estava usando para cortar seu pedaço de torta, para a garganta dele.

— Nossa... tudo bem então. – olhou para o resto da mesa, seu sorriso se abrindo novamente.

— Wil, não... – pedi, cansada de piadas.

Ele me ignorou e, olhando Merida nos olhos, proferiu a frase que arruinaria nossa noite oficialmente.

— Mas é torta ou reta? – apontou para a torta de limão que a garota estava cortando.

— Wilbur! – algumas pessoas grunhiram, Punz bateu a cabeça na mesa, e Jack ria de Soluço, que tinha abraçado a Merida, provavelmente prevenindo uma catástrofe.

— Cala a boca e come, Topetudo. – puxei ele de volta para o assento ao meu lado, dando um beijo na bochecha dele.

— Vi, como você consegue? – Meri exclamou, já de volta no seu lugar.

— Sei lá, eu respiro fundo e tento não matar ninguém.  – ri, comendo um pedaço de torta.

— A real pergunta é como vocês duas aguentam a nerdice dos namorados de vocês. – Jack resmungou, com o rosto sujo de farelos de biscoito de gengibre.

— Eu tenho namorado? – Merida perguntou, confusa, comendo seu pedaço de torta. – Onde que ele tá?

— Do seu lado, sua cega. – Rapunzel apontou para o Hiccup, que quase engasgou com o pavê que estava comendo. – Ou vai me dizer que aquilo que estava acontecendo na sala era só coisa de amigo.

— O quê? – Hiccup perguntou, confuso. – Gente eu estava dormindo o que aconteceu?

— Eu tenho fotos, deixa eu te mostrar. – Jack desbloqueou o celular dele, mostrando algo para Hiccup, que corou, olhando para baixo. – Vocês agem como namorados desde que a gente se conheceu, assumam logo, por favor.

— Gente, vocês são muito chatos, socorro. – Merida reclamou, olhando para Jack e Rapunzel. – Só porque vocês estão namorando não significa que a gente tenha que namorar também.

— C-Como você sabe? – Punz perguntou. Espera, Rapunzel e Jack Frost estão namorando?!

— Olha, eu não sou surda, e por mais que eu goste do Grich, eu não estava prestando tanta atenção. – a ruiva mostrou a língua, terminando a torta que estava comendo. – E sim, eu ouvi vocês tirando a foto, mas não ia valer a pena acordar o Hic pra ir brigar com vocês. É natal, sejam felizes com as fotos que tiraram.

— Eu estou com medo, ela está calma demais. – Wil murmurou, enfiando outro pedaço de bolo na boca.

— Cala a boca, Topetudo. Se chama bom humor. – Meri resmungou, se levantando. – Vamos abrir os presentes?

— Vamos! – Punz sorriu, animada. Se levantando num pulo.

— Eu anda estou comendooo. – Wilbur exclamou, irritado. – Vocês não vão mesmo esperar o amigo de vocês?

— Presentes são importantes, Topetudo. Come logo. – reclamei, me levantando e seguindo o resto do grupo para a sala.

❀  ❀

Enfiei o pedaço de bolo que estava comendo na boca, seguindo meus amigos para a sala de estar, onde todos já se encontravam sentados, com presentes nas mãos. Me sentei ao lado da Violeta no sofá, pegando o presente dela.

— Vamos começar? – pediu Rapunzel, animada. – Meri, você começa.

— Ok, ok. – suspirou, se levantando. – Meu amigo secreto é a pessoa mais brilhante daqui, tipo, sério, fica no mesmo cômodo que essa pessoa mais de dois minutos e você fica automaticamente feliz.

— Sou eu, obviamente. – Jack riu, cruzando as pernas e recostando na poltrona.

— Não, Picolé, não é você. – a ruiva respondeu, séria. – Meu amigo secreto é minha melhor amiga, a Punz.

A loira deu pulinhos, animada, abraçando a ruiva e abrindo a caixa que havia recebido, tirando de lá um pingente com uma flor dourada, que a garota colocou na hora.

— É lindo, Meri! – exclamou, sorrindo. – Mas, bem, minha vez.

Todos nos aproximamos mais, para ouvir o que a garota iria dizer, animados.

— Meu amigo secreto já é meu amigo há muito tempo, eu gosto muito dele, mesmo que às vezes ele faça umas coisas idiotas, ele é um bom amigo, e eu espero continuar com essa pessoa por muito tempo. – ela sorriu. – Meu amigo secreto é o Jack.

Ele se levantou, envolvendo a cintura dela num abraço e girando a garota no ar. Ri, quem diria que o Jack seria tão meloso com a namorada dele? Surpresas da vida. Ele abriu o presente, encontrando um desenho dele, muito bom, por sinal. E um moletom azul, que ele colocou na hora.

— Obrigado, Punz. – deu um beijo na bochecha da garota, sorridente. – Meu amigo secreto é uma pessoa que, mesmo sendo um nerd, mudando meu despertador pro bait do gemido e fazendo piadas ruins, é uma pessoa divertida e que eu não trocaria por nada.

— Sou eu mesmo! – me levantei, pegando o presente das mãos dele. – Muito obrigado pela apreciação.

— Eu sabia que tinha sido você que tinha trocado meu alarme! – Jack exclamou, apontando para mim, irritado.

— Com licença, estou tentando abrir meu presente. – apontei para a caixa em minhas mãos, fingindo estar sério. – Oh, exatamente o que eu precisava, Jack! Obrigado. – peguei as lentes para câmera que haviam na caixa, fazendo um “high-five” com ele.

“Meu amigo secreto é uma pessoa que eu conheci por acaso. Eu já tinha ouvido falar dela, mas nunca conseguia ver em canto nenhum, o que deu o carinhoso apelido de Garota-Invisível. Então, Vi, como diria Sílvio Santos, vem pra cá, que esse presente é seu.”

Ela suspirou, se levantando e me dando um beijo na bochecha, pegando o presente das minhas mãos. Abrindo a caixa lentamente, fiquei observando, esperando par ver a reação dela para o que eu havia comprado.

“Life Is Strange 2 – Before The Storm”, o jogo que a Vi estava esperando lançar desde que anunciaram sua produção. Ela sorriu, animada, e me deu outro beijo, me abraçando com força.

— Bem, só tem duas opções sobrando, e como nós obviamente sabemos que só um deles ainda não entregou seu presente, é fácil saber quem é meu amigo secreto, porque ninguém acabou pegando a si mesmo. – ela começou o discurso. – Então, Hiccup, aqui está o seu presente.

— A-Ah, obrigado. – sorriu, abraçando ela e pegando o embrulho, com um novo Sketchbook e canetas nanquim. - Ahn... o que é isso? – ele perguntou, mostrando a caixa menor, dentro do presente.

— É pro Banguela. – explicou, enquanto ele retirava um ratinho de borracha de dentro da caixinha.

— Ele vai adorar, certeza. – riu, pegando o próprio embrulho. – Bem, não tem nenhum mistério de quem é meu amigo secreto agora, então, Meri, seu presente te espera.

Ele estendeu a caixa para a ruiva, que abriu, animadamente, encontrando um uma caixinha de música. A garota abriu, curiosa, podendo ver dentro da caixa um urso e um dragão de madeira, enquanto uma música num estilo medieval tocava.

— Hiccup... como você ainda lembra disso? – perguntou, surpresa. – A gente tinha uns seis anos de idade.

Ele apenas sorriu, assobiando no ritmo da música, e ela fechou os olhos, mexendo a cabeça e murmurando a letra numa língua que eu não conhecia. Rapunzel e Jack apenas observavam, sorrindo como pais orgulhosos, enquanto os dois na nossa frente cantavam a música tocando.

— Eu não estou entendendo nada, e você? – perguntei para a garota do meu lado, que apenas me deu uma cotovelada.

— Não estraga o momento, Wil. – minha namorada reclamou, me abraçando.

Depois de um tempo, a música parou, e os dois sorriram, como se tivessem um segredo que só eles sabiam. Merida abraçou o garoto, que sorriu, passando a mão no cabelo dela.

— Ei, você está... Meri, por que você está chorando? –ele perguntou, preocupado, colocando uma mão na bochecha dela. – Eu fiz alguma coisa?

— N-Não, Hic, esse presente foi maravilhoso. – sorriu fraco, segurando a mão dele. – Eu te amo muito, sabia disso?

— Também te amo, Meri... – ele beijou a testa da garota. Gente, o que está acontecendo?!

— Se beijem logo, a gente não tem a vida toda. – resmunguei.

— Wilbur! – o resto da sala se virou para mim, irritado.

— Me desculpem, eu estraguei o momento, eu sei.

Merida riu, olhando para mim, ainda com os olhos marejados, e voltou a olhar para o moreno, puxando a gola do casaco dele e beijando-o, com um sorriso no rosto.

— FINALMENTE! – Jack gritou, animado. – Violeta, você me deve $20.00.

— Ah, droga. – resmungou, passando a nota para ele. – Toma seu dinheiro sujo.

Todos rimos, e voltamos a conversar novamente, agora com um clima bem mais leve. Era quase duas da manhã quando resolvemos arrumar as coisas, a tempestade era muito forte lá fora, então teríamos que dormir na casa das garotas.

Enquanto arrumávamos os colchões, uma dúvida passou pela minha cabeça. Levantei o olhar para o resto do pessoal, que arrumava as coisas calmamente, e perguntei.

— Então, gente, quando raios o Papai Noel chega?

— Wilbur pelo amor dos deuses cala a sua boca. – Merida resmungou, e o resto da sala concordou, incomodado.

— Mas foi uma pergunta séria! – reclamei, cruzando os braços. – Todo ano aparece um Papai Noel lá em casa.

— Wilbur, aquele é o seu tio. – Violeta respondeu, suspirando. – E a atuação dele é péssima, não sei como meu irmão acreditou naquilo.

— Me desculpe se eu tenho fé nos seres natalinos. – ouvimos uma batida na porta, e a Rapunzel foi atender.

Assim que ela abriu a porta, um homem alto, vestido de vermelho, com uma barba branca comprida e um bigode enrolado acenou, sorrindo.

— Ai meu deus é o Papai Noel! – exclamei, sorrindo.

— Não, filho, meu nome é North. – ele disse, virando para Rapunzel. – Eu moro no apartamento do lado, pode me emprestar um pouco de mel?

— Claro! – sorriu, correndo para a cozinha e voltando com o pote de mel. – Pode ficar com ele, depois nós compramos mais!

— Obrigado, você salvou minha vida! – sorriu. – Feliz natal para vocês, crianças!

— Feliz natal! – exclamamos, sorrindo.

— Para agradecer pelo mel, aqui está um presentinho. – ele entregou um ursinho de pelúcia para Punz, do tamanho de um chaveiro. – Eu não sou o Papai Noel, me desculpem, mas acho que pode servir.

Nós rimos, nos despedindo dele e fechando a porta. Esse foi definitivamente o melhor natal de todos.


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