Resolvendo um Crime - Versão Bela e a Fera escrita por JWHFhiiii


Capítulo 5
Final 3 (40-50 pts) - VinCat




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/750300/chapter/5

“Estamos tentando capturar o Vincent já faz um bom tempo. Ele foi parte de uma série de experimentos com vírus para aperfeiçoamento genético em soldados durante a guerra no Iraque. O problema é que esses soldados quando sentiam raiva, perdiam completamente o controle e era realmente difícil de contê-los com toda essa força e velocidade sobre-humana que eles adquiriram. Assim, nós da agência federal de inteligência, exterminamos todos eles, mas de alguma forma esse, Vincent, conseguiu fugir.

Apesar de ele parecer não estar causando muitos problemas, tanto que sequer conseguimos muitas pistas de onde ele está, ele por si só é um grande problema para nós. E por mais que ele consiga se controlar ainda por agora, ele não deixa de ser um risco para a sociedade.

Ficamos sabendo que ele contatou essa doutora, especialista em células imortais, imortais como as do Vincent, e ela estava trabalhando para ele em busca de uma cura para as suas células infectadas. Que maldita displicência envolver outros nessa sua história ferrada, quando descobrimos, viemos atrás dela para apagar qualquer tipo de pistas que levem a descoberta da existência de Vincent. Para a sociedade ele foi uma perda da guerra, entre muitos outros soldados.

Eliminamos a mulher, a fazendo beber uma substância em seu suco, forçadamente para simular uma tentativa de suicídio, quando ela tentou resistir, o agente descuidado apertou uma faca em seu pescoço, tivemos que plantar uma navalha para disfarçar o corte como uma tentativa falha de se matar... O resto foi bem simples, ela trabalhava de fim de semana, a universidade ficava praticamente vazia, na segunda-feira encontrariam seu corpo apodrecendo no chão, após ter enlouquecido e cometido suicídio.

Eu fiquei disfarçado na gerência, observando as câmeras de vigilância com uma desculpa de vistoria para a firma de segurança, porque nós sabíamos que ele viria em algum momento para encontra-la de novo.

Plantamos algumas pistas falsas no computador da doutora e levamos todas suas anotações, cadernos e dados, não deixaria esses detetives acessarem o computador, mas sei que Vincent daria seu jeito de entrar e tentar recuperar os dados, seria quando o pegaríamos.

Mas aquela detetive, tão jovem, era mais perspicaz do que eu poderia imaginar, não consegui ver Vincent pelas câmeras observando o laboratório pela janela, até que a detetive Catherine o viu e iniciou uma perseguição a ele pelo prédio.

Eu ainda os observava pela câmera de segurança quando eles pararam ao pé de uma escada para conversar, eu podia ouvi-los, me mantive com os olhos sobre esses dois até os agentes chegarem onde eu indiquei que eles estavam.

Então nosso atirador de elite tinha se posicionado, tinha mirado na nuca do rapaz e outro na detetive, quando ele a puxou para fora da vista do tiro, se agachando com ela atrás de uma moita.

Não demorou muito para mais testemunhas chegarem, malditos policiais, então abortamos a missão. Ele desapareceu, literalmente, entre as árvores.

Tínhamos certeza que ela o via, mas nunca conseguíamos muitas pistas, investigávamos a casa dela, mas não era o suficiente, ele era bom em se esconder. Asquerosamente bom.

Eu tentei entrar na casa dela e os esperar lá, porém o que eu não esperava é que ele estivesse lá dentro e como um animal com audição impecável para ouvir uma pena caindo, ele me encontrou. A missão era eliminá-los se pelo menos eu conseguisse isso com ele, já seria uma grande coisa, então eu tentei, mas obviamente, não era páreo para aquela aberração. Ele retirou a arma da minha mão e me socou, eu cambaleei para trás e tentando fugir pelo telhado, eu cai do terraço da casa, quebrando o pescoço.

Ele era um ser incontrolável e perigoso, eu tinha a melhor das intenções ao tentar me livrar dele, eu tentava me convencer disso, como ele poderia, um ser como ele, viver em sociedade dessa forma? Ele era perigoso e aquela detetive era estúpida por o ajudar, mas ela se arrependeria quando o deixasse se aproximar. Ela saberia que no fim tínhamos razão.”

— Eu sinto muito por ter te colocado no meio disso, Catherine. A única coisa que eu faço desde que eu me tornei isso é só... Colocar a vida das pessoas em risco. Você precisa ficar longe de mim. – Vincent disse para Catherine uns dias depois do acontecido com o agente federal, sentado em uma cadeira no quarto dela.

Ele parecia desconsolado sem saber o que faria da sua vida.

— J.T. me apresentou a doutora Clarck, ele estava apaixonado por ela e eu a envolvi nisso, e... A matei. – Vincent continuou lembrando da morte da doutora com lágrimas nos olhos.

— Isso não é sua culpa Vincent. Eles causaram isso a você. Eles mataram a minha mãe e eles mataram essa garota. Não você. – Catherine disse se aproximando dele e colocando sua mão levemente nos ombros largos de Vincent, o fazendo a encarar.

— Não posso deixar o mesmo acontecer com você, Catherine. De qualquer forma eu não sou seguro... Você precisa se afastar. – A encarando profundamente e segurando as suas mãos nas dele, Vincent se levantou.

— Você não parece dizer isso para o JT... – Ela o provocou.

— É muito diferente, eu não sinto todos esses sentimentos intensos pelo JT...

Catherine congelou na frente do homem surpreendentemente musculoso a sua frente, Vincent tinha uma beleza clássica, misturada com uma pegada gutural e primitiva, talvez algo dessa transformação que o deixou como uma fera, mas que era definitivamente atraente. Havia algo sobre ele que ela havia aprendido a respeitar desde o que o conheceu, uma honra como um soldado paladino teria, força em suas palavras, alguém confiável, definitivamente um bom parceiro de investigação, enquanto os federais tentavam encobrir seus rastros e ataca-los em alguma armadilha, Vincent esteve sempre lá a ajudando a investigar toda essa história por trás da transformação dele e da morte de sua mãe.

Mas a última coisa que Catherine esperava é que ele falasse algo assim para ela, porque talvez era exatamente o que ela estava tentando evitar dizer, mas que se tornava mais evidente dentro de si a cada dia que passavam juntos.

Ela gostava dele. Ela o amava? Ela sonhou com o rosto dele nos últimos três anos e quando o viu de verdade, ela sabia da resposta.

Colocando as mãos ao redor do rosto de Vincent, Catherine o encarou profundamente e disse:

— Eu não sou essa doutora Vincent. Os problemas com os federais? Nós podemos enfrentar juntos. Quaisquer que sejam seus medos sobre você, eu o conheço o suficiente para dizer que eu não os tenho, Vincent.

Dizendo isso ela aproximou seu rosto do dele. Vincent não entendia o que ela estava fazendo até que seus lábios se encontraram e ele não podia mais lutar contra aquilo. Ele a puxou mais perto, enlaçando sua cintura e entrando com seus dedos entre os cabelos dela.

Catherine sentiu uma corrente percorrer o seu corpo quando eles se conectaram daquela forma, algo que nunca sentiu antes. O beijo era tão intenso que eles mal podiam respirar, eles se moviam lentamente, mas com pura fome um do outro, quando Vincent se afastou ofegante para lhe dizer em seus lábios:

— Eu estou tão apaixonado por você, Catherine. – Ele havia passado três anos a vigiando, cuidando de seu sono e verificando se havia alguma ameaça dos federais atrás dela. E por mais que tentou evitar crescer qualquer sentimento, ele não conseguiu completamente, ela era incrível e quando finalmente a conheceu, ele teve certeza.

Então ele a jogou na cama, subindo por cima dela. Catherine puxou a camisa dele por sua barriga, sentindo os músculos firmes ali em suas mãos. Vincent se livrou da peça rapidamente, não deixando seus lábios se desligarem por mais do que alguns míseros segundos.

Eles pareciam um corpo só, conectado por aquele beijo e suas mãos explorando e sentindo cada centímetro do outro, deixando seus corpos se moverem juntos no mesmo ritmo. Dominados pelo puro prazer de finalmente achar aquilo que lhe faltou por tanto tempo.

Catherine jogou a cabeça para trás enquanto ele lhe beijava o pescoço. A cada segundo juntos o lado animalesco dele se tornava cada vez mais intenso, enquanto ele lutava para controla-lo para não sair do controle e machuca-la, mas ele definitivamente não podia parar. Quando eles estavam próximos ao ápice, ele grunhiu e seus olhos acenderam amarelos.

Ela o encarou assustada por um momento e então acariciou seu rosto, tentando o trazer de volta para si. Nada havia mesmo mudado, ela sabia, ainda era ele. Eram eles ali e ele nunca iria machuca-la, essa era uma das maiores certezas que ela tinha e realmente ele se manteve estático por um momento sentindo esse seu eu bestial no limite, mas com o toque de Catherine o trazendo para sua humanidade e lhe lembrando de quem ele era. Ele quase podia agradecê-la por isso. Por existir. Então com sua respiração ofegante, ele foi fechando os olhos e se deixando levar, sabendo que até mesmo seu lado besta, amava Catherine. Assim, eles selaram aquele momento com um novo beijo apaixonado que durou com muito amor todo o resto da noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Resolvendo um Crime - Versão Bela e a Fera" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.