Sekai no Sozokujin: Laços mais que eternos. escrita por SabstoHoku, FrancieleUchihaHyuuga


Capítulo 13
Alvos


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeey!

Esse capítulo gerou muitas discussões e decisões enquanto escrevíamos - e ele, querendo ou não, acabará se tornando um ponto de virada, provavelmente o primeiro desta temporada - então espero, de verdade, que gostem dele!

Um beijão pra todos vocês ♥



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"E quanto a nós?

E todas as vezes que você disse que tinha as respostas?

E quanto a nós?

E quanto a todos os felizes para sempre quebrados?

E quanto a nós?

E quanto a todos os planos que terminaram em desastre?

E quanto ao amor? E quanto a confiança?

E quanto a nós?"

—What about us, P!nk

Hospital Geral de Konoha, 05:30

—O que aconteceu com ele? 

—Praticamente o mesmo que com o outro. —Explicou uma das outras médicas da equipe, enquanto Sakura se aproximava da maca. —Foi encontrado inconsciente no portão leste. Os vigias não sabem como ele foi parar lá.

A mulher engoliu em seco. 

—É claro que não. —Ela observou o menino com cautela; as roupas esfarrapadas, sujas e manchadas indicavam uma luta. Os ferimentos, em contrapartida, não. Assim como o desconhecido anterior, tinha cortes retos demais para que não fossem cuidadosamente feitos, além de pontos parecidos na cabeça. Aquela intervenção, no entanto, não parecia tão grande quanto a do outro homem. Uma área específica parecia ter sido poupada.

E ela entendeu. 

—Vamos cuidar dos ferimentos externos e limpá-lo o mais rápido possível. Peça para a administração conseguir o quarto mais perto do desconhecido que conseguirem. —Orientou a equipe. —Sei que Naruto já passou por aqui, mas alguém tem que ir atrás dele, ouviram? Peçam para o Hokage trazer a divisão de inteligência. 

—Mas… Ele não será capaz....

—Quantos puderem. Com a líder junto. —Completou, firme. —Tragam Ino para cá. 

•´¨*•.¸¸.•*´¨•.¸¸.•´¨`•.¸¸.•*

Campo de treino da Vila da Fumaça, 17:45

Naquele momento, Hokuto quis gritar. 

Não, não, de novo não

Sentiu as mãos tremerem, reagindo ao choque, à descrença, à própria rejeição para com aquela informação absurda. Não poderia ser verdade. Não deveria ser. Seus olhos encontraram a figura de Hitomi, constatando a palidez que dominara a pele da garota, a rigidez com que suas mãos haviam se fechado em punho. Ela estava com medo, emanando medo, coberta por ele e transbordando-o por todo seu ser. Conseguia sentir. Conseguia ver. 

E não o puxou para si. 

Não quando sentia-se derramando sentimentos que nem mesmo podia entender, muito menos explicar. O suor frio que começou a brotar de seus poros era uma demonstração efetiva daquilo. Buscou Boruto mais à frente, apenas para encontrar o irmão encarando-a, vindo para perto, perto o suficiente para abraçá-la e apertá-la contra o próprio peito. O toque dele estava gelado e ele, por inteiro, coberto de fúria. 

—Crianças… —Konohamaru chamou, numa voz que parecia difícil se fazer sair de sua garganta. 

—Não nos chame assim. —Rebateu Hitomi. —Não agora.

Também queria abraçá-la e protegê-la. Agarrar-se a ela como agarrava-se ao irmão, talvez mais, talvez menos. Oferecer-lhe o ombro, a voz, as mãos, os braços, a aspereza dos dedos e tudo mais que merecia e precisava. Tudo o que quisesse. Tudo de si. 

—Precisamos ir. —Determinou. Usava um tom sério que não fazia jus à sua personalidade carismática e, por um instante, Hokuto quis apoiá-lo também. 

Mas ele não desejava sua ajuda. Não depois de ter visto o que viu. 

—Vocês estão seguros, está bem? —Continuou, dando passos na direção deles, passando lentamente por cada um, sustentando um olhar firme a cada vez que mirava algum par de olhos. As sobrancelhas franzidas e o maxilar tenso diziam tudo o que sua boca se negava a pronunciar, mas ele continuava; mentia, sabia, mas queria acreditar com todas as forças. —Estamos seguros aqui e permaneceremos enquanto estivermos juntos. Partiremos de volta ainda hoje.

—Não está tudo bem. —Disse Boruto, a voz tremendo ao sair de sua garganta. —Não está. Sabe o que aconteceu da última vez, você estava lá. 

—Não pode condenar toda a sua vida pelas pessoas que perdeu nas missões, Boruto. 

Porque ele não sabia. Não sabia sobre o que acontecera, os motivos que haviam levado à morte de Toshiko, aquilo que os havia separado tão cruelmente. Ele não sabia sobre Kousei ter sido visto e se sacrificado naquela caverna. Afinal, o que Konohamaru poderia saber? Sobre a morte de Kine? Sobre o incidente com Yuni e os olhos de Hitomi? Sobre uma fração da droga do poder que Hokuto carregava consigo? Talvez ele não entendesse. Talvez não quisesse. 

—Você pode não se importar, mas eu me importo. Se nos pediram pra voltar, é porque algo aconteceu. Se a única coisa que o Hokage teve a decência de nos avisar é sobre a volta desse… Monstro, é porque algo aconteceu ou vai acontecer. Sabe disso. Sabe disso e prefere fingir que não é assim, dattebane!

—Se nos avisaram, foi pra proteger vocês. —O argumento fazia sentido, apesar de ser consideravelmente raso dentro daquelas circunstâncias; mas não foi aquilo que incomodou Hokuto. Ainda que as palavras de Konohamaru a chateassem, outra se sobressaía, vinda diretamente da boca de Boruto: monstro.

Decerto, o Mestre poderia ser chamado daquela forma. Ela não seria capaz de encontrar definição melhor em seu vocabulário. O que a intrigava era ter sido chamada assim alguns minutos antes por Shikadai, e ter consciência de que não era a primeira vez, nem a última. Mas ser comparada ao Mestre… Compartilhar com Ele aquela mesma ofensa parecia rachá-la um pouco por dentro. Monstro, como aquele desconhecido que os cercara e destruira aos poucos? Monstro como o indivíduo que causara a morte de Toshiko? 

Quem causara a morte de Toshiko?

—Se querem nos proteger, deveriam nos dizer o que está acontecendo! Um bilhete com duas frases? Uma mensagem sobre voltar para casa? O ÚNICO bilhete que chega em UM MÊS é sobre como o cara que destruiu TUDO o que nós tínhamos decidiu dar as caras aletoriamente?! —Ouviu Boruto responder, e o tom arrogante tinha traços de preocupação. Seu instinto protetor falava alto às vezes e isso era inegável, ainda que seu auto-controle tivesse tido uma significativa melhoria. Mas, naquele momento, em seus ouvidos, a voz dele parecia abafada. Estranhamente abafada. 

Se fechou no casulo que o irmão formara para ela com o braço, escondendo o rosto sobre a camiseta dele; de fora, devia parecer que estava em busca de conforto, mas não estava. Fechou os olhos, concentrando-se, sentindo-os formigar, tal qual a parte de cima de sua nuca, e viu. 

Sentiu ali, serpenteando dentre aquela mente, a massa disforme que monopolizara seus pensamentos naqueles dias após a volta da vila do algodão, pretendendo invadir e conquistar. Algo distinto - que não era dela, e tinha certeza daquilo. Algo que tinha a voz calada por puro poder, incapaz de dominá-la, mas de alguma forma capaz de entrar. 

Soube que era verdade sem precisar sequer olhá-la. Tudo havia voltado. Aquela presença, agora… Já era mais que o suficiente. Seu coração pesou como se fosse chumbo e aquilo… Aquilo ela também não seria capaz de alcançar.  Como não alcançara antes. 

—Já está decidido, temos ordens expressas e sabem que, ainda que eu queira, não posso mantê-los aqui por mais tempo. 

—Mas pode atrasar o caminho. —Alegou Hitomi.

—Sabem que isso é praticamente impossível, não sabem? É capaz do Sétimo mandar uma equipe ANBU para escoltá-los. Sei que têm ciência disso.

—Mesmo que tenhamos, sabemos a influência que tem com o Hokage. —Insistiu Boruto. —Sabemos que foi aluno do meu pai e que ele confia em você. 

—Mas ele não arriscaria vocês em meu nome! —Rebateu o professor, e Hokuto também sentiu aquela preocupação profunda e justificável. —E muito menos eu, kore!

Por um segundo, fez-se silêncio. 

—Então agora estamos em risco? Não estávamos seguros a quatro declarações atrás, dattebane? —E Boruto, curiosamente, realmente havia conseguido contradizê-lo.

—Não façam nenhuma besteira. —Ele parecia suplicar agora. E realmente estava. —Não coloquem as próprias cabeças a prêmio. Konoha já teve o suficiente disso pra um século. 

—Mas… —Era a voz de Shikadai, fraca, mas presente. Aquilo não comoveu Konohamaru. 

—Amanhã sairemos cedo. Não está aberto para discussões. Eu discutirei pessoalmente a questão burocrática com os líderes da vila. Até lá, espero que organizem suas coisas. —Decretou, inflexível. Ela não era capaz de julgá-lo por agir daquela forma. 

—Vem, Hoku. —Boruto se afastou um pouco, obrigando a menina a erguer o próprio rosto e abrir os olhos - olhos esses de um impecável e puro azul, sem um sinal apenas de serem aquilo que eram. Mantendo as mãos nos ombros dela, ele pareceu querer conduzi-la em direção à saída do campo, e assim, pacientemente, o fez. Tocava-a levemente, como se fosse vidro, como se enxergasse fragilidade nua e crua em cada canto exposto da pele da irmã e tivesse medo de rachá-la em pedaços ao mero resvalar.

Mas era estranho. Era estranho, conhecendo-o tão bem, vê-lo ceder daquela forma. 

•´¨*•.¸¸.•*´¨•.¸¸.•´¨`•.¸¸.•*

Hospital Geral de Konoha, 08:00

—O quê conseguiu? —Direto e seco como um líder costuma ser, Naruto não parecia consigo mesmo ao agir daquela forma, ao menos foi o que Sakura se pegou pensando ao ouvir o questionamento do marido. 

—Múltiplas escoriações externas, sinais rasos de batalha com armas brancas e marcas mais profundas que parecem ter sido feitas com instrumento cirúrgico. Intervenção cirúrgica consideravelmente comprometedora e irreversível nas regiões dos lóbulos frontal e temporal. Inconsciente e com grandes chances de ter se tornado incomunicável oralmente, além da probabilidade de ter uma perda significativa na compreensão da linguagem. 

Naruto a encarou como se tivesse perdido parte da explicação ou simplesmente travado ao tentar entendê-la. 

—Então ele está no mesmo estado de Shin? —Indagou. Ao menos havia seguido a linha de raciocínio certa. Shin - o nome provisório que haviam dado ao primeiro homem que aparecera - estava se recuperando fisicamente de forma lenta, mas quase não respondia a estímulos externos. Não parecia ser capaz de se comunicar após o dano cerebral grave, e sequer Ino com sua Transferência de Corpo e Mente conseguira extrair algo dele. Mirai também tentara com genjutsu, sem sucesso. Shin apenas movia os olhos; porém, não parecia conseguir reconhecer alguém ou algo sequer. Se mexia pouco e emitia ruídos raramente, nada entendível, nada, nunca. O que quer que haviam feito com ele, o homem se tornara cruelmente a casca daquilo que fora. 

—Quase. —Sakura respondeu, olhando-o. Naruto levantou uma das sobrancelhas. —Kohari sofrerá uma perda significativa, mas não completa, do processamento e compreensão das informações que retém e recebe. 

—Então?

—Ino conseguiu. —E aquela fala tão curta foi capaz de fazê-lo suspirar de alívio como há tempos não fazia. O rosto de Sakura, entretanto, permanecia sério, imutável, como se carregasse péssimas notícias. —Naruto… Ela conseguiu apenas uma informação. 

—Qual? 

—Ela… —Hesitou. Sakura nunca hesitava.

—Qual, Sakura? 

—Uma mensagem. —A resposta surgiu pela voz de Ino, que adentrava a sala vestida num dos sobretudos escuros da Divisão de Inteligência. Ela mirou os olhos verde-água no Hokage, o rosto duro, a preocupação visível através da beleza inegável. —Me desculpe pela interrupção, Sétimo, mas se Sakura não pôde dizer, eu devo. —Era estranho vê-la falar tão formalmente. O olhar que lançou à melhor amiga era terno, apesar de rígido, e Sakura concordou com um gesto de cabeça, dando um passo para trás, como se permitisse à ela se tornar parte da conversa. Ino fechou a porta atrás de si. —Claramente colocada lá de alguma forma, a única coisa recuperável da mente dele. Uma lembrança borrada com uma voz desconhecida. 

—Uma voz?

—Sim. “Diga a eles que não acabou". — Os lábios de Ino se apertaram ao terminar de falar, e Sakura pôde ver com clareza o temor que se infiltrava sob a pele dela. Temia pela vila e, estando envolvida na última investigação que haviam feito após a volta dos times 7 e 10 quase quatro anos antes, temia pelo filho. 

Todos ali sabiam quem eram eles. Nenhum dos três, entretanto, poderia saber quem era Ele. 

Naruto lançou um olhar sério à esposa, que o retribuiu, igualmente preocupada. O Hokage se deslocou até a mesa, alcançando seus pergaminhos em branco e tinta. Escreveu algo - ao menos duas frases ao que Sakura pôde ver - e enrolou o bilhete, amarrando-o com uma fita simples. Quando olhou de volta para as duas mulheres presentes na sala, o brilho rotineiro em seus olhos azuis havia sido substituído por um esboço mínimo de luz. 

—Precisamos que isso chegue até eles o mais rápido possível. —Informou. Ino assentiu, e assim Sakura também, apenas para complementar logo após: 

—Ótimo. Sasuke está lá fora. 

•´¨*•.¸¸.•*´¨•.¸¸.•´¨`•.¸¸.•*

Hall do hotel, Vila da Fumaça, 21:30.

—É uma ação inconsequente. —Argumentou Inojin, sendo apoiado por Shikadai com um aceno de cabeça. Mais do que ninguém, Boruto tinha plena consciência de que talvez estivesse sendo irresponsável, e ter dito seus planos apenas aos meninos era a prova de que queria manter-se longe da reprovação da irmã. 

Estavam reunidos na sala de uma das poucas pousadas que haviam encontrado na vila, e a noite caía, banhando as janelas, o cômodo e os rostos de branco e prata. Num canto do hall vazio, conversando entre si, aproveitando o pouco tempo livre e privacidade que a ida de Konohamaru para checar as meninas já nos quartos dava, os quatro garotos não pareceriam nada além de jovens comuns sussurrando possíveis indecências uns aos outros, caso mais alguém passasse por ali.

Boruto apreciava o disfarce, muito embora nenhum deles estivesse fazendo muito esforço para sustentá-lo além das posturas largadas que, na realidade, não tinham nada de planejadas. 

—Eu sei, mas não me importo. Se essa... Pessoa... Estiver em busca de machucá-las, é meu dever impedir antes que algo aconteça. —Rebateu. 

—Algo já aconteceu, Boruto. —Shikadai disse, subitamente. —Você se lembra do que fizemos quando fomos atrás disso sozinho. Não temos mais treze anos. 

—O plano deu certo, dattebane! 

—Não, não deu! E não nos levou a lugar algum. 

—Levou, sim. Nós trouxe até aqui, não trouxe? —Diante daquela resposta, Shikadai franziu o cenho, parecendo indignar-se com o que era dito pelo amigo. Suspirou; mal começara a falar, mas parecia já estar cansado de todo aquele papo. 

—E você acha isso bom? —Questionou, levantando-se. Tinha certamente a mesma altura do Uzumaki, e os olhos verdes herdados da mãe assemelhavam-se muito aos de Boruto. Eram parecidos, de certa forma: ambos tinham a esperteza bruta, a teimosia enraizada nas veias. Hokuto era uma parte dele; Shikadai, seu equivalente. 

Encarou-o; transmitia certa raiva no olhar. Não era mais de seu feitio ser tão insistente, mas a persistente sensação de que algo horrível aconteceria não deixava sua mente. Precisava sair, ir atrás de quem quer que fosse e então voltaria bem, deixaria todos bem, e tudo voltaria a ser como antes. Tudo e todos, até mesmo... 

—Sei que não quer perder. —Mitsuki, que mantivera-se calado até ali, declarou. —Mas está sendo um idiota agindo dessa forma. 

—Não tem nada a ver com isso, dattebane! —Rebateu Boruto, com uma pressa atípica naquela situação. Mitsuki levantou uma de suas sobrancelhas. 

—Ah, não? 

—Mas é claro que não! 

—Mas seria ótimo se pudesse voltar como um herói e salvar alguma donzela, não seria? —Questionou o outro menino, provocativo. Boruto sentiu as bochechas corarem; ultraje! É claro que não estava afim de fazer aquilo à favor da própria imagem para agradar Hitomi, ou superar Hokuto. Mitsuki dizia absurdos. 

—Qual é a sua, hein? Hitomi não é nenhuma donzela indefesa!

—Eu nunca disse o nome dela, Boruto. —Esclareceu o azulado, o que fez toda a voz de Boruto sumir como num passe de mágica; não corou, mas sua pele tornou-se tão branca quanto papel. Mitsuki suspirou, com tons de exaustão naquele pequeno gesto, e então balançou a cabeça negativamente. —Sabe o que mais me impressiona? Sua capacidade de acreditar nas próprias mentiras. Você se engana. 

—Eu não me engano, 'ttebane. —O loiro respondeu, teimoso como apenas ele saberia ser. 

Entretanto, algo doía por dentro. 

—Então faça como quiser, siga seu ego, quebre ainda mais, transforme em cacos aquilo que foi partido ao meio. —Pela primeira vez, viu Mitsuki parecer expressar um sentimento de forma tão real que o assustou; e era algum tipo de ressentimento que corria por debaixo daquela pele branca e olhos dourados. —Depois volte e tente concertar infinitas vezes, tente montar seu time e trazê-las de volta. Dê a infância que foi roubada de Hitomi, da sua irmã, do seu antigo eu. Traga de volta aqueles laços e sentimentos. Se ir atrás do completo desconhecido devolver isso a todos, vá. Caso contrário, Uzumaki Boruto, você é só mais um garoto mimado e egoísta com mania de grandeza. 

Mitsuki deixou o recinto, seguido por Shikadai; apenas Inojin, que mal opinara, havia permanecido ali. Boruto tentou sorrir de canto para ele, numa busca involuntária por apoio, mas encontrou olhos nublados. O Yamanaka se levantou - estivera sentado por todo o período - e dirigiu-se à porta. Não saiu antes, entretanto, de dizer: 

—Ela não aguentaria perder você, Bolt. —E aquilo foi o suficiente para que duas toneladas parecessem pousar sob seu tórax. —Eu sei que não. Ela está doente demais.

E não é como se não soubesse que era verdade; não. Na realidade, os pensamentos de Boruto se voltavam à possibilidade do fim de tudo aquilo, capturando a ameaça que mais os amedrontava. Era justo, não era?

E ainda que não tivessem concordado com ele - de uma forma ou de outra - os meninos estavam lá para acompanhá-lo quando partiu, em plena madrugada, rumo à Vila do Algodão.


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Notas finais do capítulo

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