Silent Night escrita por Jude Melody


Capítulo 1
23 de dezembro




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Leorio caminhava a passos largos pelo saguão do aeroporto. Não conseguia acreditar que se atrasara pela segunda vez. Uma até é compreensível. Acontece. Mas duas? Acabaria perdendo o namorado se não fosse cauteloso. Engoliu em seco diante do mar de pessoas. Abraços, risos, malas sendo arrastadas de um lado para o outro. Seguiu em ziguezague, costurando, procurando. Estava quase tirando o celular do bolso quando ouviu seu nome.

— Kurapika? — Virou o rosto, alarmado.

O Kuruta sorriu. Estava a poucos metros de distância, vestindo o mesmo sobretudo marrom do último encontro. Leorio abraçou-o com força, permitindo-se sentir que o outro era real. Antes de se afastar, um beijo. Lento, imerso no toque macio dos lábios. Kurapika suspirou de olhos fechados.

— Estou feliz por você ter vindo — sussurrou Leorio, acariciando os cabelos louros.

— É bom revê-lo, Leorio.

O mais velho sorriu. Inclinou-se para um segundo beijo. Mas o Kuruta deu um passo para trás.

— Leorio, as pessoas vão ficar olhando...

— Deixe que olhem!

— Não. Eu... — Abaixou os olhos. — Não me sinto confortável.

Leorio esfregou a nuca. Para ele, era tudo tão simples. Mas seu amor por Kurapika falava mais alto. Ele respeitaria seu ritmo.

— Vamos. Deve estar com fome.

— Muita — respondeu Kurapika sem rodeios. — A comida servida no voo era horrível.

— Ainda assim, é melhor pegar um dirigível do que passar dias no trem. Quer ir ao mesmo restaurante da última vez?

Kurapika deu de ombros.

— Você quem sabe.

— Então, vamos.

Leorio segurou sua mão. O Kuruta não protestou.

 

O gosto do déjà vu atingiu os lábios de Leorio enquanto Kurapika estendia o sobretudo no encosto da cadeira. Seu pulôver cor de vinho combinava com as pedras dos brincos, que mal apareciam sob os cabelos soltos. O Kuruta sentou-se e empurrou uma mecha para trás da orelha, mas ela voltou teimosa para o mesmo lugar.

— O que está olhando?

O semblante de Leorio não se alterou.

— Você.

— Sou uma visão tão interessante assim?

Leorio pousou o queixo sobre a mão.

— Bastante.

Kurapika virou o rosto. Fingiu distrair-se com o cardápio que o garçom acabara de entregar. Mas o rubor estava ali.

— Eu vou querer o molho sugo desta vez.

— Muito bem. Nós dois no molho sugo, então.

Kurapika riu.

— Qual é a graça?

— Nada. É só que... Soou engraçado.

Leorio piscou sem entender. Pediu ao garçom que acrescentasse almôndegas aos pratos. Não beberiam vinho desta vez. Contentaram-se com água.

— Como está seu trabalho?

— Um pouco mais tranquilo. Arrietty tem sido uma excelente ajuda na caçada aos olhos. Eu pensei em convidá-la para passar o Natal conosco, mas ela recusou. Disse que encontraria o namorado.

— Quem diria, hein? Aquele projeto de gente namorando.

— Deixe ela ouvir você — provocou Kurapika.

— Eu, não. Tenho amor à vida. Mas coitado desse garoto. Imagino o sofrimento que passa.

O Kuruta meneou a cabeça.

— Por que ela te ajuda, afinal?

— Arrietty tem os motivos dela.

— Não te contou?

— Eu também não conto todas as minhas razões. É nosso acordo tácito.

Leorio ficou em silêncio. Ainda não tinha tornado a falar quando o garçom serviu os pratos. Durante alguns minutos, Kurapika também permaneceu quieto.

— Com ciúmes, Leorio?

— O quê? Não, não. É claro que não!

Kurapika sorriu. Esqueceu o espaguete por um breve instante. Estava concentrado demais na visão de Leorio com o cenho franzido. Ele ficava atraente com o casaco de lã preto.

— É só que... Sei lá. Eu fico preocupado. A Arrietty parece meio louca. Tenho medo de ela acabar te matando.

— Segundo a própria, eu posso fazer isso sozinho.

— Vamos mudar de assunto?

Kurapika percebeu o desconforto de Leorio. Não era momento para brincadeiras.

— Ela é uma boa amiga. Ela cuida de mim.

— Bem, se você a chama de amiga, deve ser mesmo uma boa pessoa.

Kurapika pousou os talheres na mesa. Mal tocara seu prato. Estendeu a mão, buscando a de Leorio. Este hesitou ao sentir o toque.

— Você também é meu amigo, Leorio.

Ele não respondeu. Apenas sorriu.

 

Kurode fez a costumeira festinha quando Kurapika entrou no apartamento. Saltava e latia, abanando a cauda. O Kuruta abraçou-o, murmurando que sentira saudades.

— Ele te adora demais — disse Leorio.

— Mas é claro que adora — retrucou Kurapika. — Olhe só para mim!

O Paradinight mal acreditou. O outro estava fazendo gracinhas. Se ainda fosse Halloween, pensaria que era algum tipo de bruxaria.

— Você vai querer jantar fora também?

— Não. Aqui. Está muito frio, e eu não quero caminhar na neve.

— Mas a neve é tão bonita.

— Na minha última missão, eu tive de caminhar por duas semanas na neve, Leorio. Não estou mais a fim...

Leorio não respondeu. Apenas ficou parado, examinando o rosto do Kuruta. As olheiras ainda estavam ali, mas já não eram tão escuras. A palidez ainda era visível, mas começava a ceder espaço a um pouco de cor.

— Você continua magro.

— O quê?

— Quando nos encontramos no Halloween, você estava muito abatido. Eu pensei que estaria melhor agora...

— Eu estou melhor. As últimas missões foram menos exaustivas. Como disse, Arrietty tem me ajudado bastante.

Leorio tocou seus cabelos. Gostava deles compridos.

— Eu quero que descanse bem enquanto estiver aqui. E que coma direitinho.

Kurapika revirou os olhos.

— Arrietty disse que você "me engordaria para o Natal".

O Paradinight sentiu o rosto corar, mas não soube explicar o porquê. O Kuruta fitou-o e corou também. Riram de puro nervosismo.

— Venha. Vamos arrumar suas coisas.

Caminharam até o quarto. Kurapika estancou na porta ao perceber que a cama de solteiro fora substituída por uma de casal. Leorio alternou o olhar entre ele e a cama. Esfregou a nuca.

— Bom, eu... eu meio que comprei uma queen size para que nenhum de nós tivesse de dormir no chão ou no sofá... Os dias têm sido muito frios, sabe? As noites, piores ainda...

— Você não espera que eu durma na mesma cama que você, espera? — ralhou Kurapika, a voz mais fina do que o normal.

— Ora, vamos! Você fala como se fosse algo ruim. Mas, se isso te incomoda tanto, durma aqui com o Kurode, e eu fico com o sofá.

Kurapika engoliu em seco. Não fora seu intuito magoá-lo.

— Não... Deixe assim. Eu... eu durmo com você.

Leorio surpreendeu-se com a resposta. Estava a um passo de roubar um beijo, quando o Kuruta emendou:

— Cada um de um lado está bem?

Era melhor do que nada.

— Está bem!

 

Nenhum outro chuveiro no mundo parecia ser tão gostoso quanto o do apartamento de Leorio. Kurapika adorava sentir o conhecido cheiro de xampu em seus próprios cabelos. Após se secar, vasculhou a pia atrás da escova. Distraiu-se com o frasco da colônia.

— Ei, Kura. — Leorio abriu a porta do banheiro. — Você esqueceu suas roupas... O que está fazendo?

O rosto do Kuruta era só vermelhidão. Ele recolhera a toalha a tempo de cobrir o corpo. Mas não eliminara todas as evidências.

— Você estava mexendo na minha colônia?

Kurapika jogou a toalha sobre Leorio e puxou a muda de roupa.

— Eu não mexi em nada. Não conhece a disposição de sua própria pia? E que história é essa de sair entrando sem antes bater na porta? Eu não faço o mesmo com você.

— Pois deveria... — Leorio livrou-se da toalha, mas o Kuruta já estava praticamente vestido. — Como você faz isso?

Não recebeu resposta. Kurapika passou por ele com uma careta enfezada. E voltou um segundo depois.

— Onde você guarda a escova?

 

Ele observava a sala com deslumbramento. A árvore fora cuidadosamente ornamentada, e a mais bela estrela brilhava em seu topo. O grande porta-retratos sobre o sofá mostrava fotos novas. Dentre elas, um Kurapika vestido de bruxo ao lado de um Leorio vampiro de sorriso suave. Em seu entorno, um pisca-pisca apagado.

— As decorações de Natal são tão lindas. Não acha, Kurode? — perguntou Kurapika, acariciando os pelos do labrador. — São... aconchegantes.

Estava ajoelhado diante da árvore, sob a qual arrumara seus presentes. Os embrulhos eram tão bonitos que dava dó imaginar que em breve seriam rasgados. Mas ainda era 23 de dezembro. Havia tempo para esperar.

Leorio adentrou a sala. Acabava de sair do banho, e o odor da colônia era inebriante. Kurapika seguiu-o com o olhar enquanto o Paradinight retirava o celular do bolso e o encaixava em um aparelho na estante. Uma música agradável começou a tocar.

— O que é isso, Leorio? — O Kuruta riu.

— Estou criando o clima, ora essa.

Ele caminhou até o centro da sala, gingando o corpo. Um batuque convidativo acompanhava-o; até Kurode se pôs de pé, abanando a cauda. Leorio estendeu o braço.

— Não. Definitivamente, não!

Mas o Paradinight apenas moveu os dedos, chamando.

— Leorio...

Ele movia os lábios de leve, fingindo cantar. Kurode contornava-o, a língua de fora e os olhinhos brilhando de alegria. Só então Kurapika entendeu por que a mesinha de centro fora arrastada para um canto.

 

Everybody sing. Everybody dance. Lose your sense in wild romance.

 

— Leorio...

Kurapika prensou os lábios, mas por fim se levantou. Aceitou as mãos que Leorio estendia e o acompanhou na dança. Logo estava em seus braços, seguindo seus passos e perdendo-se no ritmo contagiante.

 

All night long...

(All night! All night!)

All night long...

 

Leorio girou-o, e Kurapika riu. Não se lembrava da última vez em que se permitira dançar. Era apenas uma criança.

 

Let the music take control.

 

Leorio era a pessoa mais engraçada do mundo gingando daquele jeito.

 

All night long...

(All night! All night!)

All night long...

 

Kurode latiu para eles. Talvez os vizinhos ficassem incomodados.

 

Once you get started, you can't seat down.

 

Os vizinhos que se danassem.

 

Everyone is dancing, then trouble is away.

 

Kurapika girou outra vez, já não contendo o riso. Deixou-se ficar nos braços de Leorio, onde o cheiro de colônia era mais forte.

 

All night long...

(All night! All night!)

 

Kurode sentou-se para observá-los.

 

All night long...

 

E eles dançavam.

 

Leorio sentiu-se orgulhoso por não estragar o curry. Aya gastara quase um dia inteiro ensinando-o a fazer o prato, mas o esforço valera a pena. Apagou o fogo e gritou em direção à porta que o jantar estava pronto. No quarto, Kurapika fechou o romance que estivera lendo e o devolveu à estante. Os livros eram uma confusão só. Quando Leorio não estivesse olhando, arrumaria aquela bagunça.

— Kurapika!

— Já vou.

O Kuruta aproximou-se de mansinho e abraçou o mais velho por trás. Gostava da textura do moletom rosado em seu rosto. Até poderia dormir ali, sentindo o calor de Leorio. Mas seu estômago exigia comida, e ele se viu obrigado a sentar à mesa. Kurode adentrou o cômodo, olhando a seu redor com falsa indiferença.

— Você já jantou, Kurode — disse Kurapika.

O cachorro fitou-o e deitou no chão.

Bon appetit! — anunciou Leorio, servindo os pratos.

— Onde eu assino o termo de consentimento para o caso de a comida estar envenenada?

— Engraçadinho! Você está muito engraçadinho hoje, sabia? O que aconteceu?

— Não sei... — Kurapika deu de ombros. — Influência da Arrietty.

— Eu vou telefonar para essa garota e dar uma bronca nela...

— Mais fácil ela te dar uma bronca de volta. — Ele provou o curry. — Está bom!

Os olhos do Paradinight brilharam.

— Jura?

— Uhum. Delicioso.

Leorio ergueu o punho.

— Já pode casar.

— Ei, ei, que papo é esse, meu jovem?

Kurapika riu.

— Estou só brincando.

Leorio também sabia fazer gracinhas.

— Eu caso, mas você tem de aceitar.

A colher quase caiu no chão. Kurode ergueu a cabeça para saber se ganharia algum petisco.

— Isso não tem graça, Leorio!

— Claro que tem. A Senritsu pode ser a madrinha. Tenho certeza de que ficaria encantada.

— Leorio!

— E o Kurode pode carregar as alianças. — O cachorro ficou de pé ao ouvir seu nome. — Seria uma cerimônia linda! Ei, sai de cima, Kurode. Não tem nada aqui para você!

O labrador retirou-se do cômodo, traído.

— Você ficaria lindo de branco.

Kurapika deu um pulo na cadeira.

— Está sugerindo que eu use um vestido de noiva?!

Leorio arregalou os olhos.

— O quê? Não! Estava pensando em um terno branco.

O Kuruta levou alguns segundos para processar a imagem.

— Ah.

Mexeu no prato em silêncio.

— Mas você pode usar vestido se quiser.

Os dedos do pé de Leorio doeram bastante com o pisão.

 

Quando a louça estava seca e guardada, Kurapika jogou-se no sofá e ligou a televisão. Leorio sentou-se a seu lado e observou enquanto corria os canais.

— Hiato x Hiato!

— Não grite, Leorio. Parece criança.

— Vamos assistir Hiato x Hiato!

O Kuruta grunhiu e retornou ao Doggy Channel, que exibia uma maratona do anime.

— Eu não vou dormir esta noite — murmurou o Paradinight, hipnotizado.

— Esse desenho é tão bom assim?

— O quê?! — Leorio encarou-o como se tivesse dito uma heresia. — Esse é simplesmente o melhor desenho do mundo! Esse aí é o episódio dez ainda. Você não perdeu muita coisa de importante. Dá para acompanhar.

Com um suspiro, Kurapika acomodou-se melhor. Conhecia muito bem o entusiasmo de Leorio. A noite seria muito, muito longa.

— Kurisu! Minha waifu!

— O quê?

— A Kurisu. — Leorio apontou a garota na tela. — É a minha favorita. Depois do Lionel, é claro. Acho que eles vão ficar juntos no final.

— Por quê?

— Porque eles se odeiam.

Muito lógico.

— Esse é seu argumento?

— Você também me odiava no começo.

Kurapika franziu o cenho, ofendido.

— Eu não te odiava.

— Mas chegou perto. Shiu, a Kurisu vai mostrar o poder dela.

Outro suspiro. A noite seria mesmo longa. Episódio atrás de episódio, Kurapika acompanhou a aventura do grupo de Hunters: Gale, Kay, Kurisu e Lionel. Não conseguia conter o riso diante da vibração de Leorio, que às vezes dizia as falas junto com os personagens. Seu único lamento era que a abertura e o encerramento haviam sido cortados.

— Deve ser para exibirem mais episódios. Cada música dura um minuto e meio.

Kurapika não aguentaria ouvir as mesmas músicas tantas vezes na mesma noite.

— Eu? — disse Leorio, acompanhando Lionel. — Sou o homem mais gostoso do mundo!

— O mundo está perdido — murmurou Kurapika.

— O que você falou?!

No vigésimo episódio, o Kuruta encontrava-se na eminência de dormir recostado no ombro de Leorio. Kurisu estava muito bonita na tela, e Lionel parecia compartilhar da mesma opinião ao tocar sua bochecha. A intimidade da cena era quase palpável. Kurapika ergueu o rosto, e Leorio instintivamente se aproximou para beijá-lo. Esqueceram-se do anime. Mergulharam em um mundo paralelo, apenas deles, que nenhum som externo poderia alcançar.

Kurapika suspirou de novo, mas seus olhos brilhavam. Sentou-se sobre as pernas de Leorio e apoiou as mãos em seus ombros para prolongar o beijo. Leorio recebeu-o com surpresa. Acariciou suas costas, primeiro por cima, depois por baixo do moletom. Gostava do contato direto pele contra pele, gostava de sentir o calor. Suas mãos moveram-se para frente, buscando o peito. Kurapika afastou-se, meneando a cabeça. Leorio pousou as mãos em sua cintura e fechou os olhos outra vez.

E o mundo era apenas deles. O Kuruta tão perto, em seu colo, apertando seus ombros, os cabelos soltos. O toque tenro e úmido de seus lábios, a leve pressão exercida por suas pernas, a proximidade de tudo. Leorio tinha consciência de sua ereção e se perguntava se Kurapika podia senti-la. Mas uma parte dele foi mais além, imaginando se o Kuruta estaria excitado. Naquele momento, tudo o que Leorio desejava era sentir. A pele, os cabelos, os lábios, o gosto. E ele apertava a cintura, provocando, e puxava os lábios, tentando roubar suspiros. E Kurapika abriu os olhos para ele, revelando os orbes rubros.

— Leorio... — ofegou. — Eu não...

Um beijo suave, selinho.

— Eu sei.

Leorio deitou-se no sofá, puxando o Kuruta para seu peito. Acariciou seus cabelos, sentindo o cheiro gostoso do xampu. Viu a respiração dele normalizar-se até os olhos voltarem ao tom castanho. Kurapika apertou seus braços.

— Eu... estou ficando com sono.

— Tudo bem. — Leorio beijou sua testa. — Tudo bem.

A voz fina de Kurisu preencheu a sala enquanto ela gritava por ajuda. Lionel foi o primeiro a aparecer, mas ela fez uma cara chorosa:

— Estamos perdidos!

— O Lionel parece você — murmurou Kurapika.

Leorio sentiu o coração bater mais forte. Fitou o rosto do Kuruta, que estava de olhos fechados. Chamou seu nome algumas vezes.

— Dormiu...

Segurou-o no colo e ficou de pé. Era uma sensação estranha tê-lo em seus braços, mas o encaixe parecia tão perfeito. O semblante tranquilo de Kurapika, os cabelos dourados sobre o rosto, as mãos levemente fechadas sobre o peito. Levou-o até a cama e beijou sua testa. Foi doloroso retornar à sala para desligar a televisão. A música de encerramento finalmente estava tocando, pondo fim à maratona. De volta ao quarto, encontrou o Kuruta em sono profundo. Deitou-se ao seu lado, costas contra costas. E puxou o edredom, cobrindo ambos com a calidez de uma noite intranquila.


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