Prólogo - Hawaii 5-0 escrita por AnndyChiaradia


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Mais um...
Boa leitura!



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“Eu sou aquele que deve cuidar de você. Mesmo que eu seja péssimo nisso.”

 

Eu nunca imaginei que me importaria com alguém novamente, mas desde o momento que vi aquela pobre garota nas mãos de um monstro como o Lamartine, eu tive certeza de que teria que proteger Serena com a minha vida.

Descobrir o quanto ela foi privada de uma vida normal, me aborrece. Ninguém, muito menos um ser puro como ela, deveria passar pelo que passou.

Quando a olho, sinto algo tão forte apertar meu peito, que é difícil até de explicar. Eu senti isso uma única vez, por uma única mulher. E quando tudo aconteceu, eu disse para mim mesmo que eu nunca mais sofreria como sofri. Fechei-me em meu mundo, eu não saía mais de casa, não comia direito, e tinha me afastado do meu cargo de líder da 5-0 por tempo indeterminado. Todavia com muita ajuda da minha Ohana, e minha força de vontade eu superei a tragédia. Vai fazer quatro anos que passou essa fase negra da minha vida, quatro anos que nunca mais me envolvi com ninguém, mas é quase possível que uma garota estranha e cheia de feridas também, é quem vai tampar as minhas.

Quando chegamos a casa e Serena viu pela primeira vez o mar, a expressão em seu rosto aqueceu todo o meu corpo. Foi como se tivéssemos ateado fogo em uma lareira, só que essa lareira é dentro do meu peito. Eu poderia ficar por horas vendo-a ali, em pé molhando-se nas águas do pacífico. Ela me transmite uma calmaria e serenidade tão grande que me sinto em paz comigo mesmo. O nome que lhe deram não poderia ser outro.

Eu só posso estar ficando louco, deitado em minha cama, pensando na garota do quarto ao lado. E foi com Serena em mente que eu peguei no sono.

Não sei quanto tempo consegui dormi, entretanto algo me acordou, era um grito distante, a pessoa parecia estar com muito medo, quando eu me dei conta de que o som vinha do antigo quarto dos meus pais eu levantei o mais rápido possível e corri até lá.

Quase quebrei a porta ao entrar, a morena estava deitada na cama, mexia-se incontrolavelmente e tinha o corpo repleto de gotículas de suor. Seu rosto molhado indicava que a pobre moça chorava, fora o som que ela fazia, parecendo que sofria vários ferimentos ao mesmo tempo. Meu coração se apertou em ver tal tortura.

— Serena acorde! – balancei-a um pouco com medo de machucá-la. – Vamos, é apenas um pesadelo.

Nada, ela continuava a se encolher no colchão como um animal ferido.

— Vamos guria, acorde.

Meu coração só desacelerou quando a pequena abriu seus olhos negros e eles focaram mim, que estava sentado ao seu lado na cama. Não tenho idéia sobre o que ela sonhava, mas com certeza mexeu muito com ela, que assim que me viu, pulou em meu pescoço envolvendo-o com os braços e voltando a chorar copiosamente.

Nos primeiros minutos fiquei sem saber como agir, era o primeiro contato com uma mulher em muito tempo, só que ela me apertava tão desesperada que não tive como deixar de retribuir. Com Serena tão perto de mim, consegui senti o conforto que aquele abraço estava lhe causando, gradativamente sua respiração foi se normalizando e as lágrimas cessando.

— Você está melhor? – me separei um pouco dela para que pudesse ver seus olhos, que estavam vermelhos e começavam a inchar.

— Eu estou! – ela enxugou o rosto molhado. – Desculpe ter te acordado e por ter molhado seu pijama.

Só reparei que o ombro da camisa que eu usava estava molhado porque ela me disse.

— Não tem porque se desculpar, pesadelos não são coisas que controlamos.

— Eu sei, mas eu venho tendo esse mesmo pesadelo, todas as noites, desde meus 15 anos. Posso contar nos dedos quantas noites tranqüilas eu tive durante todo esse tempo.

— Posso saber sobre o que são esses pesadelos? – tinha que ser algo muito grave para deixá-la no estado em que a encontrei.

— Digamos que é uma mistura de todas as vezes que fui abusada e torturada pelo Lamartine.

Arregalei os olhos surpreso. Não consigo nem imaginar uma pessoa revivendo tais acontecimentos todas as noites, eu com certeza já teria enlouquecido. Serena é muito mais forte do que pensei, e ela nem tem consciência disso.

— Obrigada por ter me tirado de lá, durante todo esse tempo eu vivi o sonho do inicio ao fim, mas graças a sua voz me chamando eu consegui voltar ao mundo real.

Me senti envergonhado, mesmo que minimamente, pela sua frase. Olhei no relógio e vi que já era 06H20min da manhã. Uma idéia brotou em minha mente, espero que ela goste, tenho certeza que fará muito bem a ela e a mim também.

— Bom, já está amanhecendo, que tal se formos dar uma volta na praia, para clarear e limpar a mente?

— Acho uma ótima idéia.

 

— Serena -

 *Algumas horas antes do ocorrido*

 

 

Após eu tomar um maravilhoso banho, eu vesti a camiseta do comandante, e como eu havia previsto, ficou realmente parecendo um vestido, o comprimento ia até a metade das minhas coxas.

Era meu primeiro dia livre de verdade, sem contar a semana inteira que passei no hospital, e eu ainda não consigo acreditar, tenho certo receio ainda de acordar e ver que tudo isso não passou de um sonho.

Entretanto, em alguns momentos do dia eu sinto que isso é real, como toda vez que penso em Steve Mcgarrett. Eu nunca senti a maioria dos sentimentos que estão passeando dentro de mim, mas todos eles relacionados ao moreno, eu não consigo explicar, não sei nem o que isso significa.

Claro que eu já livros sobre romance e amor verdadeiro, mas nenhum deles tinha nada parecido com o que tem dentro do meu coração. Acho que posso estar ficando louca.

Eu disse para ele que iria dormir, mas eu não estou com sono. Acabou que minha curiosidade foi mais forte, e quando percebi já estava fuçando pelo quarto. Dentro do guarda-roupa de aparência antiga, havia algumas roupas, poucas, mas tinha. Imaginei de quem poderia ser talvez da irmã dele, ou então da moça da fotografia na sala. Fora aquelas peças, nada mais tinha ali, era um pouco solitário até.

Coloquei o colar que a Kono me deu com meu nome no criado-mudo ao lado da cama, resolvi deitar para descansar e com um pouco de insistência, eu acabaria pegando no sono. E foi realmente isso que aconteceu, a cama macia ajudou-me a relaxar todos os músculos do corpo. E lentamente eu caio na escuridão.

Acordei umas duas vezes durante a noite, nada muito preocupante, e logo voltei a dormir, já acreditando que não teria sonhos horrendos como há muito eu tinha. Entretanto eu estava enganada, não posso dizer com precisão quanto tempo se passou após eu adormecer pela terceira vez, só sei que as imagens de sempre apareceram, a primeira vez que fui violentada pelo general, a vez que acabei conseguindo fugir me embrenhando pela floresta onde acabei tomando dois tiros, as vezes que apanhei, tudo em uma mistura assustadoras de flashs.

Durante os anos que passei na cela, eu revivia esses sonhos, noite após noite, sem que ninguém viesse ao meu auxílio, mas nessa vez no meio de todas aquelas imagens, eu via uma luz e uma voz conhecida me chamava, era a voz do comandante Mcgarrett, forcei-me a seguir a luz branca e a voz até conseguir abrir os olhos. Mesmo com meus olhos embaçados pelas infinitas lágrimas, eu vi seu rosto, seus olhos azuis preocupados, nesse instante que caiu minha ficha de que eu estava finalmente livre, sem conseguir conter minha felicidade por vê-lo, eu o abracei, e graças a Deus, ele correspondeu, talvez por pena de me ver naquele estado ou por surpresa, não sei muito bem, mas fico feliz do mesmo jeito, sem importar o motivo.

Após eu me acalmar e explicar o que estava acontecendo ao Steve, resolvi tomar um banho para relaxar. Eu me senti protegida naquele abraço, desde que comecei a experimentar sentimentos diferentes, o de hoje, nos braços de Steve Mcgarrett, foi o melhor de todos.

— Serena... – o ouvi me chamar do quarto.

— Estou no banheiro.

— Eu acabei encontrando umas roupas dentro do seu guarda-roupa, acho que são da Marie, se te servirem você pode usá-las, hoje amanheceu quente, você derreteria se tivesse que colocar as mesmas roupas que a Kono te deu.

Lembei-me de também ter mexido no móvel e encontrado as mesmas roupas, fiquei contente dele ter falado delas primeiro, assim eu não teria que pedir, e não teria que falar também, que fiquei xeretando por ai.

— Ok, obrigada Steve. 

— Não precisa agradecer, vou te esperar no andar de baixo para assim podermos caminhar pela praia... – eu ouvi a porta do quarto bater.

Terminei meu banho rápido, enquanto secava meu corpo com uma toalha fofíssima, eu andei até chegar à frente da pia e olhei-me no espelho, meus olhos estavam um pouco inchados, mas com certeza eu estava melhor do que todas as noites que tive esse sonho. Eu sempre via uma imagem horrível quando olhava para o espelho do pequeno banheiro que podíamos usar na mansão.  

Sai do banheiro enrolada na toalha e fui até o guarda-roupa ver qual das peças me serviam, pelo jeito a irmã do comandante tem o mesmo corpo e altura que as minhas, mas seus gostos por roupas e estampas definitivamente não são, só havia coisa florida ou com muita cor, qualquer uma daquelas peças podia ser vista a quilômetros de distância.

Acabei escolhendo a ultima peça que apareceu, um vestido simples na cor verde-água, batia no meio das minhas coxas, vesti-o e junto dele coloquei o pingente rosado. Meus cabelos ficaram soltos, eles precisavam de tratamento, minhas pontas estavam desgastadas demais.

Nós íamos caminhar na areia, então eu poderia ir descalça mesmo.

Sentia-me empolgada, a praia se tornou meu lugar preferido, mesmo eu tendo estado lá apenas uma vez. Sai do quarto quase saltitando como a criança dentro de mim fazia, mas detive-me na ponta da escada, Steve estava conversando com alguém na sala, ele aparentava estar muito nervoso, fiquei sem saber se ia até lá ou não.

Nunca gostei de ouvir atrás da porta, ou nesse caso, na escada, então tomei coragem e segui as vozes até os sofás da sala.

— Como isso foi acontecer? – Steve era quem estava de costas para a ponta da escada, a outra vos que ouvi pertence à Chin, o homem de olhos puxados que conheci ontem.

Ele me viu antes do comandante, seu olhar passou de preocupado para surpreso.

— Aloha Serena. – era óbvio que ele tentava disfarçar seu nervosismo.

Mcgarrett se levantou no mesmo minuto que ouviu meu nome.

— Serena, lembra-se de Chin Ho Kelly? – o comandante também tentava esconder seus sentimentos, mas não obtinha muito sucesso. Era claro a raiva e nervosismo, eu podia sentir toda essa fúria chegando a mim, o que ma assustou um pouco.

— Claro, bom dia senhor Kelly. – fui até ele devagar, tomando cuidado para não tremer e estendi minha mão para um cumprimento formal.

— Ah que isso, nada de senhor, pode me chamar só de Chin. – ele sorriu serenamente.

— Ele veio até aqui me dar um comunicado importante...

— Algo grave? Steve tem a ver com o dinheiro que disse que posso usar? – eu sabia que isso n’ao era o certo. Meu coração acelerou.

— Fique calma, não é nada grave, é que apareceu um caso hoje cedo, e a 5-0 foi acionada. O Steve como nosso líder, precisa estar presente no inicio das investigações. – os homens se entreolharam por um momento, o que me pareceu muito suspeito.

Voltei minha cabeça para o moreno de olhos azuis, ele estava muito perturbado, e eu ficando cada vez mais preocupada.

— Isso, Chin está certo, preciso dar o inicio da investigação.

— Eu vou esperar lá fora Steve, foi bom te ver Serena.

— Igualmente Chin. – sorri para ele, e sem perder tempo, passou pela porta, deixando-a aberta.

— Então acho que nossa caminhada vai ter que ficar pra depois. – comecei levemente. Não queria que parecesse que eu estava invadindo sua vida.

— Infelizmente acho que sim, mas vou pedir para que a Kono venha te buscar mais tarde para que possa levar você e a Grace até o shopping ok? – ele pegou as chaves da picape e pegou alguma coisa na gaveta do meio da escrivaninha da televisão. – Tome, é um celular descartável, meu numero está na discagem rápida, qualquer coisa que precisar, me ligue. Deixei o cartão para você usar nas compras em cima da mesa da cozinha, aproveite-o bem.

Eu apenas acenei com a cabeça, ele deu um beijo na minha testa e saiu pela porta, fechando-a.

Meu coração estava parado, ele me beijou, na testa. Eu não sei o que estou sentindo, mas parece que vou explodir, é estranho e avassalador.

Nem sei quanto tempo fiquei ali parada, no meio da sala, com o telefone na mão, sorrindo para o nada.

— Steve –

Depois que toda aquela preocupação me deixou, que Serena foi tomar seu banho e eu encontrar as roupas de Marie no móvel antigo do quarto, eu desci as escadas lentamente.

Já havia tomado duas xícaras de café, desde que eu saí do seu quarto a primeira vez, minha adrenalina estava lá em cima, e o café me ajuda a relaxar.

Entretanto, antes de eu conseguir chegar até a sala, alguém bateu na porta, o que é estranho, ainda é cedo demais, o que será que estava aconteceu...

Destranquei a mesma e encontrei Chin parado ali, tinha a expressão muito séria, logo ele, que sempre era tranqüilo. Isso está me cheirando muito mal, senti meus instintos se alarmarem.

— Aloha Steve. Trago noticias.

— Aloha Chin, entra.

Nós nos sentamos no sofá, ele em um e eu no outro.

— Você está começando a me assustar parceiro.

— A notícia não é nada boa. – ele estava hesitando, Chin nunca hesita, nosso trabalho não permite isso.

— Fala de uma vez Chin. – eu estava me agonizando de nervoso já.

— Lamartine escapou.

Eu apenas o encarei, não podia ser verdade, não podia. Acho que eu não me mexia, nem mesmo piscava. Como ele havia fugido? Com a ajuda de quem? Para onde? E o mais importante, será que ele iria querer vingança, viria atrás da Serena?

— Steve! – o homem ao meu lado quase gritou para tirar-me das minhas paranóias.

— Como isso foi acontecer?

Apoiei meus cotovelos nos joelhos, e a cabeça nas mãos, isso só podia ser um pesadelo.

— Aloha Serena.

Essa não, espero que ela não tenha ouvida nada, Serena já viveu com muito medo, agora que ela tem a chance de se recuperar e ser feliz, o passado volta para assombrá-la. Eu não vou permitir isso.

Todo o restante da conversa é um borrão branco na minha mente, eu estava tão perdido em pensamentos que só me dei conta do que estava fazendo quando entreguei o telefone que eu mantinha guardado para a morena e beijei-a na testa antes de sair de casa.

Chin me esperava ainda na frente de casa, o vi subindo em sua moto e partido para o mesmo destino que eu iria, a sede da 5-0. No caminho eu liguei para a Kono, expliquei para ela a situação, pedi que não falasse nada com a morena, e que por volta das 10h da manhã elas partissem para o programa de meninas. Espero que ela mantenha-a ocupada o suficiente, não quero que ela saiba a notícia de repente, se tiver que saber será por minha boca.

Também telefonei ao Duke Lukela, sargento do departamento de polícia de Honolulu, pedindo uma viatura com agentes capacitados na porta da minha casa, e alguns rondando a praia perto da mesma. É mais fácil prevenir do que remediar.

Assim que entrei no palácio, fui abordado por um Danny com cara de preocupado.

— E ai irmão, como você está?

— Como acha? Me explica Danny, como isso foi acontecer? E se ele podia fugir assim, porque esperou uma semana inteira para fazer?

— Acredito que não vai gostar muito da resposta Steve.

— Sem mais enrolação Chin, me mostre tudo o que sabemos.

O homem colocou um cabo USB na mesa de operações e outro em um tablet que carregava, mexeu em algumas coisas e as imagens que apareceram no monitor da parede me fizeram vacilar.

— Espera aí, por que o Lou está com o Wo Fat dentro da prisão de segurança máxima onde colocamos o Lamartine? – Danny fez a pergunta por mim, com certeza eu não conseguiria fazê-la.

— Pelo que temos de informação, foi o capitão Grover com a ajuda do Wo fat que tiraram Lamartine da prisão noite passada, só deram falta ele hoje de manhã quando não se apresentou para a chamada, encontraram roupas de faxineiros em uma sacola, jogada perto do presídio, acreditamos que foi dessa forma que saíram de lá.

— Lou não nos trairia, somos Ohana, ele deve ter tido algum motivo muito forte para isso. Danny e eu vamos até a casa do capitão, tentar encontrar qualquer coisa que indique o porquê de tudo isso, quero uma explicação descente. Chin você continua aqui e tente descobrir para onde eles foram e se ainda estão na ilha.

— Pode deixar.

Eu e Danny saímos da sede para pegar o Camaro e seguir até a casa do capitão. O caminho estava muito silencioso, então decidi ligar para Serena. Ela atendeu na segunda chamada, provavelmente estava mantendo o celular perto de si.;

— Steve.

— Serena, está tudo bem?

— Comigo sim, mas você parece bastante preocupado...

— Por que diz isso? – como ela poderia saber apenas por telefone.

— Tem uma viatura da polícia estacionada na frente da sua casa, do outro lado da rua. E se eu não me engano, acho que já vi três deles passarem pela praia, todos sempre olhando aqui para dentro.

Fiquei sem resposta, ela com certeza é mais perspicaz do que eu imaginava, eu eles que deram muito na cara, não importa, preciso de uma boa resposta. Olhei para Danny que estava ao meu lado no carro ouvindo tudo, já que a ligação era no viva-voz. O loiro simplesmente deu de ombros.

— É só precaução Serena...

— Steve tem algo acontecendo? – ela parecia com medo, isso acabou comigo.

— Não se preocupe, vai ficar tudo bem, quando nos encontrarmos eu te explico ok? Aproveite o dia de hoje com a Grace e a Kono.

— Está bem, só por favor, toma cuidado.

— Sempre. Até mais tarde.

— Até.

Danny ficou me olhando durante toda a conversa.

— Por que não contou pra ela?

— E você acha que isso seria uma noticia para dar pelo telefone...

— Você teve tempo hoje de manhã, assim que soube, ela é a principal envolvida em tudo isso, tem o direito de saber.

— Eu vou contar ta legal, só não sei quando.

Nós ficamos um tempo em silêncio.

— Estou tentando protegê-la, agora que ela tem a chance de ser feliz, vai ter que continuar a viver com medo, não é justo Danny.

— Eu acho que quem está com medo é você Steve.

— Eu?

— Sim, medo de não conseguir capturar o desgraçado e ficar com peso na consciência de que não a protegeu como havia prometido, medo de que ela ache melhor sair da ilha, medo de que Serena decida ir embora. Você já se apegou a ela camarada.

O que eu posso dizer para contra atacá-lo, se tudo o que me falou, mesmo eu querendo negar, minha razão me diz que é a mais pura verdade.

— Mas posso te dizer uma coisa, eu não conheço alguém em todo esse mundo, mesmo eu querendo muito, não conheço mais ninguém capaz de proteger aquela garota. Nós vamos prendê-lo, Steve, por todos os crimes que cometeu, ele vai apodrecer atrás das grades.

Apenas confirmei com a cabeça, Danny nunca saberá o quanto eu preciso dele do meu lado, ele que me apoia em tudo, mesmo reclamando muito, ele nunca me abandonou, e tenho certeza que pegaremos esse infeliz do Lamartine e do Wo Fat juntos.


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Notas finais do capítulo

Isso é tudo por hoje pessoal.
Até o próximo!



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