Vader vs Voldemort - Lordes das Trevas escrita por Deadpool Br


Capítulo 5
Alianças




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A figura ofídica repousava em uma cadeira de carvalho polido. Acariciava com seu longo dedo branco a cobra que em seu colo, enquanto descansava a varinha de teixo na mesa luxuosa dos Malfoy e refletia sobre o que fazer com o recém-descoberto inimigo.

 

— Um traje mecânico negro - relatara Travers. - Um capacete com a mesma cor, que cobria o rosto... uma respiração bem audível e metálica, milorde.

— Algo mais? - havia indagado.

— Ele carregava uma espada de... energia vermelha. E tinha poderes semelhantes aos feitiços de levitação... algo que ele chamava de Força. Ele não portava varinha, era muito rápido...

— Chega. Saia de minha presença, Travers.

Ele assentiu, trêmulo, e se retirou.

 

Voldemort nem percebeu quando um homem, de cabelos longos e loiros, adentrou o salão principal. Foi retirado de seus pensamentos quando ouviu: 

— Me chamou, milorde?

Ele se virou, satisfeito.

— Lúcio... sim, eu lhe chamei. O que você sabe sobre a... Força?

— Perdão... mas nunca ouvi falar de tal coisa.

O bruxo se levantou lentamente, a cobra deslizando de seu colo.

— Trouxas de outro planeta aparecem em Little Hangleton... um deles, com poderes que poucos bruxos conseguem alcançar... e de seis Comensais, apenas dois retornam. E apenas um ainda vive. Como isso é possível?

— Eu... eu não sei, milorde. Deve ter sido mera incompetência dos Comensais que os enfrentaram.

—Lúcio... ponha o orgulho de lado ao menos por um instante. Claro que foi incompetência deles. Mas nenhum trouxa comum conseguiria vencer um bruxo...

Ele andou pela sala, seu manto arrastando no chão com a cobra seguindo-o.

— Esse Vader... despertou meu profundo interesse. Irei aprender a manipular a Força... e esmagá-lo por ousar desafiar meu título de Lorde das Trevas.

— Mas como, milorde? - indagou Malfoy.

Voldemort sorriu, escarnecendo.

— Ele não deve ser o único portador dessas habilidades...

— Travers teme que ele nos encontre - revelou Lúcio. - Ou que nos force a nos revelarmos.

— Travers é um covarde - respondeu, asperamente - e sua fé em meu poder fraquejou. Logo ensinarei para ele o que acontece quando duvidam de mim.

Malfoy engoliu em seco.

— Tenho certeza que sim, milorde. E de que mostrará seu poder a esse falso lorde... mas, eu receio que nesses assuntos, você deixe de lado outros... mais importantes?

Ele parou de andar pela sala. Havia lido a mente de seu assecla, e não gostou do que viu.

— Não pense, nem por um segundo, Lúcio... que eu me esqueci de Harry Potter.

E saiu, o manto farfalhando enquanto Nagini o acompanhava.

 

Em Malachor, alguém acordava. O Zabrak sentia uma presença sombria, distante, e poderosa - que poderia ser de bom uso para ele. Ele deu uma risada baixa.

— Um bruxo?... - murmurou, puxando sua bengala com a Força e caminhando para fora de sua caverna. A lua empalidecia suas feições negras e vermelhas, seus pequenos chifres iluminados. Sentiu também outra presença, esta já familiar. O Jedi caído, o aprendiz de Darth Sidious - Vader também estava atrás do bruxo.

 - Um praticante de Magia seria muito útil para minha vingança... - ponderou ele. - Mais do que qualquer Jedi...

Sentou-se numa pedra e começou a meditar. Sua mente vagou pela galáxia, atrás do planeta em que ambos se encontravam, esperando conseguir um novo aliado em sua vingança contra o Império.

 

Na travessa do Tranco, eles disfarçadamente entraram na Borgin e Burkes. Compraram todos os tipos de amuletos, venenos e artefatos e adentraram um pub próximo.

— Dia, Toomes - murmurou Yaxley.

— Dia, Yaxley - foi a resposta. - O que vão querer?

— Uísque de Fogo - pediram uns.

— Hidromel - escolheram outros.

Tendo se servido, sentaram-se. Os quatro Comensais observavam Travers com cautela e curiosidade no olhar.

— Foi tão ruim assim? - indagou um.

— Mulciber, Avery, Selwyn, Macnair, Rowle. Trucidados.

— Sério?

— Eu brincaria com isso? - retrucou. - Tinha um homem de preto com… uma espada mecânica. Vermelha, incandescente. Aleijou o Mulciber e matou o resto… até agora ele não sai da minha cabeça. Me perdoem por dizer, mas fazer essas coisas sem varinha? Nem o Lorde conseguiu…

— Dobre a língua – advertiu-o Yaxley. - Isso vai chegar aos ouvidos dele…

— Não me preocupo. Com aquele monstro por aí, eu nem me preocu… - Ele gelou. O olhar fixo na vitrine do pub, aterrorizado, ele mal falava.

Yaxley seguiu seu olhar e entendeu exatamente o porquê.

O homem que ele acabara de descrever encarava-os pelo vidro. Segurando sua arma rubra, a respiração pesada. Como ele chegara até ali? Não importava. Os Comensais apontaram suas varinhas e gritaram, todos de uma vez:

—Bombarda!

A frente do estabelecimento explodiu; madeira, vidro e serragem voaram e a travessa do Tranco tremeu. Quando a poeira baixou, o choque era evidente em cada um dos bruxos, que ainda encaravam a sinistra figura de Darth Vader, inabalada pela explosão.

Avada Kedavra! — conjurou um.

Vader rebateu a maldição para longe com um aceno de cabeça. Acertou um transeunte desavisado, que caiu morto na rua suja. A enxurrada de maldições esmeralda e feitiços multicoloridos se seguiu, mas nenhuma bruxaria o acertou – tanto rebatida pela Força quanto pela mira trêmula dos bruxos.

— EU AVISEI! CORRAM!

Travers foi o primeiro a disparar para a saída da travessa do Tranco. Nem olhou para trás, tamanho era seu desespero. E quando o fez, deparou-se com a imagem dos Comensais amaldiçoando Vader – em vão – ou desaparatando. Uma Maldição da Morte foi rebatida para o Beco Diagonal, incendiando a Sorveteria de Florean Fortescue. Os transeuntes se afastaram, amedrontados, enquanto Travers concentrava-se para desaparatar… e não o fez.

Ele queria escapar. Queria ir para o quartel general. Mas algo, em sua mente, o impedia… um bloqueio. Ele não conseguia se forçar a teleportar.

— Sua mente fraca não consegue se livrar de meu controle. Desista…

Imponentemente, o lorde Sith caminhava na direção do homem. À sua visão, a rua se esvaziou, tamanho era o temor que Vader causava na multidão, e caminhou calmamente ao redor do bruxo paralisado.

— O-o quê… você quer de mim?

— Você… vai ser meu agente. Me dirá onde Voldemort se esconde… e nunca dirá nada a ele. Ou nunca irá se livrar de mim.

— Não. Eu não trairei meu mestre…

Vader soltou um riso seco e escarnecedor.

— Então acho que prefere sentir isto…

A dor percorreu o corpo do Comensal. Pior que a maldição Cruciatus? Talvez. Ele urrava, esperneava e se debatia no ar, enquanto o ciborgue vasculhava sua mente atrás da localização da mansão Malfoy.

Tendo obtido o que precisava, largou-o ao chão.

— Último aviso. Seja o meu agente... ou sofra a ira dos Sith.

O mero olhar do bruxo já transmitia o pedido de misericórdia. Satisfeito, Vader olhou-o e comandou:

— Garanta que eles não saibam de nosso ataque surpresa. Deixe um rastro que possamos seguir até a mansão Malfoy. Meu acampamento é em Little Hangleton, a mais nova estação Imperial... se ousar me trair, seu destino será o mesmo de seus companheiros.

Ele trouxe flashbacks da batalha na colina, os Comensais sendo massacrados e a sensação de medo e inferioridade que Travers havia experimentado. O bruxo se ajoelhou perante seu novo mestre, que lentamente foi desaparecendo, sua imagem se dissipando no ar.

Travers arfava, as chamas esverdeadas que cobriam a sorveteria crepitando. Estava em sérios problemas.

 

Enquanto isso, na estação Imperial, Vader retirou-se de sua câmara de meditação. A Projeção da Força havia funcionado - agora, era questão de tempo até Voldemort estar à sua mercê.


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