O Famoso que eu mais odeio escrita por Marcia castro
quando eu vi quem estava no meio da multidão, era o rhysand, o autor que eu mais odeio.
— ahhhhhh - amren gritou no meu ouvido.
— para te gritar sua maluca - falei um pouco mais alto por causa da multidão, mas não cheguei ao ponto de gritar.
— você viu quem está aqui?
— eu não sou cega.
— vamos pedir um autógrafo.
— espera.
— o que foi?
— vamos ajudar ele.
— como assim?
— não está vendo que ele está tentando sair do meio da multidão.
e era mesmo, ele tentava empurrar as pessoas, e pedia "com licença", assim até parece que ele é educado.
— mas não era você que odiava ele?
— sim, só que eu odeio ver as pessoas perdendo a sua liberdade, por causa de gente que não sabe o que é espaço pessoal.
— tudo bem, mas tem alguma ideia.;
— tenho.
quando falei isso, eu comecei a tossir bem alto, e gritei:
— eu tenho uma doença contagiosa, e eu vou morrer - tossi de novo -ah não, acho que saiu sangue.
todo mundo (a maioria era mulheres) saiu correndo, e eu fui até o cara mais chato desse planeta.
— olá.
— me deixe em paz, por favor - ele andava para trás, mas eu fui mais rápida, peguei ele pela mão.
— vamos amren.
— para onde?
— me segue - e fui andando (eu ainda estava puxando ele.
— tá de carro? - falei para o rhysand ainda andando, e sem olhar para ele.
— não, um amigo me trouxe, e foi embora com a namorada dele.
— então você vai no meu carro.
agente estava no estacionamento, sem muita movimentação. ele conseguiu se soltar, e eu parei.
— espera um pouco moça, eu nem te conheço, como eu vou saber que não está tentando me sequestrar?
— você quer ficar aqui com vários malucos?
— não.
— então vem comigo.
eu andei, e ele me acompanhou. entramos no meu carro, e eu comecei a dirigir.
— não sabe que tem que usar um disfarce? principalmente aqui.
— nunca pensei nisso, obrigada pela dica, e qual são os seus nomes?
—não te inte...
— o meu é amren, e o dela é feyre - falou a amren que estava quieta até agora, e porque ela não continuou quieta?
— feyre, bonito nome.
— cala a boca.
— não liga não, ela é assim mesmo, e me dá um autografo?
— claro.
ele deu um autografo, e ainda bateu foto, vê se pode?
— onde é a sua casa?
— não - a amren gritou.
— que foi sua maluca?
— vamos levar para a sua casa, por favor?
— não.
— por favor, por favor, por favor - agora era os dois falando, vê se pode isso produção?
— tudo bem - falei rendida, porque eu sabia que eles iam me perturbar até eu deixar.
dirigi em direção a minha casa.
— espera um pouquinho aí.
— o que foi? - como a voz dele pode ser tão insuportável?
— porque não pode ser na sua casa? você mora perto de mim, não tá nem meio quilometro.
— porque a minha casa está uma basgunça, eu não arrumei o meu quarto, quer que eu mostre a minha casa desse jeito para ele? - fiz uma cara nada boa - fala série feyre, ele é o melhor cantor do mundo.
— se você diz.
quando chegamos em casa, nós saímos do carro, e entramos em casa (claro que tomamos cuidado para ninguém ver). chegamos no meu quarto e já fui logo avisando:
— não toca em nada, não quebra nada, não respire em nada, se não vai pagar pela sua vida.
— acredite, ela cumpri - quando a amren disse isso, ele me olhou com um olhar assustado, parecia que estava com medo de mim, e é até bom ter medo de mim, para ele não se achar de mais.
— então, eu posso me sentar?
— não. - falei série.
—ah cara, fala sério - falou irritado.
— não tolero irritação e gírias na minha casa.
— e você pode falar?
— claro, eu sou a dona de casa.
— e ela?
— minha melhor amiga, ou seja, já é de casa.
— entendi.
ele sentou, e ficamos uns 10 minutos em silêncio, quando a amren dá um surto (acredite, ela tá isso de fez em quanto - ou de fez em sempre):
— não aguento mais.
— o que?
— esse silêncio, vamos conversar.
— tudo bem - rhysand falou. ele e a amren me olharam bem sério.
— para mim tudo bem.
— como é a vida de famoso? - a amren perguntou para o rhysand.
— eu amo os meus fãs, adoro esse mundo, mas como vocês puderam ver, as vezes é difícil.
— ah meu deus - a amren gritou, já disse que ela dá um surto de fez em quando? se eu disse, eu repito.
— o que foi? - agora o rhysand perguntou, odeio esse cara, e odeio mais ainda por roupar as minhas falas.
— eu tenho o melhor ídolo do mundo.
— exagerada - falei bufando, fala sério, quem gosta dele? só a minha amiga doida, e o resto que gosta dele também são um bando de loucas.
— posso fazer uma pergunta?
— já fez.
— é sério.
— tá pode, mas já vou dizendo, se eu não quiser responder, nem tente me forçar.
— porque você me odeia tanto? eu sei que você é minha fã e...
— o que? - comecei a rir - eu sua fã? da te brincadeira, né garoto? nunca que ia ser fã de um sem noção como você.
— o que? - ele me olhou espantado - como pode não ser minha fã?
— simples, não sendo, agora tá na hora de você ir, a manhã você tem show, e já é tarde.
— tudo bem, eu durmo mais tarde do que isso.
— mas não devia, isso mostra o quando imaturo você é.
— como eu vou?
— vai te ônibus.
— mas as fãs vão me achar, e eu não sei andar de ônibus.
— será que eu vou ter que te levar?
— sim - os dois disseram juntos.
— então vamos.
peguei a minha carteira e as chaves do carro, e nós andamos em silêncio até o carro. nós andamos em silêncio, o único som que se ouvia era o rhysand indicando a sua casa (sim, o rhysand morava aqui antes da fama). quando chegamos, eu falei:
—tchau.
— tá o seu número para a gente marcar alguma coisa.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!