Por você, Baby Girl. escrita por Any Sciuto


Capítulo 18
Amoras.




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Área Rural de Chicago...

Morrer. Era tudo o que Penelope queria agora. Qualquer coisa seria melhor do que viver com o que lhe tinha acontecido. Embora uma voz dentro dela havia dito que aquela não era a primeira vez que ela passava por isso. Então ela fechou os olhos e sentiu vontade de não abrir outra vez.

Ela voltou alguns dias atrás e percebeu como Derek a cuidava, como a equipe cuidava dela, sempre evitando falar sobre o acidente e então ela percebeu que os pesadelos não eram pesadelos, mas sim flashes de algo que a equipe não queria contar a ela ou que ela não se lembrava.

Ela fez uma nota para si mesma que se ela saísse viva de lá ela obrigaria a equipe a lhe contar a verdade. Não importa quando doesse nela. E ela percebeu que eles haviam escondido dela por medo de como ela fosse reagir.

Então ele entrou com comida e ela congelou. Ela queria correr, fugir dali o mais longe ela pudesse.

— Você precisa se alimentar. – Ele falou soltando uma das mãos. – Quando acabar eu virei de novo.

— Não vai ficar? – Ela percebeu o quanto isso soava estranho.

Onde afinal ela estava pensando? Pedir a companhia de um homem que violentou ela? Ela tentou esconder sua cara de vergonha, mas ela sabia que precisava fazer isso se ela quisesse viver até que Derek e a equipe a encontrasse.

Ela nem prestou atenção que se passaram três dias.

Subúrbio de Chicago...

Derek plantou o pé na porta da casa que eles encontraram em nome de Edward. Hotch e Rossi se olharam e concordaram em deixar Derek assim mesmo.

— Ele mataria Edward? – Perguntou Rossi.

— Sem sombra de dúvidas. – Falou Hotch.

Sim. Hotch conhecia esse desejo de justiça. Ele mesmo matou o homem que matou sua esposa a socos então ele sabia o que era esse sentimento que Derek tinha com ele.

Reid, Emily e JJ seguiram Derek pela casa olhando de quarto em quarto atrás de algo que indicasse a presença de Penelope. Derek entrou em um dos quartos. Era o quarto da filmagem e ele viu a aliança de Penelope sobre a cama. Ele a pegou e colocou contra a palma da mão segurando de forma protetora.

— Vamos encontrá-la. – Disse Reid. –Embora essa aliança seja uma prova, você pode ficar com ela depois que eu mostrar para Rossi e Hotch.

— Está certo. – Derek passou o anel para Reid com cuidado. – Cuide bem dela para mim.

— Você irá coloca-la de volta em Penelope quando a encontrarmos. – Falou Hotch chegando por trás. – Eu prometo.

Derek apenas assentiu com a cabeça e saiu quando os peritos chegaram.

— Eles encontraram sangue. – Falou Hotch. – Eles vão fazer testes.

— Nós sabemos que é dela. – Falou Derek.

Hotch não falou nada. Ele estava morrendo internamente também. Ele não demonstrava isso, mas quando Penelope sumiu a primeira vez ele precisou de uma bebida ou outra para esquecer. Ele não se tornou um alcoólatra, mas chegou perto.  

Casa de Edward Harris...

Área rural de Chicago...

Ela tinha consciência que jantar com seu estuprador era uma má idéia, mas ela poderia estudar o homem e descobrir um meio de fugir dali. Era perigoso? Sim, mas ela tinha que estudar o homem.

— Então...  – Ela falou depois de um tempo. – Me fala sobre seu filho.

— Rodney? – Ele perguntou. – Um amor de garoto quando era mais novo. Depois de um tempo e por influência de um cara ele se perdeu.

— Rodney? – Penelope perguntou.

— Sim. – Edward respondeu. – Rodney Harris. Tenho certeza que Derek já falou sobre ele. Eu estava preso naquele tempo e então quando Carl Buford chegou na prisão e depois de alguns anos ele também.

— E vocês o mataram juntos? – Ela perguntou com medo da resposta.

— Sim. – Ele respondeu. – Ele fugiu da cadeia e eu da custódia no hospital. Essas marcas foram propositais.

Ele mostrou a ela as marcas de queimaduras.

— Doeu um pouco, mas depois que fugi eu procurei um amigo e o ameacei para me ajudar sem contar a ninguém. – Edward respondeu. – E depois eu o matei.

Penelope engoliu em seco e continuou a comer. Seu estomago estava revirado, mas ela precisava comer algo para se manter até Derek a resgatar. Mas quando seria?

Chicago P.D.

Derek estava à frente de documentos recuperados da casa de Edward. Ele repassou cada um com a ajuda de Reid até encontrar algo.

— Ele tem uma casa na área rural de Chicago. – Falou Reid. – Como não vimos isso antes?

— Sabe la quantos nomes ele usa para cometer crimes. – Falou Morgan.

— Muitos. – Reid respondeu. – Posso contar cinco aqui.

— UAU. – Morgan exclamou falsamente. – Ele tira muitos documentos. Imagina a raiva dele em ter que tirar documentos toda a hora.

 Um bom falsificador poderia resolver em horas. – Falou Reid colocando cópias de alguns documentos na parede de vitimologia. – Ele documentou tudo, desde nomes de vítimas até o nome falso que usou.

— Quantos esse cara matou em dois meses? – Derek perguntou.

— Pelo que posso contar ele matou 20 pessoas. – Falou Reid.

Derek jogou os braços pela mesa e suspirou.

— E sobre essa propriedade na área rural? – Perguntou depois de um tempo.

— Foram feitos reparos recentes. – Falou Reid. – Água, luz E telefone. É uma propriedade praticamente isolada. Não teria muito sentido em reformar essa porcaria de casa.

Reid estava chateado com tudo isso. Não só por Penelope, mas por Morgan também. Reid o acompanhava na maioria das visitas ao hospital e via o quanto ele sofria. Ele chegou perto um dia de voltar para o Dilaudid depois de uma visita ao hospital, mas ele pensava em como Penelope ficaria chateada por aquilo e logo jogou fora.

Rossi por menos que mostrava, até menos que Hotch e Reid estava mal. Ele considerava Penelope uma filha mesmo tendo a dele. Se alguém merecia ser feliz era ela, depois de Jason Clarke Battle ele viu sua amizade por Penelope crescer rapidamente a ponto de tomar ela como filha porquê de todos ela havia perdido os pais ao mesmo tempo, enquanto os outros ainda tinham um ou os dois.

Emily queria se jogar no primeiro buraco que poderia encontrar e sair de lá apenas quando ela fosse encontrada.

— Pessoal. - Gritou Morgan. – Tenho uma pequena centelha de esperança.

— Sabe onde ela está? – Perguntou Hotch.

— Ele reformou essa casa isolada. – Falou Reid. – Que apesar de nunca ser usada agora em luz e água encanada.

— É meio arriscado entrar em qualquer coisa até a investigação da morte do xerife acabar. – Falou Hotch. – Eles acham que podemos ser os próximos.

— Eu apenas quero Penelope de volta. – Morgan falou. – Não aguento mais esperar.

Hotch ficou compadecido da dor.

— Vou pedir carros verificados. – Ele falou. – Vamos pegar nossa garota.

— Obrigado Aaron. – Falou Morgan.

— Me agradeça matando esse desgraçado. – Falou Hotch.

— Eu farei. – Falou Morgan. – Tentarei evitar ser na frente dela, mas eu farei.

Hotch saiu da sala. Ele precisava ajudar Morgan.

— Preciso de carros que estejam livres de explosivos. – Falou Hotch. – Verificados com detectores e certificados.

— Quantos? – Perguntou uma voz.

— Dois. – Ele respondeu.

— Estarão em uma hora. – Ela respondeu.

— Não temos uma hora. – Falou Hotch. – Mande um helicóptero.

— Sério? – Ela perguntou.

— Mais rápido e maior. – Falou. – Certifique-se que esteja livre de explosivos.

— Ele chega em dez minutos. – Ela falou.

— Obrigado. –Hotch falou.

Ele voltou a sala de reuniões.

— Se preparem. – Hotch falou. – Estamos a poucos minutos de entrar em um helicóptero e ir buscar Penelope.

Área rural de Chicago...

— Poderia me colocar naquela cama? – Penelope perguntou. – É mais confortável.

— Tem razão. – Edward falou. – E você precisará descansar.

— Por favor. Apenas me deixe ir. – Ela implorou.

— Aqui. – Ele passou um punhado de amoras para ela. – É para subir a glicose.

Ela comeu rapidamente.

— Eu não entendo. – Ela começou. – Porque tudo isso?

— Vingança. – Edward falou quando a amarrou com as mãos para trás na cama.

Penelope começou a ficar tonta.

— Não é remédio. – Ele falou. – Essas amoras são modificadas geneticamente para diminuir o açúcar no sangue. Você vai acordar daqui a pouco e então vamos terminar nossa diversão.

Ela fechou os olhos lentamente esperando que fosse a última vez e que ela acordasse em outro mundo.

Derek e a equipe estavam voando a caminhando daquela casa. Ele apenas pensava em como ela estaria e em quanto quebrada sua Baby Girl estaria. Ele pensou em cada coisa que viu em uma vítima e viu que poderia estar se aproximando de ver sua garotinha talvez morta ou toda cortada.

Edward deixou Penelope trancada no quarto enquanto foi fazer o resto das tarefas domésticas. Geralmente ele não gostava de fones de ouvido, mas ele se permitiu usar um depois de ver Penelope dormindo. Ele se excitou em ver ela dormindo depois da última "sessão" que ele teve com ela então ele colocou seu fone e fechou os olhos. Ela estava presa e amarrada.

Ele nem percebeu o helicóptero pousando. Ele não era um assassino de primeira viagem, mas ele precisava de mais uma rodada com ela quando ele acordou. Ele abriu a porta e ela ainda estava inconsciente. Ele se tocou a admirando.

Ele subiu em cima dela e passou a mão pelos seios dela e deu um grito de prazer.

A equipe andou por dois minutos até ver a casa reformada de Edward no meio da antiga plantação.

— Morgan, Reid. Comigo. – Falou Hotch.  – Dave, JJ e Emily vão pelo lado direito. E nós seguimos pelo esquerdo. – Hotch instruiu. – Sem barulhos desnecessários.

— E com cuidado para não atingir Penelope. – Falou Morgan.

Nem era preciso pedir.

Quando Edward ouviu a porta abrir ele desceu de Penelope e pegou a arma. Ele a colocou na frente dele como um escudo humano, mas estava pronto para morrer. A luz fraca que ameaçava apagar a qualquer momento deu um clima sombrio.

Morgan parou na frente da porta e a abriu. Ele viu Edward segurando Penelope a sua frente com a arma na cabeça dela.

— Mais um passo agente Morgan e eu meto uma bala na cabeça dela. – Edward ameaçou.

— Você sabe que não sairia vivo daqui. – Morgan falou.

— Morgan. – Falou Hotch chegando ao lado do agente. – Tenha calma.

— Isso mesmo agente Hotchner. – Edward falou. – Seria uma tragédia se a mocinha aqui morresse.

— Eu meto uma bala na sua cabeça Edward se ousar puxar esse gatilho e matar Penelope. – Falou Hotch ganhando reforço de Rossi e Emily.  

— Penelope? – Edward caçoou. – Porque não Garcia? Não é assim que você a chama quando você a faz de burro de cargas?

—Ela sabe que não é bem assim. – Falou Hotch. – Eu sei que acha que Derek mandou seu filho para cadeia porque você acha que ele o transformou em assassino.

— Está me perfilando? – Perguntou Edward. – Então vamos lá, senhor FBI. Me perfile. Faça e eu penso se deixo ela sair.

— Você usa a aliança de casamento. O que quer dizer que há uma mulher pela qual você jurou amor eterno, mas ela foi morta enquanto estava na cadeia. Ela deu Rodney para você criar porque lá no fundo você sabia desde que ele nasceu que era seu filho. - Hotch guardou a arma. – Então quando você foi preso de novo viu Rodney rejeitando você e colocando Carl Buford no seu lugar e você pensou onde havia errado. Há uma parte em você que adorou ver Rodney preso e vocês mataram Buford para ter algum tipo doentio de conexão.

— Hotch. – Morgan chamou.- Porque está dando isso a ele?

— Deixe comigo Morgan. – Falou Hotch. – Quando Rodney fugiu você argumentou que ele fez aquilo sozinho e praticamente nem ligou ou perguntou se a gente prendeu seu filho.

— Ele está em custódia, não é? – Perguntou Edward. – Ele é um garoto mau.

— Você nunca teve intenção de ama-lo. – Falou Morgan. – Sempre foi sobre vingança.

Hotch pegou a arma de novo.

— Você prometeu solta-la. – Falou Hotch.

Edward deu uma vacilada e mudou o rosto de posição dando a Morgan ou Hotch um tiro limo através dos olhos.

A luz chata apagou quando um tiro foi ouvido. Rossi e Emily congelaram no escuro e JJ gritou o nome de Penelope fazendo Reid a puxar para baixo.

Então tudo ficou calmo.


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