Minha vida em Crepúsculo escrita por Sboolock


Capítulo 13
Respostas e recomeço


Notas iniciais do capítulo

I ai docinhos, como estão?
Nos vemos nas notas finais...

Boa leitura!



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POV Olivia

Olhar para Edward depois do que aconteceu me fez ter um pouco de receio, não dele especificamente, mais de toda a situação em si, afinal, eu fui atacada em um beco e por um momento eu achei que fosse morrer.

— Você está bem? - Edward perguntou sem se aproximar, ele estava do outro lado da sala, perto das janelas, já eu, estava próxima do corredor que levava aos quartos. Confirmei sem emitir som algum, eu não sabia se estava realmente bem de fato.

— Cadê a Alice? - perguntei nervosa enquanto percebia que a mesma não estava na sala junto a nós.

— Ela foi para o hotel aqui perto, Jasper está lá a esperando para voltarem para casa. - ele respondeu de uma maneira calma. Fiquei um pouco nervosa com o fato de estar sozinha com ele - Não se preocupe, não vou machuca-la.

— Eu sei. - afirmei aquilo enquanto ignorava o tom frio dele, eu realmente sabia que ele não me machucaria. Ele parecia surpreso com a certeza em minha voz - Então... - comecei a falar, eu não sabia por onde começar essa conversa, tentei clarear as ideias e comecei pelo mais simples - O que vocês, Cullen, são?

— Acho que já sabe a resposta. - ele claramente fugiu da resposta.

— Para falar a verdade, eu imagino, tenho quase certeza, mais preciso de uma confirmação. - disse seriamente, ele me encarou.

— O que acha que somos? - ele perguntou. Eu não acredito que ele estava fazendo um joguinho num momento como este. Mais se ele queria ir por esse caminho, que assim seja.

— Vampiros. - falei na lata, sem pensar muito que eu poderia está parecendo uma louca agora. Dei um passo para trás quando, do nada, Edward apareceu na minha frente, a um palmo de distancia de mim. Tinha ficado surpresa com a rapidez que ele se moveu, meus olhos não tinham captado até Edward estar na minha frente.

— Está com medo? - ele perguntou em um tom sombrio. Olhei para cima, para os olhos de Edward especificamente pois eu era alguns centímetros mais baixa que ele - Está com medo? - ele repetiu a pergunta.

— Não! - minha respiração estava irregular, dava para perceber o movimento do meu peito subindo e descendo rapidamente, mais eu tinha respondido com muita certeza na voz.

— Está mentindo. - ele afirmou aquilo ainda me encarando, o olhei incrédula - Você tem que está com medo, depois do que aconteceu hoje, depois do que você me viu fazer... - ele chegou mais perto, prendi a respiração - Você deveria está com medo de mim agora. - do mesmo jeito que ele tinha se aproximado de mim, ele se afastou e voltou para perto das janelas, aquilo era muito estranho, soltei a respiração - Sim, nós somos vampiros. - ele me confirmou depois de longos minutos em silencio em que só estávamos nos encarando, não fiquei surpresa com a confirmação.

— O cara que me atacou, também era um? - perguntei mesmo sabendo a resposta, vi os olhos de Edward escurecerem e a feição, que outrora, estava mais calma, ficar sombria novamente.

— Sim, ele era, só que um pouco diferente de mim e da minha família. - ele falou e fiquei confusa.

— Como assim? - perguntei com a testa franzida, ainda nos encarávamos.

— Diferente de mim e da minha família, ele se alimentava de sangue humano, e ele com certeza te mataria se eu e Alice não tivéssemos chegado a tempo. - ele explicou calmamente.

— Então é verdade. - conclui e ele me olhou confuso - O fato de você e os outros da sua família não machucarem humanos, é verdade.

— O fato de não nos alimentarmos de sangue humano, não quer dizer que não somos perigosos para vocês. - ele voltou ao tom sombrio novamente - Temos uma força sobre-humana, podemos esmagar vocês com apenas uma mão e a sede, podemos muito bem sucumbir a ela. Então não ache que não somos perigosos, por que nós somos.

— Como sabia onde eu estava? - resolvi mudar de assunto.

— Eu sabia que você viria para Boston. - ele respondeu.

— Você sabe o que eu quis dizer. - retruquei - Boston é uma cidade grande, como sabia que eu estava naquele beco? Que estava em perigo? - ele me olhou e dei alguns passos a frente - Como sabia Edward?

— Eu te segui até aqui. - ele disse e pela primeira vez eu o vi envergonhado, abri a boca surpresa - Você não aceitou minha companhia, então eu a seguir.

— Você me seguiu? - perguntei um pouco surpresa - Como?

— Eu vi quando você saiu para o aeroporto junto ao seu tio, eu pensei seriamente se iria acompanha-la no avião, mais vi que não seria preciso, então somente corri até o aeroporto daqui de Boston e cheguei antes de você. - ele começou a falar - Quando você chegou, eu a segui até aqui, com um carro alugado, então fiquei nele enquanto você estava aqui dentro, fiquei numa distancia que nenhum outro humano desconfiaria e que eu pudesse saber o que você estava fazendo. Mais está manhã eu precisei ir até um hotel e ficar no mesmo por causa do sol. E quando eu pude sair novamente, eu vim até você, mais você já não estava mais nesta casa, de primeira eu não fiquei preocupado pois você é humana e precisa de certas coisas como comida por exemplo, mais quando vi que você não voltava, eu comecei a me preocupar, entrei no meu carro e comecei a dirigir e a me guiar através dos pensamentos de outros humanos, mais aquilo parecia um beco sem saída. - franzi a testa confusa - Foi quando eu me lembrei do dia do hospital, em que você quase morreu na escola, por um momento eu li os pensamentos do seu tio, ele estava preocupado com você, não só por causa do quase acidente, mais também pelo fato que ele não sabia como você ficaria com aquilo, pelo fato dos seus pais terem morrido em um acidente que tinha outro carro envolvido e você ter passado por algo parecido. - essa fala dele me surpreendeu - Então eu fui até o cemitério mais próximo dessa casa e lá eu tive uma pequena esperança de encontra-la, mais infelizmente você já não estava mais lá, foi quando eu li os pensamentos do vigia do cemitério, ele tinha te visto sentada em frente a dois túmulos e ele também tinha te visto saindo e por sorte ele viu o caminho pelo qual você seguiu e eu só dirigi por esse caminho. - nesta altura eu já estava sentada na velha poltrona do meu pai, ele costumava sentar nela para assistir a jogos de basquete - Eu já estava bastante preocupado, não te encontrava em lugar algum e naquele momento não tinha mais ninguém nas ruas que eu pudesse usar para me ajudar, foi quando Alice me ligou, e eu vi ali que algo tinha acontecido ou estava para acontecer. Ela me disse que estava próxima do lugar onde eu estava, ela disse também que tinha tido uma visão com você sendo morta por um vampiro e que por sorte ela tinha visto o nome da rua. Ela me disse o lugar e eu só sair do carro e corri, corri com a esperança de chegar a tempo e impedir que você se machucasse. - ele se aproximou alguns passos de mim - Quando me aproximei do beco e li os pensamentos dele sobre você, eu simplesmente deixei o monstro que sou tomar o controle e salva-la, não importando as consequências, você só teria que sair viva de lá. - ele terminou a longa explicação e continuou me encarando, desviei o olhar, era muita coisa para processar.

— Espera... - voltei a encara-lo e percebi que ele me olhava com emoção nos olhos, emoção essa que eu não compreendia - Você disse que leu os pensamentos das pessoas e do vigia do cemitério e que Alice teve uma visão minha morta pelo vampiro, o que isso quer dizer exatamente?

— Alguns vampiros tem algumas habilidades incomuns, da minha família a Alice pode ver o futuro, o Jasper pode manipular os sentimentos e eu posso ler os pensamentos das pessoas. - me surpreendi com aquilo.

— Você pode ler os pensamentos das pessoas? - perguntei preocupada com o fato de ter meus pensamentos lidos por ele.

— De quase todas, só não posso ler a sua. - ele respondeu frustrado.

— Não pode ler a minha? - perguntei só para confirma e ele negou - Certo. - fiquei bem em ouvir aquilo, meus pensamentos estavam guardados só para mim - Existem muitos vampiros por ai?

— Sim. - ele confirmou e logo em seguida o mesmo se sentou em um dos sofás ali e ele parecia uma estátua de tão parado que estava.

— Se você e sua família não se alimentam de sangue humano, como sobrevivem? - perguntei e abracei meus joelhos em seguida.

— Eu e minha família nos alimentamos de sangue animal, costumamos dizer que somos vegetarianos, aprendemos a controlar a nossa sede. - ele explicou - Mais já nos alimentamos de sangue humano, já matamos para saciar nossa sede. - ele diz com o tom sombrio novamente, ele parecia querer que eu sentisse medo, talvez para me afastar ou talvez porque era verdade, mais eu estava tão paralisada, não sabia o que sentir naquele momento - Não saber o que você está pensando é tão frustrante, me diga, o que está pensando agora? - ele perguntou um tempo depois que só estávamos em silencio nos encarando.

— Por que me odiou tanto quando me conheceu? - perguntei uma das coisas que me intrigavam.

— Eu odiei, mais só por me fazer te querer tanto. - ele respondeu e fiquei estarrecida com aquilo.

— O que quer dizer exatamente? - perguntei em um sussurro.

— Como disse antes, eu e minha família aprendemos a lidar com a sede, mais você e o seu cheiro é como uma droga, é como heroína feita exclusivamente pra mim. - ele explicou - Quando você entrou naquela sala de aula e eu senti o seu cheiro pela primeira vez, eu quis mata-la. - ele disse e acabei surpresa com aquilo - Eu nunca quis tanto o sangue de alguém, como quis o seu. E foi uma luta muito grande não mata-la naquele momento, me controlar, aqueles minutos foram o inferno pra mim. - abaixei meus olhos.

— Então por que me salvou daquela van? - o olhei - Por que me salvou está noite? Por que me salvar da morte certa? Não seria mais fácil para você. Digo, você não teria mais que se preocupar em ter que se controlar, não seria mais um inferno pois eu não estaria mais lá. - ele me olhou incrédulo e só no final da minha sentença é que percebi que aquilo me magoou de alguma forma, desviei o olhar e respirei fundo.

— Porque... - a voz dele soou próxima a mim, era só um sussurro, olhei para a frente e o vi de joelhos a frente da poltrona onde eu estava sentada, as mãos dele estavam uma de cada lado, mais especificamente nos braços da poltrona - Porque ficar longe de você é bem mais doloroso do que ficar próximo, e ter a consciência que eu podia perder você para sempre, pela primeira vez desde que virei vampiro, eu senti desespero, uma angustia sem tamanho, um pavor tão grande que meu coração morto doeu de uma forma nunca sentida antes. - ele disse tudo aquilo calmamente e sem tirar os olhos dos meus - Mais mesmo sentindo tudo isso, eu ainda acho que não é certo você ficar próxima a mim.

— O quê? - perguntei e pela primeira vez, enquanto estava perto de Edward, eu senti medo.

— Lia, você viu o que eu fiz essa noite, você viu o que eu realmente sou. - ele murmurou - Eu sou um monstro, sou um assassino. - ele se afastou de mim e ficou em pé rapidamente - Por Deus, eu quis mata-la e eu não sei se consigo me controlar o suficiente para ficar perto de você.

— É, eu vi o que fez hoje. - me coloquei de pé - Você salvou a minha vida, não só uma vez, como duas vezes. - me aproximei dele - É, você quis me matar quando nos conhecemos e eu entendo, ou acho que entendo. - ele me olhou incrédulo - Não me olhe assim, eu não sou nenhuma suicida, eu só imagino o quanto deve ser difícil para você ficar próximo de algo que quer tanto, é como oferecer uma bebida para um alcoólatra ou droga para um drogado. - tentei explicar - A única coisa que eu sei, é que eu confio em você e sei que não me machucaria.

— Não tem como você saber isso. - ele retrucou mais também não se afastou de mim.

— Verdade. - concordei - Só que se você quisesse me machucar, já teria feito, você teve oportunidade de fazer isso, está tendo uma agora mesmo, afinal, estamos sozinhos agora, você poderia me matar se quisesse, mais não vai fazer isso. - eu disse com certeza na voz.

— Como tem tanta certeza disso? - ele perguntou seriamente ainda me encarando.

— Posso ver nos seus olhos. - afirmei e era verdade, ele não me olhava mais com a raiva do dia que nos conhecemos, ele podia estar serio agora, mais eu via nos seus olhos uma emoção que eu identifiquei como carinho, carinho por mim.

(...)

Quando acordei no dia seguinte, já eram quase uma da tarde e eu estava na minha cama, não me lembrava de ter vindo para o quarto na noite anterior, as únicas coisas que eu lembrava era da minha conversa com o Edward e que depois de eu ter dito que ele não me machucaria, nos conversamos um pouco sobre a família dele, eu devo ter pego no sono neste momento pois não me lembrava do restante. Olhei para o teto do meu quarto e soltei um longo suspiro, acho que agora é que estava caindo a minha ficha para o fato de que eu quase morri ontem, e meu quase assassino seria um vampiro, um ser sobrenatural que, antes de eu ir morar com meu tio Charlie, achava ser somente algo imaginário.

Me levantei em um pulo da cama e comecei a procurar meu celular, lembrar do tio Charlie me fez lembrar que eu devia ter ligado para ele depois de visitar o túmulo dos meus pais, ele com certeza estava preocupado, era capaz dele mandar o FBI a minha procura.

— O que está procurando? - escutei a voz do Edward soar atrás de mim, quando me virei, vi o mesmo sentado no meu pufe confortavelmente, o fato dele ter passado a madrugada ali me passou pela cabeça, mais logo desviei meus pensamentos, ele não perderia tempo me vendo dormir, não mesmo.

— Meu celular, você viu? - perguntei logo voltando a procurar o dito cujo.

— É esse aqui? - me virei para ele novamente e o vi com meu celular na mão, o peguei e vi varias ligações perdidas do tio Charlie - Ele tocou algumas vezes.

— Droga. - resmunguei e disquei o numero do meu tio, logo constatando que ele nunca mais me deixaria viajar sozinha - Tio Charlie.— cumprimentei assim que a chamada foi atendida, me sentei novamente na cama.

Olivia, onde você estava que não atendeu minhas ligações?— tio Charlie perguntou bravo, mais dava para perceber que ele também estava preocupado.

Desculpe tio, é que o celular estava no silencioso e eu acabei esquecendo de mandar uma mensagem avisando que eu estava bem.— contei meias verdades, eu realmente tinha esquecido de mandar a bendita mensagem.

E o nosso acordo?— ele perguntou - Olivia eu deixei você viajar sozinha porque você me prometeu que mandaria noticias sempre que pudesse, mais não atender minhas ligações, sabe o quanto eu fiquei preocupado com você? Eu já estava até comprando uma passagem para ir até ai.

Desculpe tio, desculpe mesmo.— pedi dando um suspiro, olhei ao redor e percebi que Edward me encarava preocupado - Vou contar a verdade pro senhor.— eu disse enquanto pensava no que ia dizer a ele.

Verdade? Que verdade?— ele perguntou do outro lado da linha.

Eu pensei que ia conseguir vir até aqui sozinha, mais ficar nesta casa, visitar o túmulo dos meus pais foi mais complicado do que pensei que seria e isso me abalou mais do que eu achei que me abalaria.— disse uma das coisas que estava me abalando naquele momento, mais não ia falar sobre Edward e sobre o fato de quase ter morrido na noite passada, tio Charlie não precisava saber disso - Quando cheguei ontem do cemitério, eu me fechei completamente tio, eu coloquei o celular no silencioso e me tranquei no quarto dos meus pais e acabei pegando no sono só de madrugada.— menti - Eu só acordei agora, me desculpe de verdade, isso não vai mais se repetir.

Querida, você está bem?— ele perguntou mais calmo agora - Quer que eu vá até ir? Eu posso comprar uma passagem e chego em algumas horas.

Não precisa tio Charlie.— neguei - Eu só vou ficar aqui por algumas horas, minha passagem de volta estar marcada para as quatro da tarde e chego em Port Angeles no inicio da noite.

Tudo bem, quando chegar aqui nós conversamos, vou estar esperando você no aeroporto.— ele disse.

Certo.— concordei - Tio, eu decidi algo sobre a casa.

O que decidiu?— ele perguntou.

Eu não quero me desfazer dela, mais também não quero deixar a casa abandonada, então eu pensei em por ela para alugar, assim eu posso ajudar com as despesas da casa e ainda terei um dinheiro guardado e não vou precisar mexer com os bens que meus pais deixaram pra mim.— expliquei o meu plano ao tio Charlie e ele disse que ia falar com o advogado da minha família e ele resolveria tudo, me despedi dele e desliguei o telefonema. Olhei para frente e vir o Edward me encarando - O quê?

— Boa tarde. - ele disse com um mínimo sorriso no rosto.

— Boa tarde, você passou a noite aqui? - perguntei enquanto me levantava e ia em direção ao meu banheiro, peguei minha escova de dente e a pasta que estavam na nécessaire e comecei a escovar os dentes.

— Sim, para onde mais eu iria? - ele confirmou e olhei através do espelho, ele estava encostado na porta do banheiro.

— Será que poderia me dar licença? Vou tomar um banho. - informei assim que terminei de escovar os dentes e só vi um borrão saindo do lugar onde Edward estava anteriormente, fui até a porta e a fechei.

Me virei novamente para o espelho e tirei a roupa que eu estava vestida da noite passada, tirei a blusa, o short e minhas roupas intimas e fui para debaixo do chuveiro na agua quente para ver se eu relaxava. Durante o banho eu fiquei pensando nas coisas que me aconteceram na noite passada, a minha quase morte, a confirmação de que os Cullen eram vampiros, a minha conversa com o Edward. O que me abalou mais foi o ataque que sofri, com certeza eu não esqueceria tão cedo daquilo e eu não sei quais consequências este fato me traria. Mais o que acho que mais me surpreendeu ontem foi o que eu descobri sobre mim mesma, quando eu vi a possibilidade do Edward ficar longe de mim, eu fiquei com medo dele ir embora, de sumir e isto me fez ver que mesmo depois de toda a hostilidade, do fato de só discutirmos quando tentamos ter um dialogo, dele ser um vampiro e em algum momento ele ter cogitado a ideia de me matar, eu descobrir que não queria me afastar dele, que eu queria ele ali perto de mim. Eu fiquei surpresa ao constatar que eu gostava dele mais do que era permitido, eu não sabia se o amava pois nunca tinha amado alguém dessa forma, o que eu sabia é que eu não queria ficar longe dele, eu queria conhece-lo melhor, ser amiga dele, estar ali para ele quando o mesmo precisasse e eu não sabia o que todos esses sentimentos significavam, então o melhor a se fazer é deixar a poeira baixar e ver no que isso ia me levar, eu só esperava que não fosse para longe do Edward.

(...)

Depois do banho e de já estar vestida com uma calça jeans, uma blusa de manga comprida preta e um tênis simples, eu fui até a cozinha e dei de cara com um café da manhã, mesmo já tendo passado da hora do almoço.

— Uou. - eu disse surpresa, tinha comida para um batalhão ali.

— Antes de você acordar, eu fui até uma padaria e comprei algumas coisas para você comer. - Edward disse, ele estava do outro lado da mesa - Espero que goste.

— Você sabe que eu não vou comer isso tudo, não é? - perguntei enquanto me sentava a mesa e pegava algumas torradas.

— Exagerei? - ele perguntou, o mesmo se sentou a minha frente.

— Um pouco, talvez. - respondi depois de ter comido algumas das torradas - Você comprou comida para um batalhão, mais obrigada mesmo assim. - agradeci e tomei um gole do meu suco de laranja.

— Como você está? - ele perguntou enquanto me encarava, o olhei confusa - Sobre as coisas que descobriu ontem?

— Bem. - respondi sem muita certeza na voz - Ainda estou processando tudo o que aconteceu e o que você me contou. - disse enquanto o olhava nos olhos.

— Bom, eu achava que você entraria em choque, depois do ataque que sofreu, era o mínimo que eu esperava. - ele afirmou.

— Não, eu não vou entrar em choque, pode ficar tranquilo quanto a isso. - eu voltei a comer e logo terminei e vi que tinha sobrado muita comida, ele realmente tinha exagerado.

— O que vamos fazer com o que sobrou? - ele perguntou e percebi que o mesmo encarava as comidas confuso.

— Tem um lugar em que eu e meus pais levávamos comida para moradores de rua, eu posso levar essas comidas e as que estão na geladeira para eles. - digo enquanto também olhava para as comidas, me levantei da mesa e fui até o armário, peguei algumas bolsas térmicas e quando me virei de volta para a mesa, percebi o olhar de Edward sobre mim, era um olhar admirado e tinha outra emoção nos olhos dele que eu não soube identificar - O que foi?

— Eu estou admirando você. - ele disse e logo senti minha face esquentar, desviei o olhar dele para a mesa e comecei a guardar as comidas nas bolsas térmicas.

— Não fique ai me encarando e venha me ajudar, eu ainda tenho um voo para pegar daqui a algumas horas. - eu disse sem olha-lo.

(...)

Depois que eu guardei as comidas e levei as mesmas junto a Edward para o lugar onde eu e meus pais levavam comidas para moradores de rua. Assim que voltamos eu logo terminei de encaixotar o resto das coisas dos meus pais, e em seguida fui arrumar as coisas que eu trouxe para a viagem e as coisas que eu levaria para forks. Eu que tinha vindo com uma mala e uma mochila, agora estava voltando para Forks com três malas e duas mochilas ao todo, além de coisa minhas, eu estava levando algumas coisas dos meus pais que achei necessário levar para Forks comigo, o resto iria ficar guardado em um lugar que eu tinha alugado, assim a casa ficou só com os moveis, depois meu tio mandaria alguém para cuidar da casa, ajeitar tudo e colocar a mesma para alugar.

Antes de sair daquela casa eu vir Edward parado em frente ao jardim mal cuidado, nesse dia não fazia sol, muito pelo contrario, estava nublado e com certeza cairia uma tempestade no inicio da noite. Eu ainda não sabia o que acontecia com os vampiros quando eles eram expostos ao sol, o que tinha aprendido com filmes e séries é que eles queimavam, mais eu duvidava que isso acontecia neste caso.

Dei um suspiro e me aproximei de Edward que estava parado de costas para mim.

— Sua mãe que cuidava do jardim? - ele perguntou sem me encarar.

— Sim. - me coloquei ao seu lado, também encarando o que restou do jardim - Mamãe costumava cuidar das rosas antes de ir para o trabalho. - disse nostálgica, percebi pelo canto de olho que Edward estava virado para mim agora, mais não o encarei de volta - Eu lembro de sair para o colégio e ela está bem ali... - apontei pro lugar que ela sempre estava quando eu saia - ...cuidando das rosas que tinha ali, ela sempre parava uns minutos para me dar um abraço e um beijo e me levar até o portão. Eu lembro de sempre olhar para trás e a ver com um sorriso enorme, ela me dizia que só voltava para dentro quando eu virava a esquina. - o olhei - O colégio era perto e eu costumava ir a pé pra lá. - voltei a encarar o jardim mal cuidado.

— Me diga o que está pensando. - ele pede e me viro para ele.

— Eu estou com medo. - afirmei em um sussurro, estávamos tão perto que eu não precisaria falar em alto e bom som. Ele se afastou um pouco surpreso - Não é de você. - disse convicta e me aproximei novamente - Depois de perder os meus pais, eu não suportaria perder mais ninguém, de qualquer jeito que seja. O que eu quero dizer, é que eu não quero que fique longe de mim. - o vejo ficar ainda mais surpreso com o que eu digo - Eu estou confusa, não sei bem o que estou sentindo agora, a única certeza que eu tenho, é que eu não sinto medo de você, que eu confio em você e que quero ficar perto de você, não quero que se afaste de mim.

— Mesmo que eu quisesse, não conseguiria ficar longe de você e eu não quero isso, não mais. - Edward me garantiu aquilo, ficamos mais algum tempo só nos encarando mais logo esse momento foi interrompido pelo som de uma buzina de carro na rua.


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Notas finais do capítulo

I ai docinhos, como estão?

Primeiro, quero pedir desculpas pela demora, o capitulo já está pronto a dias, só faltava revisa-lo. Capitulo grandinho para compensar vocês.

Segundo, quero agradecer aos comentários e as visualizações, vocês são demais, sem vocês essa fanfic não iria tão longe.

Terceiro, eu não sei se eu ainda vou postar algum capitulo este ano, vou fazer o possível pra isso, mais se não acontecer, eu quero logo desejar um feliz natal e um prospero ano novo pra vocês.

* Imagem tirada do google.

* Algumas partes desse capítulo foram tiradas do filmes "Crepúsculo", mais foram poucas coisas.

* Qualquer erro, peço por favor que me avisem, a tia aqui, agradece.

* Eu quero avisar que eu encomendei um trailer para a fanfic e em breve o teremos aqui.

Espero que tenham gostado, beijos e queijos, até o próximo, fui!



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