Cruel - A # M # F escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 19
*19 - Cruel vá em paz!*


Notas iniciais do capítulo

mais uma vez agradecemos a todas que estiveram sempre aqui conosco aqui é bônus e fim!!! ♥



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DOIS ANOS DEPOIS...

A cadeira de balanço estava em movimento enquanto Cristina sorria com o lindo bebê de cabelos pretos no colo. Ele era um menino de sorriso fácil e tinha os cabelos tão pretos quanto os dela. Ela dava a ele um pequeno pedaço de pera e ele sorria comendo em seu colo enquanto a cadeira de balanço ia e vinha.

— Telo maize, mamãe, eu goto de futaaaaa!– O pequeno falou todo sorridente no colo da mãe.– Onde tá, papai?

Cristina ficou olhando para ele daquele jeito tão lindo que ela sempre olhava. Ele fazia perguntas sobre tudo.

— Seu papai já vai chegar, meu amor!

Carolina saiu de dentro da casa e sorriu.

— Olha o que vovó trouxe para o meu amor...– ela falou toda feliz com a mamadeira de suco para ele e um copo para ela e para Cristina.

— Vovó... Que deliça!– Ele sorriu pedindo o colo dela com amor.– Quelo colinho de minha vó!

Ela o pegou e beijou muito dando a mamadeira.

— Como está cheiroso meu peãozinho!

— Eu tomei bainho vovó com epuma que mamãe toloco!– Sorriu e pegou a mamadeira.– Eu adolo essa dedeila, vovó!

Cristina sorriu vendo o filho feliz e sorriu ainda mais depois que viu a porta se abrir e Ângelo Luiz entrar. Ela sorriu sentando com ele.

— Olha quem chegou.– Ângelo falou entrando e rindo.

— Papai!– O pequeno gritou feliz com toda alegria do mundo.

— Cadê o filho lindo do papai?

— Tô aqui, papai, to aqui! Eu teno muta coisa pa conta!– ele disse amoroso com o pai.

Ângelo se aproximou e o pegou no colo beijando todo ele e fazendo cócegas na barriga dele.

— O que aprontou em?

Felipe sorriu e olhou o pai todo encantador...

— Eu fize muitas coisas, papai... e você? O que feize no seu tabalo?Salvou as pessoas?

— Sim salvei muitas pessoas!– jogou ele pro alto.– Já encheu a barriguinha?

— De suquinho, papai, que vovó touce! Aquele de futa que eu adolo!

Cristina sorriu e olhou o Marido, Ângelo Luís a tinha salvado, quando sofreu o atentado contra sua vida, caiu na água e foi arrastada pela correnteza até ser achada e cuidada por Ângelo Luis. Ele a tinha trazido de volta e por meses ela ficou sem memória e sem saber quem era... Mas depois com a ajuda dele tinha se recuperado em todos os sentidos. Carolina tinha sido avisada e tomou as providências para que a nora fosse feliz...Ângelo sorriu e foi até ela e a beijou na boca com carinho.

— Tudo bem? Sentiu alguma dor?

— Estou bem, amor, muito bem!– sentou ao lado dela com o filho nos braços e ela disse com amor...– Eu fiz o bolo de banana que você gosta.– sorriu e viu o filho sorrir mais.

— Aaaaaahh que eu estou no céu hoje!– riu beijando o ombro dela.

Ela sorriu e beijou ele mais e mais porque ela o amava e era cuidada por ele.

— Amor, Onofre, disse que lá no meio da horta está cheirando carniça e acha que algum bicho morreu, mas não quer mexer porque você não gosta que entra lá! Pediu que te avisasse para vocês irem juntos ver o que é.

— Biço moto?– ele sorriu e olhou os pais.– Papai, gato é biço?

Ângelo olhou para o filho sem entender.

— Sim, meu filho, gato é sim bicho.

— Eu matei um gato, papai, ele tava miando.– ele disse com um sorriso.– Ele miou e eu bati nele e ele miou e eu falei: " pala de mia que eu tô cansado!"– ele sorriu.– Ai eu bati a peda nele e zoguei lá fora.

Ângelo de imediato olhou para Cristina. Cristina olhou o marido e os dois estavam em choque.

— Meu filho, por que fez isso com o bichinho? Por que? Machucar é errado...

— Eu num gotei dele, mamãe e se num gotou tem que mata!

— Felipe, nunca mais fale isso!– Ângelo o repreendeu.– Nunca se deve matar um gato ou qualquer outro bicho não pode ser cruel!

— Eu sou cuel, papai?– ele disse deitando a cabeça no colo dele sentindo que podia ser castigado.

— Você foi muito cruel, sim com o bichinho e por isso vai pro seu banquinho da disciplina e vai prometer para papai e para mamãe que nunca mais vai fazer uma coisa feia dessas!– estava em choque com a atitude do filho. Nunca em hipótese alguma queria que ele fosse como o pai.

— Eu pometo, papai... se ele não miá, eu pometo que não vou matá!

Cristina estava muda, não sabia como reagir com ele dizendo aquelas coisas, Felipe nem tinha três anos.

— Mais você não pode controlar o miado do gato, meu filho pelo amor de Deus, não faça, eles não tem culpa, as vezes, ele só queria carinho e você o machucou!– não podia ser verdade que seria parecido com Frederico.

— Ele pego na mina pena, papai e olei pala ele e disse pála em, pala agola!

Carolina já tinha ouvido o suficiente e saiu dali não ia interferir na educação do neto e saiu com apenas um destino.

— Ele só queria carinho, meu filho!

Ângelo estava assustado com tudo que ouvia do filho não podia ser verdade.

— Tá bem, papai, eu deiço Lualina miá, tá bom? Maize eu dei uma pauladinha na pata dela poque falei, pala de se enjozada e me alisa e ela não palou!

— Vai para o seu castigo!– deixou ele no chão.– Estou muito magoado com você!

— Papai, me deculpa, eu te amo! – ele agarrou o pai nas pernas.– Eu te amo mamãe!

Cristina beijou o filho e ele correu para o castigo...

— Amor, não posso acreditar!

— Isso não está certo, ele está assim desde que mudamos pra essa maldita fazenda! Vamos embora isso aqui tem o cheiro dele ainda e as vezes me parece que ele está nos vigiando.– falou o que sentia.

— Vamos embora! – ela o agarrou com amor sentindo lágrimas nos olhos.– Eu não quero, não quero que nosso filho seja como ele!– estava em choque

LONGE DALI...

Carolina estava de pé olhando para a frente tinha os olhos cheios de lágrimas enquanto segurava um arranjo de flores ali estava a morada de seus dois filho a morada que ela nunca pensou que teria que visitar e agora ela estava ali destruída em seu coração e por sua própria irmã que no passado tirou seu menino o tornando um mostro.

E tempos depois tirou o outro pela loucura do mesmo irmão graças a ela que tinha feito tudo errado mesmo achando que tinha feito e agora os três estavam ali deixo da mesma terra e ela disse.

— Você precisa descansar, Frederico e não fazer mal a seu próprio filho!– deixou as flores limpando a lápide e sentou.– Segue seu caminho e deixa seu filho em paz! Ele não merece o que você está fazendo!

Um vento forte soprou ali levantando todas as folhas do chão e junto com o vento surgiu ele o homem mais temido por Carolina durante anos e quando ele a viu ali sentiu todas as sensações possíveis e a tocou no ombro a fazendo dar um berro de susto e ela se virou ficando de pé.

— Não me machuque! – se afastou um pouco.

Carolina...– a voz forte dele a fez virar para ele.

— O que quer aqui, Saraiva?

— Eu quero a redenção...– ele disse com os olhos tristes.– Tudo que temos está morto aqui nesse lugar, todos se foram, somos só nós agora!– Os olhos dela se encheram de lágrimas.

— Tudo por culpa dela que te amava e me fez pagar por isso!

Ele a puxou para ele abraçando.

— Eu nunca a quis, Carolina, meu amor sempre foi você!– ele disse com os olhos tensos.

— Fui tão seu amor que foi atrás de mim para me matar e ela ainda roubou o meu filho!– chorou sem conseguir segurar mais.

— Ela foi, não eu! – disse amoroso sentindo ela agarrada a ele.

— Você tentou me matar e eu não pude proteger nenhum deles e agora eu estou vazia...– se afastou batendo no peito dele.

— Carolina, eu sei que temos diferenças.– ele disse com sofrimento.– Mas vamos resolvê-las agora, nesse momento de nossa vida!

— Eu não tenho nada para resolver com você!

— Eu tenho... Não quero arrastar culpas para a vida toda!– ele chegou perto de novo dela.– Nós já perdemos tudo e eu não quero perder mais nada... – ele tocou o rosto dela.

— O que quer?É muito tarde pra nós dois!

— Não é...– ele disse com amor, estava no momento de decidir o futuro. – Eu quero você e não é tarde...

Ela apenas o olhou sem saber o que dizer. Ele a segurou pela cintura e beijou sua boca com amor estava cheio de desejo por ela como sempre tinha sido e não pensou, a beijou com amor, um beijo de saudade e por fim ele a soltou.

— Eu não te perdoo!– falou suspirando pelo beijo.

— Você tem tempo para perdoar!– ele beijou mais e mais a pegando em seu corpo.– Eu não mereço, mas te peço perdão.

— Vai ter que batalhar muito por perdão!

— Eu estou aqui para isso.... – beijou ele de novo com gosto apertando ele e logo o soltou dando um tapa na boca dele.

Ele a segurou na cintura e a tomou para ele. Ele tocou o local e a olhou assustado.

— Isso é por deixar ela roubar meu filho!– e o beijou na boca de novo. – Isso é porque eu sempre te amei, sempre!

Ele a agarrou com amor e alisou o corpo dela estava ali para ela, para ser dela e fazer o que desejasse.

— Vamos embora, nosso filho já sabe que deve deixar o nosso neto em paz!

— O que?– ele disse a olhando assustado.

— Felipe está indo pelo mesmo caminho e sei que nosso filho, não está em paz!– falou com pesar.– Vamos, eu preciso falar com Cristina!

— Vamos... vamos falar com quem você quiser, Carolina.– ele sorriu e seguiu com ela os dois foram para casa. E ele foi apresentado a todas as pessoas por fim o neto veio até ele

— Esse é Felipe Alvarez Robles, nosso neto!

— Oi, cala!– Ele disse com a mão na cintura.– Por que ta segulando minha vó?

— Ele é seu avô, Felipe!

— Eu num teno avô! Só avó! Eu num teno avô de meda nenhuma não, cacete! Essa pomba aí né meu avô, não!

— O que é isso, meu filho?– Ângelo falou firme com ele. – Vai voltar pro castigo, ah, se vai!

— Cristina, precisamos conversar!– Carolina olhou para ela.

— Eu num goto de mentila não, papai!Esse meda num é meu avô!– Falou baixinho.

— Claro, Carolina, vamos conversar!– Ela deixou o filho e disse com carinho.– Meu filho, por favor, se comporta!

Carolina saiu junto a Cristina para fora de casa deixando os três homens dentro da casa.

— O que houve? Onde a senhora ou encontrou? Está tudo bem?– Fez uma bateria de perguntas.

Ela riu e segurou a mão dela.

— Eu o encontrei no cemitério e eu estou bem, precisamos perdoar e entender as pessoas mesmo que não tenha conversado ainda direito com ele, mas eu sempre o amei, sempre e por isso quero te dizer que precisa perdoar ele...– falou com o coração aos pulos.

— Perdoar?– Cristina sentiu seu coração fora do normal de tanto que batia.– Eu não sei se posso perdoar Frederico! Ele quase matou a mim e a meu filho passou mais de 10 anos da minha vida me tratando como lixo! Eu não sei se posso perdoar tudo isso!

— Você quer que ele continue atormentando seu filho?

Cristina se arrepiou inteira.

— Não, eu não quero!

— Eu sei que é ele a alma de Frederico vaga e precisa de perdão precisa do seu perdão, eu sei que pode não parecer, mas ele te amou! Você precisa perdoá-lo ou Felipe será sempre atormentado por ele?

Cristina chorou. Chorou nervosamente sentindo que a vida que ela tinha desejado não era o que ela tinha e que agora que podia estar em paz depois de tanto tempo sofrendo ele ainda estaria ali.

— Eu não quero ele perto do meu filho!

Carolina a abraçou forte.

— Perdoe em seu coração, Cristina. Perdoe o cruel!

Cristina chorou mais chorou forte sentindo que seu coração estava se desfazendo. Olhou para cima e disse com calma:

— Frederico, eu sei que você no último minuto se arrependeu de ter feito mal a mim e ao nosso filho!Eu quero que você vai em paz e que deixa nosso filho ser feliz eu não quero que sofra!Felipe ama a vida e vai ser tão forte quanto você!

Carolina rezava ao lado dela era preciso era o momento do filho ir depois de tanta maldade aos seus.

— Eu quero que você descanse em paz porque eu te perdoo em nome do nosso filho e de tudo que há de mais sagrado pela vida do meu filho, eu te perdoo!Vai em paz, Frederico e não volte nunca mais, você não tem mais nada que fazer aqui! O seu filho vai ficar bem, eu também! Segue seu caminho e encontre a luz!

O céu escureceu e trovões e raios foram ouvidos e o vento balançou em três lados diferentes.Cristina segurou forte a mão de Carolina e naquele momento Felipe apareceu ali correndo.

— Mamãeeeeeee! Sai desse esculo eu touce a luz! – Ele apontou a lanterna.– Vem, mamãe...

Carolina o olhou e sorriu.

— Vai, meu filho é a sua hora...– Carolina falou baixinho fazendo o sinal da cruz.

Cristina virou para ele e sorriu, Felipe veio e segurou as pernas da mãe.

— Te peguei, mamãe, agola vamos ser feliz!– Abraçou as pernas da mãe.

Cristina o pegou no colo beijou e abraçou muito ele, quando ele se afastou do corpo da mãe olhou para frente e disse:

— Tchau, papai Rivero... pode deixar que cuido de mamãe!

Cristina abraçou seu filho e o sol brilhou lá fora... A vida é perdoar... desapegar... evoluir...

"CRUEL TERMINADA"


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