Cruel - A # M # F escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 16
16




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HORAS DEPOIS...

Frederico e Cristina tomaram banho e se arrumaram felizes para comemorar a felicidade de ter um filho. Tia Judite desfilava pela festa como avó assumida e estava mais que feliz de ver seu filho Frederico sorrir daquele modo tão sincero.

Todos os funcionários estavam na festa que foi montada no quintal da casa e eles comiam e bebiam cheios de atenção com Cristina que desfilava sorrindo.Frederico estava sempre ao lado dela e sorria vitorioso por ter aquele bebê ali na barriga dela e mesmo que fosse uma festa para que todos comemorassem a gravidez ele não permitia ninguém ao lado dela.

Cristina estava calma, a tempos, anos que ela não sentia aquela tranquilidade e ver Frederico tão paizão a deixava com um fio de esperança. Ela não confiava nele, nunca poderia confiar porque ele tinha feito muitas coisas... Ela suspirou com o coração cheio de amor e rezou para que nada estregasse seu momento de felicidade.Em determinado momento ele já estava com alguns copos na cabeça e a olhou bem dentro dos olhos.

—Você quer um cavalo novo?

— Eu quero sim...– ela riu...– Quero tudo que você quiser...

— Então, eu vou buscar um branco é bem robusto pra você!– Ele beijou ela na boca rindo.– Tia Judite, cuida da minha mulher!– Ele falou rindo, beijou ela mais uma vez e saiu chamando dois de seus capangas e montaram em seu cavalo iria roubar um branco que ele tinha achado lindo.

Cristina ficou olhando ele sair e disse toda risonha.

— Eu estou com medo de acordar.– ela tocou a barriga e olhou tia Judte a seu lado.

— Cuidado que o tombo pode ser feio.– Tomou de seu copo olhando a festa.

Frederico cavalgou junto à seus capangas e entraram na fazenda vizinha e com muito cuidado roubaram o cavalo brando e robusto era fêmea e dócil fácil de ser levada e ele saiu dali rindo do que estava fazendo e apenas deixou cem reais para o dono do cavalo como uma cortesia pelo belo negócio que tinha feito.

Foi pra casa com cuidado e rindo, quando chegou minutos depois a chamou para que recebesse seu presente. Cristina veio sorrindo e o olhou com atenção, o animal era lindo e ela estava apaixonada por cavalos. Sorriu e o tocou com calma.

— É lindo, lindo demais!

— Todo seu essa égua! Dê o nome que quiser.

— É linda!– ela alisou o animal e disse sorrindo.– Fujona vai ser seu nome!– ela sorriu e tocou o animal com amor.

Ele caiu na risada.

— Um ótimo nome pra ela!– Riu mais ainda e a abraçou por trás beijando seu pescoço. Estava leve com tanta bebida.

— Obrigada, Fred!– ela disse com amor e sorriu sentindo a atenção dele.– Ela é linda... bem linda!

— Eu trouxe pra você a tempos que estava de olho.– Riu mais e entregou para seu capanga guardar.

— Eu quero andar nela, Frederico, eu quero!– ela disse rindo como uma criança.– Eu quero agora, eu posso, não vai fazer mal a nosso filho!

— Amanhã quando estiver de dia. – Ela sorriu e bateu palmas feliz. – Agora não, quero que vá!– Ele a segurou em seus braços e a beijou com gosto.– Já comeu bastante?

— Sim, que comi por três e você nem viu.– ela riu dele e saiu na frente o deixando para trás.– Me acompanha velho.

— Olha a boca, sua recheada!– Ele caminhou e pegou um copo com bebida ficando ao lado dela.– Vamos dançar?

— E você ainda sabe dançar?– ela implicou com ele.– Sabe nada, nada mesmo!

— Eu estou velho mais ainda sei dançar dois pra lá dois pra cá.

— Nada disso, Frederico...– ela riu dele.– Você nem sabe dançar!– Implicou com ele.

— Eu sei dançar na cama.– Ele riu pegando ela.

— Sabe é ser convencido!– ela foi até onde tocava a música arrastando ele e sorriu cheirando ele assim que se abraçaram para começar.– Está com um sorrisão!– Ele riu mais segurando ela e se moveu enquanto as pessoas começaram a gritar o nome dele zombando eram todos amigos de longa data.– Olha ele, ele sabe dançar...– ela riu com ele colado nela e sentindo que era tudo diferente.

Cristina se deixou levar... enquanto analisava o rosto belo do marido, percebia que debaixo da carranca dele estava um homem lindo. Mas se ele não era gentil, nada valia... Olhou em volta as coisas que estavam ali, era tudo dela, mas sentia que nada era seu, apenas o filho que trazia em sua barriga.

Frederico dançou junto à ela se divertiu e foi feliz como não era a anos em sua vida girou ela com cuidado e voltou beijando seus lábios enquanto outros dançavam em volta deles levantando a poeira do chão como não era levantada a muitos e muitos anos.Cristina suspirou e disse depois que dançou com ele várias músicas.

— Estou cansada, Fred, bem cansada.Vamos sentar um pouco e eu quero uma limonada.– pegou na mão dele e puxou ele.

Ele foi junto à ela e a sentou e logo pegou a limonada e sentou ao lado dela suava e respirava fundo tomando uma cerveja.

— Você já bebeu demais ....– tomou a cerveja da mão dele.– Chega de beber, Frederico!– ela o aconselhou.

— Por que? Eu sou um homem cheio de motivos para beber e comemorar!– Ele secou a testa molhada.

— Eu não quero você passando mal!– ela sorriu e bebeu seu suco.– Não quero não!

— Eu só vou dormir depois daqui, me da mais um gole!– Beijou o braço dela.

Ela riu do jeito dele, estava demonstrando a felicidade que nunca tinha tido com ela, sorriu e deixou ele beber. Ele bebeu um grande gole e deixou de lado metade da garrafa.

— Está cansada? Se estiver mando parar tudo e vamos deitar!

— Ainda não, ainda não...– ela riu e sentou no colo dele o beijando na boca com tesão.– Você queria e você conseguiu!

Ele riu alisando as costas dela.

— Eu estou todo suado! Não me beija assim que vou levantar e você não vai sentar.

Ela provocou ele beijando mais na boca.

— Está assim tão aceso?Estamos cheios de visita, não pense safadeza, são apenas beijos!– ela sorriu e disse sorrindo com ele.

Ele riu.

— Mulher, hoje você não dorme!– Apertou as pernas dela.

— Não pode ser assim, seu filho está aqui! Não pode ser com força e toda hora...

— Eu vou devagar e também tem esse c...nho que é uma delícia...– Falou sem pudor .

— Não, hoje, não vamos fazer atrás!– ela o beijou na boca e sorriu.– Só vai ter o tradicional.– implicou com ele.– Sou uma senhora grávida!

Ele gargalhou.

— Eu sou um pai grávido!

Ela riu com ele.Para a tristeza dela naquele momento e viu uma pessoa entrando.

— Quem é aquela mulher?– Disse sentindo seu coração ficar acelerado.

Frederico olhou mais não identificou está meio bêbado e não focou na pessoa somente em Heriberto que estava ao lado.

— É uma mulher com seu irmão!– Ela falou com o coração completamente em suspenso.

Frederico levantou no mesmo momento, já louco de raiva e olhou Judith. Ela veio de imediato. Cristina segurou no braço dele assustada como se pressentisse o pior.

— O que ele está fazendo aqui?

— Eu não sei meu filho!

— Frederico, por Deus, se acalma!

— Eu vou matar!

Cristina o olhava com os olhos nervosos, sabia que era tragédia. Heriberto veio na direção deles com a mãe.

— Vai embora daqui!– Falou sem nem se preocupar com a mulher ao lado dele.– Eu não te quero aqui na minha fazenda!

Heriberto olhava para ele e disse com calma.

— Seja apenas educado com nossa mãe!

A mulher apenas olhou Frederico.

— Meu filho...

Os olhos dele ficaram negros.

— Eu não sou seu filho! Não me chame assim!

Judite tinha os lábios tremendo de medo.

— Meu filho, me deixe apenas te contar o que houve.– ela disse nervosa sentindo o coração aos pulos.– Eu quero te explicar, apenas isso!

— Vai embora daqui!– Judite disse.

Ela foi a ele os olhos cheios de lágrimas.

— Sua cobra, você envenenou ele todos esses anos! Serpente maldita! Sempre quis meus filhos, sempre quis tudo que é meu!

— Não fale assim com ela!– Frederico tomou a frente.

— Eu não quis nada, tudo é meu você que sumiu deixando ele na minha porta!– Judite esbravejou.

— Eu não deixei ele lá, ele foi tirado de mim sua mentirosa e tenho certeza que foi coisa sua com aquele maldito do Saraiva!

Saraiva era o pai deles, o homem que tinha desgraçado a vida deles.Judite a empurrou.

— Não minta mais!

— Não toque na minha mãe, tia!– Heriberto falou alto e olhou a tia.– Não vou permitir que magoe ela!

— Cale a boca!– Frederico gritou com ele.– Vão embora, vocês não são bem vindos aqui e você sabe!

— Filho, me deixa ao menos falar com você!– ela implorou indo até ele.

Cristina segurou o ombro do marido e disse calma.

— Talvez devesse falar com sua mãe!

Heriberto olhou a cunhada e disse demonstrando que a conhecia.

— Sim, Cristina é a única coisa que minha mãe quer.

Frederico ao ouvir o nome de sua mulher na boca dele avançou sentando soco nele como queria fazer a muito tempo. Socou muitas vezes e algumas foi no ar por estar bêbado e Heriberto se defender...

— Tá vendo o que você fez?– Judite gritou com Carolina.– Diaba, vai embora!

Heriberto empurrou o irmão e deu mais um soco se afastando enquanto Cristina gritava e Carolina também.

— Vamos embora, mamãe!– ele disse com raiva.– Frederico é um animal!

— E você é um bosta mole! Desgraçado!– Estava bufando de ódio e a música tinha parado e todo mundo olhava aquela briga de família.

— Vamos agora porque eu vou acabar com a raça dele se eu ficar aqui nem consigo entender como um animal como esse tem uma mulher como você, Cristina!– Heriberto segurou o braço da mãe começou a puxar ela para sair dali.

— Meu filho, quando você puder, por favor, me deixe conversar com você!– Ela disse com coração apertado e virando para sair enquanto olhava com ódio para Judite.

Judite sorriu de leve para ela enquanto a via ir. Frederico olhou Cristina e avançou nela a puxando para dentro de casa e quando já estava dentro a grudou pelo pescoço com ódio.

— De onde tem essa intimidade toda com ele?

Cristina chorou sentindo as mãos dele agressivas.

— Me solta, Frederico, eu não tenho intimidade com ele. Não tenho, apenas o vi na igreja uma vez, só isso, e foi por acaso. Ele me disse que queria falar com você e eu corri...

— Eu vou te senta porrada, sua desgraçada, tá de complô contra mim?– Estava com sangue nos olhos.

— Não, Frederico!– Ela respondeu nervosa sabendo que ele não ia entender.– Eu não procurei esse homem, ele foi atrás de mim na igreja e eu não quis falar com ele.

Frederico a puxou pela nuca a segurando pelo pescoço.

— Você é minha, entenda isso ou eu vou te matar!– Soltou ela.– Some daqui!– Bufou de ódio.

Cristina saiu correndo ainda atordoada com aquela situação e foi para o quarto e caiu na cama chorando por alguns segundos tentando recobrar a sua sanidade. Foi naquele momento porque ela teve certeza que tinha que ir embora. Começou arrumar uma pequena mala com todas as coisas que eram fundamentais para ela deixou essa mala escondida dentro de um espaço especial...

Não tinha o que fazer tinha que sumir dali no momento certo. Frederico foi ate Judite que ainda estava do lado de fora em choque bebendo as coisas tinham saído do controle e ele a pegou pelo pescoço também.

— O que você tem com essa mulher? Por que ela disse essas coisas?

— Eu não tenho nada com ela além de ser minha irmã, eu nem sei o que ela quis dizer, me solta!

— Eu vou acabar com todos vocês, é isso que eu vou fazer!– Soltou ela pegando uma garrafa de cachaça. – Toca essa porra de música!– No mesmo momento a música voltou a soar e ele bebeu amaldiçoando a todos.

E Judite ficou ali não perto mais o observando. Cristina estava sem chão. Sabia que ele ia fazer alguma coisa ruim, ainda mais que estava bebendo. Frederico comeu, bebeu muito e como já estava um tanto bêbado antes de toda aquela confusão ele foi para dentro de casa e caiu ali no sofá mesmo dormindo.

Cristina desceu, comeu e se sentou na varanda olhando a noite, estava triste e as lágrimas rolavam de seus olhos. Toda sua vida tinha sido assim... Ser tratada como um pedaço de carne ou como lixo. Uma mulher se acostuma a ser maltratada, não aceita nem gosta, mas se habitua.

O hábito é o maior incentivador da violência.Cristina ficou sentada ali com o rosto triste... e sentindo o vento...Ela não sabia o que fazer e nem para onde ir... Ela nem pensava em nada, e tocou sua barriga com seu filho ali...

Judite subiu e entrou no quarto a procurou e vou a janela da varanda aberta e caminhou com calma para não assustá-la.

— Que noite, não?– Ela suspirou e nada disse.– Acho que chegou a hora de você ir, Frederico está dormindo no sofá e não vai acordar você tem tempo!– Incentivou.

— Eu quero ir nesse minuto, minha mala está pronta... Mas ele vai me achar e vai me matar com meu filho.– ela disse tocando a barriga.– Eu não quero matar meu filho!

— Ele não vai te achar, vá para a cidade, deixe um bilhete e eu o convenço a não ir atrás de você porque está chateada

Cristina olhou tia Judite e disse com calma...

— Eu preciso de um tempo longe de tudo.– Ela se levantou e caminhou para o quarto, a pequena bolsa estava pronta e ela pegou e saiu para ir embora dali.

Judite a olhou ir.

— Eu vou te ajudar em tudo!– Sorriu.

Cristina voltou e encontrou com a tia no meio do corredor.

— Eu vou com meu carro... eu tenho um que nunca posso usar!

— Sim, vá com ele!Mas me de notícias eu vou te encontrar assim que falar com ele.– A abraçou forte.– Boa sorte!

— Eu te amo tia e cuidado!– Ela disse com medo de Frederico.– Por que não vem comigo?– Disse a olhando.

— Eu não posso! Se eu não ficar ele vai atrás de você e te mata!

Ela agarrou a tia, beijou e foi para o carro. Suas mãos tremiam. Agora ela tinha de novo que correr.Entrou no carro e ligou sumindo dali o mais rápido que pode.Judite desceu colocou uma coberta em Frederico e subiu para seu quarto tomou banho e deitou para dormir, mas não conseguiu saber que sua irmã estava ali era problema.

E foi assim que as coisas começaram a ficar cada vez mais cruéis...

HORAS DEPOIS...

Cristina acordou assustada tocando sua barriga, tinha desligado o celular e estava numa pousada na cidade, bem simples, apenas abriu os olhos e suspirou. Sabia que ele ia aparecer, mais cedo ou mais tarde ele ia aparecer. Sentou na cama, apenas ficou ali esperando ver o que seria a vida...

Frederico despertou já sentindo uma dor horrível no corpo pela briga e a cabeça doía muito, ele sentou como pode e gritou as empregadas por seu remédio e uma delas correu para pegar ele tomou e logo Judite apareceu e deu a ele uma taça de café que ele tomou reclamando.

— Que caralho é esse ruim?– cuspiu no chão.– Quer me matar?

Judite suspirou e o olhou.

— Cristina foi embora!– falou logo de uma vez e ele deixou a xícara cair no chão e se levantou no mesmo segundo.

— O quê?

— Isso mesmo que você ouviu e você não vai atras dela porque ela precisa desse tempo esta gravida e você foi um grosso com ela então não vai atrás dela.

— Ela é minha mulher!– gritou sentindo dor na cabeça.

— Isso não importa agora, você deveria ter pensado nisso quando foi um grosso com ela e a agrediu ontem por conta de Heriberto e sua mãe!– foi firme.

— Eu não fiz nada!– esbravejou.

— Fez e sabe que fez então a deixe em paz!

— Eu não vou deixar é nunca! Onde ela está?

— Eu não vou dizer!

Frederico a puxou e a segurou pelo pescoço e apertou sem pena quando se tratava de Cristina ele ficava louco e não media seus atos e ela se debateu tentando se soltar mais ele era muito mais forte que ela.

— Onde ela está?– gritou com ela já vermelha.

— Me... Solta...– falou com muito custo– Fredericooo...

— Me diz... Me diz onde ela está!– gritou mais ainda e a jogou no sofá que tossiu tomando ar.

— Maldito, você não a merece, você não merece ninguém, foi por isso que ela te deixou te jogou na minha porta!– falou com raiva das atitudes dele e Frederico nem pensou e sentou a mão na cara dela mostrando que se falasse mais alguma coisa ele a mataria na pancada.

— Cala sua boca! Cala, sua maldita velha desgraçada ou eu acabo com você e com ela que não sou idiota! Eu vou achar ela e vocês duas vão saber porque me chamam de cruel!– e sem dizer mais nada ele saiu pegando seu carro, mas antes falou com um de seus homens que sempre vigiava Cristina e ele entregou o endereço de onde ela estava e ele cantou pneu até lá e vinte minutos depois ele estava socando a porta dela.


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