PAÍS DOS RIOS, PROXIMIDADES DE TANIGAKURE, ÁREA DOS CHALÉS – DIA 4 – 22:04.

O céu estava parcialmente coberto por nuvens, mas algumas estrelas ainda eram possíveis de serem vistas. O vento frio e úmido batia contra o vidro da janela, a deixando um tanto embaçada.

Todos da casa se encontravam no quarto principal: Temari estava sentada na cama com Gaara no colo, enquanto penteava os cabelos vermelhos com todo o cuidado possível, sentado no chão ao lado deles estava Shikamaru que distraia o pequeno com as sombras na parede e, sentado na outra ponta da cama, Kankuro olhava para seus pergaminhos.

— Não sabe qual marionete vai usar para se proteger do Lee? — Temari fala implicante.

— Para de lembrar disso toda hora! — a resposta sai irritada, enquanto Kankuro juntava os pergaminhos — Nenhuma delas iria me ajudar, isso que está me irritando!

— Por que não? — a fala curiosa de Gaara era inconfundível.

— Você é pequeno demais para entender, jaan... — Kankuro sorri, havia descoberto uma maneira nova de fugir das perguntas do mais novo.

— Eu posso mostrar com as sombras enquanto você fala, o Gaara não vai conseguir dormir sem saber, não é? — O moreno sorri implicante, pelo visto, a convivência com Temari estava deixando os dois mais parecidos.

— Eu quero muito saber... — Os olhos verdes e brilhantes encaravam Kankuro.

— Er... — ele não conseguia negar nada com esse olhar — Bem, é que eu não consigo lutar contra a Tenten...

“E naquela hora não tinha muito o que eu fazer! Droga, eu devo ter parecido um idiota! Isso sem contar na participação especial do Lee para acabar de ferrar a minha imagem... Eu não tenho coragem de aparecer na frente dela de novo, jaan...”. Kankuro solta um longo suspiro, colocando os pergaminhos em um canto do quarto e depois se joga na cama. “Konohagakure é um lugar que nunca mais poderei visitar de novo com a cabeça erguida...”.

— Você quer lutar com a Tenten porque gosta dela? — agora o olhar era ainda mais curioso.

— De onde tirou isso!? — ele fica encarando o irmão surpreso, já havia se acostumado com as perguntas extremamente filosóficas por vezes, mas coisas desse tipo eram novidades — Temari, anda enchendo a cabeça do Gaara de bobeiras!? — ele olha irritado para a irmã.

“Quem ensina coisas desse tipo para uma criança!? Ainda mais em relação a mim, jaan!”. A loira continuava penteando o irmão mais novo calmamente, sem se importar. “Vai ficar calada, sem nem se defender, é?”, ele franze o cenho, ainda esperando a resposta.

— Foi o Shikamaru. — a loira nem faz questão de olhar para Kankuro enquanto responde.

— Ele me perguntou de onde eu conheço a Temari... — a fala preguiçosa é seguida de um bocejo.

— Eu não quero lutar com ela por isso, Gaara... — Kankuro fala mais sério, olhando para o irmão — Eu quero recuperar minha honra, jaan!

— quem tirou a sua honra foi o Lee, com um beijo cheio do calor da juventude! — Temari não aguenta e começa a rir depois de falar, ainda sem olhar para o irmão. Apesar dos comentários, toda a atenção dela estava voltada para não machucar o caçula.

— Acho que já vou indo... — Shikamaru comenta entre as risadas baixas, enquanto se levanta — Vai ser problemático você continuar fazendo esses comentários se vai dormir com os seus irmãos, Temari... — ele quase sussurra, com a voz arrastada e seguida de um bocejo longo.

— Como assim vai dormir comigo e com o Gaara? Eu vou dormir com ele hoje! — como se não fosse o bastante os comentários, agora Kankuro também estava irritado sobre isso.

— Boa noite! — o moreno ele já estava do lado de fora, fazendo jus em ser “o número um em fugir”.

— O combinado foi você dormir com o Gaara, não tinha nada sobre eu não poder dormir também! — a loira sorri vitoriosa, deixando o pente de lado.

 “Aposto que foi o Shikamaru quem deu essa ideia... Não! Ele não iria perder a chance de ficar agarrado com ela, então não foi ele, jaan... Isso só pode ter sido fruto dessa mente cheia de maldade que você tem, Temari! Mas hoje não! Hoje eu já tive o bastante, pelo menos a minha noite de sono será digna!!!”. Kankuro encarava a irmã de cara feia, se preparando para começar a “batalha”.

— Você é uma trapaceira! — a voz sai irritada. Se o irmão mais novo não estivesse ali, com certeza o adjetivo usado seria outro.

— Melhor do que ser um idiota! — Temari também falava irritada.

A discussão calorosa começou assim. Enquanto ainda “resolviam” sobre quem iria dormir aonde, Gaara se senta no meio da cama e fica olhando para os dois, com os olhos marejados. Demora um pouco até a discussão esfriar e ambos os irmãos olharem para o caçula, sem entender o que aconteceu.

— Gaara... O certo é você escolher com quem quer dormir, jaan... — agora Kankuro falava mais calmo, olhando preocupado para o irmão.

— É verdade, você quem escolhe qual de nós dois prefere. — Temari acaricia levemente o rosto dele. — Não queríamos assustar você...

— Os dois querem mesmo ficar perto de mim? — a voz estava cheia de receio da resposta.

— Claro que sim! — Kankuro sorri, bagunçando os cabelos recém arrumados de Gaara. — você é nosso irmãozinho, sempre vamos querer ficar perto de você!

— Sim, queremos tanto ficar perto de você que estamos até com ciúmes um do outro! — Temari sorri, mas afasta a mão de Kankuro.

— Eu quero ficar com os dois! — a criança sorri da maneira mais doce possível, corando levemente.

Graças à pequena criança, a resposta para a discussão foi achada. A noite tranquila passou com os dois irmãos mais velhos abraçados ao mais novo, pelo menos quando um não estava tentando empurrar o outro para longe.

PAÍS DO VENTO, SUNAGAKURE, ÁREA SABAKU – DIA 5 – 05:39.

O sol quente deixava a paisagem árida ainda mais seca, os raios tingindo lentamente o solo fazia com que tudo não passasse de uma imensidão em tons amarelados e foscos. Apesar de tudo estar iluminado e quente, poucas pessoas haviam despertado e isso ocasionava em um silencio absoluto em Suna, como se fosse uma cidade abandonada no deserto.

Baki estava no quarto de Gaara, havia passado a madrugada lá tentando achar qualquer tipo de pista do que aconteceu, mas a única coisa que encontrou foi uma pilha de tralhas quando abriu o armário. Ele estranhou, afinal, o Kazekage era sempre bem organizado com tudo o que fazia, mas por algum motivo ali não estava arrumado. Como não queria descartar nada que pudesse ajudar a resolver aquele mistério, Baki levou horas separando, analisando e arrumando tudo, para no final descobrir que era somente bagunça.

Cansado e um tanto frustrado, ele se senta na cama ouvindo um som oco. “Mas o que...”, ele se mexe e novamente o som é ouvido. Ao notar que vinha da cama, Baki se abaixa para ver o que estava errado com ela e encontra algo que havia passado despercebido até então: o estrado da cama estava quebrado em alguns lugares diferentes.

Normalmente iria-se pensar que a cama precisa de reparos e Baki conhecia seu Kazekage o suficiente para saber que ele iria ignorar aquilo por “não ser importante”, mas também conhecia o suficiente para saber que ele dormia tão imóvel que vez ou outra achava que o pior tinha acontecido com Gaara quando ele pegava no sono em seu escritório. “ Se está quebrado, não foi ele quem quebrou... Então isso deve ter sido alguém, mas quem quebraria isso e por quê? ”.

O homem se enfiou um pouco mais embaixo da cama, talvez alguma evidencia estivesse escondida ali, mas tudo o que ele encontrou foi um pergaminho decorado e com o nome de Gaara escrito nele. O tal pergaminho é rapidamente descartado como algo importante, até que em um estalo, Baki lembra de algo: “Mesmo não encontrando com ninguém desconhecido aqui, ele por vezes traz algumas coisas para adiantar no dia seguinte...". Aquilo realmente poderia ter sido uma armadilha do inimigo, mas não se poderia saber até abrir.

PAÍS DOS RIOS, PROXIMIDADES DE TANIGAKURE, ÁREA DOS CHALÉS – DIA 5 – 07:13.

A manhã calma começou com o canto dos pássaros e os raios tímidos do sol iluminando toda a área dos chalés. O rio, que agora estava novamente raso, corria lentamente sobre as várias pedras coloridas que podiam ser vistas através da água transparente. Neste cenário, dois irmãos estavam juntando pedrinhas e comparando umas com as outras.

— Eu acho que essas duas são as mais bonitas... — o pequeno Gaara fala, mostrando duas pedras azuis.

— Você gosta porque são azuis ou porque são brilhosas? — o mais velho sorri, olhando as pedras.

— Porque se parecem com os olhos da mamãe! — a fala sai contente, enquanto ele olhava para as pedras também.

“Essa resposta foi a melhor de todas...”, Kankuro sorri mais, com o olhar terno na direção do irmão, que guardava cuidadosamente as pedras. “Eu não me lembro de nada dela, mas você sabe até a cor dos olhos...”

— Irmãozinho, você é incrível, jaan! — em resposta a este comentário, Kankuro nota que o irmão estava completamente vermelho, mas sorrindo.

Os dois continuam andando pelo lago e juntando mais pedras, até que alguém correndo rápido o suficiente para inquietar a água atrás de si é visto. “Não acredito que esse cara está fazendo aquele treinamento louco de novo, jaan!”. Cabelo tigelinha, roupa verde e correndo com as mãos, não poderia ser ninguém além de:

— Lee! — Gaara fala alegre, acenando.

  “Não quero nem imaginar esse cara se trombando com o Gaara, com certeza ele iria machucar o meu irmão... Daí eu machucaria ele, bastante...”. Enquanto o ninja se aproximava, os pensamentos de Kankuro eram cheios de modos diferentes de machucar Rock Lee.

— Está treinando? — o pequeno não parava de olhar, achava incrível Lee conseguir ficar daquele jeito e andar por aí.

— Sim! — ele fica em postura usual. — Mas agora eu vou para a segunda parte do treinamento da manhã, quer vir junto!? — os olhos brilhavam com a “chama da juventude”.

— Quero! — os olhos verdes brilhavam com animosidade.

— E você Kank... — ele é interrompido.

— Você se aproveita de mim e ainda tem coragem de me perguntar alguma coisa!? — a voz irritada de Kankuro era acompanhada por um olhar assassino.

— Achei que iria gostar de treinar de novo comigo e... — novamente, ele é interrompido.

— Aquilo não foi um treino! Foi um FIASCO! Uma tentativa de assassinato à minha honra! Sua e daquele monstro! — ele estava realmente furioso.

Nem todas as torturas que Kankuro conseguia pensar poderiam nivelar com os pesadelos assustadores que ele teve pela noite: cenas terríveis com Tenten parecendo um monstro assustador, selando tudo ao seu redor como se fosse um buraco negro enquanto Lee passava protetor labial e ensaiava beijos.

— Vamos chamar a Tenten também? — Gaara falava animado, estava afastado do irmão, indo de mãos dadas com Lee.

— Sim! Ela vai adorar treinar com você! — Lee também falava animado, estavam indo para a escada que dava acesso da falha do rio para os chalés.

“Fui ignorado... Completamente ignorado... E pelo meu próprio irmão, jaan...”. Kankuro olhava para os dois, incrédulo. “Trocado por um grilo gigante! Eu definitivamente preciso recuperar a minha honra!!!”. Com isso em mente, ele já estava começando a pensar em como usar Lee a seu favor para derrotar Tenten e depois se livrar dele.

— Eu também vou treinar! — o mais velho fala indo atrás dos dois.

Depois de chegarem até os chalés, os três agora estavam em frente ao qual os ninjas de Konoha estavam hospedados. “Ela deve ser esforçada nos treinamentos igual ao Lee, para estar acordada a essa hora da manhã só para treinar...”, os pensamentos de Kankuro agora o levavam a imaginar Tenten e Lee, os dois com collant verde e levantando pesos.

— TENTEN! ACORDAAAAAAAA!!! — Lee gritava enquanto entrava no chalé, com certeza aquilo era uma forma eficaz (e errada) de acordar alguém.

— Eu acho que esse não é o jeito certo de acordar a Tenten, né? — Gaara olha para o irmão.

— Definitivamente não é, jaan... — era possível ver uma pequena gota de suor escorrendo pela testa do mais velho, só de imaginar caso ela fosse como a irmã.

Momentos em silêncio depois, é possível ver Lee sendo jogado pela porta. A garota parecia realmente um monstro, com o cabelo despenteado, o pijama amassado e com um dos chinelos faltando porque foi arremessado junto ao companheiro de time.

— Se tentar me acordar de novo antes das onze... Lee... — ela conseguia ser tão ameaçadora quanto Temari, com aura maligna e tudo.

— Mas Tenten, o Kankuro e o Gaara até vão treinar com a gente! — o rapaz fala se levantando.

"Eu não sei mais se quero treinar com essa criatura, jaan... ". Kankuro engole o seco, vendo a cabeça de Tenten se virar na direção deles lentamente, enquanto pegava de volta o chinelo que foi jogado em Lee. " Sinto que estou em risco!", ele desvia o olhar para o irmão mais novo, mais gotas de suor se formavam enquanto ele pensava em como sair de perto daquela coisa assustadora ainda com vida.

— Oi Tenten! - Gaara fala de maneira adorável, acenando para ela.

— E-Ei... Irmãozinho, fica quieto, jaan.... — Ele pega o irmão no colo, fechando os olhos — A Tenten está com sono ainda e vamos deixar ela descansar... - Mesmo sem olhar, ele sabia que ela estava indo na direção deles.

A mente de Kankuro já havia montado uma cena onde ele havia caído em uma armadilha explorando as ruínas do País do Vento e uma múmia terrível havia matado o companheiro de explorações e prendido ele e o irmão com as bandagens, agora ela se aproximava lentamente, dava até para sentir a respiração.

— Por favor me deixe viver... — Kankuro sussurra ainda de olhos fechados.

— Hum? — o mais novo olha-o confuso.

— Bom dia! — Tenten fala de forma doce, enquanto pegava Gaara no colo.

— Você escondeu as orelhas de urso aonde? — Gaara perguntava aproveitando para mexer no cabelo dela e procurar.

— Depois eu faço elas — A morena solta uma risada, deixando-o mexer como quisesse - Você acordou cedo porque quer treinar?

— Sim, ele e o Kankuro... — foi Lee quem falou, indo até eles depois de se recuperar do ataque.

— E-eu? Mas... — Ele olhava confuso para a garota, ela não parecia nem um pouco ameaçadora como a segundos atrás, em sua imaginação fértil. — Mas e se você se machucar, Gaara? — Ele fala preocupado e também para tentar poupar o irmão (e a si mesmo) do treino.

— Tudo bem, eu quero me machucar. — A fala do pequeno é seguida por um sorriso.

— Como assim? — Lee e Tenten falaram ao mesmo tempo, os dois olhando surpresos para Gaara.

— Eu quero saber se a dor de se machucar é a mesma que eu sinto aqui dentro... — ele responde enquanto coloca a mão sobre o peito, parecendo triste agora.

— Ei, ei, ei... Nada de se machucar, porque além de doer em você, vai doer em mim e na Temari, assim como a sua tristeza também nos deixa tristes... — o mais velho pega o irmão no colo de novo, o abraçando.

— E como somos seus amigos, também sentimos a sua dor... — Lee quem falou, já com lagrimas (e um pouco de catarro) escorrendo no rosto devido a emoção.

— Vai assustar ele com essa cara feia, Lee! —  Tenten o acerta com uma cotovelada no topo da cabeça, conseguindo arrancar algumas risadas de Gaara.

PAÍS DOS RIOS, PROXIMIDADES DE TANIGAKURE, ÁREA DOS CHALÉS – DIA 5 – 11:47.

Como o pequeno Gaara queria participar do tal treinamento, tudo não passou de várias brincadeiras como esconde-esconde, pique-pega e muitas outras que Lee conseguia pensar levando em conta que Gaara era uma criança que não podia se machucar. Agora Kankuro e Tenten estavam jogados no chão cansados enquanto Lee estava tentando ensinar Gaara como andar com as mãos.

— Se deixar meu irmão cair vou jogar você no lago... — Kankuro ameaça.

— E eu vou tirar o pouco de água que ele ainda tem antes... — Tenten completa, olhando para o céu.

— Eu sou ótimo com crianças! — a resposta de Lee só não foi tão verídica porque enquanto olhava para os dois, quase deixou Gaara cair, mas conseguiu o segurar pelos pés antes.

— O que está fazendo com o meu irmão!? — Temari quem falou, irritada.

— Ensinando a andar com as mãos! — Lee sorri após responder, pelo visto ele ainda não tinha notado a aura maligna que Temari emanava.

— O Gaara quem quis aprender... — o mais velho fala se sentando.

— Não interessa, isso é perigoso! Não iam juntar pedrinhas no lago? — A aura maligna de Temari continuava emanando, agora com um olhar mortífero para Lee e Kankuro.

— Juntamos um monte e eu quis treinar... — O pequeno vai até a irmã, olhando-a — Não podia? — o olhar triste de Gaara conseguia ser ainda mais eficaz do que quando os olhos estavam brilhando.

— Não é isso... É só que... Er... — ela se abaixa, olhando preocupada para o irmão — não faz coisas perigosas, tá? — a fala sai mais calma, enquanto ela acariciava o rosto dele.

— Tá! — o ruivo responde um pouco mais alegre agora.

— Eu não sou perigoso, né, Tenten? — os olhos ligeiramente esbugalhados agora encaravam Tenten a uma distância realmente irritante.

— Não, claro que não... — ela fala irônica, virando o rosto.

— Já preparou o almoço, né? Estamos com fome, jaan. — Kankuro falou indo até a irmã.

— Estamos? — Gaara olha para ele um tanto confuso.

— Estamos — o mais velho sorri e bagunça os cabelos vermelhos.

— Vamos almoçar fora, eu acabei de acordar e não vou ir para a cozinha. — a loira responde enquanto pegava o mais novo no colo — e vamos fazer compras nas ruas comerciais...

— Vamos? — agora Kankuro quem estava confuso.

— Vamos! — Temari sorri, levando Gaara consigo.

— É uma boa ideia ir até lá, parece que hoje a noite vão ter barraquinhas com jogos e comidas... — a morena fala pensativa. — Tenho certeza que será divertido!

Ao ouvir isso, Kankuro sorri. Ele já se imaginava ganhando dela em todos os jogos possíveis, pelo menos conseguiria sua honra novamente de um jeito não tão difícil e perigoso. “Acho que será a oportunidade perfeita, jaan...”, afinal, a única coisa necessária era estarem juntos, coisa fácil de resolver.

— Ei, vocês dois vem também, certo? — ele fala animado, afinal, era um convite para amigos passarem tempo juntos.

 — Mas e o treinamento? — O rapaz de cabelo tigelinha pergunta desapontado.

— O treinamento é todinho seu, estou de férias! — Ela se levanta, indo para o chalé. — Nos vemos mais tarde!

— Pode ser como um treino depois das compras! — a fala sai animada, ele sabia perfeitamente como convencer o “grilo gigante”.

— CERTO!!! — os olhos de Lee começam a brilhar com as “chamas da juventude”.

“Foi realmente fácil...”. O plano de Kankuro estava se iniciando sem tanto esforço, naquela noite ele dormiria com sua honra no lugar e sem pesadelos estranhos. "Não se pode desperdiçar uma boa oportunidade nunca, jaan!".