Prefácio de Uma Vampira escrita por Gabriela Cavalcante


Capítulo 9
Nômades


Notas iniciais do capítulo

Qual a surpresa Rosalie nos reserva neste capítulo? Quem diz a verdade? O mais novo amigo Edward Cullen, que apoia o amigo de infância Emmett, ou aquele que ela considera o amor de sua vida?

Gente, desculpa pela demora, é que eu fui vítima de um pequeno bloqueio a criatividade. Mas isso é coisa do passado!

Boa leitura!



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Eu não vi nem um monstro alienígena nem um princípio de tsunami. Eu o vi.

                Ele estava furioso. Veio como um raio, rápido e feroz, para cima de Edward. Segurou seu pescoço como se fosse quebrar-lhe a cabeça.

                - O que você fez? O QUE VOCÊ FEZ? – ele gritava.

                - Eu... Eu não fiz nada... Pare com isso, James! Está se precipitando!

                - Cullen, o que você fez com ELA?

                - Estou tentando convencê-la a não fazer uma besteira – explicou Edward, a voz mansa de veludo.

                - James, qual o seu problema? – Eu senti uma lágrima descer pelo meu rosto desesperado. Eu estava assustada.

                - Rose, esse cara está tentando fazer com que você desista de mim.

                - Você sabe que nunca vou desistir de você – prometi. – Eu já tomei minha decisão. Só estou tentando achar um modo de facilitar as coisas, James.

                - James, solte-o, por favor – pediu Carlisle.

                James fitou meu olhar por um breve segundo e entendeu que minha expressão era de súplica. Soltou o pescoço de Edward devagar e olhou para mim novamente. Agora meu olhar era de alívio. Jamais suportaria que Edward, meu mais novo amigo, fosse ferido pelo meu namorado. James estava passando dos limites.

                - Desculpe, Rose. – James abaixou a cabeça.

                - Não foi a mim que você quase enforcou. – Minha voz agora era séria e controladora.

                - Desculpe, Cullen – pediu, sem tirar os olhos do chão.

                - Não tem problema, Newton – garantiu Esme, que estava calada até agora. – Desde que não se repita.

                - Tudo bem, Sra. Cullen.

                - É melhor irmos embora, James – sugeri.

                - Acho que sim.

                Coloquei a mão em seu ombro, conduzindo-o até o corredor. Só aí que eu me lembrei de que não sabia o caminho.

                Edward tomou a frente e nos levou até a porta, depois que eu me despedi de Esme e Carlisle, morrendo de vergonha pelo que acontecera. E, é claro, agradecer por terem me tirado daquela floresta assustadora.

                - James, o que você tem na cabeça? – perguntei, olhando para a janela do carro.

                - Eu não sei, Rose – respondeu, a voz e a expressão vazias, sem tirar os olhos da estrada.

                - Por que fez aquilo? Você sabe que nem os Cullen nem ninguém jamais farão com que eu desista de você. Não entende isso?

                - Rose, eu sei. Ele queria te fazer mal, eu sei disso.

                - Não é você quem lê mentes – lembrei-o.

                Ele revirou os olhos.

                - Eu sei.

                - Então, por favor, pare com isso. Sabe que eu te amo, Newton.

                - Eu também, Rosalie. Eu também.

                - James, eu estava pensando numa coisa...

                - Pensando no que, Rosalie?

                - Em como vou me transformar numa vampira sem levantar suspeitas. Você sabe, sem que meus pais e meus conhecidos achem que eu estou demorando muito para envelhecer. Vou ter 17 anos pra sempre agora, James. As pessoas vão notar.

                - Não vão. Você não vai mais viver aqui, claro que não, seria perigoso demais.

                - E então?

                - Você vai se mudar daqui. Comigo, claro.

                - Mudar pra onde?

                - Seremos nômades, como todos os outros vampiros que conheço, exceto os Cullen.

                - Nômades?

                - Sim – ele bufou.

                - E eu vou simplesmente sumir, fugir de casa?

                - É, não há outro jeito.

                - Não mesmo?

                - Não – ele bufou novamente.

                - E pra onde vai me levar?

                - Pra qualquer lugar, desde que seja muito longe daqui.

                - E depois? – perguntei aflita.

                - Depois nos casaremos.

                Meus olhos brilharam com a possibilidade.

                - Como? Como faremos isso?

                - Eu ainda não sei. Prometo que quando descobrir, você será a primeira a saber.

                - Mas vamos ter um casamento sem convidados, sem a família, sem os amigos? Eu não queria isso, James.

                - Pare com isso, Rosalie! – ele gritou.

                Eu me assustei e enxuguei uma lágrima que teimava em escorrer pela minha face. Eu nunca imaginara uma reação dessas. Esse não era o meu James.

                - Já está me irritando. Você não sossega. Tente ficar um pouco calada, pela primeira vez, por favor.

                Eu obedeci. Mas não por que ele pediu. Eu jamais aceitaria uma resposta dessas se eu não o amasse. Eu o obedeci porque era necessário. Naquele momento e por aquele motivo.

                As lágrimas começaram a jorrar novamente. A estrada era escura, a névoa do amanhecer deixava o vidro da janela embaçado, me impossibilitando uma possível distração. Meu coração apertado palpitava forte. Eu não sabia o porquê de tudo aquilo, eu estava confusa demais. Nunca imaginara que minha cabeça pudesse ficar mais confusa que no meu início de adolescência. Minha respiração de repente falhou ao pensar na possibilidade de desistir. Será que James assumiria uma identidade diferente à que eu conheço após a minha fuga?

                Não, eu não podia pensar nisso, de maneira nenhuma. James era a razão da minha vida e eu iria fugir com ele a qualquer custo. A minha vida se transformara por causa dele e eu não desistiria jamais. Eu não agüentaria ficar longe dele, nem piorar ainda o que acontecera hoje. Acho que ele ficara chateado comigo por eu o ter obrigado a se desculpar com Edward. Talvez fosse uma humilhação para ele diante dos Cullen. Todos esses pensamentos me fazem refletir sobre James até hoje. O que afinal ele tinha na cabeça? Isso é uma coisa que somente Edward Cullen pode saber. Mas sei que ele jamais me contará.

                Finalmente criei coragem para abrir a boca.

                - E quando vai ser? – murmurei, ainda temendo sua reação.

                - Quando vai ser o que?

                - A minha... transformação.

                - Vai ter de ser amanhã. – Sua voz era mansa novamente.

                - Amanhã? – Minha expressão era assustada. Eu não esperava que o dia chegasse tão rápido.

                - É, não dá mais pra adiar. Tem certeza de que quer isso?

                Eu respirei fundo mais uma vez antes de responder:

                - Tenho. 

 


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Notas finais do capítulo

Desculpa pelo capítulo sem graça... Prometo que o próximo será melhor!

Se não for pedir muito, por favor, divulguem a minha fic... É que eu não ando tendo muito leitores novos.

E por favor, se eu realmente mereco, deixem reviews! Sou movida a eles!

Beijos



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