Prefácio de Uma Vampira escrita por Gabriela Cavalcante


Capítulo 17
A Noiva


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Desculpa a demora, mas é que eu digitei o capítulo, o pc travou e eu perdi. Dois dias depois desfeita da raiva, aconteceu de novo. Aí mais três dias - ontem, na verdade. De novo. Aí hoje eu tomei coragem de escrever todo o capítulo novamente.
E está aí.
Boa leitura!



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Notas Iniciais do Emmett:

Que coisa, eu continuo tremendo.

Não tenho forças para prolongar mais ainda esse momento de aflição. E nem essas notas iniciais. Só posso acrescentar uma coisa: SOCORRO!

 

Rosalie

 

Pode existir pessoa mais idiota, esquisita, ciumenta, egoísta e ameba do que eu?

Sim?

PÉIM: RESPOSTA ERRADA!

Mas como eu podia imaginar que o meu namorado estava comprando uma jóia pra mim e não pra uma sirigaita siliconada e ainda por cima de compromisso: casamento. O meu sonho. Ter filhos, netos, envelhecer com certeza absoluta de ter feito minha parte. Um sonho que estava para se tornar realidade e a idiota não percebera.

Ele estava ali, ajoelhado – e tremendo – na minha frente e não frente de todos, só pra me pedir em casamento. Casamento! Todos o fitavam, querendo saber se a história do grandalhão e da loira (legítima) teria um final feliz. Eu arriscaria que sim.

Eu fiquei paralisada temendo estar presa dentro de um sonho daqueles malucos que começam sem sentido e acabam com você querendo adiar o momento inevitável de acordar. Não tendo certeza de onde estava, tirei a mão da mão trêmula do Emmett, fazendo todos, inclusive ele, perder as esperanças. Mas não era isso que eu queria.

Para a surpresa de todos, tasquei um beliscão no próprio braço e provoquei risadas de todo canto ao soltar um grito de dor. Emmett baixou a cabeça para esconder o riso. Não sei se ria de nervoso ou de mim. Talvez os dois juntos.

- Eu. Não. Tô. Sonhando – murmurei entre dentes, tentando suportar a dor do beliscão exagerado.

- Não mesmo. – Ele soltou mais um riso abafado.

- Pode rir – autorizei. – Ainda tá doendo.

Em vez de rir como eu previa, Emmett se levantou e acariciou o local do atrito – ou beliscão, como quiser chamar -, encerrando assim a graça do povo. Todos quietos, apenas nos olhando. E eu senti que ele não tremia mais.

- Desculpa, Emmett. Emm. – Talvez o uso do apelido o deixasse mais à vontade. – Eu pensei que...

- Pensou errado, Rose. Pensou errado. – Ele sorriu. – Mas você ainda não respondeu a minha pergunta. – Recomeçou a tremer.

- Que pergunta? – Eu me fiz de boba. Queria ouvir a pergunta novamente, queria saber que era realmente verdade e não minha imaginação agindo contra minha razão como sempre. – Meu cérebro de ameba não se lembra.

Ele riu, ignorando as pessoas em volta que se cutucavam querendo saber se a loira estava ficando louca. Loira legítima, eu deveria acrescentar. Eles não conheciam nosso apelidinho nem tão secreto assim.

- Rosalie Lillian Hale – ele destacou meu primeiro nome, se ajoelhando e pegando minha mão com uma das suas mãos trêmulas. Com a outra, tirou a pequena aliança da caixinha e tentou equilibrar entre o indicador e o polegar. Funcionou. – Aceitaria se casar com uma ameba trêmula e suplicante?

Ninguém entendeu a piada, mas todos riram do Emmett, que ficou com as bochechas vermelhas. Certamente esse era um pedido de casamento inédito. Primeiro, a suposta noiva desconfia que o suposto noivo a esteja traindo. Depois de tanta embolação, ela descobre que estava errada. É pedida em casamento e com o susto do impacto tasca no próprio braço um beliscão de matar. E depois os supostos noivos chamaram a si mesmos de amebas. Claro que ninguém ali conhecia nosso apelidinho nem tão secreto assim.

Fingi analisar a expressão "ameba trêmula e suplicante". Sorri com o jeito dele e tentei demorar um pouco para responder. Mas eu tinha de dar logo um sim a ele. As pessoas em volta olhavam e se perguntavam o que eu escondia naquela cabecinha loira. Nunca saberiam.

É claro que eu diria sim. Talvez dissesse um milhão de vezes, talvez nem precisasse responder. Quem sabe eu só daria um sorriso. Ou lhe daria um beijo. Ou então eu diria "aceito" em vez de "sim". Mas, como ele, eu queria inovar. E deixei que desta vez ele ditasse as regras e segui o seu exemplo.

- Ameba suplicante - eu o chamei, acendendo os risos à minha volta. - Tenho uma notícia para você.

Ele me fitou, a confusão evidente em seus olhos escuros. Com um gesto, ele me encorajou a prosseguir, embora estivesse tão nervoso quanto eu. Os olhares curiosos não melhoravam nada. E a multidão que esquecera o jantar não dava trégua.

- Eu... - Abaixei para ficar de joelhos ao lado dele. A multidão ainda queria saber o que havia na minha cabeça. O que eu diria em resposta ao pedido do grandão de olhos escuros. O burburinho aumentava à medida que os segundos passavam. E a minha cabeça estava a mil.

Concentre-se, Rosalie.

Fitei os olhos dele.

Concentração. E só. Ela me ajudou muito, a tal da concentração. Fez com que eu ignorasse todos à minha volta e só enxergasse a ele. Só a ele.

As vozes começaram a sumir e eu me senti mais leve. Meu corpo parou de tremer e os batimentos cardíacos se normalizaram. Eu só o enxergava, tudo em volta me parecia um enorme borrão. Nem eu nem ele sorríamos. Nem eu nem ele falávamos. A multidão em volta sumiu da minha vista, porque eu só enxergava a ele, mas com certeza estavam falando e prestando atenção a cada pequeno movimento.

Tentei não pensar neles. Não mais. Funcionou.

Estávamos agora de joelhos, no chão da praça de alimentação do shopping, interrompendo o jantar de pessoas que não ligavam de ter o jantar interrompido por uma boa fofoca. E eu nem ligava pra isso.

Somente ele na minha vista. Somente...

- Rosalie? - Emmett uniu as sobrancelhas.

- Eu... Eu... - gaguejei. E enfim sorri. - Sim.

Sua boca se abriu num sorriso 32 dentes. Era o Emmett. O meu Emmett. E eu sorri junto com ele.

Os músicos começaram a tocar novamente. Mas a música mudara, não era mais aquela coisa de operadora de telemarketing que antes infestava o jantar do povo. Agora a música era alegre. Exatamente como eu me sentia.

Alegria.

Felicidade.

Eu só sentia coisas boas assim. Como quando nós nos resolvemos de uma vez por todas. Era a mesma sensação.

E o povo? Ah, o povo... Ficavam se espremendo, empurrando ombros, chutando cadeiras e traseiros, dando tudo para poder enxergar o casal de noivos que se beijavam ajoelhados no chão. Ah, sim: e aplaudiam.

 

[...]

 

Calma, Rosalie, eu dizia a mim mesma.

Mas era impossível. O mais útil que eu podia fazer era colocar um pé na frente do outro e tentar não tremer. E não seria tão fácil quanto eu imaginara.

Não havia motivos para temer – quase ninguém olhando pra mim. Só o Edward (meu padrinho), Esme (a madrinha), Carlisle, Alice e Jasper (os vampiros novatos). Ah – como eu esqueci? -, o Emmett e o padre. Aliás, esses dois últimos eram os mais importantes.

Mas meu corpo não me obedecia. E continuava a tremer.

Eu era a noiva. Do jeito que eu sempre sonhei.

Corrigindo: melhor do que eu sempre sonhei.

O vestido. Era lindo, com um tecido branco por baixo e rendas de rosas por cima. Era de Esme. Pela expressão dela quando o mostrou a mim, aquele vestido era muito importante e me daria sorte. Era o vestido do casamento dela com Carlisle. Daí toda a importância. Eu fiquei feliz por ela confiar em mim, e a convidei pra ser minha madrinha ao lado de Edward. Ela ficou feliz.

O véu transparente cobria meu cabelo e descia pelas costas até a cintura. O salto – alto demais, devo acrescentar – me atrapalhava um pouco na hora de andar. Mas não o bastante para me fazer desistir. Apesar de nervosa, eu estava muito, muito feliz. Era o dia mais feliz da minha vida.

Alice me vestira daquele jeito. Ela arrumou meu cabelo, ela fez minha maquiagem. No pouco tempo em que estivemos juntas, ela se tornou minha melhor amiga. Mas nem sabendo disso ela desiste de me fazer de Barbie Cobaia para os penteados e roupas novas que ela inventa. Alice tem um pé na moda, ou melhor, tem os dois pés e o resto do seu metro e 56 enfiados no mundo fashion. E, sim, foi a Alice que me fez colocar aqueles saltos imensos.

Ela parece um anão de jardim, e começa a quicar quando está feliz. E tem a mesma beleza encantadora de todos os vampiros. E a mesma delicadeza e a mesma rapidez. Assim como o Jasper.

Jasper é um pouco estranho. Ele tem cara de quem está sempre sentindo dor. Mas ele controla as emoções dos outros, e eu sorri pra ele quando senti uma onda de tranqüilidade no ar enquanto caminhava em direção a eles.

O resto da igreja estava vazio.

O resto das pessoas que eu queria que estivesse ali não estava. De tão vazia, eu podia escutar o eco da marcha nupcial. O eco.

Ali, no lugar desse eco estrondoso, deveriam estar meu pai, minha mãe, minha irmã, meus parentes, a Vera, meus colegas da escola... Todos que eu nunca mais veria. Certamente nunca. Ou pelo menos, não sem os colocar em perigo.

Senti ódio do James.

E saudade de casa.

Ia derramar uma lágrima, mas Jasper foi mais rápido e acabou com o meu sofrimento. Bom, pelo menos naquela hora. Eu sabia que depois as lágrimas voltariam. E da próxima vez eu as deixaria cair.

Aí eu me dei conta que já estava chegando ao altar. Emmett estava sorrindo em uma careta. Logo o vi repuxando a gravata e ri, imaginando o motivo da careta: meu noivo (e futuro marido) estava simplesmente se enforcando na gravata do smoking. Ri novamente quando Alice foi socorrê-lo, segundos antes de eu chegar até eles.

Emmett sorriu novamente, livre do aperto da gravata. Ergueu o polegar para Alice num agradecimento e me deu o braço. Eu sorri.

- Para sempre – ele sussurrou em meu ouvido.

- Para sempre – respondi.

E o padre começou a falar.

 

[...]

 

Meu coração palpitava. Nunca tinha entrado num avião antes.

Estávamos a caminho do Rio de Janeiro, para nossa lua de mel na Ilha de Esme. Ah, claro, a ilha era um presente de Carlisle para ela. Uma coisa que todo marido faz: dar uma ilha no Rio de Janeiro de presente à esposa.

Eu tinha certeza de que ia ser feliz com Emmett. Alice, ela meio que vê o futuro. Antes de embarcarmos no avião, ela me garantiu que nós dois ficaríamos juntos para sempre, não importa o que acontecesse. Sorri e perguntei a ela quando tinha visto isso. Ela riu da minha cara e respondeu que não tinha visto em lugar nenhum, a não ser em nossos olhos: seria para sempre.

Para sempre, prometemos um ao outro naquele dia.

E eu sorri para Alice.

Alice e Jasper estavam nos acompanhando. Não que eu não gostasse deles, mas quem é que acompanha os noivos na viagem de lua de mel? Bom, somente se esses noivos estão sendo perseguidos por um vampiro malvado que quer o sangue deles a todo custo. Por que você acha que eu aceitei isso?

Bom, eu achei que os dois ficariam só segurando vela, mas me surpreendi ao ver que foi o contrário. Emmett ficara a noite anterior sem dormir, de tão nervoso, e agora roncava baixo na poltrona ao meu lado. Tentei me distrair com a paisagem da janela, mas era impossível não notar os dois atrás de mim. Sim, eles estavam se agarrando em pleno avião. Parece que ninguém mais além de mim se importou com isso.

Mas de repente a falação parou atrás de mim. E uma onda de nervosismo me invadiu. Comecei a tremer e a suar, de tão nervosa. Olhei para trás e vi que Jasper estava na mesma situação e segurava a mão de Alice, que estava com os olhos vagos, meio que encarando a poltrona da frente.

Algo errado.

Não podia dar nada errado, não é mesmo?

Algo errado, minha mente insistiu.

Olhei para frente de novo e percebi que continuava tremendo sem parar e que as minhas mãos estavam geladas, até meus dentes batiam de nervoso.

Uma aeromoça parou no corredor, ao lado da poltrona do Emmett, e ficou olhando pra ele. Vi o desejo em seus olhos e soltei um a-hã forçado de dentro da garganta. Ela percebeu que eu estava nervosa e perguntou se eu precisava de alguma coisa. Eu ia responder que precisava que ela parasse de olhar pro marido dos outros, mas mordi a língua e me limitei a pedir um copo de água.

Algo errado.

Quando ela voltou com uma garrafa e um copo, tirei os dois da bandeja e me servi até que a água acabasse. Ela comentou que eu estava nervosa demais e perguntou se eu já tinha andado de avião alguma vez na vida.

Sacudi a cabeça.

Ela riu um riso sem graça alguma e saiu com a bandeja.

Havia algo errado.

De repente vi a verdade nas minhas palavras. Algo errado com a minha bexiga, quis dizer. Senti uma pontada tão forte que empurrei a perna do Emmett e pulei para o corredor, pulando para não soltar o que estava prendendo. Legal, o errado aqui era que eu estava quase morrendo de vontade de fazer xixi.

Depois de lavar as mãos, abri a porta e levei um susto.

Quis gritar, mas o causador do meu susto foi mais rápido do que eu, colocando a mão sobre a minha boca, impedindo de sair qualquer som que não fosse gemidos baixos. Segurou meus pulsos e me empurrou pra dentro do banheiro, fechando a porta.

- Hmmm – gemi.

- Ora, vejam quem eu encontrei por aqui. Rosalie Hale! Ou McCarty, como quiser. – James pronunciou o sobrenome do Emmett com desprezo. – Que surpresa.

- Hmm.

- Cale a boca! Não quer que eu te morda aqui mesmo, não é?

Sacudi a cabeça.

- Boa menina. – Deu um sorriso malicioso, porém gentil. O predador mais gentil que eu já vira. – Não se preocupe. Não vou te matar aqui, com dois vampirinhos de guardas. Além do mais, todos suspeitariam de mim. E não é assim que eu gosto de viver, como um fugitivo.

James afrouxou a mão que apertava minha boca e eu consegui dizer:

- Me deixe ir!

- Agora não. Preciso me divertir mais um pouco. Colocando medo em você. A melhor diversão.

- Por favor! – implorei. – Se não eu grito.

- Grite. A não ser que queira morrer agora.

- Disse que não ia me matar agora por conta de Alice, Jasper e as suspeitas em cima de você.

- As suspeitas não me assustam. Só quero um jogo melhor, com mais – ele pegou meu braço e pôs perto da boca – emoção.

E então soltou meu braço. Suspirei de alívio.

- E Victoria? Onde está ela? Foi mesmo você quem a transformou em um monstro, não foi? E o Emmett viu... Você o fez sofrer.

- Não vai me agradecer? Talvez se eu não tivesse transformado minha parceira Victoria, o McCarty estaria casado com ela agora, e não com você.

Pensei por um momento. Podia ser verdade. Mas não disse nada.

- Ora, vamos! Se não fosse por mim, não conheceria o segredo dos vampiros, não conheceria os Cullen. Fiquei sabendo que agora eles têm uma fêmea e um macho novo.

- Alice e Jasper.

- Os que estão aí?

- Sim.

- Não tinham monstros melhores? Aquela garota mal passa de um metro e meio. O cara não consegue se misturar com os humanos... Nunca pensei que os Cullen abrigassem carnívoros.

- Eles não matam pessoas como você.

- Ruim pra eles.

- Vai me deixar ir? – Comecei a tremer de novo.

- Vou. Mas antes quero avisar que tem uma surpresinha pra vocês, assim que saírem do avião.

Fiquei confusa.

- Você vai descobrir – garantiu. – Mas vai ficar sem saber até o Rio de Janeiro. Não se preocupe, também não vou acabar com a sua festa na ilha. Vou esperar você voltar. Por enquanto, vou matar alguns cariocas. Voltamos à Washington e a perseguição começa novamente.

Ele parou. Desviei os olhos dos dele, esticando o braço para abrir a porta. James pôs o braço de mármore na frente, me obrigando a olhar pra ele.

- E... Não tente me enganar. Sou um rastreador.

- T-tudo bem – gaguejei.

- Adeus. – Ele abriu a porta, e eu corri ofegante, para a minha poltrona, onde Emmett esperava aflito.

- Onde você foi? – perguntou.

- No banheiro.

- Sente-se, Alice está preocupada com você.

Obedeci em silêncio e olhei para trás, procurando pelo rosto de fada que eu conhecia.

- Rosalie.

- Sim, Alice?

- Eu vi... Ele vai voltar. James vai estar no Rio de Janeiro.

- Vamos estar escondidos – eu a tranqüilizei. – Vai dar tudo certo, ele nunca vai nos achar na ilha.

- Por isso que viemos com vocês – disse Jasper. – Para que ele não os ache. E se achar, estaremos na ilha para defender.

Todos agora tentavam acalmar Alice.

- Serão dois contra um, Alice – lembrou Emmett. – Ele não vai ter chance.

- E qualquer coisa – falou Jasper – Carlisle, Edward e Esme virão imediatamente para cá. Nem que seja correndo.

- Tudo bem. Já estou calma. Mas ainda estou preocupada – Alice falou.

Senti o impulso de contar tudo o que acontecera a eles, mas lutei contra esse impulso. Procurei me acalmar para não assustar Jasper e agradeci por Edward não estar ali pra ler minha mente.

E a viagem seguiu em silêncio.

 

[...]

 

O avião finalmente pousou e eu senti que a angústia passara. Na verdade, eu estava com medo de que aquele avião despencasse do céu como nos filmes. Mas tentei permanecer calma.

Emmett e Jasper pegaram as bagagens de mão e fomos os quatro seguindo para fora da aeronave.

Aquele aeroporto era definitivamente bonito. Estava louca pra sair do aeroporto e ver o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar... Todas aquelas paisagens de cartão-postal... queria ver se elas existiam de verdade.

Na ânsia de sair dali, comecei a puxar Emmett pela mão e andar mais depressa que o necessário, desviando de algumas pessoas. Alice gritou por nós e aí eu percebi que estava sendo apressadinha demais. Jasper confirmou:

- Apressadinha.

Alice e Emmett riram. Eu dei um murro no braço de Jasper, mesmo sabendo que ele não sentia dor alguma.

Andamos mais um pouco até uma área onde tínhamos de pegar nossas malas, despachadas no aeroporto de Seattle.  Uma esteira passava com as malas, e nós tínhamos que esperar as nossas.

Por causa de uma mala a mais da Alice, ficamos esperando até que só restou um casal e um homem de chapéu perto das esteiras. A bolsa de Alice apareceu e eu corri em direção à esteira para pegá-la antes que desaparecesse. Consegui agarrar a alça quando a bolsa passava ao lado do homem de chapéu.

- Peguei – falei para os três.

O homem de chapéu se virou para mim, deixando o rosto à mostra, e eu entendi qual a surpresa que James me prometera.

Ele me olhou por alguns instantes até se confirmar que era eu mesma.

- Rosalie?

Não havia como fugir. Ele já me vira, já vira o espanto em meu rosto. Já estava tão espantado quanto eu.

Não podia ser verdade.

- Rose? – ele me chamou de novo.

- Rosalie! – A voz de Alice chamava distante demais para que eu me virasse. E então eu senti uma lágrima descendo pelo meu rosto. Passei o dedo por ela e finalmente consegui murmurar:

- Pai?

 

Notas Finais do Emmett:

Quem é aquele homem? O que ele está fazendo com a Rose?

Fala sério!

- Alice, o que está acontecendo? – Jasper perguntou, com aquela cara de emo que ele sabe fazer muito bem.

- Eu não sei. Mas o cheiro daquele homem se parece muito com o cheiro da Rosalie.

Pronto! Agora os dois vampiros comparavam os cheiros dos dois enquanto eu quase me matava.

- Rosalie! – gritei. Mas ela pareceu não ouvir. Estava olhando para o homem.

- Rosalie! – Alice gritou. Acho que agora ela ouviu, mas ainda assim não se virou. Uma lágrima desceu pelo rosto e ela passou o dedo para remover. Então ela finalmente murmurou uma palavra que eu conseguia entender muito bem, mesmo não ouvindo o que ela dizia.

Pai? – os lábios dela disseram. E então o mundo caiu.

 


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Notas finais do capítulo

AUTORA: Olá, pessoas! Gostaram do capítulo?
EMMETT: Mais ou menos. As duas primeiras partes foram legais. Até o casamento. E só.
AUTORA: Emmett, pare de tremer.
EMMETT: Não consigo! Caramba, o pai da Rosalie está ali, o que eu vou fazer, como vamos fugir dele? Aaai!
AUTORA: Emmett, calma. Respira...
EMMETT: *respirando lentamente*
AUTORA: E agora espera o próximo capítulo. Vai esperar assim como todo mundo.
EMMETT: Mas eu estou nervoso!
JASPER: Está me deixando nervoso também! Você sabe que eu sou emotivo... Não posso melhorar seu nervosismo até o próximo capítulo!
AUTORA: Jasper, eu sei que você é emotivo.
EMMETT: Emo, você quis dizer.
AUTORA: *ignora o Emmett* E Emmett, em todo capítulo agora você fica nervoso. Agora, trate de se acalmar e esperar, ok?
EMMETT: *faz que sim com a cabeça*
AUTORA: Então tá. Tchau, leitores!
EMMETT: *acena com a mão* Deixem reviews estreledinhos, tudo bem? Tchau.



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