Branca de Neve e o Caçador 2 escrita por Karol Books


Capítulo 2
Diálogos


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Estou de volta com um capítulo fresquinho da história, sou grata a Deus pela inspiração e agradeço a linda da Lynda Winchester Di Angelo pelo maravilhoso comentário. Amo comentários, sou movido por eles, então se quiserem que a história continue, sigam o exemplo da Lynda. Tem uma questão que eu quero que vocês respondam sobre o Eric para mim que está nas notas finais do capitulo, então não se esqueçam de lê-las. Sem mais delongas, boa leitura! ;D



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— Isso é uma atitude muito estúpida e idiota. Mas quem disse que eu costumo ter bom senso? – ele fala e se aproxima de mim

Fecho os olhos e sinto o toque de seus lábios contra os meus, que os recebem de bom grado numa dança sincronizada. Seu braço, que envolve minha cintura, se aperta ainda mais nela, enquanto meus braços envolvem seu pescoço e minha mão se fecha em seus cabelos; parece que seu abraço foi feito, especialmente, para mim, que me encaixo, perfeitamente, nele. Meu coração se acelera mais do que todos os cavalos do reino cavalgando juntos e quase posso sentir que o dele prossegue no mesmo ritmo que o meu; uma energia extasiante percorre meu corpo como se seu beijo mais uma vez me trouxesse de volta à vida, mas o ar acaba nos faltando e temos que nos separar.

— Viu? Não foi tão difícil assim para que você hesitasse tanto – fala e ele me encara como se eu o desafiasse

— De onde vem tanta petulância de um ser tão pequeno - ele diz divertidamente e acaricia minha bochecha

— Herdei dos meus pais

— Eu sei que acha que sou meio covarde por não ir atrás de você – ele me fita seriamente e eu tento contestar, mas ele me impede – Mas, por mais que você me ame, isso não muda o fato de que você é uma rainha e eu, um caçador, que há expectativas em torno de você e quem vai escolher como marido. Eu não me encaixo nem um pouco nessas expectativas, não sei essas regras de etiqueta da realeza, ficar sem fazer nada, nem ficar confinado na sala do trono, resolvendo problemas do povo, eu sou um homem de ação, gosto de agir, não sou a pessoa mais paciente do mundo. Eu não sou o rei que esse povo precisa e isso é algo que deve levar em consideração.

— Eu sei – traço seus lábios com meu dedo e ele fecha os olhos com um suspiro – Eu pensei nisso no tempo que levou para prepararem a coroação, estive muito ocupada nesse período com assuntos do reino, mas quando chegava no meu quarto, eu pensava em você. Essa questão ocupou muito meus pensamentos, mas eu consegui encontrar uma solução boa para nós dois.

— Qual? – ele questiona, a curiosidade brilhando em seus olhos

— Rei consorte

— O quê? – a confusão estampada em seu rosto

— Quer dizer que você tem o título, mas não as responsabilidades; você será o meu marido e não um rei, no sentido de governante

— Isso existe? – seus dois mares profundos preenchidos por curiosidade

— Existe sim, minha tataravó inventou isso, o pretendente dela era um exímio guerreiro e tinha o horror a passar o dia inteiro trancado em uma sala, resolvendo problemas. Isso lhe parece familiar? – ele ri

— Claro, imensamente familiar – Eric acaricia minha bochecha – Então vou poder ser eu e ser seu marido?

— É exatamente o que estou dizendo

Ele vem, sem demora, em direção a meus lábios e me beija suavemente, mais uma vez sou inebriado pelo calor de seus braços e a doçura de seu beijo, até que nos separamos.

— Isso quer dizer que está disposto a seguir em frente como nossa relação?

— Com certeza – o caçador afirma com um sorriso torto e, depois, levanta o olhar em direção a porta de entrada do jardim – Acho que está na hora de ir

Sigo seu olhar e dou de cara com um guarda, que se aproxima, faz uma reverência e diz:

— Majestade, o conselheiro Alfred Tower mandou avisar que não há como disfarçar mais a sua ausência

— Tudo bem, pode me esperar na porta – ele fala e se vai – Ainda tenho que conversar contigo. Pode dormir no palácio ou pretende voltar para a sua casa?

— Não tenho mais casa desde que... desde que minha esposa morreu – a sua relutância em dizer aperta meu coração de uma forma que não consigo entender

— Então pode ocupar um dos quartos? Não se incomodaria? – questiono e ele ri

— Com o luxo? Não me incomodo com isso, não tenho aversão alguma a uma cama quente e macia, só não gosto de como os nobres são tratados como inválidos, como se não pudessem se vestir sozinhos, como se isso fosse um trabalho baixo demais para eles e do modo como ficam ociosos

— Não precisa se preocupar com isso, deixarei claro para os servos de que gosta muito da sua autonomia – caminho em direção à saída, quando ele me chama:

— Branca – viro-me – Você está estonteante! – sinto minha bochechas queimarem

— Obrigada, caçador – deixo o jardim e sigo com o guarda até a sala do trono, onde o Conde de Lince, famoso por ser mulherengo, nota minha chegada

— Majestade, está melhor?

— Sim, eu precisava de um pouco de ar puro, mas agora estou melhor, pronta para festejar até à noite – digo e o conde ri

— Ótimo! – ele me fala – Então celebremos o início do reinado de Branca de Neve!

Todos levantam suas taças e brindam, a orquestra começa a tocar mais animadamente e, antes que ei possa fazer qualquer coisa, o duque de Hammond, pai de William, vem até mim

— A rainha me concederia a honra de uma dança? – ele convida

— Claro – respondo e começamos a dançar

— Seus pais ficariam muito orgulhosos de você, você se tornou uma grande mulher e sinto que será uma boa rainha – meus olhos marejam, um nó se forma em minha garganta e a saudade golpeia meu peito impiedosamente, eu queria tanto que meus pais estivessem aqui

— Obrigada – digo num fio de voz e pisco para evitar as lágrimas que querem cair

— Por nada, eu só estou dizendo a verdade

Continuamos a dançar até que Wiliam toca no ombro de seu pai, pedindo para tomar seu lugar junto a mim

— Oi – ele abre um sorriso largo – Você está linda!

— Obrigada, Will

— Isso tudo me lembra de quando éramos crianças e nós dançávamos nos bailes de seus pais, você brigava comigo até eu aceitar, eu odiava isso, eu queria brincar e comer – eu rio

— Você pisava no meu pé, era um péssimo dançarino

— Melhorei agora? – ele questiona, encarando meus olhos

— Melhorou, melhorou bastante – respondo, desvio o olhar para um ponto qualquer e dou de cara com Eric, com seus olhos irritados – William, nós temos que conversar amanhã

— Claro – ele responde confuso com minha seriedade – Na sala do trono?

— Não, é um assunto particular, precisa ser a sós. Pode ser na biblioteca?

— Sim – um largo sorriso se forma em seus lábios

— Pela manhã, às 8:00, antes de eu começar o atendimento na sala do trono – ele assente com a cabeça

Meu coração se aperta em saber que Will deve estar cultivando esperanças que eu destruirei com minhas palavras, mas é o certo, o que deve ser feito

— Com licença – uma voz masculina nos interrompe e nós olhamos e percebemos que se trata do Conde de Lince – Eu poderia ter uma dança com a rainha?

— Branca? – Will questiona-me também com seus olhos

— Tudo bem – falo e meu amigo me entrego a Vince

— Minha rainha – seus olhos verdes cristalinos fuzilam-me, seus cabelos loiros estão bem penteados e junto com a sua barba dão-lhe um charme, que se alia a sua surpreendente juventude; ele deve estar na casa dos 30 anos. – É um imenso prazer poder conhecê-la

— Digo o mesmo. Eu poderia saber o porquê de não o ter encontrado na batalha, em meio aos soldados?

— Eu estava exilado – ele afirma sem hesitar

— Pela rainha?

— Não, pelo meu pai. Quando Ravenna tomou o poder, meu pai levou a minha família para dentro das muralhas do duque, nós esperávamos que seríamos um exército de resistência, mas à medida que a rainha mostrava seu poder, a coragem do duque se esvaía, ainda mais porque achávamos que estava morta. Eu era um jovem irresponsável e inconsequente, teria marchado com apenas um cavalo, uma espada e um escudo para lutar contra uma bruxa e seu exército, então, meu pai decidiu que era melhor deixarmos o reino, nós viajamos até que encontramos um lugar onde poderíamos viver em paz.

— Entendo, seu pai queria te proteger, mas quero saber se posso contar contigo como aliado

— Claro, comigo e com meus homens e pode ficar segura de que não fugirei, eu teria batalhado ao leu lado se a mensagem de William tivesse chegado a tempo, mas se houver uma nova guerra, estarei ao seu lado

— Ótimo! Não espero ter que participar de outra batalha, mas é sempre bom ter aliado - continuamos a valsar no ritmo da música – Conde de Lince, eu gostaria de esclarecer outro assunto de uma vez, sua fama de galanteador o precede – um sorriso de satisfação se abre em seu rosto – Eu queria saber se terei problemas com isso

 - De maneira alguma, majestade – ele faz uma breve pausa - Até um galanteador como eu conhece certos limites que não deve ultrapassar e sei que Vossa Majestade é um deles. Também não trarei problemas ao seu palácio, embora deve dizer que suas servas são joias preciosas – reviro os olhos – Mas não tocarei nenhuma delas

 - Fico grata

— Eu que agradeço, majestade, de ter esclarecido as coisas

Danço com vários cavalheiros, não consigo lembra o nome e o rosto de cada um, mas busco memorizar os mais importantes. Só sei que, em um certo momento, a movimentação para e eu posso sentar-me em um dos assentos disposto na grande mesa, sirvo-me da comida e, quando estou degustando um pedaço de um pato assado, avisto Will me olhar, brevemente, antes de aceitar o convite de uma jovem para uma valsa. A festa flui até a noite, quando a damos por encerrada e distribuímos os convidados pelos quartos, meu corpo mal toca a cama e eu já adormeço

 

Estou caminhando pelo Santuário, as fadas voando e fazendo seu barulho característico, se os anões estivesse aqui, teriam usado musgo nos ouvidos para abafar o som. As criaturas magicas vão me guiando, eu as sigo em direção a uma clareira, na qual encontro um casal de costas para mim, eu poderia reconhecê-las em qualquer lugar, ele com os cabelos e a barba castanhos e olhos azuis intensos e ela, com os cabelos em uma cascata negra e olhos azuis cristalinos, juntos, abraçados.

— Mãe? Pai? – eu pergunto incerta e eles se viram

— Minha princesinha – meu pai vem até mim e me abraça, o calor e o conforto fazem com que eu me renda por completo.

— Pai! Senti muito a sua falta

— Está tudo bem – seus olhos amorosos encaram os meus e seu sorriso animado aquecem o meu coração – Eu queria continuar contigo, mas sua mãe não vai querer que eu te monopolize – seu sorriso se aumenta ainda mais – Você se tornou uma linda rainha e tenho certeza de que fará um ótimo reinado – ele afaga meu cabelo e um nó se forma em minha garganta

— Obrigada – sussurro. Um sussurro é a única coisa que consegue sair pelos meus lábios

Ele me solta e minha mãe vem ao meu encontro, ela me esmaga em seus braços e eu sinto o cheiro característico de rosas em seus cabelos.

— Minha Branca, minha filha linda – ela sussurra em meu ouvido – Eu senti tanto a sua falta

— E eu a sua. Por que teve que partir tão cedo? Deixar meu pai e a mim sozinhos?

— Era a minha hora – seus olhos azuis cristalinos derramam doçura e gentileza e seus lábios se abrem em um brilhante sorriso – Não se esqueça de que nós te amamos – eles dizem juntos

 

Abro os olhos e me deparo com alguns raios de sol que invadem a janela, as lágrimas escorrendo, a saudade apertando meu peito, era só um sonho, só um sonho, eles partiram. Levanto-me, livrando-me das cobertas, faço minha higiene pessoal, escolho um vestido azul claro que eu não preciso da ajuda das servas para vestir e saio do quarto. Ando pelos corredores silenciosos à procura de um lugar menos sufocante, não me deparo com ninguém, todas as portas dos quartos fechadas pelo sono de seus ocupantes. Meus pés continuam caminhando, até que uma voz me interrompe:

— Acordada a essa hora? – eu o reconheceria em qualquer lugar. Viro-me e dou de cara com Eric.

— Perdi o sono – respondo e seus olhos azuis me fuzilam

— Pesadelo? – ele me questiona, aproximando-me de mim

— Não, sonho bom – o caçador acaricia minha bochecha, encarando-me e se mostra confusa com minha resposta – Sonhei com meus pais – ele respira fundo

— Eles teriam muito orgulho de você

— Eu sei, mas...

— Mas isso não acaba com a saudade, eu sei como é – eu ainda lidava com os fantasmas de meus pais e ele, com o da primeira esposa e isso me incomodava. Será que a ex esposa está tão viva para ele quanto meus pais está para mim? Será que ele ainda a ama? Será que ele a vê através de mim?

— Eric?

— O que foi?

— Você me ama? Verdadeiramente me ama? Ou enxerga a Sarah através de mim? Eu lembro de você falar que éramos parecidas quando eu estava...morta – desabafo

— Branca – ele afaga meu cabelo – Branca, você e a Sarah são parecidas, mas também são muito diferentes, ela não gostava de fazer discursos,na verdade, odiava falar em público, não era tão delicada quanto você, não era uma rainha, era a filha de um ferreiro, um camponesa acostumada com trabalho braçal. Ela não tinha olhos verdes, não tinha todas as responsabilidades da realeza, então, quando olhos para você – ele se aproxima com seus lábios a centímetros dos meus – eu vejo somente você – o caçador me beija com intensidade e uma energia poderosa percorre cada veia minha, disparando meu coração.

Depois de um tempo, me afasto dele e fito seus olhos

— Tudo bem, eu entendi, mas era uma dúvida que eu precisava esclarecer, não poderíamos ter o fantasma dela pairando entre nos

— Eu compreendo – ele afaga minha bochecha

— Acho melhor tomarmos o café da manhã

Nós seguimos em direção à sala de jantar, nos deparamos com alguns servos arrumando a mesa para a refeição, que ficam surpresos com nossa chegada e proximidade.

— Majestade? Bem, não te esperávamos a essa hora, pensamos que dormiria até mais tarde, assim com os demais convidados, que estão recolhidos pelo cansaço da festa de ontem

— E pela ressaca do vinho também – comenta Eric, sentando-se – Eu aconselharia vocês a prepararem uma boa quantidade de chá para esse mal, acho que muitos vão precisar dele

— Eu também acho– ela sussurra

— Somos duas então – digo e sorrio; ela se espanta por eu tê-la ouvido, mas o meu sorriso a acalma

— Eu vou buscar o café da manhã de Vossa Majestade e de seu acompanhante

— Eric, meu nome é Eric – o caçador faz questão de esclarecer

— Ah, sim, claro! – ela fala antes de se retirar

— Eu preciso te fazer uma proposta – digo

— Mas começamos a nos relacionar e já vai me pedir em casamento? – ele brinca

— Não, ainda não, o que eu quero falar é sobre um cargo que quero muito que assuma e antes que venha a recusá-lo por ser orgulhoso, saiba que eu o ofereceria a você mesmo que a relação que há entre nós. Eu pensei que a guerra tinha acabado quando derrotamos Ravenna, mas, depois, percebi que ainda há muitas batalhas a serem enfrentadas, a antiga rainha não feriu só a terra, mas também o povo, e as pessoas esperam que eu venha trazer a cura para estas feridas. Eu tenho muitas responsabilidades e preciso de pessoas confiáveis ao meu lado para dar conta delas, eu preciso de aliados e de amigos.

— O que você quer que eu faça então? – questiona-me com os olhos cerrados

— Quero eu faça parte da guarda real, não precisa ficar enfurnado no palácio, terá liberdade de ir à floresta, poderá continuar caçando. Sei que quer ser livre e não quero te prender, mas gostaria muito que ocupasse o cargo com um de meus homens de confiança

— Eu preciso pensar, Branca, não é uma decisão fácil

— Tudo bem, aguardarei sua resposta – falo e duas servas chegam, servindo a nossa refeição – Obrigada – digo-lhes antes de elas deixarem o cômodo

Comemos, desfrutando dos pães, das frutas, dos sucos e do bolo, um de frente para o outro, o que me permite, constantemente, fitar a tempestade azul- acinzentada de seus olhos. Assim que termino de comer, levanto-me para resolver outros assuntos.

— Eu tenho que ir falar com o Will antes de começar os atendimentos na sala do trono – o rosto dele fica tenso quando menciono o nome de meu melhor amigo – Eu vou esclarecer tudo com ele, vou contar sobre nós - ele solta um suspiro quase de alívio

— Tudo bem, eu vou na vila acertar minhas dívidas com o dono da taverna com a recompensa que recebi – depois de muita relutância, Eric aceitou as cem moedas de ouro que eu lhe prometera por me levar ao duque

— Tudo bem – ele se levanta e me viro para deixar o ambiente

— Branca – Eric me chama e, quando me volto em sua direção, ele me puxa e gruda seus lábios nos meus, seu braço se fecha em minha cintura e os meus dedos se envolvem em seus cabelos. É apaixonado, intenso e, ao mesmo tempo, doce e suave; é inesquecível, mas acabamos nos separando em busca de ar – Eu precisava me despedir – eu sorrio e encosto meus lábios de leve nos dele

— Agora, eu realmente preciso ir, não posso me atrasar para a conversa senão chegarei tarde na sala do trono e eu não quero deixar o povo irritado

— Claro, não vou atrapalhar a rainha – ele me solta

— Deixo o ambiente, sigo pelos corredores agora não tão silenciosos com o despertar tímido e lento dos hóspedes, os empregados correm silenciosamente como aves certeiras em seu alvo. Paro um deles, que faz uma breve reverência antes de falar:

— Pois não, majestade?

— Você sabe se o filho do duque Hammond já acordou?

— Sim, ele já está tomando o dejejum

— Ótimo, então, avise a ele que eu o estou esperando na biblioteca assim que ele terminar

— Com quiser, majestade

Prossigo em direção ao cômodo, quando chego no local, o cheiro dos livros antigos e as memórias da infância me rodeando, quase posso me ver com William escutando minha mãe contar histórias de reinos mágicos distantes e batalhas épicas. Pego um dos livros e começo a lê-lo, é uma viagem não só pela ficção, como também pelo passado, fico imersa nisso até que a voz do meu melhor amigo me desperta:

— Majestade?

— Oi, Will. Pode se sentar – ele ocupa uma das cadeiras vagas

— E o que é que tem para me dizer? – ele sorri para mim com olhos brilhantes de otimismo e expectativa e isso aperta meu coração

— Will, eu... – busco as palavras certas para falar – Eu quero ser honesta em relação aos meus sentimentos, eu não quero que haja nenhum mal-entendido – paro e respiro fundo – Droga! Isso é muito difícil de fazer!

— Branca – ele se levanta e começa a vir em minha direção – Eu...

— Will, não! – eu levanto minha mão para interromper seu avanço – Não é o que você está pensando – ele para, encara-me confuso e eu respiro fundo – Você é muito especial para mim e eu quero que continue na minha vida, mas apenas como amigo, porque é deste jeito que te amo. Eu sinto muito.

Ele para de me encarar e vira para o outro lado, para longe do meu olhar, posso sentir a tensão e a dor pairando no ar, entre nós; eu realmente quero fazer algo para isso, mas creio que nenhum gesto meu vai amezinhar o estrago de minhas palavras

— É o Eric, não é? Você está apaixonada por ele, não é?

— Sim – não ouso dizer mais nada

— Estava na cara que ele te ama, mas você...você era um enigma, não dava para saber se era a mim ou a ele que você amava, então, mantive a esperança

— Nem eu sabia até retornar da morte, assim que as coisas se acalmaram, resolvi esclarecer tudo

— Eu, sinceramente, estou grato com sua honestidade e espero que seja feliz. Sabe, o que me deixa tranquilo é saber que você escolheu o cara que morreria por você – é a última coisa que ele fala antes de me deixar sozinha, com as lembranças do passado, a dor do presente e a esperança de um futuro sem corações partidos.


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Notas finais do capítulo

Oi, pessoal! Se gostaram, comentem, recomendem e/ou favoritem! O que eu quero saber de vocês é se querem que o Eric aceite a proposta de Branca. Bjs e até o próximo! Bjs. :D



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