Branca de Neve e o Caçador 2 escrita por Karol Books


Capítulo 1
Uma dança


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Eu quis fazer uma sequência para Branca de Neve e o Caçador, ainda mais depois daquela que lançaram: O Caçador e a rainha do Gelo, que não faz sentido (Como assim o Branca casa com o William e não com o Eric????) Agradeço a Deus pela inspiração para escrever esta história! Sou movida a comentários, então não se envergonhem, não sejam leitores fantasminhas; comentários me fazem feliz!!! É muito ruim saber que tem gente lendo os capítulos e ninguém comentando. Bem, sem mais delongas, boa leitura! ;D



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Depois da coroação, há uma grande festa com um generoso banquete, todos no palácio começam a dançar, menos eu, que observo aquele que me trouxe de volta com a ternura de seus lábios, acanhado ao fundo do salão.

— Vossa majestade, a rainha não deseja celebrar este momento? – questiona-me meu conselheiro real, o único de meu pai que a rainha não matou

— Sim, estava aguardando o convite de um certo cavaleiro, mas parece que tem mais coragem para adentrar a floresta e enfrentar a bruxa e seu exército do que para dançar comigo – Alfred segue o meu olhar de encontro ao caçador

— Talvez a coroa e o poder que ela representa o façam hesitar, majestade, ele é um homem do povo que foi casado com uma camponesa, o luto dele durou muito tempo, então, talvez seja a mais desafiadora das tarefas abrir seu coração de novo para o amor, ainda mais para a rainha

— Mas ele me conhece, sou a mesma Branca que ele encontrou na floresta e que cavalgou ao seu lado

— Mas agora é uma rainha e o poder tem suas exigências – ele me lembra

— Não, essa não, eu não abriria mão dele

— Mesmo se disso dependesse a felicidade e a segurança do povo?

Não sou capaz de responder, apenas respiro fundo e firo meu olhar nele, que me fita, abre um sorriso que acelera meu peito como um cavalo selvagem e ergue sua taça.

— Essa questão não está em jogo, pelo menos, não agora, então, vou tomar uma atitude para sairmos deste impasse. Alfred, você pode pedir um soldado para leva-lo ao jardim de minha mãe e cobrir minha ausência por alguns instantes? Se os convidados perguntarem, diga que precisei de um pouco de ar puro

— Claro, majestade, como quiser

Levanto-me do trono e me encaminho para a saída lateral, mas perto da porta, sou abordada pelo cozinheiro real com uma reverência

— Algum problema, majestade? A festa ou a comida não estão de teu agrado?

— Está tudo excelente, Mark, eu só preciso, de um pouco de ar fresco – digo e ele logo me deixa prosseguir com um “Ah! Claro, majestade. ”

Ando pelo corredor do palácio até que, finalmente, chego ao pequeno jardim secreto que meu pai fizera para minha mãe; Ravenna o havia destruído, mas no período dos preparativos da coroação, eu pedi que os empregados o reconstruíssem. Agora, está tão belo quanto antes, mas não está o mesmo, há nele a minha presença em cada detalhe e, bem no meio do jardim, Eric de pé, de costas para mim

— Caçador- falo e ele se vira

— Majestade – ele faz uma reverência e, ainda abaixado, me encara com seus olhos azuis fuzilantes, que abalam as estruturas do meu ser e, então, se levanta – Alguma coisa errada?

— Não – me aproximo de alguns arbustos, passando minhas mãos pelas flores que desabrocharam – Só queria falar com você a sós e o salão está tumultuado demais para isso

— Estamos no meio à festa de coroação – ele cerra os olhos – Deve ser um assunto muito importante

— Sim e que já esperou tempo demais – finalmente, me aproximo dele

— O que é então?

— Eu gostaria de dançar contigo – respondo e ele explode em gargalhadas

— Tudo isso só para uma dança com um caçador? Não acho que seja merecedor de tanta atenção

— Bem, isso é parte do assunto, não o todo, além disso, percebi que você tem uma aversão a ser o foco da atenção de todos, logo, esse é o único jeito de conseguir fazer isso com privacidade

— É uma ordem da rainha? – ele me olha desafiadoramente

— Não, é um pedido meu, Branca – digo suavemente e ele solta um suspiro e revira os olhos

— Só você para me fazer uma coisa dessas – ele reclama, mas logo sorri e coloca o braço em minha cintura e começamos a dançar

A música do salão é tão alta que nos serve para mantermos o ritmo, depois de um tempo, apoio a cabeça em seu peito e Eric me abraça forte

— Da última vez que dancei no palácio foi com Will – eu sinto seus braços retesarem – Você não gosta dele, né?

— Não é exatamente isso, eu e ele só temos uma espécie de... – ele busca a palavra certa – rivalidade

— Ciúmes - afirmo com um sorriso. Ele não fala nada, mas eu sei que é isso - Mas isso foi há tanto tempo, quando eu era uma criança - dou uma leve risada -  Era tudo tão diferente...

— Era um mundo melhor

— Sim, meus pais pareciam irradiar luz e aqui era meu reino encantado, eu tinha tantos planos: crescer, casar, depois de uma vida longa dos meus pais, me tornar rainha; tudo frustrado

— É, crescer, você não cresceu muito, baixinha, mas agora está aqui, coroada rainha, uma linda e justa rainha – eu sorrio

—- Você acredita que eu pensava em me casar com o Will? – ele retesa seus músculos de novo – Ele era meu melhor amigo e eu achava que melhores amigos se apaixonavam quando cresciam, mas aí veio Ravenna e me trancafiou naquela cela, eu passei anos como uma morta viva, sem sentir nada além de medo e esperança, esperança que me mantinha viva. Aí então, eu fugi e a esperança se tornou mais forte, eu só tinha que encontrar o duque, cavalgar com um exército e matar a rainha, as coisas com o filho do duque de desenrolariam facilmente; esses eram meus planos. Mas um certo caçador surgiu em meu caminho e bagunçou tudo, fez surgir em meu peito uma chama que me trouxe de volta à vida, não foram só seus lábios, mas também, cada instante ao seu lado – ele solta um suspiro

— Você ouviu?

— Sim – sorrio- Suas palavras foram muito bonitas e seu beijo... Eu não sou me meias palavras e quero ir direto ao ponto – eu me afasto um pouco para poder ver seus olhos – Caçador, eu tive que morrer para perceber que te amava. O que temos que esperar para viver este sentimento? – ele respira fundo e afaga minha bochecha

— Eu sou um plebeu, um simples caçador e você é uma rainha

— Eu não me importo

— William é um nobre, filho de duque, é o melhor partido para você

— Eu não o amo, para mim, nada além do que laços de amizade nos envolvem. Eu te amo, caçador e só te peço coragem e esperança para prosseguirmos; você acreditou em mim o suficiente para que eu o liderasse na batalha, eu só quero que acredite quando digo que usarei todas minhas forças para nossa relação dar certo e não há barreiras que eu não vá transpor – falo, olhando firmemente em seus olhos, que me encaram como águas de um mar misterioso

— Isso é uma atitude muito estúpida e idiota. Mas quem disse que eu costumo ter bom senso? – ele fala e se aproxima de mim


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Notas finais do capítulo

Por favor, se gostaram, comentem, recomendem e/ou favoritem!!!! Não se acanhem! Bjs e até o próximo capítulo! ;D



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