Dentro dos seus olhos. escrita por Any Sciuto


Capítulo 3
Sorria para a foto!




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Luke sabia bem pouco sobre o acidente dos pais de Penelope. A equipe toda sabia pouco sobre aquele dia. Ela quase nem comentava. Era praticamente um assunto proibido entre todos.

Apenas Morgan sabia o que havia acontecido com todos os detalhes. Morgan não poderia saber que ela estava sumida. Ele tinha uma família e era civil. Mas se as coisas dessem errado, eles o chamariam para ajudar.

Um arquivo foi deixado sob a mesa de cada agente envolvido naquele "jogo".

— Se ele quer jogar assim então vamos jogar. – Falou Hotchner. – Deixe ele pensar que a gente não sabe quem ele é. Ou que ele realmente quer.

— E se ele descobrir? – Perguntou Luke.

— Ela morre. – Falo Hotchner.

— Não posso permitir isso. – Falou Luke. – Não antes de...

— De contar o quanto você a ama? – Perguntou Hotch. – Eu vi o jeito que você ficou Luke. Quando ela voltar apenas diga o que você sente.

— E se ela não sentir o mesmo? – Perguntou Luke.

— Acredite em mim, Luke. – Falou Hotch. – Ela te ama também. Ela é fechada porque é o que ela conhece. É um escudo contra a desilusão, mas por dentro ela é toda aberta. Ela pode parecer resistente e num primeiro momento ela vai te desprezar, mas logo vai passar a te olhar como um amigo.

— Eu quero ser mais que um amigo.- Falou Luke. – Muito, muito mais que um amigo.

— Então conte a ela. – Falou Hotch.

— Precisamos encontrá-la antes. – Falou Luke.  

— Onde ele levaria uma refém? – Rossi perguntou.

— Talvez onde ele considere o local onde tudo começou. – Respondeu Hotch.

— A antiga casa dele em New York? – Perguntou JJ.

— Ela foi demolida há dois anos. Virou um conjunto de apartamentos privados chamado New Havem. – Respondeu Reid.

— Algo sobre a esposa e a filha? – Simmons perguntou.

— Ela se casou de novo com um médico endocrinologista cheio da grana. – Respondeu Lewis. – Ele adotou a pequena como filha dele.

— Deve ter sido um choque descobrir que a filha está com outro. – Falou Prentiss.

Luke estava com a cabeça em outro lugar.

— Acha que ele está bem? – JJ perguntou.

— Ele ama ela. – Falou Reid. – E tenho quase certeza que ela ama ele. Mas são muito bobos para admitir.

— Ele demorou algum tempo para falar para ela. – Falou Simmons. – E está avaliando o tempo que ele ainda vai ter se ela for resgatada com vida.

— Acha que ele vai ficar bem? – Perguntou Reid. – Quer dizer a gente vai conseguir encontrá-la.

— Ele vai contar a ela quando ela voltar. – Falou Hotchner.

— Eu acho que achei uma coisa. – Lewis falou de repente. – Esse cara tem uma bela coleção de rifles de caça.

— Ele é um ex condenado fichado. – Falou Rossi. – Não pode carregar nem um estilete.

— Usou identidade falsa para comprar os rifles? – Perguntou Simmons

— Talvez alguém tenha comprado para ele? – Perguntou Luke.

— E se alguém da polícia facilitou para ele? – Perguntou Rossi.

— Acho que deveríamos fazer uma pausa. – Falou Hotchner. – Um café quente e algumas horas de sono.

— Não consigo dormir pensando no que ela está passando. – Falou Luke.

— Nem eu. – Falou Hotch. – Mas precisamos dormir. Eu prometo que quando voltarmos a gente vai se dedicar.

Luke saiu sozinho e triste. A mulher que ele amava estava em perigo e tudo que Hotch fez foi mandar a equipe para casa?

Ele pegou o carro e dirigiu até um café qualquer. Ele precisava de algo forte para tentar desviar o foco. Ele precisava realmente se ocar em achar sua paixão. Não era hora de sentimentos.

Ele parou em frente ao café preferido de Penelope. Ele entrou. A garçonete logo reconheceu.

— Café expresso, certo? – Ela perguntou.

— Sim. Seria ótimo. – Luke falou enquanto se sentava no balcão.

— Sua amiga não vem? – A garçonete perguntou. – Ela sempre vem aqui e....

— Ela está ocupada no momento. – Luke limitou-se a dizer.

— Entendo. – Ela falou apenas indo atender outro cliente.

— Deus. – Luke colocou as mãos a frente do rosto bloqueando a visão de um homem chorando.

— Um conselho Agente Alvez. – A garçonete voltou para o lado dele. – Apenas diga o que está sentindo para ela. Pode ser mais fácil.

— Como você…? – Ele perguntou.

— Eu já fiquei desse jeito por um cara. – Ela respondeu colocando outra xicara de café na frente de Luke. – Eu sei que ela sente o mesmo.

— Eu não posso simplesmente chegar e dizer. – Luke falou.

— Sim. – Ela respondeu. – Você pode sim. A rejeição faz parte. E eu duvido que ela vá rejeitar você.

— Como pode ter tanta certeza? – Perguntou Luke. – No primeiro ia ela praticamente fugiu de mim.

— Se você ver Penelope Garcia a fundo você vai descobrir o porquê do medo dela se envolver. – Falou a garçonete.

— Todo mundo me diz para eu falar o que sinto para ela. – Luke falou. – Como se todo muno soubesse que eu amo ela.

— Cada vez que você fala dela, seu olho dá uma tremida leve. – Falou a moça. – E seus olhos brilham o suficiente para iluminar um quarto escuro a noite.

Luke assentiu com a cabeça e continuou seu café.

Penelope acordou em um quarto cheio e aparelhos ao estilo BDSM. O que realmente a fez tremer de medo. Ela tinha visto fotos de quando a prima e Morgan havia sido resgatada, do quarto de um dos lugares que ela ficou presa. Ela gelou totalmente. Ela conseguiu ter uma percepção que suas mãos estavam amarradas no alto.

Ela tentou escapar e achar uma saída daquele lugar.

O homem entrou com um chicote nas mãos. El sentiu a espinha gelar e ela tentou escapar com mais vontade.

— Acha mesmo que vai conseguir escapar? – Ele falou tocando nela.

— Porque não me deixa ir? – Ela respondeu com outra pergunta.

— Eu sei o que você quer, garota. – Ele foi para trás dela e passou um dedo pelas costas dela. – E eu vou te dar o que você quer.

— Eu realmente não desejo isso. – Penelope falou.

— Quando eu estava na cadeia a maioria das revistas eram de computação e de artigos como "Faça sua tortura em 12 passos". – Ele falou. – Aprendi que um pouco de dor sempre faz uma pessoa se soltar.

— A qualidade das revistas da prisão é péssima. – Ela falou.

— Na verdade eu aprendi coisas maravilhosas nelas. – Ele falou.

— Olha só, Richard. – Penelope o chamou pelo nome. – Eu sinto muito que você tenha ficado esse tempo na cadeia. Mas eles eram meus pais e você os matou.

— Eu mereci perder minha esposa também?  - Richard olhou para ela com desgosto. – E minha filha? Ela está sempre criada por outro homem. Outro homem levando ela para tomar sorvete.

— Eu sinto muito. – Penelope respondeu. – Mas eu nem te coloquei lá.

— Mas eu culpo você. – Richard pegou um chicote e se aproximou dela. – Vamos começar pelo chicote.

— Não ouse me tocar. – Ela se afastou o máximo que podia.

Richard a alcançou e amarrou as pernas dela em um nó forte.

— Agora. – Richard rasgou a camiseta xadrez que ela usava. – Podemos começar gatinha?

Ela fechou os olhos enquanto sentia o chicote repetidas vezes nas costas.

— Não! – Ela gritou antes de desmaiar com a dor.

— Eu sinto muito. – Falou Richard, dando outra chicotada.

Ela praticamente estava pendurada enquanto estava inconsciente.

— A dor é insuportável, né? – Ele sussurrou no ouvido dela. – Foi isso que eu sofri na cadeia por 20 anos.

Ela não respondeu nada. Ela estava em outro lugar bem longe, pensando em Luke.

Richard tirou uma foto de Penelope de onde ela estava.

— Sorria para foto garotinha. – Richard falou com uma ironia.


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