Correndo Perigo escrita por Arthemis0


Capítulo 23
Extra - Origem: coragem, liberdade, amigos, força, proteção, sobreviver e viver




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Já fazia alguns meses que os quatro campeões tinham derrotado o Mal, estava tudo muito calmo, e Chloe estava sendo treinada para também virar uma campeã, embora suas reclamações e atitudes mimadas a faziam demorar um pouco para isso, um pouco, muito. Mas, por enquanto, ninguém tinha perdido a paciência com ela. Adrien, Marinette, Nino e Alya estavam na sala, conversando e rindo.

Nesse tempo que se passou os campões decidiram que já era hora de arrumar um emprego e se sustentar. Marinette continuou com a criação e fabricação de roupas, que já começavam a ser cobiçadas pela alta sociedade. Nino e Alya eram aprendizes, Nino de uma rádio e Alya de um jornal, eles não ganhavam muito, mas era o suficiente para comprarem o que gostam.

Adrien herdou os negócios de seu pai, não a que ele construiu como Hawk Moth, mas como Gabriel Agreste, uma empresa que fabricava e vendia peças para a construção de locomotivas, automóveis e máquinas, por ser menor de idade Adrien ainda não podia comandar a empresa efetivamente, mas ia todos dias para a fábrica, e muitas pessoas o ajudavam, parecia que o retorno do filho do chefe deixava os empregados mais empolgados.

— Não me lembro disso. – Disse Wayzz confuso para Trixx.

— Foi sim. É que você estava bêbedo...

— Espera um pouco. – Nino interrompeu. – Quer dizer que o responsável e sério Wayzz, já ficou bêbado?

— Coisas que se faz na juventude, naquela época ainda éramos humanos.

— Vocês nunca nos contaram sobre isso, como foi isso? – Perguntou Marinette.

Os kwamis se entreolharam nervosos, fazia tanto tempo que nem se lembravam direito das histórias, além disso era a primeira vez que um portador pedia para contar como havia sido o período em que eles eram humanos. Enquanto isso, os quatro campeões olhavam para os pequenos interessados no que iriam contar.

— Bem, não nos lembramos de muita coisa. – Disse Tikki sem graça.

— Tudo bem. – Disse Adrien. - Contem o que lembram.

— Então teremos que contar o que mais nos marcou. – Disse Trix, e os kwamis concordaram. – A nossa origem.

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O pavão Duusu se admirava na água, ele tinha penas grandes e brilhantes, mas era tímido e não as mostrava para ninguém além de seu próprio reflexo. Nesse dia ele se admirava mais uma vez no reflexo da água.

— Porque sou tão covarde? – Se perguntava.

— Você gostaria de mudar isso? De fazer mais? - Uma voz sussurrante ecoou pelos ouvidos do pavão.

— Que? Quem? O que foi isso? – Duusu levantou a cabeça

— Foi eu.

— Eu quem? – Disse olhando para os lados.

— Aqui em baixo. – O pavão olhou para a água que não mostrava mais nenhum reflexo.

— *Grito* O que? – Ele pulou para trás e se encolheu.

— Não se preocupe, eu não vou fazer nada. Se aproxime. – A voz era tão baixa e calma que fez o pavão tomar coragem e voltar para a margem do lago que de admirava todos os dias.

— Quem ou o que é você? – Disse com cautela.

— Eu sou o que você vê. – Duusu esticou mais o longo pescoço, e viu ele mesmo.

— Você sou eu? – Disse confuso.

— Exatamente. – A voz falou e em um passe de mágica o pavão se viu na água, coberto por ela, mas diferente do que achava, não estava molhado ou com falta de ar. – Eu escolho você como meu representante, você terá poderes, você será o meu representante no equilíbrio da vida. A única coisa que lhe peço é: não deixe o Mal tomar conta deste planeta.

A voz cessou, um tempo depois surgiu da água um homem belo, de pele clara, cabelos azul turquesa e olhos verde água, tinha um belo corpo, segurava um leque na mão, e não só isso, tinha um objetivo, e iria até o fim com ele.

Assim nasce o Campeão da Água, um pavão medroso, que queira só um pouco de coragem.

—---

Em uma ilha, uma tartaruga descansava antes de voltar para o mar e continuar a sua jornada, uma jornada para a sobrevivência. Wayzz já estava cansado daquilo, estava cansado de ser como os outros, e seguir o que o extinto dizia, ele queira ser mais que um pobre herbívoro que foge de tubarões queria mais.

A tartaruga, tomada por um sentimento de fúria pelo mar saiu de onde estava e adentrou a floresta de palmeiras da ilha, não foi tão rápido quanto gostaria, mas com paciência chegou em uma parte coberta pelas árvores. Wazyy então olhou para cima, queria chegar até o topo das árvores, mas seu corpo não deixava.

— Se eu fosse um passarinho. – Pensou alto e triste.

— Quer dizer que você quer morar em meus troncos? – Ecoou uma voz forte. – Porque iria querer ter um corpo de passarinho? Eles são delicados demais, mas o corpo de uma tartaruga... Você tem uma casco forte para se defender, assim como a madeira, dura...

— Há! Do que adianta um casco duro, se não posso ser livre? Hei, quem é você? Aonde você está?

— Minha cara tartaruga, sou parte de algo maior do que imagina, nesse momento estou ao seu redor.

— Me mostre sou rosto. – Exigiu Wayzz.

— Desculpe, mas não tenho rosto.

A tartaruga pensou que aquilo fosse brincadeira de mal gosto e riu.

— Você se diverte fácil, triste tartaruga, tenho uma proposta. Você quer ser livre? Eu posso te dar e liberdade e mais que isso, você só tem que fazer uma coisa para mim.

— Eu aceito.

Wazyy estava com medo, a voz firme parecia convincente, ela poderia dar mesmo a liberdade que ele tanto queria? Mas esse não era tempo para perguntas, ele já tinha aceito. Quando menos percebeu as palmeiras foram na direção da tartaruga e giraram em torno dele, por um momento pensou que estava vendo coisas, vendo arvores se mexendo, mas era isso mesmo que estava acontecendo.

— Parabéns tartaruga, você agora é o representante da madeira, e como tal, para manter o equilíbrio em que todos vivem, deve proteger eles do Mal.

Assim a voz cessou e as árvores voltaram para o seu lugar. Do chão ergueu-se um homem musculoso, de pele morena, cabelos verdes e olhos amarelos, tinha nas costas o seu casco, ou melhor, o seu escudo, e esse homem sabia o que fazer assim que olhou para o céu. Tinha a missão de defender a todos.

Nasce então o Campeão da Madeira, uma tartaruga que queria ser mais que as outras.

—---

Era uma tarde muito quente naquela floresta, e uma raposa estava desesperada por água, uma raposa que era rejeitada por todos, por causa da fama das raposas como trapaceiras, Trixx, só queria ter amigos, queria não ser mais só, como foi por muitos anos. A raposa estava próxima a um rio com vários animais, e quando eles a viram logo se debandaram, o que deixou a raposa com um sentimento de solidão.

— AH! – Deu um grito curto. – Acho que vou explodir isso

Era frustrante para Trixx não ter ninguém para conversar, imagina todos os dias da sua vida sem poder desabafar com alguém, contar os seus sentimentos, estava tudo entalado na garganta dela. A raposa bebeu água e foi até uma campina de grama alta, onde ventava muito, só queria esfriar a cabeça.

Ela estava tão distraída e confortável com o vento que não percebeu, o início de incêndio, e quando finalmente sentiu o cheiro já era tarde, estava cercada pelo fogo, mas o estranho é que esse fogo não avançava, só a cercou.

— Solitária raposa. – Ecoou uma voz aguda. – Ficou cercada pelo fogo.

— Quem é você? – Disse nervosa e brava.

— Hei, não estou aqui para te machucar, embora se encostar em mim vai queimar. – O fogo ficou mais alto, ficando também mais quente onde a raposa estava. – Só vim lhe fazer uma proposta.

Trixx só queria sair dali.

— Que tipo de proposta?

— Raposinha, você quer amigos não quer? Eu sei que se sente solitária, posso te dar o que quer. Mas você vai ter que me dar algo em troca.

— O que seria?

— Só quero que você seja minha representante em batalhas que virão.

— B-ba-ba-bata-batalhas?

— Não se preocupe, você saberá o que fazer quando eu terminar.

Receosa, Trixx concordou, sendo consumida pelo fogo, e assim como começou o fogo acabou, deixando para trás uma mulher de corpo esbelto pele oliva, cabelos laranjas e olhos roxos, e ela tinha uma flauta na mão. E essa era a arma suficiente para as batalhas que estava determinada a enfrentar.

A Campeã do Fogo, uma raposa, que não queria mais ser solitária.

—---

Bee voava apressada de volta para a colmeia, carregando consigo pólen para alimentar os recém-nascidos da rainha, quando um vento forte a derruba no chão de terra. A pequena abelha se frustrou.

— Se eu fosse mais forte. – Amaldiçoou

— É isso que você deseja? – Ecoou uma voz grossa.

— Quem disse isso? – Perguntou a pequena abelha assustada

— O chão. – Respondeu a voz simplesmente.

— O que?

— Foi o que você ouviu, eu sou a terra. E sem enrolações, sei que você quer ser mais forte, e vim aqui te oferecer isso, desde que faça o que eu disser para fazer.

— E quem disse isso para você?

— Ninguém disse, eu sei.

— Como?

— Sou e terra, parte de um equilíbrio que você só irá entender se aceitar minha proposta.

— Porque eu aceitaria isso?

— Porque sou o único que pode fazer isso por você.

— Porque faria isso? Porque eu?

— Simples, você me interessou. Uma abelha que quer ser forte... Isso soa meio engraçado. Vai aceitar ou não?

Bee pensou, ela seria forte, a abelha das abelhas, com força poderia ser melhor do que é.

— Aceito.

— Ótimo. – A terra começou a tremer embaixo das patinhas da abelha, a terra começou a cobri-la. – Agora como minha representante tem o dever de salvar tudo e todos que fazem parte da vida.

Assim que o terremoto termina, da terra sai uma mulher de corpo robusto pele bronzeada, cabelos loiros, praticamente amarelos, e olhos negros, ela carregava um martelo nas mãos. Estava pronta para bater em alguns infelizes que deixaram se levar por maus sentimentos.

Ali estava a Campeã da Terra, uma pequena abelha que só queria ser forte.

—---

Uma borboleta estava voando na cidade, perdida, para ela foi até um bom motivo ir para lá, para ajudar uma companheira. Nooroo era sempre o primeiro a ajudar, o primeiro a proteger seus companheiros, mas ele não seria capaz disse preso em prédios de metal.

— Maldição – Gritou a borboleta pousando em um cano de metal.

— Olha se eu fosse você não amaldiçoava o fato de estar aqui. – Ecoou uma voz ríspida. – Pude até conhecer você.

A borboleta em choque não respondeu só olhou para os lados procurando alguém.

— Não vai me achar, não tenho forma física, sou só um elemento que compõem a vida. - Nooroo continuava calado assustado. – Não precisa ficar assim.... Olha você quer proteger seus amigos, não quer? Posso te ajudar com isso, mas em compensação você terá que fazer uma coisa por mim.

Apesar de ríspido o dono daquela voz parecia gentil e queria mesmo ajudar, além disso, Nooroo era ingênuo, e se alguém oferecesse para ele o seu maior desejo ele não iria recusar.

— O que eu faço?

— Proteja esse mundo de qualquer ameaça.

— Você vai me ajudar a proteger quem eu gosto?

— Sim.

— Então eu topo.

O cano de metal se retorceu em volta da borboleta, e quando acabou um homem de pele pálida, com cabelos e olhos roxos, ele se levantou com a ajuda de uma bengala e foi em direção do objetivo.

O Campeão do Metal, uma borboleta ingênua o suficiente para aceitar a proposta de uma voz estranha só para proteger seus companheiros.

—---

Então eram cinco guerreiros, cinco campeões, que foram escolhidos pelos cinco elementos que compõem a vida, eram todos extraordinários. Viajavam em busca do Mal, lutando contra ele e o eliminando das pessoas. O tempo passou e isso os deixava mais maduros, mais experientes, já tinham se acostumado com tudo.

E eles estavam felizes, Duusu conseguiu sua coragem, Wazyy, apesar de estar preso a uma promessa gostava de viajar, tinha sua liberdade, Trixx, fazia amizades nas vilas em que visitava, e além disso, os companheiros de viajem se tornaram inseparáveis, o que a deixava muito feliz. Bee tinha sua força e podia mostra-la sempre que quisesse, e Nooroo,  como queria, estava protegendo não só seus companheiros, mas a todos na terra.

Estava tudo bem até então, foi quando os campeões perceberam que algumas voltavam a ser consumidas pelo Mal, então eles decidiram acabar com isso. Acharam que seria fácil, depois de tantas batalhas, eles sabiam o que fazer, lei do engano, não só não podiam derrotar o Mal, como também não podiam fazer ele deixar de existir.

Pois perceberam que sempre irá existir sentimentos ruins, pessoas ruins, e isso alimenta o Mal, sendo assim a única coisa que os campeões podiam fazer era controlar isso. Como? Os poderes deles não eram o suficiente para lutar contra tudo, eles precisavam não só de mais força, como também o poder de destruir tudo e para purificar.

—---

Um filhote gato preto passava pela cidade, era dia, e ele só estava com vontade de encontrar uma sombra para deitar. Estava morrendo de fome, desde que foi abandonado por sua mãe e seus irmãos, simplesmente por ser o menor da ninhada, ele não tinha comido, e isso fazia alguns dias. Como sobreviveria assim?

Não tinha mais forças quando encontrou um beco com caixas que faziam sombra, achou que não iria encontrar um lugar melhor, então decidiu ficar ali mesmo. Depois de alguns minutos deitado o barulho do estomago não paravam de incomodar, ouviu um barulho atrás dele, olhou e viu uma coisinha branca.

Plagg foi tomado pelo instinto, tirando forças de onde não tinha mais, olhou para sua presa, distraída limpando as patas da frente, o felino tomou um impulso e avançando na presa que não tinha por onde escapar.

— Misericórdia, por favor. – Disse um rato extremamente branco.

— O que? – O gato se deu conta do que estava fazendo, mas estava com fome. – Me desculpe, mas é para sobrevivência. - Disse abrindo a boca.

— Ah! Não, não, não, por favor. – Era incrível como a voz do rato soava irônica.

— Mas eu estou com fome. – O gato parou de tentar devorar o rato, não valia a pena, na verdade, ele não queria fazer isso. – Mamãe e meus irmãos sumiram, eu não sei por que estou aqui, só quero sobreviver a tudo e encontra-los de novo.

— Você foi abandonado? – Perguntou o rato, já calmo por saber que não seria devorado.

O pequeno gato preto sentiu as lágrimas escorrendo pelo rosto, parecendo o que a sua família tinha feito com ele.

— Tudo bem, olha eu te ajudo. – Disse o rato branco, passando os dedinhos de unhas pontudas nas patas macias do gato.

— Ajuda mesmo?

— Sim, olha, você nasceu azarado por ser pequeno, te deixaram aqui e você ainda queria reencontrar sua família, só notando que foi abandonado quando eu disse, e ainda não conseguiu me comer.

— Tem razão, sou um gato preto azarado. – Olhou para baixo tristonho.

— Ei não fique assim, já te disse, eu te ajudo.

— Porque?

— Porque isso tudo só mostra o quão gentil você é. Vou trazer algo para você comer, e quando eu voltar tenho uma proposta, ok? – A voz do rato branco soou irônica, mais uma vez

— Ok.

Minutos depois o rato apareceu com um grande pedaço de queijo na boca. E deu para o gato.

— Queijo?! Eu sou um gato, não como queijo.

— Não é qualquer queijo, é Camembert.

O gato engoliu seco, não queria comer aquilo, mas estava com fome, devorou aquele queijo como se fosse a primeira e a última coisa que fosse comer. Quando terminou realmente tomou gosto pelo queijo, queria mais, porém agora era hora de cumprir o que tinha prometido para o rato.

— Então, qual é a proposta?

— É simples, estou disposto a te dar poder, o suficiente para derrotar o Mal, e protegem o mundo, tudo irá sobreviver, se você me ajudar.

Plagg olhava para o rato exageradamente branco, estava com vontade de rir daquilo, mas ele falou tudo tão sério que não conseguiu.

— Como você conseguiria isso? É só um ratinho.

— Não julgue os outros pela aparência, gato azarado.

De repente o gato estava envolto por uma luz branca, ainda dava para enxergar bem.

— O que aconteceu?

— Essa é minha verdadeira forma. Sou um dos criadores da vida, sou o calor, a luz, o positivo, um complementar... Sou Yang.

— O que acontecerá comigo se aceitar a sua proposta?

— Já disse, irá sobreviver.

“O que eu tenho a perder?” Pensou o gato.

— Eu aceito.

— Pequeno gato azarado, com o poder que te darei seja o destruidor do Mal.

A luz ficou mais forte em volta do corpo de Plagg, a transformação aconteceu, quando a luz acabou, apareceu um homem de pele dourada, tinha os cabelos pretos bagunçados, olhos verdes chamativos, tinha um bastão em uma das mãos.

— Você é o Campeão de Yang? – Plagg levantou o olhar , viu cinco pessoas diferentes, com cores de cabelos e olhos estranhos.

— O que? Campeão? Yang? – Pensou um pouco. – O rato branco!

Os cinco estranhos riram e ajudaram Plagg a se levantar.

— Não se preocupe, vamos ensinar tudo que você precisa, somos campeões também. – Disse o de cabelo verde.

O gato apenas concordou e foi levado pelos estranhos

—---

Uma joaninha, Tikki, caia da folha, tudo estava escurecendo na visão dela.

“É acho que chegou minha hora.” Pensava a pequena joaninha, “Então é assim que tudo acaba? Eu não queria...  Queria aproveitar mais, eu queria viver pelo menos mais uma vez. Queria uma segunda chance.”

— Pobre joaninha. – Disse uma voz doce.

— Quem é? – Perguntou cansada.

— Ninguém muito importante. Mas me diga o que aconteceu?

— Eu...Acho que chegou minha hora...

— Você consegue manter seus olhos abertos?

— Não, mas eu queria, queria continuar vivendo, queria uma segunda chance.

— Porque?

— Sinto que não fiz nada de muito importante. Eu sou uma inútil.

— Não diga isso.

— Porque não? É verdade.

— Não diga isso, não é como se sua vida fosse inútil. Nenhuma vida é inútil.

— Hum... Bem, não tem mais jeito, chegou minha hora.

— Posso te dar uma segunda chance, o que você faria com ela?

— Seria melhor...

Foram as últimas coisas que a joaninha disse, quando se viu em volta de um manto negro, mas ela não estava assustada, se sentia aconchegada.

— Eu sou Yin, a noite, o escuro, o frio, uma complementar... Sou uma das criadoras da vida. Pequena joaninha, você será minha representante como defensora da vida. Seja a purificadora do Mal.

A escuridão se foi, e do chão se levantou uma mulher pálida, de cabelos vermelhos e algumas mechas pretas e olhos de um violeta profundo, ela tinha um ioiô nas mãos.

— Oi, tudo bem? – A joaninha viu seis pessoas olhando para ela, com rostos felizes e olhos chamativos.

— O-o-oi....

— Você é a Campeã de Yin? – Perguntou aquela de cabelos laranja.

— Yin... – Pensou um pouco. – Eu falei com Yin.

A mulher de cabelos laranja sorriu, e estendeu a mão para Tikki.

— Você é uma Campeã, como nós, vamos te ajudar com tudo.

A joaninha aceitou a ajuda, se levantou e olhou para todos, quem mais chamou atenção dela foram olhos verdes chamativos que também não parava de encara-la.

— Oi. – Disse tímida.

O homem não respondeu só parou de encarar.

—---

Tikki e Plagg eram dois lutadores, guerreiros, assim como os outros cinco campeões, mas a diferença deles para os demais era o poder deles, era maior, em poucos dias já estavam prontos para uma batalha.

Ambos estavam se preparando para o dia, dia em que enfrentariam o Mal, e isso estava chegando. Todos estavam com uma mistura de ansiedade e medo, iriam ser a batalha contra o grande inimigo seria a última, pelo menos para a geração deles, iriam fazer o Mal adormecer.

Quando o dia chegou havia uma ar de tensão muito grande entre os campeões, não era para menos, depois dessa luta, todos finalmente estariam livres da promessa que fizeram, mas também estavam tristes, o que fariam depois?

Tikki e Plagg seriam as armas secretas para enfrentar o Mal, foi uma batalha que fez o céu escurecer, naquela época o inimigo tinha mais aliados que todas as outras gerações até agora. O que tornou a luta difícil e algo dizia que nem todos iriam sair dessa batalha com vida

Bee foi a primeira a cair, exausta e vencedora, tinha enfrentado mais de 15 poderosos atingidos pelo Mal, quando ela caiu uma luz amarela se formou ao redor da mulher abelha, essa luz possuiu o martelo carinhosamente chamado por ela de Ferrão, transformando-o em um delicado pente.

O segundo foi Nooroo, o homem se tornou um luz roxa que possuiu a sua bengala e a transformando em um lindo broche e o último foi Duusu, que possuiu o seu leque que o transformou em um broche também. Sem tempo para lamentar os outros campeões lutavam, até que o fim da batalha chegou.

Os vitoriosos, Tikki, Plagg, Wazyy e Trixx guardaram com todo o carinho as joias deixadas pelos seus amigos e companheiros, os chamaram de Miraculous, sabiam que eles seriam uteis mais tarde.

Assim o tempo passou, os campeões se dedicavam a ajudar as pessoas e a fazer comercio pelos países, o que era novidade na época e os deixavam com dinheiro o suficiente. Além disso, na verdade, muito antes da grande batalha, Tikki e Plagg, se aproximaram muito.

Por alguma razão se sentiam atraídos, a ligação deles era forma, mais forte que qualquer outra. Um destruía e a outra construía, eles eram um par complementar. Os dois, às vezes, fugiam dos treinos e corriam para um lugar que sabiam que não iriam sem pegos.

A joaninha e o gato se amavam, os beijos e os toques um do outro os deixavam plenos, ambos não sabiam como tinham conseguido viver sem o outro. Depois da batalha e da paz momentânea Plagg e Tikki puderam se casar e aproveitar a companhia. Wayzz e Trixx também acabaram se apaixonando e se casando.

Eram uma grande família, que viveu em paz até a velhice. A primeira a partir foi Tikki, em sua cama se tornando uma bela luz rosa que possuiu o ioiô deixando um simpático e simples par de brincos. Plagg, não aguentando a separação foi em seguida, sua luz negra invadiu o quarto deixando um anél igualmente negro. Trixx foi a próxima a sua luz alaranjada se tornou um colar de cauda de raposa.

Mas Wazyy não teve a mesma sorte que Plagg, afinal ele era uma tartaruga, e elas vivem muito, e isso foi bom, ele não só garantiu o futuro dos filhos como se tornou o primeiro guardião dos Miraculous, passando a função para a sua filha mais velha depois, nem sempre os campeões nasciam na linhagem dos primeiros campeões, as vezes acontecia, como aconteceu com Nino, um campeões e guardião dos Miraculous.


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