Scooby Doo: Where Is My Dog? escrita por Emily Rhondes


Capítulo 2
Ann De Layue




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Daphne, Fred, Velma, Salsicha e Scooby estavam sentados no sofá em frente a janela, encarando os policias irem de um lado ao outro.
Os pais de Dpahne e o prefeito conversavam nervosos com os policiais e i controle de animais que foram chamados para analisar o local.
— Ainda acham que não vale a pena investigar? - Velma pergunta, com a voz fraca encarando o vestido arruinado pela enorme quantidade de sangue.
— Eu vi como aquilo me olhava. Era... Raiva, pura raiva. Talvez seja só um animal, mas aquela mulher perdeu um braço e precisamos ter certeza do que ela viu. - Fred engoliu em seco, encarando a poça de sangue.
— Isso é muito assustador. Sério, eu vou acabar me mijando todo, eu odeio lobos. - Salsicha diz, abraçando as pernas.
— Hey. - Fred segurou a mão cheia de sangue seco de Daphne, e ela continuou encarando o sangue em seus sapatos. Ela odiava sangue. Era sinal de morte. - Você está bem?
Ela negou com a cabeça, e Fred a fez olhar pra ele. Seu rosto tinha vários respingos de sangue, e os olhos cheios de lágrimas.
— Estou assustada. - Ela sussurra, respirando fundo. Não chore, Daphne Blake.
— Eu também. - Fred diz, antes de limpar uma gota de sangue maior.
— Tivemos muita sorte. - A voz de Ulrich os faz levantar os olhos, e encara-lo. - Esse era um ômega.
— Um ômega? - Salsicha pergunta, confuso.
— Um lobo solitário. - Velma explica, entendendo o que o homem quis dizer.
— Lobos atacam em matilhas. Esse veio sozinho. Tivemos sorte de não ser uma matilha inteira. Muita sorte.
— Já estudou o comportamento de lobos? - Velma pergunta.
— Sim, por um tempo. Eles não habitam essa região. Não tenho ideia porque está tão longe de casa. Devia saber sobre seus ancestrais, Scooby.
— Ancestrais? - O cachorro pergunta, arqueando uma sobrancelha.
— O detalhamento genético do lobo cinzento mostra que ele é ancestral do cão doméstico.
— Não. Aquilo não era um lobo cinzento. - Fred diz.
— O que?
— Era enorme. Escuro. Olhos vermelhos. - Ulrich o encara, estupefato.
— Esse lobo não é daqui. Alguém trouxe ele. - Eles arregalam os olhos, e observam Kösker passar as mãos no cabelo. - Vou fazer algumas ligações. Talvez vocês consigam descobrir quem o trouxe, vocês não são a Mistério S.A?
— Somos. - Velma concorda, pensando.
— Então o façam. Rápido. Ou haverá mais sangue derramado. Muito sangue derramado.
— Não é só captura-lo? - Fred pergunta. - Com uma armadilha.
— Depende. - Ele olha o relógio. - Mas talvez não.
— Temos que falar com a mulher, quando ela melhorar. - Velma diz, olhando os amigos.
— Temos. - Fred concorda. - Vamos tirar esse sangue de você, okay? - Ele segura a mão de Daphne, a fazendo levantar. - Vão pra casa. Se recuperem disso. Nos vemos amanhã.
Eles assentem, e Fred os deixa levar a maquina de mistério para deixar Velma em casa e estacionar na do Salsicha.
— Você está bem mesmo? - Fred pergunta, subindo as escadas segurando sua mão.
— Sim. Vou ficar. Foi só o choque. E você?
— Vou ficar quando vocês não correrem mais risco. - ela assente.
■■■
— Salsicha dirige muito mal. Se chegarem aqui com a Máquina intacta, vai ser um milagre. - Daphne diz, sorrindo.
Os dois esperavam os amigos em frente a mansão dos Blake, que logo surgiram no fim da rua. Ela arrancava e parava algumas vezes, invadindo a outra pista e o passeio, enquanto os risos de Scooby eram ouvidos do outro bairro.
— Gente. - A ruiva ri.
Fred faz uma careta, e assim que ele estaciona, assume o lugar do motorista e Daphne senta atrás.
— Ô diabo, eu não sei dirigir direito não.
— Tem razão, Salsicha. - Velma diz, encarando a parede de olhos arregalados, completamente agarrada ao cinto. - Graças a Deus, Fred.
Ele ri, dando partida.
Rapidamente eles chegam ao hospital, e a recepcionista os deixa entrar até o quarto dela.
— O nome dela é Ann De Layue. Conhecida da minha mãe, ela é da França. Tem uma empresa de roupas aqui. Não é muito grande, mas ela tem herança. - Daphne explica, encostanto na parede do lado de fora do quarto. - Não tem nenhum familiar próximo, alguns amigos, ela é meio... Anti-social. Tem 41, um chiuaua... É, acho que só.
— É suficiente. - Fred diz. - Quem vai entrar?
— A inteligente para fazer as perguntas certas. - a ruiva diz, e todos olham para Velma.
— Tem certeza que é uma boa idéia? A Velma é meio... - Salsicha diz.
— Invencível? Grossa? - Scooby completa, e ela revira os olhos.
— Ela perdeu um braço, vou ser gentil com ela, prometo. - Ela respira fundo, e entra.
A mulher é pequena, com cabelos vermelhos escuros, com algumas rugas e manchas de pele de idade. Seu braço esquerdo era apenas um cotoco, envolto por fachas brancas.
Velma se senta, e ela acorda.
— Quem é você?
— Oi, senhora De Layue. - Ela se lembra das palavras de Salsicha. Invencível. - Sou Velma Dinkley, da mistério S.A, aceita responder algumas perguntas? São bem simples, coisa que a polícia provavelmente já fez.
— Estou cansada. - Ela vira o rosto.
— Entendo... Só queria ajudar na busca do animal que a feriu, eu e meus amigos não somos policiais, somos detetives do suposto sobrenatural, e queremos investigar...
— Sobrenatural?
— É, tipo, monstros, vampiros. No fim sempre achamos o ser humano por trás disso, e resolvemos o mistéri...
— Então vai acreditar no que eu disse pros policiais? Riram de mim, e disseram que é estresse pós traumático, mas eu sei o que vi.
— Então comece do começo.
— Certo. - Ela se acomoda, olhando-a com os olhos azuis claríssimos. - Eu saí para fumar, odeio jantares assim. Eu ouvi uma movimentação estranha, não saí muito de perto da porta. - A sobrancelha de Velma se ergue. - E quando vi, algo surgiu atrás de mim. Estava escuro, mas sei o que vi. Era alto, e a medida que eu ficava mais aterrorizada ele mudava. Os pelos cresciam mais, as orelhas, as garras, e eu sabia que era um monstro, um animal enorme. Mas vi que ele usava calças jeans. Seus olhos eram vermelhos, pelo escuro como breu, e eu estava petrificada, aterrorizada. Um dos terrores de Baía Cristal, bem na minha frente, e eu achei que ia morrer. Até que ele diminuiu um pouco e se transformou num lobo pouco menor que eu. E quando tive forças para gritar, ele arrancou meu braço. Não lembro de nada depois.
Velma a encarava, pensando e anotando mentalmente.
— Eu acredito em você, Ann, e vamos achar o homem que fez isso com você.
— Obrigada. De verdade. - Seus olhos se encheram de lágrimas. - É tão difícil.
Ela começou a chorar, e agarrou Velma num abraço. Ela fez uma careta assustada, e deu alguns tapinhas de consolo em suas costas.
■■■
— Pai do céu, um lobisomem que vira lobo gigante? Tipo os do Crepúsculo? Ah, não, não vamos nos meter nisso! - Salsicha diz, e Scooby entra debaixo dos seus braços, tremendo e tapando os olhos com as mãos.
— Concordo com o Salsicha.
— Vocês aceitariam por um biscoito Scooby? - Daphne sorri, tirando um pacote da bolsa.
— Tentador. Mas nem que São Jorge desça do céu. - Salsicha diz, e Scooby cruza os braços.
— Hãhã. - Scooby concorda. - Viu o que ele fez com a Senhora Ann?
— Tem razão. E o pacote todo? - Ela diz, e os dois arregalam os olhos.
— Agora mesmo. Vamos investigar! - Scooby comemora, tirando o saco da mão dela.
— Continua falando, Velma. - Salsicha diz, comendo vários de uma vez.
— Que nojo, Salsicha.
— Enfim. - Velma continuou a falar. - Eu encontrei um pequeno furo na fala dela... ela disse que não saiu muito de perto do salão de jantar. E a polícia encontrou sangue por todo o jardim, mesmo eu não achando que dá pra fazer isso sem um braço.
— Que estranho. Por que ela mentiria? - Daphne pergunta, pensando.
— As marcas de sangue indicam que ela estava com um ferimento antes, porque acharam sangue nas paredes e plantas longe da porta, e...
— E se... O sangue nas plantas não for dela? - Salsicha diz, sem prestar muita atenção, apenas comendo os biscoitos.
— Caramba Salsicha, você é genial! - Velma diz. - Fred, dirige. Para a casa sa Daphne.
■■■
— Certo. Salsicha, espera com o Scooby aqui, ele pode comprometer a cena. - Velma diz, prestes a entrar no jardim.
— Não gosto de sangue mesmo. - Scooby diz, se sentando.
— Quer ficar? - Fred sussurra a Daphne, que o encara.
— Não.
Eles entram pelo jardim, vendo a primeira marca de sangue. Era como se alguém tivesse se esfregado na parede enquanto corria.
Depois o chão tinha marcas irregulares e manchadas, assim como os arbustos que davam início a um pequeno caminho que levava exatamente onde Ann foi atacada, e havia espirros de sangue em todo lado, assim como uma enorme mancha que ia ganhando forma meio a marcas de salto até o salão.
— Ele usou o caminho para se deslocar para cá. Não é o que um lobo faria, ele teria se enfiado no mato e atacado.
— Sim. Ele não planejava ataca-la, fez por impulso, a primeira que viu. - Daphne diz.
— Talvez. Mas isso significaria que ele não tinha um alvo, apenas quer causar pânico. Ou talvez tivesse que incapacita-la por algum motivo. - Velma diz, olhando ao redor.
— Sim. Incapacita-la, não matar, porque se quisesse teria matado. Um lobo teria matado ela, assim como eu, mas ele não me atacou, por algum motivo. - Fred diz.
— Graças a Deus. - Daphne toca seu ombro.
— Sim. Como ele entrou? - Velma pergunta.
— Não sabem. - Fred.
— Você conhece a casa, Daph. Pense como um lobo, onde ele entrou?
Ela encara os amigos, pensando.
— Posso pensar como um cachorro? Se sim, sei onde ele entrou. - Eles a encaram. - Venham.
Eles a seguem, passando por onde Salsicha e Scooby estavam, e eles a seguem, contornando a enorme mansão lilás.
Eles foram até a trás, passando pelo lado onde havia outro jardim cercando a casa. Os muros de grade eram altos, tinham cercas elétricas em cima, e o portão era vigiado por um guarda particular.
— Foi um inferno para ele entrar aqui. - Velma comenta.
— Nem tanto. - a ruiva diz, sem parar de andar. - Eu tive vários cachorrinhos, todos eles sumiam. Depois descobri que usavam a passagem de caça do meu avô para fugir, mas a essa altura já tinha desistido de ter cachorros. Eu achava que o coelhinho da Páscoa os levavam, eu odiava esse feriado e quebrava todos os ovos para me vingar.
Eles riem, sem parar de segui-la pelo enorme terreno. Entraram num tipo de ginásio, e chegaram na parte de trás, onde estavam havia a piscina e as Mercedes e Ferraris estacionados.
Havia mais uma porta inteiramente roxa, e pequena, discreta atrás dos carros, que dava numa sala escura. Daphne acende as luzes, revelando armas penduradas num suporte. Armas grandes, pequenas, e ainda haviam gavetas cheias de apetrechos.
— Nooossa! Por que nunca me mostrou essa sala?
— Porque você iria surtar. Como agora. - Ela sorri.
— Ei. - Velma chama atenção para uma pegada ensanguentada no chão, em frente a uma porta de madeira. As marcas de unha eram enormes.
— Essa coisa é do tamanho da minha cabeça! - Salsicha exclama, analisando mais de perto.
— Caramba. - Fred ergue as sobrancelhas. - Espere. A pegada está...
— Virada para fora. Sujou depois de ele ferir Ann. - Velma diz. - Não faz sentido. O resto da casa está limpo.
— Eu não olhei com atenção. Vocês olharam? - Daphne pergunta.
— Não. - Velma responde.
— Certo. Salsicha e Scooby saem pela porta, e vejam se acham alguma coisa. E nós vamos voltar.
— Direto pra toca do lobo. Eeee! - Salsicha revira os olhos, e ele e Scooby saem, encontrando o fim da grade roxa que cercava mansão Blake.
— Não é que essa grade enorme acaba, Scooby?
Do outro lado havia uma enorme clareira verde que dava direto para a floresta de Baía Cristal.
— Salsicha. - Scooby apontou para o pequeno portão no canto que estava arrebentando e tinha sido reduzido a metal quebrado no chão. Eles engoliram em seco, e passaram em direção ao mato.


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